City of Angels escrita por May Prince


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
MAIS TRÊS RECOMENDAÇÕES ♥♥
Eu me emocionei lendo cada uma. Gente, muito obrigada pelo carinho, pela paciência.
Obrigada por tudooooooo!
Fiz esse cap correndo pra homenagear a QuennSmoak, a Vicky e a CahDanversAllen por terem feito meus olhos encherem de lágrimas.

3 recomendações e um cap com 3 mil palavras rsrsrs

Boa leitura! E obrigada por tudo gente!



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Meu primeiro dia em Starling City poderia ser resumido em apenas uma palavra: Merda.

Agora eu estava na garupa de Oliver indo em direção ao hotel. O mais incrível era que eu não passei endereço nenhum a ele. Como diabos ele sabia onde eu estava hospedada?

Eu estava grata a Oliver por ele ter aparecido na casa dos meus pais na hora certa. Eu questionaria a minha mãe. Ela escondeu isso de mim por tanto tempo.

Mas se eu não tivesse ido embora minha mãe nunca tira apanhado, se eu não tivesse ido embora a minha família não teria acabado. Minha filha teria conhecido o pai e...

Eu fiquei o resto do dia com as palavras do Oliver, ele disse que eu precisava ajudar minha família. Eu achei que ele só estava dizendo aquilo para me irritar, achei que não fosse nada demais. Então eu deixei Melanie e minha mãe dormindo e simplesmente sai atrás do meu pai, se eu soubesse o que iria encontrar eu nunca teria saído do hotel.

Oliver me deu 3 semanas para me reaproximar dos que eu amo e deixei pra trás, meu pai era um caso perdido. Faltava os Queen, Lyla, John e Tommy.

Aceitei a carona de Oliver e fiz a pergunta que não saia da minha cabeça. Meu pai ficava com as duas na casa ao mesmo tempo? Oliver disse que não. Que ele esperava minha mãe sair para por Isabel dentro de casa, porém não entendia porque Donna mesmo tendo ciência de tudo não largava o marido.

Nem eu entendia.

— Chegamos – ele falou tocando a minha mão. Eu estava no mundo da Lua desde que vi meu pai no sofá em cima daquelazinha que nem o nome eu lembro. Quase entreguei Melanie a Oliver, eu devia ser mais cuidadosa.

— Obrigada, Oliver! – falei descendo da moto e entregando o capacete a ele – Falei que não precisava. – ele desceu e recostou na moto

— Eu queria que dormisse lá – piscou

— Nem nos seus sonhos – sorri fraco

— Você está bem mesmo?

— Não – suspirei sentindo meus olhos encherem de lágrimas novamente – É tudo culpa minha Oliver.

— Você não obrigou seu pai a beber, você não obrigou ele a... Você sabe... – assenti

— Vai me dizer onde arrumou esse machucado? – coloquei a mão em seu braço

— Vai desistir do divorcio?

Divorcio... Eu tinha esquecido disso completamente. Por um momento eu esqueci até de Ray. Eu precisava ficar longe do Oliver.

— Não posso – olhei para o chão e ele ergueu meu rosto me fazendo encará-lo.

— Felicity, eu não desisti de você.  Eu fui atrás de você...

— Não mente pra mim, Oliver – falei já querendo chorar novamente. Deus! Como aquela situação com meu pai me deixou frágil.

— Não é mentira, pergunta para o seu chefe, Felicity.

— Meu chefe? – perguntei confusa – Oliver... Não inventa Ok? Obrigada por tudo! Se você não tivesse aparecido eu nem sei o que teria sido de mim. Obrigada mesmo! – olhei sua cara de frustração, tirei sua mão do meu rosto e lhe dei as costas.

Era demais pra mim. Era demais pra uma noite só.

Ouvi ele me chamando mas ignorei, mas uma voz conhecida me fez estagnar.

