Above The Law [EM HIATUS] escrita por Luiz


Capítulo 4
Capítulo 4 - Sua Jogada, Por Favor


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo somos apresentados brevemente à Veronica, uma mulher com objetivos bem específicos e que podem afetar diretamente a Alison. Alison precisará administrar nesse capítulo a sua relação com David e Arthur e de que maneira isso poderá impactar em sua "família". Chega um novo personagem capaz de mudar o rumo da história e prejudicar Alison de uma maneira sem precedentes.



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Era manhã na fria Zurique, na Suíça. Veronica continuava seu plano a passos largos. Iria se encontrar no café da manhã com um mafioso e banqueiro suíço, Franz Werner na tentativa de conseguir uma parceria com o mesmo. Apesar de ser “sócia” de Michelle, a mesma não sabia muito sobre a vida de Veronica, principalmente sobre seu passado. Veronica possuía cabelos ondulados e cor de mel. Seus olhos eram como amêndoas. Era uma mulher com aparência amargurada, mas extremamente decidida. Saiu de sua suíte no hotel em que estava hospedada e desceu para o encontro com Franz.

— Bom dia Frau Walker. Pontual, como sempre. – cumprimentou o banqueiro, dando um beijo em sua mão.

Franz era um senhor com aparência de setenta anos. Tinha cabelos brancos como a neve e um grosso bigode, também branco.

— Obrigada Sr. Werner. E então, vamos falar de negócios? - disse Veronica estendendo uma xícara de café ao senhor, convidando-o ao tomar o café consigo.

— Mas é claro. – disse o banqueiro com um forte sotaque suíço e se servindo

— O senhor sabe que eu tenho a minha rede de cassinos aqui na Europa e digamos que estou migrando para a América através de uma “sociedade”. – disse Veronica

— E o que vocês têm de concreto? - perguntou o suíço.

— Por enquanto, isso. – disse Veronica, abrindo sua bolsa e mostrando um envelope recheados de euros.

— Dinheiro sempre é muito bom. – disse o suíço espantado com a quantia.

— De onde veio isso, virá muito mais. Pode confiar. – disse Veronica fechando a bolsa.

— E como eu posso lhe ajudar Frau Walker? - perguntou o banqueiro.

— Patrocínio, além de obviamente uma conta no seu banco com dados falsos. – disse Veronica, olhando para Franz.

— Tudo bem, mas antes preciso saber no que estou investindo. – respondeu o suíço

— O meu plano é fazer um conglomerado Euro-Americano. Montar uma das maiores redes de cassino no mundo, e isso significa tomar espaço de pequenas máfias. – disse Veronica tomando mais uma xícara

— É um plano muito ambicioso Frau Walker. – disse o suíço reticente.

— E quando eu falhei com você Franz?  Você sabe da minha competência aqui na Europa. Tenho cassinos em Frankfurt, Bruxelas, Londres, Barcelona, assim como muitas outras cidades. Eu não mereço um crédito? - perguntou Veronica enquanto tomava sua xícara de café

— É claro que merece. Seu trabalho aqui é muito competente. Mas eu não posso simplesmente investir em algo que eu não tenho certeza se vai dar retorno para a minha família, se é que você me entende. – disse o banqueiro, acendendo um charuto que carregava no bolso.

— Eu tenho uma proposta então. O senhor nos financia por seis meses e cinquenta por cento do retorno que tivermos é seu durante esse período. Assim talvez você possa ver que o plano não é tão arriscado assim. Negócio fechado? - perguntou Veronica esperando uma resposta de Franz

— Tudo bem Frau Walker.  Vou dar um crédito para a senhora, mas espero que não falhe comigo. – disse o suíço apertando a mão de Veronica

— O senhor não vai se arrepender, Sr. Werner. – disse Veronica levantando-se satisfeita com o acordo que tinha conseguido.

Veronica subiu para a sua suíte e ligou para Michelle para dar a boa notícia.

