Apenas um Sorriso escrita por Palas Silvermist


Capítulo 7
Capítulo 07 – “Diga menos nãos”




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O mês de março entrou anunciando o fim do inverno. Logo a neve começava a derreter e pouco a pouco o canto de alguns pássaros voltava a fazer parte dos jardins da Escola novamente.

Dentro do castelo não havia grandes mudanças. Sirius há algum tempo tinha desistido de pedir a Tiago atualizações do andamento da aposta. Remo continuava não tendo idéia do caso – esse tinha sido o acordo entre os apostadores desde o início, tinham certeza de que o amigo não gostaria nada do assunto.

E o fato era que, não tendo Almofadinhas lembrando-o o tempo todo, Tiago esquecia incontáveis vezes o motivo que o tinha aproximado de Lílian. Ele começava a perceber o quanto queria estar sempre perto dela. Seus gestos macios, porém firmes, sua voz, seus olhos. Seus olhos simplesmente o atraíam, fosse para prendê-lo em um sarcasmo ou para completar seu sorriso.

Lily, por sua vez, nem imaginava ter sido objeto de uma aposta. E para seu espanto se acostumara à companhia de Tiago. Ele não era de todo mal e andava menos presunçoso, para dizer o mínimo.

Já Amy não precisava mais se preocupar com a amiga. Sem dúvida, a convivência com o maroto tinha feito bem a ela. Podia agora voltar todas as suas energias para os NIEMs. Precisava de boas notas, uma vez que queria ser curandeira como a mãe.

Alice seguia mais ou menos a mesma linha. Esforçava-se ao máximo para conseguir os pré-requisitos para entrar na Academia de Aurores. Além disso, claro, usava boa parte do seu tempo livre para trocar cartas com o namorado. Pobres corujas… definitivamente, trabalho não faltava a elas.

Enquanto isso, Mila transitava entre as amigas da Grifinória e da Corvinal. Além de manter sua silenciosa admiração por Remo – o que, aliás, levava-a a estar mais presente à mesa da Grifinória do que à da própria casa.

Quanto aos Marotos, continuavam intrigados com o pássaro que entrara na Casa dos Gritos e que tinha tornado a aparecer esse mês. A falta de pistas sobre quem seria ou a quem pertenceria só não deixava Remo mais preocupado, pois não havia nenhum indício de seu segredo ter vasado.

O início da primavera mudou por completo o cenário externo de Hogwarts. O verde tapete de grama tinha rebrotado e os botões das flores começavam a polvilhar os jardins de pontos coloridos. Uma vez descongelado o lago, a Lula Gigante voltou a dar o ar de sua graça próxima á superfície.

As janelas do castelo agora passavam a maior parte do dia abertas, dando aos corredores uma sensação menos claustrofóbica e as pesadas capas de inverno voltavam para os malões apesar do vento frio que ainda soprava à noite. De modo geral, tudo parecia começar a adquirir um ar mais leve.

A nova estação também trouxe mudanças na cor de Flor, a iguana de Hagrid, que passara de cinza opaco para um tom rosado e estava agora rosa escuro. Isso deixava Lily cada vez mais inquieta e a motivava a visitar o meio-gigante frequentemente à procura de uma razão para convencê-lo a se desfazer o animal.

No café da manhã da última sexta-feira de março, Amy e Sirius discutiam as chances da Grifinória no próximo (e último) jogo de quadribol dali um mês contra a Corvinal.

—Que Mila não nos ouça, - dizia Amy – mas temos um time muito melhor que a Corvinal.

—Como assim “que Mila não nos ouça”? É uma pena ela não estar por aqui hoje, seria ótimo.

—Ah, é. Ia me esquecendo de que um dos seus passatempos preferidos é provocá­-la falando mal do time da Corvinal…

—Só porque ela é uma torcedora fanática. – ele brincou

Ela é fanática? Quem foi que ficou uma semana resmungando quando os Tornados perderam o campeonato ano passado?

—Aquilo foi diferente! Aquele juiz deixou de marcar três pênaltis!!

Amy riu com gosto, criancinha indignada de 1,80 ao seu lado.

Mais para a ponta da mesa, Tiago puxava assunto com Lílian:

—Evans, você vai fazer alguma coisa no fim da tarde?

—Tenho uma redação de Aritmancia pra terminar.

—É muito urgente?

—Não muito, é pra terça que vem.

—Então você pode me encontrar em frente à Estuda 2 lá pelas seis?

—Por quê?

—É uma surpresa.

—Surpresa? – ela ergueu uma sobrancelha

—É.

—Não sei...

—Por favor?

Após pensar um momento, ela respondeu:

—Está bem.

