A Breve História de Regulus Black escrita por Mrs Borgin


Capítulo 159
159. Insistência e Estratégia




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/745463/chapter/159

Insistência e estratégia

Mais um dia amanhecia após uma exaustiva noite de treinamento. Com o corpo inteiro dolorido e os olhos que pareciam ter sido colados, os garotos levantaram-se e se arrastaram do jeito que puderam até a mesa do café da manhã, tão logo ouviram o chamado de Umbridge. O céu de azul intenso feria os olhos cansados daqueles que os conseguiam abrir.

Regulus tomou um lugar à mesa entre Ami e Rachel, tentando, sem sucesso, esboçar um sorriso para a namorada já que as palavras “bom dia” não quiseram deixar sua boca. Rachel, que havia adotado uma postura anti-natural, forçosamente compreensiva e simpática, acariciou-lhe os cabelos e ajeitou a gola da roupa do namorado.

— É sempre um lindo dia quando estou ao seu lado – disse ela, sorrindo. Regulus balançou a cabeça, apoiou o cotovelo sobre a mesa e segurou seu queixo, deu um longo bocejo e estava quase cochilando quando Dobby, o elfo de Narcissa, apareceu oferecendo-lhes um copo do suco batizado com a poção energética secreta.

Dois goles do suco foram suficientes para fazê-los acordar.

— Rachel, isso aqui é maravilhoso! Vale por uma noite bem dormida! Você precisa aprender a fazer!

Rachel sorriu:

— Na verdade, eu já aprendi. Narcissa chamou eu e algumas garotas “do apoio” para ensinar a poção. O nome é bem idiota, “Levanta-Defunto”. É fácil de fazer, embora os ingredientes sejam um pouco difíceis de encontrar... Essa poção fomos nós que preparamos ontem à noite, enquanto vocês treinavam – disse a garota, dando-se importância.

— Muito bom! Tenho certeza que está perfeita, você sempre foi excelente no preparo de poções! E fico contente que esteja aprendendo algo útil para nossa causa... – disse-lhe, pegando a mão da namorada e entrelaçando seus dedos nos dela.

— Também fiquei bastante feliz. Essa noite vamos ter outro treino de apoio. Não sei exatamente o que vamos fazer e parece que não vai ser sua prima a nos ensinar. Estou bastante curiosa...

Rachel não chegou a completar seus pensamentos, pois nesse instante Perkins tomou seu lugar à mesa, vestido com um maiô até os joelhos e uma touca de natação. Amifidel engasgou-se ao tentar segurar o riso e espalhou suco por toda a mesa, como um jato de spray.

— Ah, que nojo! – exclamou Rachel, sacando a varinha e limpando-se rapidamente, enquanto torcia o nariz.

— O que será que ele vai aprontar hoje? – se perguntou Regulus, sabendo que era uma pergunta totalmente desnecessária, uma vez que Perkins já estava pedindo silêncio para poder falar.

— Tenho certeza de que todos aqui não se esquecem da primeira vez que chegaram em Hogwarts e fizeram a travessia do Lago Negro nos barcos enfeitiçados, estou certo? Os barcos são invenções dos trouxas e, dando sequência ao ciclo de aulas sobre como fazer um bom uso da magia sobre artefatos trouxas, vou ensinar-lhes como enfeitçar um barco para que deslize sobre a água sem o uso de remos.

— Exatamente o mesmo feitiço dos barcos de Hogwarts, senhor? – perguntou Pyrites.

— Não exatamente, pois vamos aplicar feitiços temporários sobre os barcos. Como funcionário do Departamento para Regulação do Mau Uso dos Artefatos Trouxas, tomamos o cuidado de somente lhes ensinar feitiços temporários, pois não queremos que um objeto enfeitiçado porventura seja esquecido em um local público e acabe por alarmar ou intrigar um trouxa que o encontre. Além disso, feitiços permanentes requerem habilidades que vão muito além do nível escolar.

Os garotos se entreolharam.

— Felizmente temos o curso da noite para nos lembrar que não somos mais bebês... – comentou Amifidel descuidadamente, chamando a atenção de Pettigrew que chegava atrasado à mesa.

Regulus, que estava atento aos movimentos de Amifidel, deu-lhe uma cotovelada nas costelas:

— Fique quieto!