— O cara ta te chamando! – virei de costas e encontrei Sara de braços cruzados ao lado de Oliver que encarava ela como se ela fosse um ET. Laurel estava ao lado também, porém ajudando o taxista a tirar as malas do carro, ela ainda não tinha me visto.

— Você podia me ajudar ao invés de tomar conta da vida dos outros, Sara – reclamou

— A não... Da vida dessa aqui eu tomo conta! – cruzou os braços – O cara está te chamando!

Olhei para Oliver e segurei o riso, a cara dele para Sara era cômica.

— Você mão ouviu a sua irmã? Cuida da sua vida! - falei

— Felicity! – Laurel se virou e veio me abraçar – Ele é o Oliver? – falou no meu ouvido

— Sim! – sussurrei – E Melanie é sua filha.

— Oi? – se afastou e me olhou franzindo o cenho

— Se ele perguntar... Ela é sua filha. Minha afilhada!

— O que vocês duas tanto sussurram ai? – Sara falou se aproximando

— Felicity, eu vou indo. Ok? – Oliver se pronunciou – Qual coisa sabe onde me encontrar! – sorriu

— Você é o marido? – Sara sorriu. Aaaaaa mas eu mato ela! – Eu quero ver minha afilhada!

Agora mesmo que eu mato de verdade!

Você trouxe a pequena com você, Felicity? – Oliver franziu o cenho

— Ela sabe sobre a Melanie? – Sara arregalou os olhos e sorriu

— Claro que Felicity deve ter contato sobre a minha filha, ela ama essa filhada. – Laurel falou sorrindo descarada

Isso, Laurel! Isso!

— Oh! – Sara disse e mais um vez eu prendi o riso.

— Tchau, Oliver! – acenei – Três semanas!

Ele assentiu revirando os olhos igual Melanie fazia quando era contrariada. – Tchau, meninas! – colocou o capacete e deu a partida na moto.

— Que homem é esse! – Laurel exclamou rindo e socando meu ombro ao mesmo tempo que Sara me batia e reclamava: - Que historia é essa de afilhada?

— Ai! – reclamei – Parem de me bater – abri meus braços e abracei as duas que sorriram e me apertaram juntas – Eu estava morrendo de saudades do furacão que é vocês duas juntas!

— Nós também te amamos! – Laurel riu – Agora eu quero ver a Malanie Lance

— Que história é essa? – Sara cruzou os braços. Estava falando como se eu fosse uma vilã e ela tivesse em enquadrando.

— Lá em cima conversamos – apontei pra portaria do hotel e ajudei-as com as malas, mas logo o mensageiro do hotel veio nos socorrer, indiquei o quarto eu ele tinha que levar e saímos em direção ao elevador.

— Já falou com Ray? – Laurel perguntou quando a porta do elevador fechou

— Mandei uma mensagem ontem, ele ainda não respondeu – suspirei – Na verdade eu não sei, sai sem celular

— Então quer dizer que a Srª Queen passou a noite com o Sr Queen? – Sara sorriu com malicia saindo do elevador

— Não passei a noite com ele. - neguei

— Desembucha – Lau me olhou 

Tateei meu bolso atrás do cartão que abria a porta do quarto.  Merda!

Não sei onde eu enfiei o cartão. – bufei

— Deve ter esquecido em seja lá onde você estava com o seu marido. – o sorriso malicioso não saia da boca de Sara

— Toca a campainha – Laurel falou esticando a mão para apertar, mas a detive

— Vai acordar Melanie e mamãe – olhei o relógio em meu pulso – São 6:00 ainda

— E a gente vai ficar mofando aqui fora – a mais loira reclamou

— Para de ser chata Sara – puxei um fio do seu cabelo

— O mensageiro já deve estar chegando com as malas, ele abre a porta – a gêmea mais velha disse

— Laurel é mais sensata ta vendo? - falei

— Enquanto esperamos, conta pra gente o que você estava fazendo com o Oliver – Laurel começou, mas foi interrompida pela porta do quarto abrindo em um rompante.