— Michelle, consegui dobrar o suíço. Ele vai investir em nós por seis meses. Preciso que você e o rapaz adiantem a parte de vocês aí. – disse Veronica eufórica ao celular

— Pode deixar, não iremos te decepcionar. Mal posso esperar para ver a cara da Alison quando ela ver a própria queda. – respondeu Michelle ansiosa

— Vai ser mais em breve do que você imagina, mas depende boa parte de vocês. A Alison não pode nem sonhar que está sendo sabotada. – disse Veronica.

— Fique tranquila quanto a isso. Digamos que tenho uma pessoa dentro da JCorp também que está maquiando as planilhas dela.  – respondeu Michelle

— Ótimo. Muito bom. Discrição é fundamental. Quando preciso, entro em contato com você novamente. – disse Veronica desligando o celular

Pegou um copo com gelo em sua suíte e colocou whisky. Acendeu um charuto que tinha e após dar uma tragada, levantou seu copo para cima, comemorando.

— Parabéns a mim, a mais uma vitória minha. – disse Veronica rindo

* * *

Enquanto isso, Arthur acordava em sua casa em Seattle. Estava decidido, iria se aproximar de Alison, precisava confirmar seu instinto. Enviou então uma mensagem a Alison.

“Topa me encontrar para um café da manhã?” - enviado por Arthur Matthews

Alison acordou com o som de seu celular. Viu a mensagem de Arthur e ficou reticente em responder, pois tinha passado uma noite maravilhosa com David, que ainda estava ali do seu lado. Teve um dilema por um mínimo tempo, porém tomou a medida que julgou necessária que favorece a “família”.

“Sim, podemos. Onde você sugere¿” - enviado por Alison Johnson.

“Phill’s Bakery¿ É a melhor cafeteria do bairro.” – enviado por Arthur Matthews.

“Tudo bem, irei me arrumar. Encontro você lá, detetive.” – enviado por Alison Johnson.

Alison então decidiu não acordar David, mas deixou um recado por escrito.

“Estou indo resolver alguns assuntos para o nosso negócio. Depois entro em detalhes. Adorei a nossa noite. Beijos, Alison”.

Alison então foi tomar seu banho para se arrumar e, durante o banho pensou;

“Preciso conseguir informações desse detetive, e depois... Depois eu penso no que faço com ele.”

Arthur logo após conversar com Alison ligou para Tyler

— Parceiro, eu irei chegar um pouco atrasado hoje. – disse Arthur ao celular

— Por que? - perguntou Tyler

— Preciso resolver algumas coisas da investigação. – respondeu Arthur

— E essa coisa seria a Alison? – com uma voz em tom de reclamação.

— Como que você sabe? - perguntou Arthur surpreso.

—Parceiro, eu te conheço a muitos anos, e sei que quando você cisma com algo, você vai até o fim. – disse Tyler virando os olhos para cima como se essa história já estivesse o incomodando.

— Tyler, eu preciso fazer isso. Eu preciso seguir meu instinto. – disse Arthur tentando convencer o seu parceiro.

— Estou do seu lado, amigo. Só não dê bandeira para o capitão perceber. Eu e o francês vamos adiantando o lado “oficial” da investigação. Boa sorte. – disse Tyler, despedindo-se de Arthur.

— Obrigado irmão.

Arthur então desligou a ligação e foi se arrumar para encontrar Alison na tal cafeteria. A cafeteria era bem aconchegante e lembrava muito as cafeterias dos anos noventa, pois o piso era xadrez e ainda havia um jukebox colorida, exatamente como na época. Alison como chegou antes de Arthur, foi no jukebox e escolheu uma música.  Sentou em uma mesa e esperou a chegada de Arthur. Ele por sua vez chegou por volta de quinze minutos depois, porém caprichou em seu charme.

— Finalmente o detetive chegou. – disse Alison rindo e indo cumprimentar Arthur com um beijo no rosto e um abraço

— Bom dia Alison, desculpe pelo atraso. – disse Arthur correspondendo o abraço.

— Mas o que fez você mudar de ideia em relação à última noite? Você ainda é viúvo. - perguntou Alison curiosa, fazendo ao mesmo tempo um sinal, chamando a garçonete.

— Gostei da sua companhia. Fez-me bem, não me divertia daquela maneira durante anos. – respondeu Arthur.