… … … … … … … … … … … … … … … …

De forma geral, aquela quinta-feira estava passando devagar demais para o gosto de Tiago. Queria que o fim da tarde chegasse logo. Finalmente para ele, era hora do almoço. Parecia-lhe que haviam passado semanas desde que levantara de manhã. À mesa da Grifinória, enquanto conversavam, Tiago roubava descarado batatas fritas do prato da ruiva.

—Potter, a travessa de batatas está logo à sua direita.

—Eu sei. – disse ele após engolir – As suas são melhores.

A resposta dela foi olhar para o teto encantado bem-humorada.

Amy assistiu a tudo isso de perto, mas nada disse. A mudança em sua amiga era absolutamente visível. E o maroto também estava diferente. Sem dúvida, os dois faziam bem um ao outro. E pensando bem, até que formavam um casal simpático… quem diria…

—Lily, - Tiago virou-se para ela novamente – não esquece: às seis em frente à Estufa 2. – ele disse antes de se levantar, roubar mais uma batata e sair em direção ao Saguão de Entrada.

… … … … … … … … … … … … … … … …

Anos depois para Tiago (horas para um relógio normal), as seis da tarde chegaram e ele andava pelos Jardins em direção às Estufas. De longe, viu que Lílian já o esperava em frente à Estufa 2 e mais uma vez consultava o relógio.

—Se você estava ansiosa para eu chegar, eu desculpo. – ele falou indicando o pulso dela

—Não, só estava vendo se você estava atrasado mesmo.

—Sempre espirituosa…

Lily reparou que ele carregava sua vassoura. Achou que dali ele devia seguir para o campo de quadribol ou algo assim.

—Afinal, por que falou para eu te encontrar aqui?

—Quero te mostrar uma coisa. E pra sair da sua rotina, vamos com a Sharon.

—Vamos com quem? – Lily não se lembrava de nenhuma menina no castelo que se chamasse Sharon e, olhando para os lados, tampouco via alguém por perto

—Com a Sharon. – ele indicava…

—Sua vassoura? – ela levantou ligeiramente as sobrancelhas não acreditando no que estava ouvindo

—É.

—Você batizou sua vassoura de Sharon?

—É, por quê?

—Você guarda o seu patinho de borracha em baixo do travesseiro também?

—O Duck? Não, eu não o trago para Hogwarts. – ele respondeu displicente

—Duck? Nome bastante sugestivo para um pato.

—É brincadeira, o Duck não existe.

—E a Sharon?

—Está aqui.

—Merlin, devem ter jogado chá de cogumelo no meu suco de abóbora na hora do almoço. – disse balançando a cabeça

Tiago riu abertamente.

—Tudo é brincadeira, Evans. Sirius que gosta de me encher chamando minha vassoura de Sharon, mas é só.

—Vocês realmente não têm mais nada pra fazer.

—Então, vamos? – ele estendeu a mão

—Por que não vamos a pé mesmo?

—Como eu disse, pra sair da sua rotina. Vem.

—Você realmente está achando que vou subir nessa vassoura?

—Estou.

—Bom, eu não vou.

—Por que não?

—Só… porque não.

—Hum, sua resposta teve um argumento bastante convincente. E engraçado porque eu tenho a impressão que você gostaria de ir. Então, diga menos nãos.

—Por que acha que quero ir?

—Porque sei que gosta de voar, da sensação de liberdade. Ouvi você dizendo isso recentemente a Alice depois de dar uma volta da vassoura dela.

Lily não teria muito o que contra-argumentar. Simplesmente porque aquilo era verdade. Só por isso. E nem saberia dizer a razão de resistir tão firmemente àquilo. Também não sabia dizer ao certo porque começava a depositar confiança em Potter, e não era de hoje. No entanto, dizer simplesmente “sim” continuava fora de cogitação.

—Aonde vamos? – perguntou ainda com ar desconfiado

—Uma das arquibancadas do Campo de Quadribol. E é melhor não demorarmos. – Tiago olhou para o céu.

—Está bem. – ela disse estreitando um pouco os olhos

—Custa dizer um sim de boca cheia? – disse fingindo-se de ressentido – Precisa ficar com essa cara de “ ‘tá bom, já que você insiste tanto...”?

A ruiva riu.

—Agora melhorou um pouco. Vem.

Lily aceitou a mão que ele oferecia e a educada ajuda para subir na vassoura.

Tiago não tinha tempo a perder, aquela discussão demorara mais do que ele tinha previsto. Ele inclinou o corpo imprimindo velocidade e a garota precisou segurar-se nele para não cair. A sensação do vento batendo no seu rosto e nos seus cabelos era realmente… maravilhosa.

Foram para a arquibancada que ficava mais voltada para oeste. Bem a tempo.

