Kate abriu a porta de casa, sem fazer muito barulho, mas se deparou com Rosa e J.J sentadas no sofá enquanto a voz de Luna preenchia a casa. 

—Mãe... Mãe... -J.J pulou do sofá ao ver a mulher e abraçou suas pernas. 

—Hey... o que houve? 

—Você me desculpa? Eu não tô mais brava com você!  

—Eu que tenho que te pedir desculpas amor... mamãe fez de tudo pra chegar. -Kate suspirou e se abaixou em frente a filha. 

—Você correu atrás de caras maus hoje? -J.J perguntou. 

—Sim... muitos! 

—E por isso você foi gravemente ferida na costela? -A pequena perguntou e observou a mãe. 

—Dona Katherine... eu juro que não comentei nada. -Rosa riu baixo e se levantou. 

—Você por acaso não deu o telefone aqui de casa para um certo Tio Rick... deu? -Kate perguntou e viu a filha coçar a cabeça, assim como ela, J.J não sabia disfarçar quando era culpada. 

—Eu dei... porque ele é meu amigo. E as vezes a gente joga pedra, papel e tesoura pelo telefone. 

—E foi ele que te disse que eu estava com um ferimento muito grave? -A mulher se levantou e trancou a porta. 

—É... ele disse que quase que você precisou ir para o hospital costurar... 

—J.J, o seu tio Rick é um belo de um exagerado! -A mulher disse incrédula.

—Vou dizer que você chamou ele de belo... -J.J assentiu e saiu correndo para seu quarto. 

—Que? Johanna... eu não disse isso! Ai droga, Rosa... obrigada! 

—Que nada dona Katherine, J.J é um amor. Eu conversei com ela, mas ela só cedeu mesmo depois que o tio Rick ligou. -Rosa disse e pegou sua bolsa e seu casaco. 

—Certo, pelo menos o dinheiro do táxi você aceita Rosinha, já é tarde e a rua está super deserta. -Kate tirou algumas notas do bolso, deixando um pequeno papel todo enrolado cair. -Ué... 

—Obrigada... Amanhã eu venho que horas? 

—Não precisa vir amanhã! Estou de folga eu vou passar o dia com a J.J. -Kate sorriu e pegou o pequeno papel do chão, caminhou até a porta junto com Rosa e se despediu da mulher. A detetive se sentou em seu sofá e desenrolou o pequeno papel, a caligrafia ainda incerta dizia "Mamãe... eu te amo! Não fica triste que eu fui boba... em outra festa você vai! E cuidado com seu ferimento muito grave! Beijos, Johanna Jay Beckett!" 

—Ah Rick Castle... -Kate riu e balançou a cabeça negativamente se levantando e caminhando até o quarto de sua filha. 

—Mãe... será que você vai se atrasar amanhã? -J.J fitou a mãe quando a viu parada na porta de seu quarto. 

—Amanhã eu vou ficar o dia inteiro com você, meu amor! -Kate sorriu e se sentou no chão ao lado da filha, a abraçando e agradecendo mentalmente, J.J era seu porto seguro. 

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Castle trancou a porta de seu loft e se jogou no sofá, um sorriso ainda brincava em seus lábios como se ele tivesse achado um tesouro, sem nem mesmo planejar ele havia tido um dos melhores dias de sua vida, observou o porta retrato que ainda ficava na mesa de centro de sua sala, ele e Meredith, será que alguém acreditaria que eles haviam sido felizes? Ele não sabia bem ao certo quando seu relacionamento foi fadado ao fracasso, um belo dia a vida de conto de fadas que ele havia sonhado escorreu pelo meio de seus dedos, a mulher que até então ele havia escolhido para levar para o altar, desistiu de tudo. 

—Quem me dera fosse tudo tão fácil... -Ele disse a si mesmo e se levantou, observou mais uma vez o porta retrato e o pegou, era mais uma página virada, com muita dificuldade, mas finalmente, esquecida. Guardou o objeto em uma gaveta na sala, aquela que ele quase nunca abria e caminhou para seu quarto. Tomou um banho demorado e incrivelmente relaxante, para ele, que era a ansiedade em pessoa, a calma que havia se instalado em seu peito era quase uma coisa a ser comemorada, talvez ele nunca admitisse a ninguém, nem a si mesmo, mas a grande responsável por aquele sentimento tão bom que ele estava desfrutando, era a dona do sorriso mais lindo que ele já havia visto.