Amifidel desculpou-se em voz baixa e continuaram a comer enquanto ouviam, sem prestar atenção, às orientações de Perkins.

Tão logo terminaram, todos voltaram às suas barracas para se trocar. Pettigrew tentava, sem sucesso, ficar próximo de Regulus e Amifidel, tentando “pescar” mais alguma dica do que poderiam estar fazendo em segredo. Ele tinha certeza de que os garotos estavam escondendo algo, e não compreendia por que suas tentativas de segui-los haviam dado errado. Na verdade, nem sabia se havia tentado algo realmente, pois suas memórias se misturavam com sonhos impossíveis. Mas agora ele tinha certeza do que havia escutado, Ami havia falado sobre um curso noturno.

Perkins os levou à beira do lago Cluaine, onde nadaram e praticaram feitiços em barcos para que se deslocassem sem o uso dos remos. O dia estava bastante agradável, ensolarado e sem nuvens, as horas passaram voando e todos pareciam felizes. Após verificar a pequena flotilha de barcos que os garotos haviam enfeitiçado e agora deslizava na superfície, sugeriu aos garotos que fizessem uma pausa na prática de feitiços e se refrescassem no lago.

— Sabe, Ami. Tem algumas coisas me intrigando... - Você não acha estranho que Dumbledore tenha dito que iríamos para um acampamento na Irlanda e agora estejamos aqui? E que ninguém tenha comentado sobre a mudança de planos? – perguntou Regulus.

— Reg, li no Profeta antes de virmos para cá. Parece que a Irlanda está sob ataque. Acho que foi por isso que mudaram o local... – comentou Jack, entrando na conversa.

— Além de que aqui estamos mais próximos das cavernas e da “atividade noturna”...

— Ah, isso também me intriga... Tenho observado, a paisagem parece um bocado diferente de dia, não? Não sei, o lago, as montanhas... Não parece ter nenhum povoado aqui perto... – disse, olhando para os lados.

— Reg, você é tão inteligente e às vezes parece tão estúpido... – respondeu Amifidel, jogando água na cara do amigo.

Regulus jogou água de volta.

— Você ainda não percebeu que quando entramos nas cavernas sempre passamos por uma espécie de portal? Aquele vilarejo pode estar a quilômetros daqui!

— Que caverna? Vocês foram a uma caverna ontem à noite? – perguntou Pettigrew, que passava por perto.

Regulus bufou.

— Só se for em sonho! Foi no verão o verão passado... E isso não é da sua conta!

— Ah, desculpe... Acho que tem alguém me chamando ali adiante... – Pettigrew disfarçou e se afastou com um sorriso no rosto. Agora ele tinha certeza de que havia mesmo uma atividade noturna.

— Agora essa! Precisamos ficar de olho nele. Só o que falta eu perder o treino dessa noite por causa dele. – resmungou Regulus antes de mergulhar na água fria e transparente. Avistou as pernas submersas da namorada poucos metros de onde estava, nadou rapidamente até lá.

— Oi, Reg! Pensei que você ia passar o dia com os garotos... – comentou Rachel.

— E deixar você sozinha aqui? Nunca! – ele respondeu, roubando-lhe um beijo.

— Eu sei que eu deveria ficar fora disso, mas você sabe o que Crouch, Severus, meu irmão e aquele bobo do Pyrites estão tramando? Sabrina foi quem me chamou a atenção... eles fingiram detonar o barco e supostamente se machucaram, o que fez com que Perkins os mandasse de volta ao acampamento.

— Bem, eu não sei... Mas que bobagem é essa de ficar fora disso? Como minha namorada, você tem todo o direito de saber o que acontece... Como disse Narcissa, você faz parte da equipe de apoio... – ele piscou.

— Então vem cá, apoie-se aqui... – disse ela, abaixando-se para que os braços ficasse submersos e ele pudesse apoiar sua cabeça nela.

Mal Regulus se apoiou nela, Rachel virou-se e o deixou afundar, rindo.

Ele levantou-se rapidamente. Havia engolido um pouco de água, mas isso não o chateou, pois Rachel ria maldosamente como nos velhos tempos e isso o divertia.

— Essa é a minha garota! – disse ele, jogando água nela.

