Carl saiu do quarto pouco tempo depois. Ele me deu um beijo na testa e me deixou sozinha com Rick. Ele se sentou na cama ao meu lado e ficou olhando para o chão em silêncio. Me aproximei dele e o abracei por trás colocando minha cabeça no ombro dele.

— Eu sempre achei que estaria mais velho antes de meu filho começar a me dá conselhos de como eu deveria ser.

— Carl é um menino esperto. Ele não quer que as coisas voltem a ser como eram na prisão. Ele vê o que o mundo pode ser, mesmo com toda a raiva que ele sente de Negan.

— Eu não posso deixar ele vivo depois de tudo o que aconteceu.

— Você não pode ou não quer?

— Eu não sei, Simplesmente não sei. – ele disse colocando a mão sobre a minha. – Tantas coisas aconteceram. Perdemos tantas coisas. Ganhamos tantas outras. Eu não sei se os outros aceitariam Negan vivo.

— Se quisermos mudar quem somos e voltar a ser quem éramos antes do fim do mundo, eles têm que aceitar. Matar tudo e todos que encontrarmos está errado. Eles querem dá um chance para aqueles homens, eles deixam que eles vivam, mas eles ainda não entenderam que os  principais assassinos eram eles. Negan não precisa matar todos. Ele apenas precisava matar alguns e mostra o que ele podia fazer através do medo.

Me levantei da cama e fui para o banheiro, parei na porta e olhei para ele.

— Pessoas morrem, Rick. Não podemos evitar isso, por mais que quiséssemos, mas podemos evitar que a humanidade dentro deles morra. Isso podemos fazer. Devemos fazer.

Entrei no banheiro e troquei de roupa rapidamente. Sabia que Carl estaria ajudando Beth agora. De uns dias para cá, ele passava mais tempo com ela e as crianças, principalmente cedo para ajudar Beth, então fui ver como estávamos de comida.

Sabia que em pouco tempo teríamos que sair atrás de comida, estávamos com pouca e tínhamos muitas pessoas. Ajudei a preparar um café com o que tínhamos e depois fui atrás dos meus filhos. Carl estava sentado em uma mesa de piquenique com Beth, Judith e CJ. Eles estavam conversando e rindo enquanto alimentavam os pequenos. Fiquei um tempo olhando para eles antes de ir para o quarto ver como Grace estava.

— Ei. – falei quando me encontrei com Rick na escada.

— Oi. Eu vou atrás dos prisioneiros e ver se consigo pegar eles.

— Pegar ou matar?

— Não sabemos se algum deles viu Dwigth aqui. Temos que ter certeza.

— Tudo bem.

— Se estiver indo ver Grace, Siddiq está lá. Ele fez a mamadeira e vai alimentar ela. Depois vai leva-la para Beth.

— Certo.

— Eu devo voltar antes do anoitecer. – ele disse descendo as escadas.

Sus pirei e fui para o quarto. Siddiq estava terminando de arrumar Grace no colo. Ele sorriu para mim e se sentou na cama com ela no colo.

— Bom dia. – ele disse sorrindo.

— Bom dia.

— Seu marido acabou de sair daqui. – ele disse sorrindo para o bebê no colo. – Acho que ele está começando a me aceitar.

— Rick gosta de você, Siddiq, ele apenas não concorda com a fato de Carl ter se arriscado por sua causa.  Ele é pai, quer sempre proteger o filho.

— você não se incomoda por ele ter se arriscado por minha causa?

— Eu amo meu filho. Queria que ele não precisasse fazer a metade das coisas que fez, mas ele já é um homem. Ele sabe se cuidar. Por mais que eu queira que ele fique aqui aonde sei que é seguro, ele tem que seguir o caminho dele.

— Ele te ama. Sempre que ele fala sobre é senhora é com carinho, Nunca vi um adolescente falar desse modo sobre a mãe.

— O fato de ser uma boa mãe deve ajudar muito nisso.

— Eu acho que a senhora é melhor do que uma boa mãe. A senhora entende a maior parte dessas pessoas apenas com o olhar.

— Pare de me chamar de senhora. Assim que sinto muito velha. Nem Carl e Lizzie me chamam de senhora toda hora.

— Me parece errado chama-la de você.

— Eu prefiro assim. O Rick você pode chamar de senhor, ele é velho, mas eu não.

