A Breve História de Regulus Black escrita por Mrs Borgin


Capítulo 158
158. Persistência




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Persistência

Na manhã seguinte, quando acordaram, os garotos pareciam exaustos. Mas seu cansaço não era suficiente para abafar a curiosidade que sentiam em verificar como estaria Pettigrew após o feitiço de Voldemort. Apressaram-se em se arrumar para o café da manhã. Perkins e Umbridge estavam com um humor pra lá de irritante de tão bom.

— Bom dia, meus queridos! Nada como uma noite de sono para recompor as energias gastas, não? – cumprimentou a bruxa, com um sorriso de orelha a orelha e um olhar maníaco no rosto.

Os garotos acenaram com a cabeça em resposta. Não parecia haver ninguém sentado àquela mesa que estivesse disposto a encarar o bom humor de Umbridge.

— Desculpem, não ouvi. Bom diaaaaaaaa? – ela insistiu, melodiosamente.

— Bom dia! – respondeu o coro de garotos mal-humorados.

— Bom dia, professora Umbridge! – gritou Pettigrew, percebendo com atraso, que seu cumprimento havia sido demasiado, pois todos olhavam para ele. Procurou refúgio, rapidamente, no prato de mingau a sua frente.

— Você viu como ele está estranho? – cochichou Amifidel para Regulus.

— Sim, está está um pouco mais animado que o normal... – respondeu o garoto – mas parece bem.

— Infelizmente... – completou Snape.

— Vocês acham que o olhar dele está normal? – perguntou Mulciber, sem conseguir tirar os olhos de Pettigrew.

Snape levantou a cabeça e olhou para Peter por alguns instantes:

— Olhar vago, ao mesmo tempo que suspeito e com ar de pouca inteligência... sim, perfeitamente normal.

— Bem, acho que se ontem ele tivesse sido transformado em um zumbi, teríamos dificuldade em perceber a diferença... – completou Regulus, rindo. Snape concordou, achando graça.

— O que aconteceu ontem? – perguntou Richard Broadmoor, aflito – Eu dormi...

— Verdade? Ninguém notou... – respondeu Avery, com maldade.

— Ontem foi uma noite muito importante, por isso você está fora. – Completou Mulciber.

— Como assim? – perguntou Broadmoor, exaltando-se.

Um elfo doméstico com aparência de criança apareceu ao lado dos garotos.  Carregava acima de sua cabeça, uma bandeja cheia de copos com suco alaranjado. Vestia uma fronha impecávelmente branca e olhava ternamente para os garotos.

— A senhora Narcissa pediu para que lhes fosse servido esse suco especial de abóbora. É um tônico. Ela também pede que tenham cautela sobre o que conversam e garante ao senhor Broadmoor que sua falta foi justificada.

Broadmoor fuzilou Avery e Mulciber com o olhar. Os garotos apenas sacudiram os ombros e trataram de pegar seus copos na bandeja.

— Não conheço você... – disse Regulus para o elfo, que lhe lembrava Kreacher quando criança, embora fosse, indubitavelmente, menos feio.

— Dobby, senhor, ao seu dispor. Dobby começou a servir a nova família Malfoy essa semana, senhor. Uma honra muito grande.

— Olá, Dobby. Sou Regulus Black.

— Dobby conhece o senhor Regulus primo de Narcissa. Dobby esteve com o elfo da família Black os dois últimos dias para aprender o ofício. Kreacher ensinou tudo a Dobby...

— Dobby! Não incomode os garotos com sua conversa! – chamou Narcissa. – Os outros estão esperando pelo suco.

— Me desculpe, senhora. Dobby muito burro, demora a aprender – respondeu o elfo, caminhando em direção à Narcissa. A bruxa  tomou-lhe a bandeja e bateu com força na cabeça do pequeno elfo, que cambaleou.

— Me desculpe, senhora. Dobby não vai mais incomodar os jovens bruxos com suas histórias. Dobby irá triplicar o castigo da senhora Malfoy assim que terminar de servir os garotos. – Os olhos marejados do elfo suplicavam à sua senhora para que o desculpasse.

