Um Aluno de Sorte escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic
Notas iniciais do capítulo
Os capítulos serão curtos assim mesmo. Depois desse desafio fiquei sem condições fazer capítulos grandes. E já me perguntaram se tinha hot kkk vai ser só coisa leve. Vamos dar as mãos e parar de ser escravo do hot, pelo amor.
Papai chegou de mais um dia de trabalho duro. Vender imóveis todos os dias deve ser desgastante e não é isso que eu quero da minha vida.
— Sua mãe chegou?
— Ainda não.
Ele me pediu o dinheiro da venda do vaso que minha avó deu pra ele. Entreguei os oitocentos reais que tanto precisava para fazer algum pagamento.
— Nem a sua mãe sabe que eu vendi aquele vaso. Não sei o que a minha mãe viu naquilo.
Ele afrouxou o nó da gravata e se sentou no sofá da sala. Passou a mão no seu bigode fino e continuou a trabalhar ali.
Mamãe era a mais espalhafatosa da casa. Chegou do salão comentando sobre uma freguesa que fez o maior piti com os funcionários.
Na mesa do jantar...
— O Gerson, sabe como ele não leva desaforo para casa. Fez o maior barraco mais do que aquela cliente chata. Mas pelo menos os demais fregueses aplaudiram...
E foi um falatório acerca daquele salão que Deus me acuda.
Pensei que escaparia mais aquela noite sem perguntas, mas Marcela Schiarelli não dá ponto sem nó.
— E como vão as notas da escola?
Porque certas perguntas simples se tornam piores do que o corredor da morte? Engoli um pouco de suco e respondi cinicamente.
— Vou bem, mãe.
— Espero que sim, porque próximo ano você faz 18 e já o quero na faculdade. Sim ou com certeza?
— E a mensalidade tá cara. Ainda bem que você está no último ano — disse meu pai com aquele rosto autoritário.
Foi de repente, estavam me pressionando e depois começaram um outro papo completamente diferente. Meus pais precisam ser estudados.
...
No dia seguinte...
— E você sabe se foi bem no Enem?
— Acho que sim. Sou bom em matemática e as perguntas foram equilibradas. Agora o que me incomoda é a matéria de biologia. Justamente daquela Fátima.
— É amigo. A cabelo de lámen não se dá contigo.
Dois amigos conversando no intervalo. Edu e eu lanchávamos quando apareceram os caras do futsal. Eles sempre mexiam com a gente. Apesar de nós não sermos considerados "nerds", ainda sim sofríamos bullying.
— Schiarelli, soube que tá se engraçando com a minha prima. Acha mesmo que vou permitir isso?
Jonas, um cara pegador na escola. Ele se acha só porque é esportista e treina numa equipe de vôlei do Ceará.
— Que eu saiba ela é a sua prima, não seu objeto — disparei, Edu riu.
— É, mas eu estou gostando dela. Se por acaso descobrir que está cortejando ela, juro que nesse dia você vai assistir as aulas com a cabeça na privada.
Cortejando. Quem usa esse termo em 2017? Jonas saiu com suas duas sombras, seus amiguinhos. Odeio ele, porque é da minha classe e tenho que conviver com aquilo. E como desgraça é pouca, ele baba a professora Fátima para ganhar notas boas.
— Pedro, amigo, tive uma ideia pra acabar com esses caras.
— E o que é?
— Eu tava lendo naquele site de fanfiction que sempre leio uma história sobre o Massacre de Columbine em forma de drabble. Por que a gente não se inspira?
— Você tá é louco.
— Brincadeira. Mas que dá vontade dá.
Fiquei caminhando de volta para casa quando vi uma aglomeração na loja de antiguidades. Corri para ver o que aconteceu e vi o velho conversando com dois policiais. Percebi que as peças estavam quebradas.
— Oh, Pedro. Entre aqui.
— O senhor quer algo comigo?
— Vou me mudar daqui. Eu fui ameaçado de morte, mas antes quero que fique com isto.
Ele me entregou a caixa de vidro com o vasinho de porcelana dentro. A princípio recusei, porque poderia ser algo extremamete valioso, mas o velho insistiu tanto que acabei aceitando. Ele disse para nunca abrir o conteúdo.
— Cheguei — disse para a empregada. — Algum recado dos meus pais?
— Hoje não. Hoje você está livre.
Entrei no meu quarto, coloquei a caixa sobre o criado-mudo. Peguei minha cadeira de escritório e fui sentar-me à mesa do meu computador. Pesquisei em tudo que é lugar com algo parecido com aquela caixa.
— Me ajuda...
Olhei para a caixa assim que ouvi um sussurro no meu ouvido. Pelas barbas do nove dedos, peguei um objeto assombrado.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Olha as referências aí. Capitão América chega se treme. Até um outro dia.
(e parem de pensar em pornozão)