Arthur e Alison então fizeram seus respectivos pedidos assim que a garçonete chegou na mesa: ela de costume, pediu donnut e um cappuccino e ele por sua vez pediu um brownie e um café puro. Ficaram conversando, até que Alison perguntou.

— Quanto tempo você não fica com ninguém? - perguntou Alison

— Ficar sério mesmo, de namorar, desde a morte da Anne. Não, você não foi a primeira pessoa a me beijar após a morte da minha esposa. – disse Arthur rindo.

— Menos mal – riu Alison, de maneira descontraída. – Arthur, me desculpa pelo o que aconteceu naquela noite. Não foi a minha intenção, você sabe... As bebidas, um amigo meu me deixou chateada... Eu estava frágil aquela noite e não vai se repetir. – disse Alison a Arthur, fingindo estar arrependida.

— Eu entendo Alison. Eu passei do ponto também. Mas você afinal, não me disse o porquê de estar naquele bar naquela noite.

— Bom, na verdade eu não fui abandonada pelo meu amigo. Ele é meu... Enfim, nossa relação é complicada. Temos um relacionamento aberto – disse Alison tentando explicar

Nesse momento então chegou o pedido de Arthur e Alison

— Você se sentiu ofendida e decidiu sair mesmo assim. – deduziu Arthur

— Exatamente, e daí acabamos naquele bar. Mas apesar de tudo, apesar de eu ter pedido desculpas por causa da memória da sua esposa, não me arrependo de nada honestamente. – respondeu Alison

Arthur então ficou um pouco sem graça e continuou a tomar seu café.

— Sou uma mulher direta Arthur, e luto pelo que eu quero.  – continuou Alison enquanto olhava para Arthur

— Não vou mentir, o beijo mexeu comigo. Mas não sei se o luto ainda é apenas por uma questão de respeito à Anne, ou se por ela ainda ser a única. – respondeu Arthur, de maneira sincera, sem joguinhos, olhando para Alison.

Alison então após tomar o café, levantou-se e disse:

— Quando você tomar sua decisão, você sabe onde me procurar. Preciso ir para a empresa. – disse Alison

Alison então saiu da cafeteria, Arthur estava terminando de tomar seu café e pensou que seu plano tinha dado certo. Alison tinha o mesmo pensamento, sem saber que na verdade, um estava usando o outro em uma perseguição épica.

* * *

Enquanto Arthur não chegava ao departamento, Jean e Tyler se debruçavam sobre o caso que o capitão lhes incumbiu. Jean então recebeu uma informação de um parceiro da Interpol em seu e-mail e decidiu mostrar a Tyler o que tinha recebido.

— Tyler, veja isso. – disse Jean mostrando seu notebook a Tyler

Tyler então olhou o computador de Jean e viu que a informação da Interpol se tratava sobre o cassino de Londres da ”mulher de gelo”, apelido de Veronica Walker, uma das maiores gangsters da Europa.

— O que tem essa mulher? - perguntou Tyler

— Eu já conheci essa mulher. É uma mulher extremamente influente na Europa e todos acreditam que ela é envolvida com negócios ilegais. Porém, ninguém nunca conseguiu uma prova e sequer a viu. É como uma história de fantasma. – respondeu Jean

— E você acha que ela poderia estar ligada a esse cartel? - perguntou Tyler

— É uma hipótese a se considerar.  – completou Jean

Então ambos começaram a pesquisar sobre a vida de Veronica. Não encontraram muitos dados, nem imagens dela. As matérias que encontravam sobre ela, sempre ressaltavam a mesma coisa: que era uma mulher reservada, que não estava frequentemente em eventos empresariais, apesar de ser uma grande potência no mercado europeu.

— Interessante, mas nosso caso está restrito a Seattle. – completou Tyler

— Verdade, mas e se for um plano mundial? – perguntou Jean

— Daí sim entra na nossa investigação. – respondeu Tyler

Os dois começaram então a pesquisar empresas que tiveram um rápido crescimento em pouco tempo e descobriram um site de notícias, um tanto tendencioso que fez uma matéria sobre a J-Corp.

