O Olho do Inferno escrita por Tori Veiga


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO! AVISO IMPORTANTE!

A estória em questão é uma ficção com o único objetivo de entreter. Em suas linhas, por vezes passagens bíblicas são expostas. Caso você seja pouco tolerante com subversões da Bíblia, aconselha-se não ler essa obra.

Esse aviso foi colocado para evitar conflitos. Desde já agradeço a compreensão.

Tori Veiga



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O Senhor, porém, disse-lhe: Portanto qualquer que matar a Caim, sete vezes será castigado. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que o não ferisse qualquer que o achasse. - Gênesis 4:15

No Éden habitavam Adão e Eva, os primeiros humanos, apaixonados e vivendo uma linda vida de casal. Enquanto, no Céu, dois anjos também experimentavam, pela primeira vez, o poder do amor carnal, Miguel e Abaddon.

Os anjos de alta classe não tinham a possibilidade de consumar sua paixão nos céus, onde Deus tudo via. Assim, decidiram vir a Terra. Tomaram os corpos de Adão e Eva e, finalmente, puderam consumar esse amor que lhes sufocava.

Eva acabou por conceber um filho, chamado Caim, uma criança já amaldiçoada por ser o fruto de um envolvimento proibido.

A pequena criança nunca foi valorizada por seus pais, que a tinham como um castigo por terem desobedecido Deus. Por isso, Caim passou por muitos castigos físicos em sua infância, tendo que, inclusive, trabalhar de sol a sol nas lavouras da família. Com o passar dos anos, o jovem Caim tomou gosto pela agricultura e passou a cultivar, com todo o amor, seus vegetais.

Não demorou muito, Eva engravidou novamente, assim nascendo Abel. Ao contrário do irmão mais velho, esse tinha todas as regalias possíveis, sendo a ele, inclusive, delegada a função mais preciosa da família, pastorear as ovelhas.

Certo dia, Deus ordenou a Caim e Abel trazerem-lhe oferendas, o melhor do que tivessem. Caim colheu os melhores legumes do seu trabalho braçal mais pesado, os mais bonitos e suculentos que tinha. Abel ofereceu a ovelha que mais amava de seu rebanho.

 Deus recebeu a oferenda de Abel com o amor de um Pai, porém a de Caim foi rejeitada sem motivos aparentes. O mais velho ficou desesperado por não ser aceito pelo Criador, com medo de sofrer consequências, pois acreditava não ter depositado amor o suficiente em sua oferta a Deus.

— Se procederes bem, por certo, não seria aceito? – perguntou Deus a Caim, com sua grave e imponente voz, vinda dos Céus.

— Sim Senhor. – respondeu cabisbaixo.

Deus ausentou-se levando consigo a oferenda de Abel, e deixando ambos sozinhos. Tomado pelo ódio e pela inveja, Caim convidou seu irmão para uma caminhada pelos campos, alegando querer aprender com a fé de Abel.

Ao chegar em um ambiente silencioso e afastado dos demais, Caim pegou uma pedra grande que encontrara no chão, e, usando toda a sua força, bateu com ela na cabeça de seu irmão, que caiu tonto, já com um imenso corte. O mais velho então ajoelhou-se e desferiu tantos golpes quanto pode, deixando o crânio de Abel em pedaços, e seu cérebro em migalhas.

Assustado com o que acabara de fazer, Caim começou a chorar de arrependimento, pois amava seu irmão. Deus, então, voltou a manifestar-se, dizendo:

—  Onde está Abel, teu irmão?

— Eu não sei, meu Senhor. – respondeu prontamente, temendo pela sua própria morte. – Não sou o guardador de Abel.

— O que fizeste, maldito? Eu vejo o sangue do seu irmão clamar por Mim. – berrou o Senhor, irado. – Agora maldito tu és, pois tem nas tua mãos o sangue do teu irmão. – suspirou. – Eu sempre soube que era um erro manter esse tipo de prole na Terra.

— É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada. – choramingou Caim. – Eu mereço a morte.

— Você não terá a morte. – indagou o Criador. – Pois merece sofrer pelo pecado que cometeste. Assim, qualquer que matar a Caim, sete vezes será castigado.

Logo após, o Senhor pôs um sinal em Caim, para que ninguém o pudesse ferir, e o expulsou do Éden. Caim passou a habitar na terra de Node, do lado oriental do Éden.

O filho mais velho de Adão, usou todos os dias restantes de sua vida em busca do perdão Divino e lutando contra o mal que o espreitava, tornando a marca, antes um castigo, uma benção na luta contra o inferno. Assim o sinal de Caim continuou sendo passado de geração a geração, até os dias atuais.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler essa primeira parte da história, aguarde por muito mais.

Tori Veiga



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