— Quem é Oliver, mamãe? – uma Melanie com cara de sono e pijama de panda falou com o cenho franzido

Merda! Merda! 100x merda!

— Caralho! – Sara exclamou

— Sara – Laurel e eu a repreendemos

— Não pode falar caralho né mamãe? – olhei feio pra Sara que dava um sorriso amarelo

— Não querida, não repete essa palavra, ok? – ela assentiu

— Ela é idêntica á “você sabe quem” quando não ta entendendo – Sara gargalhou - olha esse cenho franzido. Você é uma maquina de Xerox, Lissy.

— Eu não pareço não o Voldemort - Melanie fez mumuxo e nós gargalhamos

— Quem é que vai dar um abraço de urso na dindinha? – Laurel abaixou e abriu os braços, a pequena saiu correndo para os braços da madrinha.

— Eu não ganho abraço? – Sara fingiu estar triste

— Não – Mel cruzou os bracinhos – Você disse que eu pareço o Voldemort. Ele não tem nariz – franziu o cenho e tocou no próprio nariz – Eu tenho! – sorriu com a conclusão

— Ok! Vou ignorar que você abriu a porta sem sua avó estar por perto – peguei minha filha no colo e a beijei – Vamos entrar crianças.

Adentrei no quarto e elas me seguiram, coloquei Melanie no sofá e liguei a TV na Disney.

— Você não vai mesmo abraçar a Dindinha? – Sara sentou ao lado da afilhada e fez um beiço

— Me pergunto quem é a criança – Lau riu.

— Eu sou bonita? – Melanie olhou nos olhos da madrinha, Laurel e eu seguramos o riso – Olha pra mim.

— Você é a tampinha loira mais linda que eu já vi – Sara exclamou. Melanie pareceu pensar na resposta dela, e depois se jogou nos braços da dinda.

Era bom ter as minhas amigas aqui, talvez Melanie melhorasse o humor. Sara e Laurel sempre fizeram muito bem a ela, desde bebezinha minha filha sempre teve uma ligação com essas tias malucas que foram colocadas na minha vida na hora mais certa.

— Que bagunça é essa aqui? – minha mãe apareceu usando minhas roupas e com uma toalha enrolada na cabeça.

 - Donna – Sara e Laurel correram e abraçaram a minha mãe que retribuiu sorrindo

— Que saudade meninas... – beijou a cabeça de cara uma.

Olhei para minha mãe e as cenas de mais cedo vieram com tudo na minha cabeça. Meu coração ficou apertado e meus olhos cheios de lágrimas.

— Precisamos conversar, mãe – cruzei os braços

— Onde a mocinha passou a noite? – minha mãe perguntou arqueando as sobrancelhas – Qual das três fala primeiro?

— Vamos entrar no quarto – apontei para a porta do quarto – Deixa Melanie aqui no hall assistindo desenho – me virei para a minha filha – Meu amor, a genta ta ali dentro conversando ok?

— Coisas de adulto? – perguntou sem tirar os olhos da TV

— Isso, depois vamos tomar café naquela padaria que você amou ontem e depois vamos ao parque.

— Podemos almoçar naquele Belly? – me olhou

— Onde você quiser – pisquei

— Vovó e dindinhas vão?

— Sim.

— Então ok! – sorriu. Beijei sua testa e fui até o quarto. As três já me esperavam sentadas na cama, todas na mesma posição. Eretas, pernas cruzadas e olhar questionador. Eu já sabia o que vinha a seguir...

— Você transou com o Oliver, bebê? – minha mãe começou

— Suas linguarudas – olhei para as Lance – Ninguém transou, mãe.

— Então porque ele te deixou aqui as 5:30 da manhã? – Sara começou

— E sua roupa ta amassada – Laurel disse

— E sua cara ta péssima – mamãe complementou

— Primeiro: Amo o Ray e nunca trairia ele. – fiz o um com o dedo – Segundo: – levantei o segundo dedo – Oliver estava machucado, pingava sangue o braço dele, apenas o ajudei com o curativo e ele me trouxe pra cá.