O dia terminou, eles voltaram ao acampamento e o jantar foi servido. Não havia sinal de Crouch, Snape, Pyrites e Broadmoor. Narcissa comentou em voz alta com Dolores que ao que parecia eles haviam sido atacados por grindylows, por isso ainda estavam com a equipe de enfermagem, fora do acampamento. O comentário fez com que Perkins se lembrasse de uma série de ataques de grindylows que ele havia presenciado, o que ele relatou a todos com empolgação, esquecendo-se de que não haviam encontrado nada quando procuraram pelo animal que havia atacado o barco dos quatro.

Após o jantar, Regulus tomou o cuidado de amarrar Pettigrew na cama, tão logo o garoto havia dormido, para então ficar livre para sair e assim que sua tatuagem pinicou, ele deixou a barraca junto com os outros.

— Você enfeitiçou Pettigrew para que ele não acordasse? – perguntou Ami.

— Não, mas ele tomou o mesmo suco que os outros, fiz questão de observar. Só vai acordar amanhã. As cordas são só por precaução.

Ami e Regulus seguiram lado a lado pelo caminho tortuoso indicado pela bússula, a sensação de que estavam sendo seguidos se repetiu, como na noite anterior, mas não havia nada por lá, a não ser um rato perseguido por uma coruja. E ao chegarem no acampamento, Lucius não se demorou a dividir a turma para que pudessem praticar novos encantamentos, sem mencionar nada a respeito dos quatro meninos que não haviam chegado lá. Regulus estava se questionando se então seria verdade o acidente com grindylows quando Snape apareceu, acompanhado dos outros três. Pareciam todos muito felizes.

— Ah, finalmente! – disse Lucius. – Tudo conforme o combinado?

— Sim, senhor – adiantou-se Crouch – não foi difícil usar a Imperio naqueles cabeça-ocas. Eles têm agora a plena convicção de que aquelas “famílias de gente esquisita”, ou seja, os bruxos, são os responsáveis pela diminuição no nível da água do lago Linche. Não foi difícil fazê-los acreditar na teoria... Sabemos ser convincentes quando queremos...

— Quase nem precisaríamos da Imperio, mas isso foi um bônus para nós... Muito saboroso... – riu Pyrites.

— Uma pena que tivemos que parar de brincar com eles... – comentou Broadmoor, rindo.

— Brincar? Como assim? – perguntou Lucius, intrigado.

— Broadmoor e Pyrites resolveram brincar um pouco com seus fantoches antes de manda-los de volta ao povoado. Os fizeram dançar nus em uma perna só. Não posso negar que foi engraçado... – comentou Snape.

— Ninguém os viu? – perguntou Rowle.

— Não, somente o pessoal que supostamente encontramos na trilha. Foi muito agradável encontrar Gibbon, Judson e Rosier, os trouxas nem perceberam que havia um combinado entre nós. E eles ficaram muito engraçados naquelas roupas de cientistas trouxa. Ninguém diria que eram bruxos. Rosier, aliás, disse que nos encontraria essa noite... – completou Severus, olhando para os lados a procura do ex companheiro do clube de duelos.

— Sim, ele virá. Bem, agora que estamos todos reunidos...

Pedras começaram a rolar do mesmo local da noite anterior. Lucius olhou para cima, mas nada viu.

— Agora que estamos todos reunidos, vamos continuar nosso treinamento...

Mais pedras caíram. Lucius apontou sua varinha e lançou um feitiço em direção à escuridão:

— Speciallis Revellio!

Mal Lucius havia lançado o feitiço, algumas pedras começaram a rolar morro abaixo novamente, mas, dessa vez, acompanhadas de um garoto. Peter Pettigrew. O menino rolou e acabou nos pés de Lucius, que olhou para aquele corpo coberto de terra e o cutucou com a ponta do pé.

— Ai! – disse o menino, ao encolher-se para fugir do cutucão.

— Você? – o olhar de Lucius era de total desprezo – Levante-se.

Os outros garotos pararam para observar. Alguns riram, outros cochicharam, mas nenhum se dirigiu ao garoto. Pettigrew franziu a testa. Não se lembrava de ter encontrado aquele jovem senhor antes.

