Trojan Horse - Final Alternativo escrita por Any Sciuto


Capítulo 2
Lost.




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Gibbs continuava esperando ter autorização para ver Abby nem que fosse por um minuto.  Ele sabia que ela muito provavelmente sairia vitoriosa daquela situação. Tony ainda não havia voltado e os outros agentes também não haviam chegado.

Gibbs se levantou e foi pegar um café na máquina. Mesmo não querendo ser negativo ele não conseguia parar de lembrar da imagem de Abby caída com um tiro bem na garagem de provas da agência. A sensação de que algo estava errado era muito real. Abby ainda estava em coma induzido por causa do trauma do tiro e da cirurgia. Gibbs se pegou andando até lá e parando na porta. Mesmo que não tivesse autorização para entrar olhar pela porta seria reconfortante.

Abby tinha fios por todo o corpo. Um tubo na boca levava ar para ela respirar. Monitor cardíaco, monitor de oxigênio, uma sonda para remédios. Praticamente a vida dela se resumia a aqueles fios todos.

Gibbs voltou para seu lugar. Ele não conseguiu aguentar e começou a chorar. As lagrimas saiam com muita facilidade. Gibbs viu Tony chegar com roupas novas. Ele já estava com outra camisa agora limpa. Ele entregou uma para Gibbs que foi até um dos banheiros. Ele olhou para o lado quando passou pelo quarto de Abby. Ela parecia estar em paz. Gibbs deixou uma lagrima cair. Passou direto para o banheiro.

Tony ficou na sala de espera com seu celular. Ele tentou jogar, mas desistiu. Ele só conseguia lembrar de Abby imóvel no chão da garagem, da blusa manchada de sangue e da imagem de Abby hiperventilando na ambulância.

 Tony resolveu pegar café quando viu Timothy e Ziva chegando. Ducky e Palmer estavam junto. Jenny havia ido conversar com o médico direto.

— Tony. – Exclamou Timothy. – Onde ela está? – Timothy estava assustado.

— Na UTI. – Disse Tony. – Em coma induzido. – Tony se sentou nas cadeiras outra vez.

— E Gibbs? – Perguntou Ziva.

— No banheiro trocando de camisa. – Disse Tony. – Comprei uma para ele usar.

Ducky estava assustado.

— Eu não vi a Abby. – Disse Ducky.

— Você ficaria assustado se a visse naquele estado, Ducky. – Disse Tony.

— E como ela está agora? – Perguntou Palmer.

— Conseguiram retirar a bala. – Disse Tony. – Ela teve uma parada respiratória durante a cirurgia, mas conseguiram reanima-la.

— Não parece feliz com isso. – Disse Timothy.

— A situação da Abby ainda está critica. – Disse Tony. – Ela provavelmente vai ter que ficar em coma por alguns dias além dos quatro previstos.

— Se ela ficar bem depois disso Tony vai ser melhor para isso. – Disse Ducky. – Acredite em mim.

— Ela nem deveria ter ido para lá sozinha. – Tony gritou fazendo uma enfermeira fazer sinal de silêncio para ele. – Perdão. – Tony se sentou na cadeira. Ele estava cansado.

— Acho que você deveria ir para casa. – Disse Ducky para Tony. – E chega de cafeína. – Completou tirando o copo de café de Tony.

— Eu tenho que ficar aqui, Ducky. – Rebateu Tony.

— Não Tony. – Disse Ducky. – Você precisa dormir nem que seja algumas horas. A gente não vai deixar Abby sozinha.

— Mas Ducky...  – Tony tentou falar, mas bocejou e as palavras ficaram embaralhadas.

— Agora Tony. –Ordenou Gibbs voltando. – Vá para casa dormir. McGee pode te levar.

— Chefe.... Eu não quero dormir. – Disse Tony.

— Se você ficar doente não vai conseguir ajudar ela. Ajudar a cuidar dela. – Disse Gibbs.

Tony percebeu que iria perder a batalha de argumento contra Gibbs.

— Ok chefe. – Disse Tony. – Você venceu.

— McGee. Leve Tony para casa e o faça dormir algumas horas. – Disse Gibbs.

— Vem, Tony. – Disse McGee

Tony acompanhou McGee se sentou no banco de trás. Ele se arrumou no estofado e tentou dormir um pouco até chegar em casa.

McGee dirigiu calmamente até a casa de Tony. O fez entrar e meio que colocou na cama. Tony adormeceu na mesma hora. McGee saiu do apartamento e resolveu voltar para o hospital. Tony ficou dormindo.

McGee chegou de volta ao hospital. Gibbs, Ducky, Ziva, Palmer e Jenny estavam sentados na sala de espera. McGee ficou com medo.

— Aconteceu algo? – Perguntou McGee.

— Não Timothy. – Respondeu Gibbs. – Venha se sentar aqui com a gente.

McGee foi e sentou com a equipe. A hora das visitas havia começado, mas ninguém da equipe foi autorizado a entrar.