Narcissa não respondeu, apenas virou o rosto, como se estivesse vendo algo muito desprezível a sua frente. Elegantemente, tomou um lugar ao lado de Umbridge e se sentou. Após o café da manhã, o elfo fez tudo o que sua senhora havia feito nos dias anteriores, servindo os garotos e ajudando com a organização e limpeza do acampamento, enquanto as duas bruxas conversavam alegremente, muito provavelmente sobre futilidades, como a cor das unhas e os sapatos da moda e Perkins iniciava a aula matinal sobre como triplicar os degraus de uma escada e como fazê-la encolher a ponto de caber em seu bolso.

— Agora que sabem como trabalhar com a escada, pergunto: vocês estão sozinhos no meio do mato, com fome e avistam uma colmeia cheia de mel no alto de uma árvore cheia de espinhos. Como fariam para pegar o mel?

— O feitiço accio é sempre eficiente, senhor. – respondeu Rachel.

— Muito bem... Digamos que ao se perder na floresta, você teve a infelicidade de ter sua varinha quebrada.

— Nesse caso, eu sentaria e esperaria por ajuda. Não iria arriscar minha roupa ou meu penteado subindo em uma árvore com espinhos... – respondeu Helena, uma amiga de Rachel.

— Separem-se em grupos de quatro. Aqui temos, algumas árvores com colmeias. Resolvam o problema. Na mata, encontrarão ferramentas trouxas. Regulus Black passou uma temporada conosco no Ministério, ele deve saber como manusear algumas delas.

Regulus se sentiu envergonhado. Não queria que os outros soubessem que havia passado algum tempo com Perkins. Ao mesmo tempo, não conseguia imaginar por que o bruxo achava que ele saberia manusear ferramentas trouxas, já que tudo o que haviam feito era desfazer feitiços junto com o bruxo e andar de metrô.

As horas voaram. Obviamente, ao final do dia, a maioria dos garotos havia resolvido o problema sugerido por Perkins. O grupo de Avery, Richard, Mulciber e John havia serrado a árvore, derrubando a colmeia no chão; Snape e  Regulus construíram uma escada com galhos e pregos que haviam encontrado na floresta, enquanto o restante de seu grupo, as garotas Rachel e Helena, observavam e ficavam fazendo comentários pertinentes, embora não ajudassem nada na tarefa (“para quê precisamos aprender a manusear ferramentas trouxas se na hora que precisarmos elas não estarão no meio do mato como esse idiota do Perkins quer nos fazer pensar?” Perguntara Rachel). Os outros garotos fizeram escadas com um ou dois apoios, um grupo resolveu o problema criando uma espécie de gangorra, o que deixou Perkins bastante impressionado. De tempos em tempos o pequeno Dobby surgia do nada e oferecia mais uma dose do suco energético de Narcissa.

— Ao invés de estarmos estourando os dedos com martelos, deveríamos estar aprendendo a fazer o suco energético da sua prima... – comentou Snape.

— Ou então, como Perkins enfeitiçou as abelhas para que não nos picassem. Isso sim seria útil. – respondeu Regulus, enquanto os dois olbservavam o bruxo examinar o resultado do trabalho do grupo ao lado.

— Muito bem! Todos fizeram um ótimo trabalho! Essa tarefa teve como propósito fazer vocês conhecerem a natureza das ferramentas e da escada, assim fica mais fácil entender a lógica dos encantamentos que ensinarei a seguir. Peguem suas varinhas! – ordenou Perkins, animado.

Os garotos sorriram.

— Finalmente ele lembrou que somos bruxos! – resmungou Peter Pettigrew. Severus e Regulus se entreolharam. Era estranho ouvir Peter falar com eles depois de tudo o que havia acontecido no dia anterior. Lord Voldemort era mesmo muito bom com feitiços da memória, concluíram.

Perkins continuou:

— Agora vocês sabem que a ordem para se construir uma escada é primeiro providenciar os apoios lateriais, depois fazer marcas espaçadas de maneira homogênea e anatômica, os degraus não poderão ficar uns maiores que os outros ou ainda, muito perto ou muito longe uns dos outros, pois se tivermos que prestar atenção aos degraus para evitar quedas, a escada não presta, já que desvia a atenção para si enquanto, bruxo que somos, precisamos manter o foco naquilo que nos fez querer subir ou descer e não no ato em si... Vou ensinar-lhes como aumentar e reduzir o número de degraus, como encantar a escada para que se ajuste à altura que queremos chegar, como ficar em pé sem apoio, além de transportar objetos nela e fazer com que nos leve automaticamente para cima ou para baixo quando... Ah, sim, meu amigo Arthur também inventou um feitiço muito útil para homens casados: um feitiço que faz a escada se guardar sozinha após o uso... muito útil, mesmo. – Completou o homem, coçando a cabeça com o olhar distante.

