Apenas mais Uma de Amor escrita por DanielaSilvaa


Capítulo 9
Capítulo 9




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- Ela? Ela quem? Não tô entendendo nada... - falou Amanda com um tom de confusão

- A namo... quer dizer, a ex namorada dela, a Bruna. Nós já te contamos, lembra?! - Priscila respondia com pouca paciência

- Aaaah, sim, lembro sim! Ela foi assaltada, Dani? - ela perguntava agora pra mim

- Sim. - eu respondi ainda meio aérea

- Só uma dúvida... como você vai fazer pra sair? - Pedro perguntava me lembrando da parte que eu tinha esquecido

Nós ficamos em silêncio, mas a Amanda foi mais rápida quebrando- o

- Isso é fácil, gente.

- Ah, é?! - Priscila perguntou duvidando

- Sim, é. Eu fazia isso quando eu queria sair com o meu ex namorado. - ela disse explicando

- Nossa, que lindo isso, hein?! - Priscila debochou

- Tá bom. E como seria isso? - eu perguntei apressada

 

 

 

- Eu estou dizendo, seu Francisco... olha a carinha dela, tá pálida! - Amanda dizia ao porteiro

- Eu não posso deixá-la sair, primeiro passe na secretaria, ligue pra casa e consiga autorização

- Mas mãe dela não está em casa... o senhor vai deixar a bichinha assim? - ela perguntava com tom manhoso e fazendo carinho na minha cabeça

Seu Francisco estudou minha aparência, eu estava com um casaco em volta dos meus braços, apesar do calor insuportável, eles tiveram a idéia de simular o suor no meu rosto.

- Nossa, você tá passando mal mesmo... - ele parou e pensou. - Saia e vá direto pra casa, tá ouvindo? Eu posso ser demitido por fazer isso, ainda mais porque você não está em condições de andar por aí sozinha. - ele abriu o portão e eu saí o mais rápido possível, mas ainda me virei e vi a Amanda acenando com tristeza pra disfarçar e depois virando para ele agradecendo com um abraço, pegando-o de surpresa.

Assim eu que eu saí, eu fui para a praça que tinha atrás do colégio, tirando o casaco e passando a mão no rosto pra tirar os pingos de  água que ainda ficaram.

 

Quando eu me virei, eu vi um Gol vermelho se aproximar e estacionar, no mesmo instante meu coração disparou, e não sei como, mas parou quando aquela criatura linda saía do carro e vinha em minha direção, meu único instinto foi correr para seus braços, que já estavam abertos pra mim. Eu a segurava com todas as minhas forças, fazendo com que de alguma maneira pudesse se sentir segura comigo, uma das minhas mãos estava enterrada em seus cabelos e a outra estava colada em sua cintura puxando-a para mim, as suas mãos estava amarradas nas minhas costas e eu podia sentir todo calor que o seu corpo emitia e eu podia sentir também em meu corpo toda a reação que o seu toque causava. Eu me separei aos poucos para encará-la e no seu rosto eu via olhos ainda inchados das lágrimas que passaram por ali.

 

- Tá mais calma? - eu perguntei finalmente

- Um pouco. Eu pensei que eles iam fazer alguma coisa comigo. - ela disse lembrando

- Era mais de um? - eu perguntei assustada por ela

- Sim. Eram três. E os três estavam armados e... - ela pausou deixando cair uma lágrima.

- Shhh. Não, não pensa mais nisso, agora já passou. - eu disse abraçando-a de novo.

Eu me soltei e a levei até um banco onde a sentei e fiquei em pé observando-a se recompor.

 

- Você estava tendo aula de quê? - ela perguntou me olhando de baixo pra cima e analisando minha roupa, me fazendo lembrar que eu ainda estava coma roupa da Ed.física. Eu estava com um short de ginástica que deixava minha coxa à amostra, uma blusa sem manga que batia um pouco depois da barriga, estava de cabelo preso que já estava batendo quase no bumbum e tênis.