— Então porque... – minha mãe começou mas interrompi

— Terceiro: - subi o terceiro dedo – Quando você ia nos contar que é agredida dentro de casa? - Sara e Laurel fizeram cara de espanto e olharam pra uma Donna estática. – Mãe?

— Foi o Oliver? – os olhos de minha mãe encheram de lágrimas – Ele abriu a boca?

— Não - me ajoelhei em frente a minha mãe e sequei sua lágrimas – Eu fui lá, meu pai estava com outra no sofá. Eu sei onde a chave extra fica escondida. Eu entrei e não sei o que me deu... Comecei a gritar. Como ele é capaz de fazer isso? Dentro da nossa casa? Onde eu cresci. – essa hora meus olhos já trasbordavam lágrimas – Porque nunca me contou? – suspirei – Meu pai se revoltou pra cima de mim e na hora que ele ia me dar um tapa no rosto Oliver entrou na casa. – a boca das três se abriram em um “Oh” de entendimento – Teve mais briga e então meu pai disse: ‘Não farei nada contra a filha, Oliver... Mas deixe a mãe chegar em casa’ – peguei nas mãos da minha mãe e com a outra mão sequei sua lágrimas – Porque nunca me contou?

— Querida... Eu não queria te preocupar com meus problemas. Você estava tão feliz, estava construindo uma vida maravilhosa. Eu não queria estragar isso... – fungou -  Ele... Ele... Ele encostou em você?

— Oliver não deixou – falei – Ele apareceu na hora certa, mesmo sangrando ele me ajudou. E você nunca estragaria nada, eu te obrigaria a morar comigo. E é o que você vai fazer. Vamos pra Ivy Town em duas semanas.

— Donna, podemos prender o Noah – Sara começou

— Sim, primeiro pedirei um medida protetiva, caso ele não cumpra. Poderá pegar três anos de prisão. – Laurel começou pegando o telefone. Talvez ligando para algum juiz.

Eu não queria meu pai preso. Mas eu podia chamá-lo de pai ainda? Ele me colocou no mundo, me auxiliou nos primeiros passos, me ensinou a andar de bicicleta. Se hoje sou uma boa hacker, foi porque ele ensinou tudo que eu precisava saber. Mas eu não queria minha mãe sendo agredida, não queria ela sofrendo mais do que já sofreu. Eu levaria ela embora comigo, ele não teria como nos encontrar.

— Ninguém vai prender o Noah – ela começou – Ele me deu meu maior presente – passou a mão no meu rosto – Fui feliz com ele por anos, mais de 15 anos. Ele mudou porque... – suspirou

— Porque eu fui embora, Oliver também disse isso.

— Não é culpa sua, Lissy – Laurel falou

— Oliver disse isso também. – me levantei – Se eu não tivesse ido embora minha mãe não estaria passando por isso, vocês não entendem? Quando eu achei que estava fazendo algo certo – comecei a chorar – A coisa mais errada do mundo começou a acontecer com a minha mãe. Minha mãe! – coloquei as mãos no rosto

— Hey, meu bebê – senti os braços da minha mãe em minha volta

— Nós vamos ver a Mel  - Sara disse elas saíram do quarto.

— Felicity – mamão colocou uma mão em cada lado do meu rosto – Nada disso é culpa sua, ele saiu uma noite e voltou assim. Ele queria dinheiro e eu não quis dar, não sei como ele descobriu dos seus depósitos. Eu não dei. E então começou...

 

— E aquela mulher?

— Isabel Rochev – falou com desdém – Ela e seu pai se conheceram em um bar pelos Glades, Poço de Lázaro. Desde então ela tira todo o dinheiro dele, ele fica sem e vem me pedir. Eu não dou nem o que eu recebo no salão e nem o que você deposita ai...

— Aí ele te bate.

— Sim – abaixou o olhar.

— Você vai voltar comigo, ok?

— Eu tenho meu emprego filha...