—Já tinha vindo aqui no final da tarde? – Tiago perguntou ajudando-a a descer.

—Não. Por que eu viria pra cá?

—Por isso. – ele apontou para o horizonte

Ela mal conteve uma exclamação.

A vista do céu naquela direção se já não fosse bonita de qualquer jeito, agora estava dourada do por do sol. Lílian ficou estática por um momento. Depois foi até uma das últimas fileiras de cadeiras e sentou-se apoiando os braços na beirada da arquibancada e a cabeça nos braços.

O rapaz notou que ela tinha um ar diferente. Quase sem fazer barulho se aproximou e sentou na cadeira ao lado. Esperou um tempo, mas ela não disse nada.

—Você ficou quieta de repente. Achei que gostaria da vista, mas, se quiser, podemos voltar. – falou escondendo certa preocupação, havia algo naqueles olhos… um reflexo estranho que não devia estar ali.

—Não, eu… eu gostei – ela murmurou como se voltasse a si, tirando os braços do muro e encostando no assento – Isso só… me traz lembranças.

—Posso perguntar do quê? – Tiago perguntou no mesmo tom de voz

Ela não o olhava diretamente e respirou algumas vezes antes de responder.

—De quem, na verdade. Alguém que venho tentando esquecer há pouco mais de um ano.

Por algum motivo, apesar de ter sido uma resposta vaga, a frase da moça o fez encaixar peças da memória que ele não tinha percebido ainda.

Tinha inúmeras lembranças dela no quinto ano, porque fora nesse ano que a convidara pra sair inúmeras vezes. E agora o detalhe que lhe chamava atenção: muitas vezes a via de cabelo solto, ou mesmo preso. De qualquer forma, o penteado variava.

Tentava puxar as lembranças. Sexto ano… sexto ano…

—Quanto tempo faz que começou a prender o cabelo todo puxado pra trás? – ele perguntou já imaginando a resposta

Mais uma vez, ela respirou fundo antes de responder.

—Pouco mais de um ano. – e terminou dizendo mais para si – Antes tivesse sido só o cabelo.

—O que aconteceu?

Lily o olhou um instante quase como se o avaliasse. Havia tanto tempo que não tocava naquele assunto… Quando percebeu, já dizia:

—Nas férias antes do sexto ano, eu encontrei alguém. Na verdade, reencontrei. Um antigo colega de escola, um que não tinha acreditado nos absurdos que minha irmã andava espalhando a meu respeito quando eu não estava em casa. Um dos únicos que não acreditou, na verdade.

—Que tipo de absurdos? – Tiago franziu a testa

—Variados. – ela deu de ombros – Desde o tipo de escola que estudo até aspectos da minha personalidade. Petúnia se mostrou com uma imaginação bem mais ativa do que eu suporia. De qualquer jeito, minhas amigas estavam viajando e acabei passando a maior parte do verão com ele.

Tiago se mexeu incomodado, mas nem a ruiva, nem ele perceberam.

Lily achou desnecessário acrescentar o quanto aquele garoto era bonito, cavalheiro… Não quis mencionar que tinha se apaixonado pela primeira vez.

—No meio de agosto começamos a namorar. Na verdade, ele me pediu em namoro num pôr-do-sol idêntico a esse. Mas logo o primeiro de setembro chegou.

Intimamente, o maroto nunca tinha achado a data mais bem-vinda.

—Ao contrário do que eu esperava, ele não terminou comigo e combinamos de nos escrever o mais freqüente possível.

“Lógico que ele não sabia sobre Hogwarts, então eu tinha de mandar minhas cartas para que minha mãe pusesse no correio e ele pudesse recebê-las normalmente.

“Passei o semestre contando os dias para voltar para casa no Natal. E lá estava ele quando cheguei, do mesmo jeito de quando eu tinha partido.

Sexto ano… Lá estava a lembrança de Tiago: Tinha ouvido falar que Evans estava namorando. Era por isso, aliás, que tinha parado com os convites. E não pôde deixar de reparar que ela, de fato, andava sorrindo o tempo todo e recebia bem mais corujas do que de costume. Sabia agora de quem eram as cartas e imaginava que de algum modo eram entregues também à mãe dela para que pudessem ser encaminhadas para Hogwarts.

—Até hoje não sei o que aconteceu ao certo. – Lílian continuou a narrativa – Se Petúnia não suportava me ver tão feliz ou se fez sem planejar mesmo.