— Ei, eu vim ver como ela está. – Beth disse da porta.

— Terminando de mamar.

— Cadê Judith?

— Lizzie a levou para andar pela a comunidade. Acho que elas estão brincando de esconde esconde.

— Carl e CJ?

— Carl foi levar CJ para tomar sol enquanto conversa com ele sobre Sofia.

— Certo. Bom, eu tenho que ir encontra Jesus. Vamos dá uma volta para ver se encontramos alguma coisa para comer antes de anoitecer.

— Rick sabe que você vai sair?

— Rick sabe das coisas que eu faço? – perguntei fazendo ela rir. – Eu não devo demorar muito. Ele nem vai saber que eu sair.

— Até parece. Rick parece que tem um radar quando se trata de você. Principalmente quando você está gravida.

— Ele vai entender. – falei dando um beijo na testa dela. – Até mais tarde.

Sair do quarto e desci as escadas. Me encontrei com Ezekiel. Ele estava com raiva sabia que ele queria levar Carol para tentar encontrar Henry, mas sabia que ela não queria ir. Depois de ter pedido Sofia ela estava fechada para as crianças. Ela mal pegava CJ no colo.

— Ei, teve sorte?

— Não. Estava pensando em levar Shiva para tenta encontrar ele, mas não sei como ela vai reagir, ela é uma caçadora.

— Eu acho que você está certo. Não é uma boa ideia ela ir atrás dele quando ela está se alimentando tão pouco.

— Foi o que pensei. Vai sair?

— Vou em uma corrida com jesus, não quero ficar aqui sem fazer nada.

— Rick não vai gosta muito disso.

— Ele não precisa gosta. Eu preciso pensar em outras coisas para não enlouquecer. – falei descendo as escadas.

Passei para beijar as meninas antes de ir em encontrar com Jesus. Entrei no carro que ele tinha pego e seguimos para a loja que ele estava de olho.

— Eu estou tentando entra nela a meses. – ele disse me fazendo olhar para ele. – Não conseguir. A tranca é forte e não consigo passar pela a janela que está aberta.

— Talvez eu consiga. – ela encostando a cabeça no banco. – Nunca trouxe ninguém com você?

— Não. Como eu disse quando levei vocês lá pela a primeira vez, não temos muitos soldados, as pessoas não queriam se arriscar.

— Entendo. – falei fechando os olhos. – Quando isso começou também não tínhamos muitas pessoas para fazerem isso, mas agora temos um bom grupo de buscar.

— Como você está com tudo o que está acontecendo?

— Como assim?

— Eu notei que Rick te olha mais ultimamente. Como ele te conhece melhor do que ninguém, sei que isso pode querer dizer que tem alguma coisa errada.

— Rick está apenas preocupado com o fato de está gravida no meio da guerra. Ele costuma ser protetor.

— Ele te ama.

— Eu sei.

Jesus parou o carro e descemos. Seguimos para a porta. E notei por que ele ainda não tinha conseguido entrar. A porta tinha uma proteção na fechadura. Jesus se afastou um pouco de mim e voltou pouco tempo depois com uma escada.

— Aqui. – ele me entregou uma corda. – Cuidado. Rick e Carl me matam se alguma coisa acontecer com você.

— Eu sempre tenho cuidado.

Subi as escadas e entrei na loja pela janela com cuidado. Peguei minha lanterna e a liguei olhando em volta para ver se encontrava alguma coisa. Não dava para ver muitas coisas, mas também não escutei o som nada. Peguei minha arma e dei um tiro e esperei um pouco.

— Não parece que tenha walkers aqui. – falei para o Jesus antes de amarrar a corda e descer com cuidado.

Peguei minha arma e minha lanterna e fui andando pela a loja. Depois de ter certeza que não tinha nenhum walker aonde eu estava, abrir a porta e deixe Jesus entrar.

— Aqui está limpo.

— Vamos olhar tudo.

Juntos começamos a andar pela loja. Não encontramos nenhum morto o que era bom. E ruim ao mesmo tempo. Não conseguia ver como um lugar como esse ficou tanto tempo sem que entrassem aqui para saquear. Não era uma loja de comida, mas tinha muitas coisas que podiam nos ajudar. Pegamos o que precisávamos e voltamos para o carro. No caminho para casa acabei dormindo.