— Você não precisa trabalhar... Nunca precisou. – me soltei dos seus braços e me sentei no meio da cama – Vocês falam que a culpa não é minha. Mas só você indo comigo vai tirar esse peso das minhas costas.

— Tudo bem, meu amor. Vamos resolver isso depois ok? – se sentou ao meu lado

— Irei buscar as suas coisas, Sara e Laurel irão comigo. Uma policial e uma advogada.

— Super heroínas – ela riu

— São sim, e eu sou só a garota inteligente. – ri

(...)

O domingo passou tranquilo, fizemos o programa que tinha planejado com Melanie. Ela estava feliz com a presença das madrinhas.

Sara passou o dia insistindo que era melhor alugarmos um loft para passar essas três semanas, um quarto de hotel para todas nós não daria certo.

Ray ligou na hora do almoço e não gostou nadinha de saber que eu iria ficar aqui por mais dias.

Flash back on

— Como sim seu pai vai ficar mais três semanas internado? — ralhou no telefone e fiz careta

— Minha mãe está muito abalada, Ray – suspirei – Eles só tem a mim.

— Você já fiou 7 anos longe deles...

— Justamente, Raymond! – exclamei – Pode ser os últimos dias do meu pai.

— E a empresa, amor— suspirou . Ele estava querendo arrumar um pretexto para que eu voltasse. O que aconteceu com o Ray compreensivo que eu conheci?

— Trabalho na Palmer Tech e anos e nunca tirei férias... – bufei.

— Pelo visto nada que eu falei fará você voltar.

— Ray, - amaciei minha voz – Eu te amo! Muito! E eu estou morrendo de saudades, se meu pai tiver alta antes, eu voltarei correndo para você – sorri

— Tudo bem, amor— a voz dele melhorou — Também te amo!

— Vou desligar agora, Melanie esta me chamando – falei olhando para um pontinho loiro no alto de uma pedra que me chamava para bater uma foto dela.

— Ah! Mande um beijo para ela!

— Mandarei, querido. Beijos!

E desliguei. Deus queria que Ray não apareça aqui de surpresa. Amém.

Flash back off

O domingo passou, e com ele se foi a segunda e a terça, Melanie estava eufórica porque hoje Laurel a levaria no cinema.

Durante esses três dias eu não tive nenhuma notícia do Oliver, ou de quem quer que tenha participado do mai passado. Foram três dias tranquilos ao lado de Melanie, mamãe, Sara e Laurel.

Laurel deixou escapar que na viagem a Central City conheceu um rapaz que a fazia perder o sono. Ela disse que não sabia seu nome. Era noite, estava frio e ela quase foi assaltada. O homem misterioso apareceu e lhe salvou do bandido. Então ele disse que não morava em Central, e ela revelou que também não morava. Logo a ideia maluca de Laurel surgiu. Se fossem para eles ficarem juntos, eles se encontrariam em outra situação. Ele lhe deu um cordão com um canário, e falou que queria que ela lhe devolvesse caso se encontrassem. Se não, seria uma lembrança dele para ela.

Eu não sabia o que Laurel tinha na cabeça, mas achei tudo bem fofo.

Minha mãe concordou que iria morar comigo e Melanie em Ivy, quando minha filha soube que a avó iria conosco, só faltou soltar fogos. A euforia de Melanie fez minha mãe ficar ainda mais eufórica.

Fechamos um loft para ficar três semanas, adiantei o pagamento e iríamos para lá amanhã de tarde. Juro que eu não queria alugar nada, parecia que eu estava de mudança para Starling City. Mas quando eu vi o brilho nos olhos da minha filha quando soube que queríamos sair do quarto do hotel, eu não resisti. Melanie estava sufocada lá dentro.

— Tchau, querida! – beijei o todo da cabeça da minha filha – Obedece a dindinha, ok?

— Sim, mãe! – sorriu

— Mãe? – franzi o cenho – O que é isso?

— Mamãe! Sim, mamãe! – corrigiu.