“O fato é que uma semana antes de as aulas começarem, minha irmã desceu as escadas aos gritos até me encontrar na sala. A partir daí, ela apenas berrava para o mundo inteiro ouvir como eu era anormal, uma aberração, que uma estúpida coruja do meu mundo anormal tinha entrado do quarto dela e quase furado seus olhos, que era uma pena as bruxas não serem mais queimadas e por aí foi. Infelizmente, meus pais não estavam em casa para fazê-la ficar quieta. Ela ainda atirou meus livros e minha varinha pela janela, que, só então eu percebi, estava aberta.

“Corri para o jardim da frente para recolher tudo aquilo antes que alguém visse. Mas era tarde demais.

Lily sentia suas mãos começarem a tremer e sabia que nada tinha a ver com o vento frio que soprava com o início da noite.

Lumus. – Tiago murmurou acendendo sua varinha – E depois?

—Ele estava em frente ao portão da minha casa com um botão de rosa branco na mão. - disse com o olhar baixo – Tinha o olhar vidrado. Quando me aproximei, ele deu um passo atrás.

“-É verdade então? Você pensa que é uma bruxa?

Nesse ponto, não tinha mais o que esconder.

—Eu não penso. Eu sou.

—Eu devia saber. Se a sua própria irmã diz que você é louca. – ele abanava a cabeça

—Eu não estou inventando e posso provar. – disse exasperada.

—Não, Lílian. Chega.

“Recolhi minha varinha do chão ao mesmo tempo em que o vi quebrando o cabo da flor a jogando na calçada. Perdi o chão e já mal via o que estava fazendo. Fiz a rosa flutuar até ele e ele ficou absolutamente paralisado. Só quando as pétalas encostaram na sua mão que ele pareceu se dar conta do que estava acontecendo e correu sem olhar pra trás.

—Ele mal tinha virado à esquina quando a carta do Ministério chegou. Para minha sorte, não havia mais ninguém na rua àquela hora. – ela concluiu

—Qual o nome dele?

—Não importa. – respondeu balançando negativamente a cabeça

—Teve alguma notícia… - Tiago começou

—Não. – ela não lhe deu tempo de terminar – Nunca mais o vi. Nem sequer abriram a porta quando fui à casa dele.

—Covarde. – Tiago murmurou

—Não, trouxas não imaginam que magia realmente exista. – Lily ponderou

—E você ainda o defende? – ele perguntou quase indignado

—Não. – ela respondeu – Só digo que não sei o que teria acontecido se ele tivesse recebido a informação de forma diferente.

—Sua irmã pelo menos se arrependeu depois disso?

—Ah. – ela deu um sorriso tristemente sarcástico – Não duvido que ela tenha ido parabenizá-lo pela sábia decisão. Foi quase impossível suportá-la na semana seguinte. Mas isso não foi uma surpresa.

Lily apoiou os pés na cadeira e abraçou os joelhos.

—É só que… droga, ela é minha irmã, vai sempre ser. E as memórias de nós duas juntas antes de a carta de Hogwarts chegar vão sempre existir. Depois disso, eu só…

—Se fechou. – ele completou

Lílian levantou os olhos para ele pela primeira vez num misto de espanto, admiração e algo mais que ela não sabia bem o que era. Aquele certamente não era o Tiago Potter que ela conhecia.

—Fui para um campo mais seguro e fiz o que sempre soube fazer, estudei.

—Recusando também qualquer convite de passeio a Hogsmeade.

Ela franziu de leve a testa numa interrogação.

—Fiquei sabendo que não fui o único a receber seus nãos. Se bem que os que eu escutei foram de longe os mais criativos.

Ele sorriu e recebeu um sorriso sem jeito de volta.

Tiago levantou delicadamente o rosto dela. Aqueles olhos…

—Os dois não merecem o que você passou por eles.

Ela sorriu mais uma vez abaixando a cabeça.

—Obrigada. – falou colocando o cabelo atrás da orelha – Desculpe, não queria ter te incomodado com toda essa história.

—Foi um prazer, Evans. – disse sinceramente

—Lily. – aqueles chamativos olhos verdes se encontraram com os de Tiago – Pode me chamar de Lily.

—Se me chamar de Tiago. – ele manteve os olhos nos dela

—Vou tentar. – a ruiva concordou meneando a cabeça

 

 


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Notas finais do capítulo

N/A – Oiiii!

Esse foi um capítulo de ritmo mais lento, acho, espero que tenham gostado apesar disso.

Vamos aos devidos créditos:
A brincadeira de chamar a vassoura de Sharon acabou ficando mais infame do que eu previ (por favor, não me joguem tomates) e veio da novela “Coração de Estudante”. Um dos personagens (Pedro Guerra) gostava tanto da sua moto que a chamava de Sharon.

A outra fala de Tiago, sobre falar um sim de boca cheia veio de outro personagem do mesmo ator em outra novela, Bang-Bang, talvez.

Até o próximo capítulo!
Beijos
Palas



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