— Bela casa, Saimon. — Sirius acabara de entrar na varanda da casa. — Eu fiquei sabendo, Dumbledore contou a todos que você é filho do ex-Presidente dos EUA que nos ajudou na primeira guerra.

— Agora acredita que sou confiável, Black? — disse Saimon sentado na sacada da varanda bebendo uma garrafa de cerveja comum. — Não precisa se esforçar para fingir que minha presença te agrada, eu também não gosto de você. — virou-se para Sirius o encarando seriamente. — Sabe o que é irônico? É que eu também já fui como você... Saia com várias mulheres ao mesmo tempo, odiava mulher grudenta e relacionamento sério. 

— Por que está me contando isso? — arqueou uma das sobrancelhas. — Você nem me conhece direito.

— Somos farinha do mesmo saco, você nunca vai ser melhor do que eu só porque é padrinho do Harry. — Saimon se aproximou de Sirius ameaçador. — Dessa vez você não vai ser o centro das atenções, Black.

— Olha só! O nerd inteligente se rebelando... fiquei surpreso admito. Você é bem esperto e não é tão inocente assim... A Aurora sabe esse seu lado ciumento? Ela sabe que você é obcecado por ela? É claro que não, ela nunca olharia para você. — Sirius o olhou de cima a baixo em deboche. — Isso não é uma competição e nem se atreva a me comparar novamente com você, entendeu? A Aurora é boa demais para ver o tipo de pessoa que você é: um doente.

— Não importa o que faça ou o que fale de mim, ela nunca vai acreditar em você. E todas as vezes que você a chatear, pode ter certeza que ela vai sempre voltar pra mim.

— Eu já entendi o que você quer e não vou cair nessa. — Sirius sussurrou. — Você quer que eu te dê um soco para a Aurora pensar que foi eu que comecei a briga e você ficar como vítima da história. — Saimon sorriu vitorioso. — Embora minha mão esteja coçando para te bater, eu não vou ser um idiota, até porque o Harry está bem ali e olhando pra gente, então, sugiro que não estrague a noite dele, porque a Aurora não vai gostar nada disso.

Saimon olhou disfarçadamente para o lado de dentro da casa e viu Harry olhando curioso com Rony e Hermione. Acenou e sorriu. 

— É... tenho que admitir que Azkaban te fez bem, você ficou mais inteligente, Black. — apertou sua mão em cumprimento. — Isso foi um teste. — saiu indo ao encontro de Dumbledore deixando Sirius com uma expressão confusa.

Sirius sentia que Saimon era uma ameaça e não sabia ao certo se deveria contar a alguém sobre essa conversa.

Remo havia percebido o nervosismo e a preocupação de seu amigo, quando o viu bebendo a terceira taça de vinho.

— Aconteceu alguma coisa Sirius? Eu vi você e o Saimon conversando na varanda um pouco mais cedo.

— Não é nada demais, eu juro. — bebeu mais um gole e mudando de assunto. — Você e a Tonks estão cada vez mais próximos, não é?

— Está mudando de assunto, então a coisa é séria. E sim estamos nos entendendo... mas isso não vem ao caso agora. Você não vai me enrolar, desembucha.

No mesmo instante, Aurora chamou todos avisando que o banquete estava pronto.

— Salvo pelo gongo. É melhor irmos comer antes que você fique bêbado. — sorriu para o amigo. — Não sei o que aconteceu, mas não seja paranoico. O Saimon é gente boa, não tem nada com o que deve se preocupar.

— Tem razão, talvez eu tenha bebido demais, vamos!

...

— Um brinde a família. — disse Aurora levantando a taça de vinho ao alto e todos repetiram em coro.

— Eu tenho algo a dizer. — Saimon se pronunciou olhando para Sirius o fazendo ficar surpreso e curioso. Todos da Ordem estavam presentes até Madame Máxime, Fleur Delacour e Victor Krum. — Obrigado, por me aceitarem nesse universo diferente e fascinante, principalmente a você Aurora, porque minha vida era totalmente sem graça e... normal até eu te conhecer. Foi a melhor coisa que me aconteceu. Todos nós perdermos parte de nossas famílias e ainda assim... Voldemort não conseguiu o que ele queria, no meio de tudo isso ele juntou nós. É muito louco, famílias completamente diferentes juntas por um mesmo ideal. Uma vez  meu pai disse que na guerra também tem seu lado positivo, um brinde á união!

Todos ficaram impressionados com o discurso de Saimon, enquanto um Sirius carrancudo e isolado tomava um gole de Whisky de Fogo ao longe.

— Um brinde ao Saimon Perfeito! — disse Sirius para si mesmo em tom de ironia.