‘’The club isn't the best place to find a lover

So the bar is where I go

Me and my friends at the table doing shots

Drinking faster and then we talk slow

Come over and start up a conversation with just me

And trust me I'll give it a chance now’’

Era a quita vez naquele mês que íamos naquele bar. Para Gajeel e Gray o único motivo seria me tirar da fossa do recente termino com Lisanna, mas para mim tinha muita coisa envolvida, como a loira na pista de dança.

— Você tem que sair dessa, Natsu. Tem quase um mês que isso rolou e você sabe que encher a cara não vai adiantar muita coisa, só uma ressaca de matar.

Apenas revirei os olhos. Um nudista querendo me dar lição de moral sobre relacionamentos sendo que nem o dele mantinha direito. A prova disso era minha prima na pista de dança e ele na quarta dose de tequila.

— Acho que não precisa se preocupar com ele Gray. Ao que parece o nosso algodão doce aqui já está de olho em uma garota. – Gajeel soltou e eu quase me engasguei com a minha vodka.

— Ei, como você sabe disso? – Gray e eu o encaramos surpresos. Devo confessar que estava mais que os olhos caidos, afinal eu não tinha comentado nada sobre a loira.

— Ah, qual é Natsu, até a Mira percebeu que você não estava vindo a Fairy Tail por causa da bebida ou da música. Chegava cedo e ficava olhando para todos os lados como se procurasse algo e quando a loirinha que está dançando com Juvia aparece você fica parecendo uma cãozinho babando pela comida preferida, mas que sabe que não pode pegar.

—Talvez eu esteja mesmo a fim da loirinha, mas ela parece estar muito bem sozinha...-  Antes mesmo de terminar a minha frase, Juvia vinha em nossa direção com a garota em sua cola. Elas conversavam algo que fazia a garota rir e ficar com as bochechas ainda mais vermelhas.

—Gajeel e Natsu, que bom ver vocês aqui! Por que não me avisaram que iam vir hoje? -  A azulada nos abraçou e logo em seguida apresentou a loira que a seguia. – Essa é Lucy, a conheci semana passada nas aulas de dança que faço.

— Oi para você tambem Juvia. Que bom que você é uma pessoa madura e falou comigo. – Gray encarou a ex namorada com um sorriso sínico na boca. Coisa boa não sairia desse encontro, mas a azulada apenas fingiu não ouvir e virou de costas para o moreno.

—Olá. Me chamo Gajeel. – Gajeel acenou com a cabeça e garota sorriu timidamente para ele. Até a entendia,  o cara tinha dois metros de altura e uma cara não muito amistosa, daria medo em muita gente.

Mostrei meu melhor sorriso e estendi a mão querendo saber se a pele dela era realmente tão macia quanto parecia sob todas aquelas luzes. –Oi, Lucy. Meu nome é Natsu, Natsu Dragneel, amigo de infancia de Juvia. – a garota sorriu de canto e apertou minha mão.

—É um prazer te conhecer, Natsu Dragneel.

'’Put Van The Man on the jukebox

And then we start to dance

And now I'm singing like

Girl, you know I want your love

Your love was handmade for somebody like me

Come on now, follow my lead

I may be crazy, don't mind me

Say, boy, let's not talk too much

Grab on my waist and put that body on me

Come on now, follow my lead

Come, come on now, follow my lead’’

Com toda a certeza já era mais de uma da madrugada, mas quem ligava? Quem se preocupa com horários quando se tem uma excelente companhia? Gray e Juvia sumiram um pouco depois que as meninas chegaram da pista de dança e Gajeel foi embora logo depois com a desculpa de ter que sair com Levy no dia seguinte, então só tinha sobrado eu, Lucy e algumas doses de tequila.

— Então, Natsu, em que você trabalha? - Lucy perguntou depois de mais uma dose. Dava para perceber que ela estava mais animada e descontraida que algumas horas atrás

— Eu tenho uma academia de MMA em parceria com Gajeel. Dou aulas, mas as vezes eu também luto por diversão. – Sorri sem graça, afinal muitas mulheres achavam um esporte de brutamontes.