— Eu estou aqui para aprender e servir, senhor. Quero um mundo livre para os bruxos tanto quanto qualquer um aqui... Tudo o que quero é me juntar a vocês e servir ao Lorde das Trevas...– disse Pettigrew, repetindo o que havia dito a Voldemort na noite anterior.

— Ah, você é tão repetitivo!

— Perdão, senhor?

— Nada, esqueça o que eu disse... ou melhor, você vai esquecer o que eu disse, quer queira, quer não.

Lucius apontou a varinha para a fronte do garoto e lançou um feitiço, extraindo-lhe a memória. Como na noite anterior, o olhar de Pettigrew ficou vidrado e inexpressivo.

— Severus, você sabe o que fazer...

Severus apertou os lábios e olhou para Regulus, com raiva. Era decepcionante para ele que, mesmo depois de ter participado de uma missão importante, ainda tivesse que fazer esses “pequenos serviços”. Além disso, Regulus era, na sua opinião, quem deveria ser babá de Pettigrew agora, uma vez que havia sido por conta de um erro dele que Pettigrew estava ali.

— Desculpe – disse Regulus, aproximando-se – eu não entendo o que aconteceu. Ele tomou a poção para dormir, depois o amarrei na cama conforme combinamos... ele não poderia sair de lá... A não ser que seja um bruxo mais inteligente do que pensamos...

Severus olhou para Pettigrew. Sua expressão vazia não era muito diferente daquela que normalmente estava estampada em seu rosto.

— Não, algo deu errado, talvez ele tenha ajuda... Ele é um inútil e nunca faria nada assim sozinho... Não entendo, sempre achei que Potter e Sirius eram quem mexiam as cordas desse marionete...

Lucius checa o relógio.

— Se voceê fizeram tudo certo, daqui a pouco veremos uma pequena fogueira ao longe...

— Uma fogueira? – perguntou Amifidel, sem conseguir se conter.

— Sim. Agora todos podem saber o que estamos fazendo aqui... Além de prepará-los para futuros combates, o Lord das Trevas decidiu mudar sua estratégia um pouco, já que, devido a alguns comentários no jornal e algumas revistas, sua popularidade vem caindo e começamos a perder alguns aliados nas bases... Então, enquanto nossos exércitos distraem a Ordem da Fênix na Irlanda, onde seria o acampamento inicialmente, nós aqui vamos conseguir mais aliados... – comentou Rowle.

— Por que o acampamento foi mudado, senhor? – perguntou Regulus.

Rowle trovejou:

— Foi mudado por ordem do Ministério, pois, assim que começaram as férias de verão, uma nova revista, chamada O Olho, começou a dar informações precisas sobre nossas movimentações. Havia um irlandês de nome Lench que se infiltrou entre nós e começou a passar essas informações para a revista. Após uma demorada caçada a este senhor, nossas tropas entraram em conflito direto com nossos opositores do Ministério e da Ordem da Fênix... Esses não passam de um bando de lunáticos liderados por Dumbledore... Os conflitos se iniciaram nos arredores de Dublin, agora estão mais ao norte, em Cavan...

— E este Lench, senhor? – perguntou Jack.

— Ao que parece, fugiu... Temos fortes indícios de que esteja na Argentina, com outro nome... O Lord das Trevas enviou meu amigo Joshua Mulciber para resolver algumas pendências com ele... Em breve teremos notícias... Enquanto isso, continuamos na caçada dos aliados de Lench pela Irlanda... São pessoas de menor importância, mas estão servindo como distração, desviando a atenção do que estamos preparando aqui e em várias outras cidades pela Grã Bretanha... Olhem: começou!

Rowle apontou o vale onde uma casa pegava fogo. Os garotos viraram-se para olhar.

— Aquela é a casa de McNair. Ele e a família devem estar, nesse momento, chamando os vizinhos para ajuda-los a apagar o fogo sem o uso de magia e fingindo desespero. McNair deve usar, propositadamente, um pouco de magia para fazer cair uma parede sobre um trouxa. Ele fará isso de modo que os trouxas não tenham certeza sobre o uso da magia, mas fiquem desconfiados. Depois vão pedir abrigo a algum dos vizinhos bruxos...

— Quem causou o incêndio, senhor? – perguntou Regulus, sentando-se em uma rocha para admirar melhor o fogo.

