A Promessa escrita por Morgenstern


Capítulo 48
Confissões. +18




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De repente senti seus braços em minha cintura, fechei os olhos sentindo sua respiração em meu rosto e eu não lembrava o momento em que havia dado brecha para ele, também não me importava com isso agora porque meu corpo me traiu totalmente. Meus braços viajaram por debaixo de sua camisa sentindo seu abdômen tenso, duro enquanto seus lábios faziam o caminho do meu pescoço até minha mandíbula. Os arrepios em meu corpo eram extremamente agradáveis e eu queria imitar seus carinhos e deixá-lo tão quente quanto eu. Maxon se afastou e me encarou apreensivo, seus olhos gritando por um pedido de desculpas, seu corpo gritando pelo meu corpo e eu não podia negar – não quando estava estampado em meu rosto que eu o queria.

— Eu não posso te perder. – ele sussurrou com os olhos nos meus, sorri levando minhas mãos até sua nuca trazendo-o para perto o bastante para beijá-lo.

E lá estávamos nos beijando sob a cama, completamente diferente do banheiro e da nossa primeira vez. Nossas roupas eram o único obstáculo – que eu queria rasgar e fazer desaparecer. Maxon puxou minha cintura enquanto afundava sua língua em minha boca, afastei minhas pernas e deixei que ele tirasse meu jeans. De calcinha e a blusa intocável, prendi as pernas em volta da cintura dele, Maxon nos ergueu de modo que sentamos na cama e nos encaramos por um instante – quase eterno – antes de voltarmos a nos beijar rápido, rude, desesperado. Eu estava cansada de esperar, puxei sua blusa para cima da cabeça, tirei a minha o mais rápido que puxe deixando-o apenas com jeans.

Não importava se meu passado estava na sala, não importava se poderiam nos ouvir, não importava o mundo atrás daquela porta. O que importava era Maxon ali, me deixando abrir o zíper da calça, me deixando pôr a camisinha em seu membro duro e ativo. Eu não poderia está mais feliz. O que importava era tê-lo em mim, forte como um Maddox.

Ansioso como um Maddox.

Carinhoso como um Maddox.

Seus lábios em meus lábios, descendo para meu pescoço, para meus seios me deixavam louca. Eu precisava gritar o quanto estava gostando daquilo. Suas mãos em minha cintura me erguendo a cada movimento, meus braços presos ao ferro da cama para dá mais apoio, nossos copos colados, nossas respirações, nossos gemidos era o que me enlouqueciam.

Poderíamos está fazendo barulho na cama com os gemidos que fizeram Maxon tampar minha boca enquanto sorria como um garoto e se movimentava para cima e para baixo. Mais e mais e mais fundo. Mais e mais e mais dentro de mim. Eu queria que ele fosse mais fundo, queria que ele chegasse em seu ápice assim como eu estava chegando e mesmo se aquela fosse nossa última vez – apesar dos meus sentimentos – eu não estava pronta para ser o prêmio da aposta outra vez, não estava pronta para quebrar a promessa – mesmo já tendo quebrado no instante em que havia beijado Maxon pela primeira vez. Ele gemeu com o rosto enterrado em meu pescoço e eu sabia que ele havia chegado, assim como eu e caímos na cama ofegantes e tão cansados. Maxon estava sorridente, seu rosto com covinhas, seus olhos brilhando enquanto me encarava.

Ele ainda estava dentro de mim quando se apoiou em um cotovelo na cama e acariciou meu rosto com a outra mão. Sem deixar de sorrir, sem se importar com o suor grudando nossos corpos, sem se lembrar dos dias anteriores.

Sem promessas.

Sem apostas.

Sem mortes.

Sem jogos.

Sem passado.

— Eu preciso confessar uma coisa. – ele disse tentando disfarçar o sorriso bobo no rosto. – Fui ao Morgan saber qual era a sua com o Leger.

— O que? - exclamei interrompendo os carinhos que fazia em seus cabelos tão, tão, tão macios. – Está falando que você só quis me trazer para a cama?