O restante da tarde, até a hora do jantar, foi bastante agradável e divertido. Os estudantes agora estavam realmente aplicados em enfeitiçar escadas, de modo que o tempo passou mais rápido. Pettigrew foi o único a sentir algum desconforto, já que a maioria dos garotos e garotas olhavam para ele com interesse, de modo estranho e por vezes achou que pudesse ter pisado em algo fedido ou derramado suco em suas vestes.

Após o jantar, Regulus foi ao encontro de Rachel e os dois estavam namorando próximos da fogueira quando, tal e qual a noite anterior, sentiam como se algo ou alguém os vigiasse. Seria Dobby, o elfo de Narcissa? Questionou a garota. Mas, por mais que procurassem, nada nem ninguém estava por ali. Todos já haviam se recolhido para as barracas e apenas os dois e uma coruja que, por pouco não pegara um ratinho que andava por ali, distraído, pareciam estar desfrutando do ar fresco da noite.

*

Regulus acariciava os cabelos de Rachel carinhosamente quando sentiu sua tatuagem arder. A bússula apontava para um lado diferente essa noite e ele desculpou-se:

— É hora de ir, querida. Amanhã eu conto para você o que fizemos. Estou muito curioso, pois Lucius comentou que essa noite começaríamos a planejar nossa primeira verdadeira missão...

Rachel abraçou-o, orgulhosa. Ele a conduziu até a entrada da barraca dela e lhe deu um longo beijo na boca, que foi interrompido por um ruído. Os dois olharam para trás, ao que tudo indicava, a coruja estava mesmo sem sorte, pois o ratinho disparou para baixo de uns troncos, fazendo com que a ave caísse se debatendo no chão. Os dois namorados riram da cena e voltaram a se beijar.

— Vá, querido. Não quero atrasá-lo. Ah, cuide para que meu irmão vá com você... Papai não vai me perdoar se ele perder o treinamento...

— Pode deixar... Eu acordo ele se for preciso. Durma bem, querida.

O garoto virou-se e foi caminhando em direção ao local que a seta indicava. Ao que tudo indicava, todos já estavam indo na mesma trilha. Regulus, mais uma vez, encontrou Severus.

— Oi... Você viu se o Broadmoor levantou essa noite?

— Ah, sim... ele já foi... Mas tem algo estranho... – respondeu Severus, sem se virar.

— O que?

— Pettigrew não estava em sua cama...

— Você acha que... – perguntou Regulus, olhando para os lados.

— Procurei ele por tudo e não o encontrei.

Os dois garotos continuaram pela trilha, até que Regulus sentiu algo pular em suas pernas. Ele mal teve tempo de olhar para o rato que subia por dentro da perna da calça quando Severus lançou um feitiço:

Petrificus totallus!

 E a coruja caiu, feito pedra, no chão. Regulus sacudiu a perna para se livrar do rato, mas esse se agarrou em suas calças. Regulus o pegou em suas mãos, com cuidado.

— Obrigado. Você acha que ela ia atacar o rato na minha perna? – perguntou, enquanto olhava para o rato com curiosidade.

— Ah, sim... Ela parecia estar faminta... Rato ousado, não?

Regulus riu:

— Muito!

— O que você vai fazer com ele? – perguntou Severus, indicando o rato com a cabeça. – Se quiser, posso dar um jeito nele...

— Ah, não precisa. Ele sobreviveu ao ataque da coruja mais de uma vez essa noite. É um rato esperto, não merece morrer. O coraçãozinho dele parece que vai explodir, mas ele não está tentando fugir. Vou carregar ele comigo... nunca tive um rato de estimação...

Os garotos chegaram em um pequeno rio e continuaram a caminhada por mais meia hora às suas margens. Depois iniciaram uma subida por um morro rochoso, como muitos outros até que avistaram Lucius e alguns garotos que já haviam chegado.

— Olha, Lucius está lá. – disse Severus, apontando para Lucius, que estava de costas para eles.

— Finalmente! Já estava ficando cansado... – disse Regulus, quando o rato pareceu despertar e saiu em disparada para o local onde Lucius estava. – O rato fugiu... – disse Regulus, sem lamentar-se. Cheirou suas mãos. O rato tinha deixado nelas um cheiro estranho.