— Ótimo! – sorri – Cuida da minha filha – olhei para Laurel

— Com a minha vida – piscou – Não quer ir mesmo, Sara?

— Não, vou ajudar a catar nossas roupas. Quatro mulheres e uma criança fazem muita bagunça.

— Não, Sara – Laurel riu – Três mulheres e duas crianças.

Ela deu o dedo do meio para a irmã fazendo Laurel rir, tapar os olhos da minha filha e saírem pela porta deixando meu coração apertado.

POV OLIVER

Passei três dias sabendo que Felicity estava na cidade e três dias agoniado querendo vê-la. Passei diversas vezes de moto em frente ao hotel apenar para dar a desculpa de “Só estava passando e te encontrei”. Mas desisti quando vi ela saindo sorridente com as amigas. Eu sabia que ela não queria me ver. Sabia que ela estava odiando ficar em Starling City. Sabia que a vida dela não era mais aqui. Mas então porque eu estava parado em frente ao hotel?

Eu precisava falar com ela. Agora, o que eu não sei.

Prendi o capacete na moto e andei até a portaria do hotel.

— Vamos ver qual filme?— uma vozinha gostosa de se ouvir falou atrás de mim

Virei e vi a mulher que estava com Felicity no domingo de manhã junto com ela menina loira. A moça tinha se apresentado como mãe de Melanie. Provavelmente essa menininha era a tal afilhada de Felicity.

Melanie... Lembro quando Felicity ficou grávida e em como eu queria que fosse uma menina. Melanie seria seu nome. Era um menino, Connor. Meu coração fica apertado em pensar que hoje em dia poderíamos estar felizes e com um moleque de quase 9 anos correndo por ai.

— Olá! – chamei sorrindo para a moça que quando meu viu arregalou os olhos e colocou a garotinha atrás dela

— Oi! – falou

— Oi, moço! – a menininha colou apenas a cabeça amostra, o corpinho continuou escondido ataras da mãe.

— Você é a amiga da... – comecei

— Da sua esposa? – sorriu nervosa – Sou eu mesma

— Quem é a esposa dele? – a menina perguntou – Vovó Donna?

— Vovó Donna? – perguntei confuso

Porque diabos a menina chamava Donna de avó.

— Ela chama Donna assim, Donna é como uma mãe para mim – forçou um sorriso

— Onde eu posso encontrar Feli...

— A sua esposa está na suíte presidencial, cobertura. Boa Sorte, tchau! – saiu rebocando a menina

Eueim.

Andei até os elevadores e apertei o botão da cobertura, quando as portas se abriram encontrei Felicity de costas para mim falando no celular.

— Também estou com saudades de você, querido – ela dizia, parecia estar sorrindo. – Claro que não, acontecerá o mais rápido possível – deu uma pausa – Eu quero que seja na praia, só os íntimos, Ray – gargalhou – Nosso casamento será lindo de qualquer jeito, desde que seja com você. Não importa onde. Em três semanas voltarei e serei toda sua. – falou se virando e estagnando ao me ver. Ela iria se casar, ela tinha outro. Por isso a pressa para um divórcio. Ela não se importava com ninguém de Starling City, ela apenas queria ficar livre pra se casar com outro. – Oliver... – deu um passo em minha direção.

Meneei com a cabeça e voltei para o elevador. Eu precisava socar algo, eu precisava de uma luta. Eu estava tremendo, tremendo de ódio.

Saquei meu celular de disquei o número.

— Alô?

— Ra’s, me arrume uma luta.

 


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Notas finais do capítulo

Eu fiz esse correndo, não ficou como eu queria. Mas eu gostei!
Respondo todos os comentários do cap 8 e desse cap quando eu postar o 10.
Pelas minhas contas no cap 12 Oliver saberá que é pai.

Não vou me prolongar... Bom feriado para vocês.

20 comentários e eu posto o cap 10 o mais rápido possível.

Beijoooooooos!!!!

Comenteeeeem meus amores ♥