In Love And In War escrita por Anieper


Capítulo 55
Capítulo 55




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/745969/chapter/55

Quando voltei para a comunidade, Rick estava me esperando. Ele fez sinal para que eu o seguisse e foi para casa. Eu o seguir até em casa e foi para o nosso quarto. Assim que entramos ele olhou para mim com atenção.

— Aconteceu alguma coisa?  Você não ia pescar com Carl? – perguntei olhando para ele confusa.

— Voltamos mais cedo por que ele estava com dor no olho. Não sei se aconteceu. Me diz você. – ele disse de braços cruzados no peito.

— Como assim?

— Você está estranha esses dias. Parece tensa com alguma coisa e não quer me falar. Carl disse que te viu com Jesus. Pelo o que estão me falando você se encontra muito com ele.

— A gente andamos juntos as vezes. Que mal tem? Está como Daryl? Ele estava nós seguindo. Foi você quem mandou?

— Não. Eu não preciso que Daryl faça alguma coisa para mim. Eu estou preocupado com você, não com o fato de estar andando com ele. Você me parece que está pronta para entrar em uma guerra e eu quero saber se preciso me preparar para uma.

— Rick, não podemos viver com a certeza que o que temos será para sempre ou que não encontraremos outro grupo ruim. Estou pronta para guerra como sempre. Não estou vendo nenhuma chegando e espero não ver. E anda com Jesus por que gosto de conversar com ele. Ele me entende. E não me pergunta a cada dois minutos se estou bem.

— Eu não perguntaria se você me falasse como está. E o que está acontecendo na sua cabeça. Você sempre foi muito boa em esconder tudo.

— Eu estou bem. Não tenho nada para compartilhar com você sobre meus sentimentos. – me aproximei dele e o abracei pela a cintura. – Estou bem paz comigo mesma. Mas se quiser me dá uma massagem eu ficaria muito grata.

— Você está bem com si mesma, não?

— Ficaria mil vezes melhor com uma massagem.

Rick riu e me beijou antes de me guiar até a cama.

— Agora? – perguntei confusa.

— Claro. Deita.

Eu rir e me deitei na cama. Rick colocou a bengala de lado e tirou minha blusa a jogando no canto do quarto antes de começar a passar as mãos pelas minhas costas. Eu soltei um gemido quando ele apertou um dos pontos de tensão, onde sabia que estava tensa. Ele seguiu a massagem dele, apertando todos os lugares certos. Ficamos assim por um tempo até ouvimos alguém batendo na porta.

— Entrar. – Rick falou apertando minhas costas enquanto eu soltava outro gemido.

— Eu não estou interrompendo nada? – Beth perguntou abrindo a porta com a mão nos olhos.

— Não. Estou fazendo uma massagem em Ally. Ela está toda dura.

— Eu estou tensa, não dura. Aperta um pouco mais. Aí é o ponto certo. – falei com outro gemido.

— Rosita quer falar com vocês. Ela encontrou uma menina e queria saber o que vocês acham. – Beth olhou para mim e Rick.

— Estamos indo. – Rick falou enquanto eu negava com a cabeça. – Dez minutos.

— Ok.

Beth saiu deixando nós dois sozinhos e eu voltei a enterrar minha cabeça no travesseiro.

— Vamos, amor. Depois eu termino. – ele disse dando um beijo na minha clavícula.

— Não quero. – gemi frechando os olhos. – Aqui está bom.

— Amor, eu termino mais tarde.

Resmunguei quando ele se afastou e me levantei pegando minha blusa do chão. A vestir e seguir ele para fora do quarto. Encontramos Rosita do lado de fora da comunidade com a menina. Ela deveria ter a idade de Carl. Era loira e um pouco mais baixa que eu. Ela tinha um brilho nos olhos e olhou para Rick desconfiada. Ela estava desarmada, mas sabia que ela era perigosa.

— Oi. Desculpa chamar vocês aqui, mas não queria levar ela para dentro antes de falar com vocês. – Rosita disse quando nos viu.

— Tudo bem. Quem é essa? – Rick perguntou olhando para a garota.

— Essa é Lídia, a encontrei em uma casa alguns metros daqui. O grupo dela a expulsou.

— Por que? – perguntei cruzando os braços.

 - Eu cansei de algumas regras deles. Não eram pessoas boas. Sabe aquela regra, o que você pegar é seu? Eles não têm isso. Se você pegar um pássaro e não for forte o bastante para lutar por ele, eles tomavam de você. – Lídia respondeu tensa. Ela não tirava os olhos de Rick.

— Rick, por que você e Rosita não entram e eu converso com Lídia? Está na hora de dá banho nas crianças, você sabe que Judith e Grace vão deixar Beth doida.