“Castelo da “rainha” Alison Johnson tem pilares em falcatruas e crimes contra a economia americana. Empresa da jovem empresária inflaciona o mercado financeiro além de ser acusada de lavar dinheiro.”

Observaram então a data de publicação da matéria e o autor da matéria:

Matéria escrita por Augusto Kyle em 25 de novembro de 2014.

— Isso sim é um indício. O Arthur precisa saber disso. – disse Tyler, anotando o link da matéria e do repórter. – Jean, temos um trabalho a fazer. – completou Tyler.

Tyler então pesquisou e conseguiu descobrir o telefone e onde ficava o escritório desse jornal, ficava no centro da cidade. Tyler ligou para o jornal.

— Diário de notícias de Seattle, bom dia. – disse a recepcionista do outro lado da linha.

— Bom dia. O jornalista Augusto Kyle ainda trabalha na equipe de vocês? - perguntou o Tyler

— Não. O Augusto foi demitido no final de 2014. Por que a pergunta? - perguntou a recepcionista

— Aqui é o detetive Tyler O’Green do departamento de polícia de Seattle e precisava falar com ele sobre um caso. – se identificou Tyler. – Você pode me passar o endereço dele? - completou

— Claro, um instante. – disse a recepcionista.

A simpática recepcionista passou o endereço de Augusto para Tyler. O endereço era um pouco distante da cidade, perto da floresta. Tyler anotou o endereço, agradeceu a recepcionista e desligou a ligação.

— Vamos agora? - perguntou Jean

— Sim, eu só preciso enviar uma mensagem ao Arthur. Ele já está chegando.

“Eu e Jean acabamos de descobrir mais uma pista do caso. Estamos indo atrás dessa pista agora. Mais tarde entro em contato.” Enviado por Tyler O’Green.

Tyler e Jean entraram em um dos carros e seguiram em direção ao endereço que Tyler havia anotado.

* * *

Alison tinha acabado de chegar à empresa. Wendel a recebeu e avisou que David já a esperava na sala dela.  Alison agradeceu o aviso de seu fiel escudeiro, deixando Wendel surpreso e se dirigiu até sua sala.

— Precisamos conversar Alison. – disse David

— Sim, precisamos. – disse Alison trancando a porta

— Onde você esteve durante a manhã Alison. Pensei que tivesse ido negociar com o García. – disse David olhando para Alison

— Não. Tive de resolver um assinto mais importante, e de certa forma, para precaver nossa família. – respondeu Alison, sentando-se em sua cadeira

— O que você quer dizer com isso? - perguntou David

— Estou acompanhando um policial de perto. Conheci-o recentemente. Na verdade, ele me encontrou num bar e começamos a conversar, porém estou desconfiada, afinal, por que um policial se aproximaria justo de mim? Você sabe da caça as bruxas.

— E o que você pretende fazer? - perguntou David olhando com ciúmes para Alison

— Extrair futuras informações sobre o que a polícia de Seattle anda trabalhando. – respondeu Alison

— Mas e depois? - perguntou David curioso

— Depois eu mato ele ué. – respondeu Alison de maneira fria – Vim na empresa pegar apenas alguns documentos. Vou ir agora ao encontro do García e você vem junto comigo. – completou Alison

Alison e David saíram então da empresa e se dirigiram ao galpão onde tratariam de negócios com García.

— Olá Sra. Johnson. – disse o mafioso estendendo a mão para Alison

— Olá García. Vamos fazer negócios? - perguntou Alison

— Mas é claro. No que posso ajudar essa linda senhorita? - perguntou o já senhor de idade, García.

— Você sabe que a minha influência no nosso ramo só aumenta cada vez mais García. Tenho interesse em seus jogos, em seus cassinos. E é como diz o ditado... Unidos somos mais fortes – disse Alison pegando dois charutos, um para ela e um para Garcia, e acendendo ambos?

— E que tipo de parceria você pretende - perguntou García, com uma arma na cintura, aceitando um charuto de Alison

— Nem pense nisso Garcia. David, por favor. – disse Alison percebendo que Garcia estava armado. David imediatamente sacou sua arma após a fala de Alison. Alison então riu em seguida.