—Nossa, que legal! Sempre via na TV, mas não achava que lutadores fossem tão bonitos pessoalmente também... – Ela simplismente parou e arregalou os olhos enquanto eu ria da cara envergonhada que ela fazia, o que a fez  rir também.

— Obrigado pelo elogio, Luce. Acho que é uma das poucas garotas que me falaram isso. – ela levantou a sombrancelha e me encarou.

— Que você era bonito? Não estou bebada o suficiete para acreditar...

—Não, loirinha. Estou falando sobre meu emprego, muitas garotas não sabem nem o que é. - Bebi mais um pouco da minha bebida e a observei. Mesmo com todo aquele cabelo loiro Lucy não poderia ser considerada uma barbie, isso é um fato. A garota tinha curva, peitos salientes e belas coxas que ficaram a mostra com o vestido vermelho que usava. Além de tudo isso a garota era quase um gênio que descutia da politica aos lançamentos de filmes no cinema. – E você, trabalha com o quê? Espere, deixe-me adivinhar... – Coloquei o dedo sobre o queixo como se estivesse pensando e ela me olhou como se me desafiasse.  – Médica?

— Errou. – Ela sorriu de canto me mostrando que eu tinha errado feio. – Eu tenho uma academia, como você, mas ensino outra coisa. – A garota se levantou e me estendeu a mão. –Venha, vou te mostrar o que eu sei fazer de melhor.

‘’I'm in love with the shape of you

We push and pull like a magnet do

Although my heart is falling too

I'm in love with your body

Last night you were in my room

And now my bedsheets smell like you

Every day discovering something brand new’’

Seu corpo era como algo liquido nas minhas mãos. Cada parte do seu corpo se moldava ao meu de acordo com a batida da música e eu podia sentir meu coração acelerado só por sentir ela perto de mim. Ela dançava tão bem que eu deveria ter imaginado que ela era professora de dança.

Dizem que não existe amor a primeira vista e eu concordo, mas tesão existe e com certeza aquilo eu estava sentido no momento. Lucy parecia conhecer cada batida da música e parecia estar quase em  um mundo particular, onde as vezes ela se virava pra mim e sorria como uma criança em um domingo no parque de diversões.

Podia não saber muito sobre o mundo da dança, mas tinha minhas cartas na manga.  A girei e quando ia enrola-la em meus braços, ela se soltou e me chamou com o dedo para onde ela estava e eu fui.

(...)

‘’One week in we let the story begin

We're going out on our first date

You and me are thrifty

So go all you can eat

Fill up your bag and I fill up a plate

We talk for hours and hours about the sweet and the sour

And how your family is doing okay

Leave and get in a taxi, then kiss in the backseat

Tell the driver make the radio play’’

Era quarta, algumas semanas depois do meu primeiro encontro com Lucy e tínhamos acabado de sair de um restaurante, mas a loira tinha que voltar correndo para o estúdio de dança porque tinha aulas a tarde o que me deixou meio chateado, mas entendi que ela tinha os compromissos dela. Entramos no táxi enquanto Lucy ria por eu ter manchado a camisa com o molho do hambúrguer.

—Você parece uma criança, Natsu. Não sabe para quê existe guardanapos? –Ela balançou a cabeça.

— É que você é um ótima em limpar minha boca, Luce. Ainda por cima é reutilizável. – Dei um selinho nela como prova disso. Ela ficou vermelha e me deu um tapa.

— O motorista, Natsu. Não seja um depravado. – Eu apenas a abracei e ficamos em silêncio por um tempo. Prestei atenção na música que passava na rádio e demostrava exatamente o que eu sentia no momento. Cheguei perto do ouvido dela e cantei o refrão da música.

— Garota, você sabe que quero seu amor. Seu amor foi feito na medida para alguém como eu. Vamos lá, me siga. Eu posso ser louco, não ligue.