— Não! Obvio que não. Mas eu queria saber se vocês estavam começando algo. Não sei, Karlla. Com você as coisas são rápidas demais ou lentas demais. – pressionei os lábios para não ri, era a primeira vez que alguém havia me definido assim, rápida demais ou lenta demais.

— Está falando do sexo? – perguntei por implicância, tentando desviar o rumo do assunto.

— Não. Estou falando sério. – respondeu apertando os olhos para mim, puxando o cobertor até nossas cinturas e me puxando para seu peito, para seus braços, para seu cheiro pós-sexo. – Você é muito intensa e é por saber disso que fiquei com medo quando te vi com ele. Vocês por acaso fizeram...

— Não. – respondi sem deixar que ele terminasse a pergunta. Mentindo na cara dele, nos braços dele depois de um sexo muito gostoso. – E você com aquela morena? – perguntei afastando a cabeça para encará-lo.

— A Kriss é só uma amiga e não, eu não iria fazer sexo com alguém na sala de aula. Não chego a ser tão baixo.

Tive que engolir duro e disfarçar muito bem.

— Mas então... – falei desviando o olhar. – Porque esse interesse repentino nesse jogo demoníaco?

— Jogo demoníaco. – Maxon disse em uma gargalhada divertida, engraçada e muito natural. – Isso foi realmente engraçado. – disse me apertando em seus braços, se aconchegando em meu pescoço. – Por um lado, até que você tem razão.

— E você está me enrolando.

— Isso não é assunto para depois do sexo. - ele falou me deixando impaciente, nervosa com o tamanho da curiosidade que crescia em mim.

— Maxon. Eu quero saber. Por favor. – choraminguei tentando de todas as formas fazê-lo ceder, nem que seja pela pior das maneiras. Maxon suspirou e beijou meu rosto deixando seus lábios colados em minha bochecha.

— Aaron viu uma coisa. – ele sussurrou, me fazendo se afastar longe de seus lábios, longe de qualquer coisa que me impeça de raciocinar.

— Que coisa? – perguntei com a voz trêmula, amaldiçoando a mim mesma por isso.

— Ele viu a mesma coisa que você naquele dia, mas era nossa mãe e ele.

— O que? – tive que gritar de tão chocada, assustada e nervosa pelo o que estava acontecendo.

Me afastei de seus braços e sentei na cama puxando o cobertor para me cobrir, só poderia ser um pesadelo, um grande e terrível pesadelo. Não bastava ser apenas comigo, tinha que ser com um Maddox e por um lado eu estava aliviada que não fosse com Maxon, porque de todas as formas aquilo não era nada bom. Poderia ser um aviso, poderia ser minha morte e agora Aaron estava no mesmo caminho, talvez atrás de mim na fila que alguém teve o trabalho de fazer e que começou por Dylan.

De repente minha vista escureceu e o quarto saiu de foco, minha cabeça rodava e achei – mesmo – que fosse desmaiar. Ouvi Maxon chamar meu nome, mas eu já estava muito longe, longe o bastante para não conseguir voltar, longe o bastante presa em meus pensamentos, nas teorias loucas que agora faziam sentido. Talvez a morte da Lethicia tenha sido um aviso.

“Não importa quantos morrerão, nunca será o suficiente para abalá-los”

Eu nunca poderia esquecer a mensagem, não poderia deixá-la de lado com todo esse mistério. Talvez eles tenham nos avisado e como ignoramos, Lethicia teve de pegar. Talvez Aaron ou eu mesma seremos os próximos. Talvez estejamos em uma fase do jogo esperando a decisão dos jogadores, esperando que tenham compaixão ao “jogador automático”.

— Maxon. – falei voltando a realidade, ao quarto, a cama e a Maxon.

— Sim? – ele perguntou levantando-se com uma mão em meu ombro enquanto seus olhos me analisavam.

— Acho que serei a próxima. – falei me virando a ele.


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