— Você acha que eu viria para o nosso encontro desprevenida Garcia? Por favor, não me subestime por eu ser mulher. -. disse Alison furiosa

— Não foi minha intenção. – disse García tentando disfarçar

— Bom, nós temos dois caminhos de fazer isso. Um é através dessa negociação e outro é através de um banho de sangue que nem eu e nem você queremos, não é? - perguntou Alison irônica.

— Certo, o que a senhorita pretende? - perguntou García enquanto fumava

— Quero 40% dos seus cassinos e você tem direito a 20% de todo o lucro que minha família produzir. – disse Alison tragando o seu charuto

García então riu

— Só pode ser uma piada não é? Exijo no mínimo 40% do lucro de vocês. – reclamou o velho mafioso

— 40% está fora de cogitação. 30% então, pois temos outras famílias entrando no negócio. Seja inteligente Garcia. O mundo está mudando, parcerias hoje são necessárias.  – justificou Alison sorrindo.

— Tudo bem. 30% então e exijo que o aluguel seja pague em espécie. Nada de cheque. – respondeu o velho mafioso contra sua vontade. Pensava que realmente era melhor se unir, pois o mercado a sua volta estava mudando e ele estava parado no tempo.

— Tudo bem Senhor Garcia. Negócio fechado então? - perguntou Alison novamente estendendo a mão.

— Negócio fechado! – respondeu García de cara fechada.

* * *

Enquanto Tyler e Jean iam até a casa de Augusto procurar pistas, Arthur também fazia pesquisas sobre supostas empresas e pessoas que saíram do anonimato em pouco tempo e de maneira misteriosa.

— Capitão, veja isso. – disse Arthur chamando o capitão

Então o capitão foi até sua mesa e viu a matéria que Arthur estava lendo.

“Charles Anwershington: de corretor de imóveis a magnata imobiliário”

— Essa matéria senhor diz que o Charles era um mero funcionário, não tinha tanto dinheiro assim e aí recebeu um investimento polpudo, abriu sua empresa e hoje possui uma das maiores empresas imobiliárias do país. – disse Arthur

— E não está explicado como ele conseguiu isso? - perguntou o capitão

— Não de maneira muito clara. Algumas informações não batem com outras informações. Acredito que ele possa ser suspeito. – respondeu Arthur olhando para o capitão.

— Certo acrescente o nome dele na lista de suspeitos.  Charles Anweshington, 30 anos. Magnata do setor imobiliário, fonte de investimento: desconhecida. – disse o capitão.  – Ainda bem que você esqueceu aquela história sem cabimento sobre a Alison – completou o capitão.

— De maneira alguma. O Jean e o Tyler estão inclusive atrás de uma pista sobre. – respondeu Arthur de maneira firme

— Como? Com autorização de quem? - perguntou o capitão bravo

— Senhor... – disse Arthur tentando apaziguar os ânimos, porém foi interrompido pelo capitão.

— Arrume provas contra a Alison e aí sim essa investigação será oficial. Por enquanto o que vocês estão fazendo é uma investigação clandestina. Cuidado para não passar do limite. – disse o capitão bem sério e com o rosto fechado antes de voltar para a sua sala.

Arthur então decidiu ligar para Alison que estava no galpão a sós com David após negociar com García que já havia ido embora

— Alison? É o Arthur, está ocupada? - perguntou para Alison

— Oi Arthur. Não estou não, pode falar. – respondeu Alison fazendo mímicas para David e explicando que era o tal detetive de quem tinha falado.

— Pensei na nossa conversa de hoje de manhã e... Bem, é tempo de tentar seguir em frente. – disse Arthur

— E isso quer dizer que...  – disse Alison

— Quer sair para jantar comigo? - convidou Arthur, interrompendo a fala de Alison.

— Ora ora... Então o senhor Matthews quer ter um encontro comigo? - disse Alison rindo. – Que horas? - perguntou Alison com um sorriso no rosto, era a chance perfeita.

— As 21 tá bom pra você? - perguntou Arthur

— Está ótimo. Aonde vamos? - perguntou Alison

— Pensei em irmos à Le Fountanier Bistro, gosto de lá. – respondeu Arthur.