Após aguardar todos chegarem, Lucius deu-lhes boa noite e anunciou:

— Boa noite. Como comentei ontem, hoje estamos aqui para planejar sua primeira missão. Se olharem atentamente para sua esquerda, verão uma pequena cidade. Bem, estamos com um problema nessa cidade. O prefeito, que é um trouxa, casou-se com uma bruxa e, a princípio, recebeu outros moradores bruxos na cidade, que se tornou mista. Porém, os experimentos de algumas famílias têm assustado os moradores trouxa, colocando em risco o decreto de segregação. Os bruxos da cidade receberam várias notificações do Ministério, que não se posicionou em relação às constantes ameaças sofridas pelos bruxos, inclusive montando fogueiras na praça, como um aviso... Um aviso de que a idade Média voltou para eles. Os bruxos ficaram, mais uma vez, acuados e desprotegidos, quando os trouxas têm saído à luz do dia...

Algumas pedras começaram a deslizar do morro que estava atrás de Lucius. Ele parou de falar e se virou para ver, mas a escuridão não permitiu que visse nada. Então voltou-se para os garotos:

— Essa situação tem que mudar. Se esses trouxas não aprenderam a viver em paz com os bruxos de sua comunidade enquanto os bruxos expressaram sua boa vontade, então eles vão aprender a respeitar os bruxos pelo que somos capazes de fazer. A ideia é deixar um “recado” para eles.

— Vamos invadir o vilarejo essa noite? – perguntaram, juntos, Pyrites e Mulciber.

— Não, meus caros. Vamos observar como eles se estruturam, o que fazem e então vamos atacar. Será somente no último dia antes de voltarem para casa, para não levantar suspeitas... precisa ser um ataque perfeito e sem falhas, que fique marcado para sempre na memória dos que sobreviverem, para que esses espalhem o temor... a nossa tarefa é muito difícil e muito especial, quero que vocês não se esqueçam disso....

As pedras começaram a rolar novamente, e junto com elas, um garoto. Peter Pettigrew. Lucius sacou sua varinha e apontou para ele:

— Espionando, não? Levante-se! – ordenou, enfurecido.

Pettigrew se levantou. Tremia dos pés a cabeça de modo quase convulsivo. E, entre lágrimas, começou a chorar, protegendo a cabeça com os braços, numa tentativa – sabia ele – inútil de se proteger de um ataque de feitiços.

— Eu... eu... Me desculpe, Senhor. Eu segui... eu segui os garotos... venho observando eles há meses... Eu queria me juntar a vocês, fazer o que vocês fazem... Lutar...

Rowle, que até então se mantinha à margem do grupo, aproximou-se, olhando com desprezo para Pettigrew.

— Lucius, o mestre ordenou que não machucássemos os garotos. Não cabe a nós decidir... – e dizendo isso, pegou a própria varinha e tocou no antebraço esquerdo, no meio da marca negra ali tatuada. Não demorou para que Lord Voldemort aparecesse na frente de todos.

— Quem ousou? ... – começou a perguntar, enfurecido. Mas ao notar onde estava e os olhares atentos dos garotos, mudou o tom de voz para algo bem mais ameno, beirando a doçura – Lucius, Rowle... vejo que vocês têm uma situação estranha aqui...

Disse Voldemort antes de mergulhar com seu olhar nos olhos apavorados de Pettigrew. Ele balançou a cabeça afirmativamente.

— Ele é inofensivo, apesar de insistente. Rowle, limpe a memória dele novamente e depois se certifiquem que ele volte para o acampamento em segurança. Garoto insistente! – disse Voldemort ao garoto, antes de sumir novamente na escuridão.

Rowle apontou a varinha para a fronte do garoto, que se encolheu.

— Feitiços de esquecimento costumam causar danos quando lançados repetidamente à mesma pessoa... Mas parece que você não tem muito para ser danificado...

— Repetidamente? - perguntou Pettigrew, franzindo a testa. Foi a última coisa que seu rosto expressou antes que seus olhos ficassem vazios novamente e os músculos de seu rosto relaxassem, como se ele dormisse, embora continuasse acordado e em pé.

Rowle pegou o garoto pelos ombros e o deixou afastado do grupo. Regulus olhou para trás. Pettigrew estava tão parado que poderia ser confundido com um arbusto e, só não fora por que na altura em que se encontravam, apenas uma grama rala cobria o chão de pedregulhos.