— Como expliquei a diretora Shepard. A condição clínica da senhorita Sciuto ainda é muito complicada. – Disse o médico. – A bala estava perto do coração e mais alguns centímetros a bala teria atravessado. Retirei a bala e coloquei em um saco de evidencias. – Disse o médico. – Vocês vão precisar dela, certo?

— Sim. – Respondeu McGee. – Poderia me alcança-la por favor?

— Claro. – Respondeu o médico. – Vou pegar ela agora mesmo.

Gibbs não havia dito uma palavra desde que McGee chegou de volta ao hospital e sabe-se lá a quanto tempo estava sem dizer uma única palavra.

— Como a Abby foi baleada na garagem de evidências? – Perguntou Gibbs de repente.

— Como disse Chefe? – Perguntou McGee.

— Abby disse que tinha que pegar uma arma para balística. – Disse Gibbs.

— acha que o bandido estava atrás da arma também? – Perguntou McGee.

— Provavelmente. – Disse Gibbs.

— Agente Gibbs. – Chamou o médico. – Posso ter uma conversa com você?

— Claro. – Gibbs se levantou e foi conversar com o médico.

— Teremos que estender o coma da Abby. – Disse o médico.

— Quantos dias? – Perguntou Gibbs.

— Uma semana inteira. – Disse o médico. – Eu sinto muito.

Gibbs tentou se manter positivo, mas realmente não estava dando.

— Qual o problema? – Perguntou Gibbs.

— O tiro causou um estrago maior que vimos. Ela provavelmente lutou porque ela tem uma lesão atrás da cabeça. – Disse o médico. – Ela teve uma concussão grave.

Gibbs queria que aquilo tudo fosse um pesadelo horrível.

— Eu poderia ver ela alguns minutos? – Perguntou Gibbs.

— Claro agente Gibbs. – Disse o médico. – Venha comigo.

O médico conduziu Gibbs pelo corredor do hospital até chegar no quarto onde Abby estava.

Gibbs se sentou na cama ao lado de Abby e deu um beijo na testa dela.

— Eu preciso que você lute Abbs. – Disse Gibbs. – Eu não vou aguentar ficar no NCIS sem você.

Gibbs queria que aquilo fosse um sonho. Ele fechou os olhos e quando estava pegando no sono o médico o chamou através da porta.

— Agente Gibbs. – Chamou o médico. – Está na hora de ir.

Gibbs levantou-se da cadeira e deu um beijo na testa de Abby.

— Aguente firme Abbs. – Gibbs deu o beijo e saiu.

Gibbs voltou para a sala de espera. Tony já estava de volta ao hospital. Conseguiu dormir três horas.  Gibbs arou ao chegar perto do pessoal.

— McGee. Ziva. De volta ao NCIS. – Disse Gibbs. – Não poderemos ficar todos aqui. Tony e Ducky podem ficar aqui revezando com Jenny se ela quiser. Palmer volte com Ziva e McGee e ajude no laboratório.

— E você chefe? – Perguntou Tony.

— Preciso dormir. – Disse Gibbs. – Não posso correr o risco de ficar doente.

Gibbs saiu do hospital e foi direto para casa. Depois de tomar banho e uma xicara de café ele se deitou na cama. Deixou o sono invadi-lo por completo. Em poucos minutos já estava sonhando.

Sonho Gibbs...

Gibbs abriu os olhos e se viu no corredor do hospital. Tony e Ducky estavam lá. Eles não podiam ver Gibbs. Gibbs foi ao quarto onde Abby estava internada, mas não a encontrou.

Gibbs a procurou por todo o hospital não conseguindo encontrá-la.

Faltava só o necrotério para procurar, mas ele estava evitando essa possibilidade. Ele desceu até a pequena sala fria e escura. Viu um corpo em uma das mesas coberto com um lençol branco e grande. Ele hesitou por um momento antes de pegar o pano.

Ele o levantou com um único puxão. Deu um passo para trás e começou a chorar. Era Abby sem vida e gelada. Ele tentou alcança-la, mas algo o puxava.

— Tudo bem. – Falou uma voz atrás dele. – Está tudo bem.

Gibbs virou e viu Abby viva ao seu lado.

— Era só uma casca. – Disse Abby.

Ela o pegou pela mão e o levou até uma gaveta na mesma sala.

— Abra. – Disse ela indicando a gaveta.

Gibbs abriu a geladeira e puxou a bandeja com um corpo. Gibbs deu um pulo para trás. Era o seu corpo também gelado.

— Foi uma fatalidade. – Disse Abby.

Gibbs acordou assustado e suado.

— Foi um sonho. Apenas. – Disse Gibbs.

Ele levantou e foi tomar um banho para ver se tudo aquilo saia da mente dele.

— Quanto tempo eu dormi – Perguntou para si mesmo olhando o relógio. – Acho que não o suficiente. – Respondeu para si mesmo.

Ele deitou outra vez na cama e pegou no sono antes que disse boa noite para si mesmo.

Ele desejava não ter mais aquele sonho ou pesadelo.


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