— É um bom lugar. Tudo bem Arthur, te vejo mais tarde então. – disse Alison desligando a ligação.

— Tudo caminhando conforme deve acontecer. – disse Alison a David

— Cuidado para você não se envolver de verdade com esse cara. – disse David com ciúmes

Alison então riu e olhou para David de maneira provocante.

— Até parece que você não sabe em quem estou interessada atualmente. Fica tranquilo que o Arthur é apenas um meio, para o nosso objetivo. – disse Alison aproximando-se de David e lhe beijando.  – Eu preciso ainda resolver algumas coisas na empresa, porém preciso que você fique aqui no galpão hoje para mim. – pediu Alison

— Tudo bem. É sobre aquilo? - perguntou David.

— Sim, exatamente sobre aquilo. – disse Alison com um olhar misterioso.

Alison então saiu e foi para a empresa onde trabalhou o restante do dia, analisando investimentos e possíveis paraísos fiscais onde poderia lavar o dinheiro da sua “família”. Nesse tempo, Arthur também trabalhou duramente, investigando o caso e buscando mais informações sobre a possível máfia em Seattle. Ficou o restante do expediente lendo informações sobre Charles, porém, com a cabeça em Alison.

* * *

Fora de Seattle, em um pequeno vilarejo, Tyler e Jean após uma longa viagem, procuravam pistas sobre a possível casa de Augusto, até que se depararam com um chalé feito de madeira. Dirigiram-se até a porta e tocaram a campainha. Nisso, um homem negro, calvo, com olhos profundos feito o  oceano, atendeu-lhes. Era fim de tarde, quase noite.

— Pois não, o que desejam¿ - perguntou o homem de voz grossa.

— Boa tarde. Augusto Kyle está¿ - perguntou Tyler

— Sou eu, o que querem¿ - perguntou Augusto desconfiado.

— Meu nome é Tyler O’Green. Somos do departamento de polícia de Seattle. Queremos informações sobre Alison Johnson. – respondeu Tyler.

* * *

Era noite já e Arthur após ter saído do expediente foi para sua casa se arrumar. Estava irresistível, se vestiu da melhor maneira possível e caprichou no perfume para seduzir Alison.

— Espero que esse plano dê certo. – disse Arthur para si mesmo. – Anne, me perdoa meu amor. – disse Arthur retirando a foto de Anne de sua carteira e sua aliança de casamento. Deu um beijo na aliança e colocou sobre a mesa de cabeceira em seu quarto.

Arthur então saiu de sua casa e se dirigiu até o apartamento de Alison.

— Posso subir senhorita? - perguntou Arthur para Alison

— Senhorita? Estou adorando isso. – disse Alison se divertindo. – Pode sim, estou pronta.

Arthur então pegou o elevador e subiu até o andar de Alison. Saiu do elevador e se dirigiu até sua porta e tocou a campainha. Então, Alison atendeu. Estava deslumbrante com um vestido vermelho, ressaltando seu cabelo, que estava em um coque digno de uma princesa. Alison então chamou Arthur para entrar pois precisava de ajuda para fechar seu colar de diamantes.

— Pode me ajudar¿ - perguntou Alison

— Claro. – disse Arthur entrando no apartamento.

Alison então se virou de costas para Arthur e ele aproximou-se para ajudar com o colar. Arthur então fechou o colar e após isso Alison virou-se para Arthur e ambos se encararam por um breve instante. Os olhos verdes de Alison iam aos olhos escuros de Arthur.

— Você está muito bonita Alison. – disse Arthur.

— Você também Arthur. – respondeu Alison

— Acho que talvez seja realmente momento de seguir em frente. – disse Arthur.

Arthur então segurou Alison pela cintura e lhe beijou de maneira ardente.

 


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Notas finais do capítulo

E o que será que vai acontecer com Arthur e Alison? Será que ambos vão acabar se apaixonando de verdade? E Augusto? Será que essa será a arma para derrubar de vez o reinado de Alison?

PRÓXIMO CAPÍTULO:
CAP.5 - INTELLIGENCE (INTELIGÊNCIA)



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