- Ed. física. - eu respondi

- Huuum... - ela parecia pensativa , fazendo mais uma vez uma análise da minha roupa. - Eu já tinha me esquecido que tem aula de Ed.física. Mas eu gostei da roupa. - ela disse dando um meio sorriso

- Obrigada. - eu disse ficando um pouco sem graça

- Desculpa te ligar assim, eu estava muito nervosa e não sabia pra quem ligar, não queria te causar problemas na escola.

- Fica tranquila, não causou.

- E como você fez pra sair? - ela perguntou curiosa

- Ah, digamos que eu fiquei doente por uns minutos. - eu disse dando uma risadinha lembrando, ela apenas sorriu. - Você sumiu. - eu disse com um tom triste, ela demorou um pouco pra responder

- Sim. É, só colocando as idéias no lugar.

- E colocou? - eu perguntei séria agora

- Mais ou menos. - ela respondeu

- Eu senti sua falta. - eu confessei abaixando a cabeça

- Eu também. - ela disse me fazendo olhá-la. - É melhor eu levar você pra casa. - ela disse tentando mudar de assunto, eu não consegui disfarçar a tristeza em pensar ficar longe dela.

- Não precisa. - eu disse. - Você precisa descansar.

- Deixa de ser boba. Eu te levo, é caminho e eu que fiz você sair cedo, é mais que minha obrigação. - ela disse levantando e pegando minha mochila e indo em direção ao carro, eu fiquei parada olhando enquanto ela entrava, ela abriu o vidro e chegou perto da janela do carona. - Você não vem?

Então eu fui até o carro e entrei, quando eu entrei eu podia sentir o seu cheiro no ambiente, um cheiro gostoso, do qual eu sentia falta.

 

- Então, quais são as novidades? - ela me perguntou ligando o carro e dando partida

- Tudo velho, tudo velho. - eu respondi. - E você?

Ela pensou antes de responder

- Eu estou saindo com uma pessoa. - quando ela disse isso a minha vontade foi de sair correndo do carro, mas a raiva e curiosidade falaram mais alto, me segurei e respirei fundo, quando ela percebeu minha demora, ela se virou rápido para me olhar

- Ah, é? E eu conheço? - eu perguntei como se tivesse algo na boca, me impedindo de falar

- Sim. É a Sabrina, amiga do Flávio, lembra?

- Sim, eu lembro. E lembro também que ela já era interessada em você. - ela deu uma risadinha

- Pois é. Eu resolvi tentar, né?!

Eu nada respondi até chegar em casa, quando ela estacionou na minha porta, ela continuou

 

- Amanhã é meu aniversário. - ela disse

- Eu sei. Parabéns adiantado. - eu disse sorrindo forçado

- Obrigada. Então, vai lá em casa amanhã, eu vou reunir um pessoal e gostaria que você fosse também. Vai ser às 20h.

- Ok! Eu vou, sim.

- Pode levar quem você quiser também. - ela disse, eu senti que ela tava querendo saber alguma coisa

- Ah, tá. Pode deixar. - eu respondi também sem negar que poderia existir alguém.

- Obrigada e desculpa mais uma vez por agora. - ela disse quando eu toquei para abrir a porta

- De nada. Sempre que precisar, você pode me ligar... - eu disse sorrindo sincero agora

 

Ela se aproximou e me deu um abraço mais demorado, eu senti a sua respiração no meu pescoço e eu pude perceber que ela respirava nele, tentando sentir alguma coisa, aquilo me arrepiou, então ela me deu um beijo na bochecha, um beijo carinhoso e macio, e depois se afastou de novo.

Ela sorriu mais uma vez, mas um sorriso como se quisesse  falar alguma coisa e então eu sorri também e saí do carro, pensando que eu iria sim naquela festa, e me roendo de raiva por dentro por ter acontecido o que eu mais temia, o tempo que eu dei, a fez conhecer outra pessoa...

 

 

 


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