A Promessa escrita por Morgenstern


Capítulo 76
Epílogo.


Notas iniciais do capítulo

Maxon POV.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/745941/chapter/76

Mais um dia em Boston. Só que a diferença deste dia é exageradamente visível. O céu em um verdadeiro azul completamente sem nuvens, o sol dava o ar de sua graça e a brisa de verão estava tão agradável que eu não conseguia parar de sorrir para tudo aquilo. A faculdade estava enfeitada como tinha de está em uma ocasião como aquela. Minha roupa, não era nada na qual eu estava acostumado, mas por ser aquele dia, eu estava completamente confortável com a roupa social e a beca por cima.

Estávamos em uma fila ao lado do palco onde nossos professores e diretores davam inicio a nossa formatura. Olhei para as cadeiras quase todas ocupadas frente ao palco, procurando por Karlla. Ela estava vinte minutos atrasada. Eu conseguia ver Sebastian ao lado de Manu, via Larissa e Mariana conversando e mais duas cadeiras vazias que, uma claramente seria para Karlla, mas eu não fazia ideia para quem seria a segunda. Eu poderia descartar Travis e Camila, estes estavam viajando por Vegas para uma lua de mel antes do casamento. Poderia eliminar Júlia, Mylena e Letícia por estarem na fila das mulheres no outro lado do palco. Robert estava em Portugal com Leonor e provavelmente seria impossível que Beatriz ou Scott viessem depois da pequena pré-comemoração que fizeram ontem a noite.

Suspirei em derrota, cansado de pensar em algo e cansado de está em pé desde a hora passada.

— Mude essa cara feia, ela vai chegar a qualquer momento. – Aaron disse sob o ombro. Endireitei os meus tentando me focar no que o vice reitor falava.

Ah, que nada. Ele estava falando o quanto nós lutamos e nos esforçamos para está ali. Ele não sabia nem a metade do que eu havia lutado, com certeza. Ele e noventa por cento das pessoas ali não faziam a mínima ideia do que passei no começo do semestre, a quatro anos atrás e para ser sincero, nem eu mesmo lembrava exatamente de tudo. Aliás, lembrava de muitas coisas boas por que estas sim, valiam a pena.

— Hey, estava lembrando, – Aaron disse virando-se para mim. – Nosso primeiro dia aqui. Você lembra? – concordei com a cabeça sufocando uma risada. – Nós estávamos perdidos nesse campus. Mantivemos nosso grupo de amigos do colégio e olha só hoje, continuamos unidos.

— Yeah! – falei erguendo a cabeça em direção a fila das mulheres. Pude ver Júlia sussurrando algo no ouvido de Letícia que a fez por a mão na boca impedindo uma risada.

— Sabe o que lembrei? O aniversário do Max. – foi Jordan quem falou atrás de mim. – Quando ficamos bêbados desde antes das aulas. Lembram de Dylan ter... – ele parou e nós olhamos para o palco onde havia uma foto de Dylan e Taylor em homenagem.

— Dylan ter caído na mesa do professor e vomitado. – Aaron continuou com um sorriso. – Lembra da cara que ele fazia quando estávamos brigando? – perguntou a mim e claro, foi impossível não sorrir ao lembrar do rosto de desespero que Dylan fazia. Ele odiava que nós dois brigássemos, odiava quando Adam e Aaron estavam brigando.

— Ah! As caras dele. – Jordan dizia limpando os cantos dos olhos enquanto tentava rir baixo.

— Hey meninos lindos. – Mariana falou atrás de nós.

Ela abraçou Jordan e eu inspirei contando até dez mentalmente, pedindo que eles parassem com aquilo. Não importava quantas vezes Karlla chamava minha atenção, ela dizia que os dois eram maduros demais para conhecer o certo e o errado, mas eu não conseguia simplesmente observar minha prima ser desvirtuada por Jordan. Mariana ainda era uma criança em minha mente e Jordan ainda era o mulherengo, certas coisas não mudam da noite para o dia.

Mari revirou os olhos abraçando Jordan ainda mais forte.

— Só vim aqui para dizer, já que nenhum de vocês olhavam em nossa direção, que Karlla já chegou.

Pronto, no segundo seguinte eu estava procurando por ela entre as pessoas sentadas perto de nossos amigos. Vi Manu e Sebastian conversando com alguém e lá estava ela, rindo enquanto concordava com a cabeça para algo que Sebastian havia dito. Karlla não olhou para mim e mesmo com a enorme vontade de gritar o nome dela, eu apenas sorri e a observei de longe. Ela estava mais madura, seu corpo havia adquirido massa muscular pelos treinos de Box que ela tinha comigo, seu cabelo estava maior e seu rosto estava – de algum modo – iluminado. Talvez ela soubesse sobre meus planos para o próximo semestre, quando ela e suas amigas estariam se formando. Não é um pedido de casamento, não ainda, como Camila e Júlia arriscaram adivinhar. Mas era meu modo mais modesto de pedi-la em noivado. Ela irá surtar com toda certeza e me matar ao dizer que não irá aceitar casar comigo ainda. Ela sempre fazia isso, estava sempre negando quando eu quis lhe dá um presente bom o suficiente, quando eu contei sobre nossos planos para o futuro e Karlla estava sempre dizendo que tínhamos que ir devagar, pensar em nossas vidas individuais. Mas ela era idiota por não ver que, depois de nossa primeira vez, éramos um só e isso só foi se concretizando ao longo do tempo, quando conseguíamos passar por cada obstáculo da vida.