— Claro. Tem certeza que pode ficar aqui sozinha? Temos que limpar essa parte novamente. – Rick perguntou colocando a mão delicadamente em minha cintura.

— Vamos ficar bem. Fale para Beth que ela pode usar a banheira do nosso quarto hoje. As meninas estão se comportando bem, merecem esse mimo.

— Pode deixar. – Rick me beijou e se afastou com Rosita.

Os dois foram brincando um com o outro e eu esperei que eles tenham sumido para falar novamente.

— Vamos dá uma volta. Rick está certo sobre o fato de termos que limpar essa parte da cerca. E eu estou com uma dor nas costas infernal, ficar parada por muito tempo torna pior.

Lídia não disse nada me seguiu quando comecei a andar. Eu nos distanciei um pouco da comunidade, o bastante para não poder se ouvia por ninguém, mas perto para os vigias ainda me veres. Sabia que isso deixaria Rick mais calmo.

— Então, Lídia, quantos anos você tem?

— Isso importa? – ela disse rispidamente. – Ninguém mais sabe a idade que tem.

— Eu tenho trinta e um. – falei dando de ombros. – Meu marido, Rick, tem quarenta e um. Meus filhos têm, dezoito, catorze duas com quatro e três. Meu neto tem três. Minha nora vinte e um. Quer que eu pare por aqui ou devo continuar?

— Quanto tempo faz que o mundo acabou?

— Seis anos.

— Dezoito. E como você tem tantos filhos sendo tão nova?

— Três são adotados.

— Qual são os nomes?

— Carl, Lizzie, Judith, Grace e Antony. Tem irmãos?

— Não. Sou só eu. Você tem?

— Eu tinha. Agora não sei mais. – parei e encostei em uma árvore. – As pessoas nessa comunidade são minha família. São como irmãos para mim.

— Bom para você.

— Então, me conta um pouco de seu grupo.

— Não tem nada para contar. Eles eram um grupo normal.

— Eu vou perguntar uma coisa e não quero que se senti ofendida, mas algum deles te estuprou?

— Isso não existe mais. As regras mudaram.

— Algumas regras podem ter mudado, mas quando alguém não quer ter relações sexuais com outra pessoa e essa pessoa avança, ainda é estupro. Eu notei o modo como você olhou para Rick. Você estava estudando cada movimento dele e vendo possíveis pontos fracos.

— Você não faz isso com todos as pessoas estranhas que encontra? Você estava me estudando.

— Não como você. Você se concentrou em Rick. Não em mim. Mesmo fisicamente falando, meu marido parece mais vulnerável do que eu.

— A regra é clara. Ou você pode se defender, ou não pode. Muitas vezes eu não podia. – ela disse se sentando no chão. – Estou nesse grupo desde que começou. Eu fui considera sexualmente madura aos quinze. – ela soltou uma risada sem graça. – Minha primeira vez foi com seis caras. Eles fizeram uma emboscada. Eu conseguir lutar um pouco, mas seis contra uma, era muita injustiça. Eu tentei me manter mais afastada deles, mas foi difícil.

— Todas foram em grupo?

— Não. Umas três ou quatro. – ela abraçou suas pernas. – Eu desmaiei de dor. Não sei o que fizeram com meu corpo e prefiro assim.

— Eu sinto muito. – me sentei ao lado dela. – Se isso acontecesse com uma das minhas filhas, eu nem sei o que sou capaz de fazer. Eu caçaria esses desgraçados até o inferno e faria com que sentissem mil vezes a dor que causaram nessas antes de mata-los lentamente.

— Isso não acontece aqui?

— Somos uma família, Lídia. Cuidamos um do outro. Isso é o que nos diferencia dos walkers.

— O mundo foi a merda, a única coisa que nos restou foi um ao outro. Rick era policial antes disso começar, e não posso falar que nunca fiz nada que me arrependo. Eu matei tantas pessoas... Mas sei por que estão mortas. Tentamos matar apenas quem é preciso, não temos que marar todos que encontramos na nossa frente e não matamos.

— Quantas pessoas são ao todo?

— Bom, eu não vou te entregar todas as informações de uma vez. Apenas vamos dizer que somos muitos. Vem, está quase na hora de comer. Você deve estar com fome.

Me levantei e ela me seguiu. Eu entrei na comunidade e seguir direto para o refeitório. Lídia olhou tudo a volta dela com surpresa antes de se sentar em uma das mesas mais distantes com um pouco de comida. Me sentei na minha mesa de sempre com Rick e as crianças e mantive um olho nela. Era tão jovem e já passou por tanto. E estava me escondendo algum coisa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "In Love And In War" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.