— Foram os trouxas que seus amigos enfeitiçaram. Rosier e sua equipe foram disfarçados de cientistas trouxas fazer uma análise para explicar por que o Lago Linche está secando tão rapidamente. Ao entardecer eles informaram o prefeito de que as atividades do moinho estavam desviando a água do lago. O moinho foi construído há duas semanas por McNair... Apareceu “como magia” no local, da noite para o dia, o que deixou os trouxas intrigados e os bruxos incomodados com uma possível exposição. McNair goza de grande admiração pela comunidade, então não foi denunciado ao Ministério... A equipe de garotos lideradas por Pyrites enfeitiçou o filho do prefeito e seus amigos para que acreditassem que o moinho fora mesmo construído com magia e que a intenção de McNair era de secar o lago para criar um grande fosso de concentração de magia negra...

— Isso existe, senhor? – perguntou Amifidel.

— Não, são só lendas que os trouxas inventaram... Magia negra não necessita de buracos para ser concentrada, basta um objeto... – explicou Lucius.

— Tudo foi feito para que pareça que o conflito tenha um começo natural, baseado no preconceito dos trouxas em relação ao uso da magia...

— O que mais vai acontecer hoje, senhor? – perguntou Crouch – nós vamos voltar e atacar os trouxas?

— Obviamente que não, hoje McNair apenas vai semear o sentimento de revolta nos bruxos da vizinhança, para depois dizer que “é uma pena que não possam fazer nada e tenham que aguentar calados esse tipo de ataque”... Enquanto Rosier, Gibbon e Judson vão estar no pub fazendo comentários levantando suspeitas sobre atividades estranhas. Então amanhã a nossa equipe de garotos vai conversar com os garotos trouxas, para fazê-los suspeitar que McNair seja realmente um bruxo e mostrar a eles as “atividades suspeitas” da comunidade bruxa, coisas simples, como pendurar roupas no varal sem tocar nelas, as brincadeiras das crianças que deixam escapar a magia por não saber conter... Todas essas coisas que eles estão acostumados a não ver. Dessa vez não vamos usar magia nos garotos, pois sabemos que eles vão ser examinados por bruxos do Ministério após o conflito e não queremos deixar rastros. Nossa equipe vai incitar o medo nos trouxas, para que ataquem as outras casas bruxas amanhã à noite...

— E então? – perguntou Mulciber.

— Então nós vamos salvar os bruxos e colocar os trouxas para correr. O Lord das Trevas vai ser aquele que vai salvar o bebê de McNair. Vai ser muito bonito.

— Nós vamos participar desse conflito?

— Sim, como treino... Para que mais bruxos vejam a importância de terem seus filhos treinados...

Ao longe, o fogo se extinguiu. Não demorou muito para que Rosier aparecesse coberto de fuligem.

— Tudo certo, senhor. Ocorreu tudo conforme o combinado. McNair e a família está na casa de Hewson, o mais fervoroso opositor de Lord Voldemort da comunidade. Judson e Gibbon ainda estão no pub bebendo e cantando com os trouxas; e eu estou supostamente dormindo na pousada.

— E nossa equipe no Ministério deve chegar amanhã a que horas? – perguntou Rowle.

— Às dez horas em ponto. Vão fazer pouco caso do ataque e ir embora, conforme o combinado. Confirmei com Nott e Travers essa manhã, antes de vir de Londres. – disse Rosier.

— E os outros ataques? – perguntou Lucius.

— Estão todos dentro do cronograma. A aparição do Lord das Trevas anteontem naquele povoado perto de Canterbury salvando uma família bruxa de outro ataque trouxa foi um sucesso. Não se fala em outra coisa em Kent. Gibbon estava lá.

— Perfeito! – exclamou Rowle – então, vamos ao trabalho dessa noite. Lucius, vá com Rosier dar o relatório dessa noite para o Lord, enquanto eu faço a seleção de garotos que irá trabalhar amanhã.

Rosier e Lucius se despediram e aparataram. Os garotos entreolharam-se excitados, todos queriam ser escolhidos. Sentiam-se importantes, agora que sabiam do plano todo e se empenharam ainda mais nas tarefas que Rowle propôs até o amanhecer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Breve História de Regulus Black" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.