Karlla ergueu seu olhar para mim e sorriu erguendo os polegares.

Ótimo, ela estava quase igual a...

— Nossa! – Aaron exclamou, provavelmente olhando para a mesma direção. – É nosso pai.

— Claro! – Mari, que eu poderia jurar já ter voltado para se sentar, ainda estava ao lado de Jordan. – Tio Frank não poderia perder a cerimônia de formatura de seus filhos mais novos. – olhei para ela apertando o olhar.

— Quem? Sebastian ou...

— Karlla. – ela me interrompeu. – Foi Karlla quem o trouxe. Brigue com ela, xingue ela e faça essa cara para ela. – Mari disse revirando os olhos.

— Como ela conseguiu isso? – Aaron perguntou.

Voltei a encarar meu pai, ao lado de Karlla, sorrindo enquanto observava ao redor. Por um instante hesitei em nossos olhares se encontrarem. Eu o amava assim como amava meus irmãos, mas papai nunca havia saído de casa se não fosse para trabalhar na academia e ir ao cemitério visitar o túmulo de nossa mãe a cada mês. Ele não era carinhoso conosco e muito menos sabia algo sobre minha faculdade, era o tipo de pai que não sabia como começar uma conversa se o assunto não fosse futebol, luta ou cerveja. Sebastian era o único que falava sobre sua vida pessoal sem se importar com o "hum" que papai fazia quando não tinha resposta. E então, lá estava ele sorrindo para Karlla, para Sebastian, Manu e Larissa. Um sorriso de, posso está imaginando, mas de orgulho.

— Você sabe como seu pai fica quando está perto das meninas. Ele simplesmente vira um bobo e faz tudo o que elas pedem. – Mari respondeu sorrindo para nós. O mesmo sorriso de orgulho de papai. – Eu vou voltar para meu lugar. Parabéns outra vez. – disse erguendo os polegares.

Me virei de volta para a fila observando como papai e Karlla se davam bem, me fazendo lembrar o dia que se conhecerem. Travis havia sido o primeiro, levando Camila quando os dois fizeram uma tatuagem juntos. É claro que ele foi esperto já que estavam eufóricos com o momento e Camila mal ficou nervosa. Sebastian tentou algo parecido, mas nada que fizesse Manu relaxar para conhecer o sogro. Larissa deve ter sido a mais calma de todas, talvez por Aaron ter comentando sobre os assuntos que nosso pai gostava e lá estava ela, comentando sobre futebol e luta. Não preciso dizer que ganhou inúmeros pontos com papai. Já com Karlla foi algo completamente inusitado e mesmo eu jurando não ter planejado o encontro, ela insiste em dizer que eu era o culpado.

Olhei para ela sentada na plateia e sorri relembrando quando treinávamos na academia da família. Karlla estava forte, decidida a aprender golpes e mesmo jurando que era para moldar o corpo, eu sabia que era para defesa pessoal. Tentei mostrar os golpes mais fáceis ignorando sua bunda empinada ou seu rosto que ficava lindo com raiva e principalmente ignorei seu cheiro. Foi difícil, óbvio mas eu quem deveria treiná-la. Duas semanas depois Karlla tinha decorado os passos, estava verdadeiramente lutando comigo e não se importando se poderia me machucar. Certo, ela realmente poderia me machucar considerando a força que levava em cada chute, cada murro e a raiva que sentia no momento. Eu por outro lado, me esquivava e tinha o cuidado com meus contra ataques. Papai apareceu na academia aquele dia e como sempre fazia, se trancava em seu escritório estudando os gastos da semana e tudo mais. Eu não me importei em avisar a ela, já que Karlla se irritava quando eu tentava puxar algum assunto que a relaxasse mais e então ele nos viu. Para ser mais exato, papai a viu. Ele assistiu todo o treino e fez questão de gritar algumas dicas de onde estava. Era o que eu temia.

Karlla ficou rígida no instante em que ouviu a voz estranha vinda de fora do ringue. Ela olhou para mim com aquela carinha que fazia quando estava confusa.

— Oi pai. – falei deixando-a surpresa.

— Você está erguendo a perna alto demais. – papai disse a ela.

— Pode deixar pai. – falei rapidamente.

Mas ele não deixou, continuou mostrando a Karlla onde ela estava errando e em menos de cinco minutos, meu pai era o treinador e eu tinha ficado de lado. Foi bom vê-los juntos, mesmo que seja esmurrando ou chutando, pelo menos Karlla não havia pirado como sempre fazia quando eu dizia que iria levá-la ao meu pai.

Pisquei uma vez voltando a formatura percebendo que tanto meu pai como Karlla estavam olhando para mim. Ele sorriu erguendo os polegares e eu acenei com a cabeça, desviando meu olhar para ela.

— Parabéns! – Karlla disse mexendo os lábios, beijando a mão e assoprando para mim.

— Eu te amo. – respondi mexendo os meus, tão feliz quanto eu poderia está.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

FIM!!

Eu gostaria muito de saber o que acharam da história e queria agradecer a todas que acompanharam, que surtaram com a história desse grupo.
Muito obrigada a todas que comentaram.
Muito obrigada as recomendações.
Muito obrigada pelos elogios.
Sério, se não fosse por vocês, nada teria animação, inspiração e história.
Espero que tenham gostado da Karlla, do Max e de toda a turma. E quem quiser acompanhar minhas novas histórias aqui, são elas Operação Zumbi, A Vingança de Samantha O'Connell e Os Magos de Pittsburgh.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Promessa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.