— Ele parece estar falando a verdade... – comentou com Amifidel em voz baixa.

— Parece mesmo...

— Por que será que o Lord das Trevas não o deixa participar do treino? – questionou Ami.

— Pode ser um teste... – disse Pyrites, intrometendo-se na conversa.

— Ou ainda, ele o julgou tão inútil e burro que achou que não valia a pena... – finalizou Snape, irritado.

— Shhhhhhhh.... Silêncio! Ainda não terminei aqui. A interrupção do garoto nos fez perder bastante tempo. E, como eu ia dizendo, nosssa tarefa é muito importante. Precisamos disseminar entre os trouxas o medo de fazer mal aos bruxos, sem ser óbvios demais, pois não queremos que eles sejam capazes de identificar conscientemente os bruxos que os rodeiam, pois o Ministério poderia acabar por puni-los ainda mais. Precisam nos acreditar onipresentes, para que vivam com medo, sem saber, exatamente, do que têm medo... Entenderam?

Os garotos balançaram suas cabeças afirmativamente, embora não conseguissem visualizar como a tarefa seria feita. Regulus olhou para Lucius, um tremor em sua bochecha dizia-lhe que o bruxo, embora expressasse certeza em suas palavras, também não sabia.

— Avery, Mulciber! Venham comigo! Enquanto Lucius vai dar sequência no treinamento dos demais, vocês virão comigo até o povoado. Observem tudo atentamente e tomem nota de suas observações. Quero que atentem para o número de casas e moradores por casa. Vamos iniciar mapeando a cidade. Façam um serviço bem feito e seus pais vão ficar orgulhosos...

— Sr Rowle? Onde está meu pai? Pensei que iríamos encontra-lo aqui... – perguntou Avery.

— O Lorde das Trevas não quis causar favorecimento entre vocês... Então seu pai e o de Mulciber foram resolver outros assuntos... No Ministério. Bem, já sabem demais. Vamos?

Todos os garotos observaram os três se afastarem. A maioria com um pingo de inveja dos dois, que pareciam estar fazendo algo importante enquanto eles...

— Sem favorecimentos? Humpf! – resmungou Pyrites.

— Quietos! – gritou Lucius – Essa noite vamos fazer um jogo... dividam-se em duas equipes.

Os garotos se separaram em duas equipes rapidamente. Sem saber qual critério adotar, já que não sabiam se o jogo iria necessitar, força, desteza, conhecimento ou inteligência, os garotos se uniram por afinidade. Severus, sentindo-se momentaneamente abandonado por não ter Avery e Mulciber, hesitou, mas acabou se decidindo se juntar a Regulus, embora não gostasse de trabalhar com Jack e John.

— Muito bem. Cada equipe deverá decidir entre seus membros, os papeis que cada um vai exercer. Como num jogo de xadrez, haverá um rei, uma rainha, dois bispos, duas torres e dois cavalos. O restante será peão. O objetivo é dominar o reino do outro e subjugar seu rei. Para isso, cada equipe deverá estabelecer um local onde será o reino e montar uma estratégia para protege-lo. Os ataques srão feitos com gobstones, vocês deverão usar suas varinhas para encantá-los e atirar na equipe oposta. Feitiços de defesa são permitidos, mas não feitiços protetivos para esconder o reino ou evitar que o outro time se aproxime, ou seja, os repulsivos. Vocês estarão aparentemente expostos, mas a dificuldade é que não saberão nem qual a função que cada um exerce na batalha, nem onde está o reino a ser dominado.

— Eu não acredito! Vamos ficar aqui brincando enquanto Avery e Mulciber tem uma missão? O que pensam que somos? Um bando de crianças? – explodiu Richard Broadmoor.

Lucius sorriu malevolamente.

— Sim, a ideia é essa... digo, vocês ficarão aqui treinando estratégias de ataque. Vão ser observados pela sua competência durante o jogo, seu comprometimento com a equipe, além do óbvio, que é sua competência em magia. Como juiz, observarei e passarei um relatório diretamente ao Lorde das Trevas, que saberá quem de vocês fará parte da elite no nosso ataque de sexta-feira próxima. Podem começar!

A noite seguiu sem intercorrências. Na hora de irem embora, Lucius ordenou que Severus e Regulus cuidassem para que Pettigrew não voltasse no dia seguinte.


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