The Only Exception escrita por Ny Bez


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Atualizando...

Boa leitura =)



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Yanka a encara confusa. Não entendia muito bem o porquê daquele sorriso. Na verdade imaginava o porquê, mas não quis acreditar.

 

“Será que ela acha que porque me roubou um beijo, e eu a defendi de sua namorada neurótica, vamos ser melhores amigas?”  - Dizia- se em pensamento. – Isso que da ser metida! – Falava bronqueando-se. Yanka dirige-se para sua cadeira normal, porém fria com Sophya, que logo perde o sorriso encantador e no lugar fica um rostinho decepcionado.

 

- Ér... Yanka... Eu... Posso falar com você? – Fala sem jeito.

 

Yanka a encara curiosa e fria ao mesmo tempo. – Pode! – Dá de ombros. No momento em que Sophya ia começar seu falatório, a professora de artes começa a explicar um trabalho...

 

 

- Bom pessoal! Atenção aqui, por favor! Senhorita Schmitt, vire-se para mim e preste atenção, depois você terminam a conversa. – Sophya assente com a cabeça. – Bom... Como vocês sabem, todo fim de ano temos um festival de artes aqui na escola... – Todos concordam. – E esse ano não poderia ser diferente. O que difere é que os temas serão livres, ou seja, vocês escolhem.

 

- Oba professora! Então já podemos formar as equipes? – Pergunta Brenda empolgada.

 

- Então Brenda, na verdade não! Dessa vez não será de equipe, será de duplas. – Todos encaram a professora confusos. – É isso mesmo gente, de equipe rola muita bagunça e poucos fazem o trabalho, acabam se escorando nos outros que realmente querem alguma coisa! De dupla é melhor, as pessoas ficam mais centradas, trabalham melhor!

 

- Professora! E quem ta na equipe de teatro também precisa fazer dupla? – Perguntava Rick. Ela tinha se inscrito no teatro.

 

- Não Rick! Não precisa. Pessoal! Quem se inscreveu para o teatro não precisa fazer o trabalho em dupla! – Algumas pessoas da sala estavam no teatro junto de Rick. – E por falar nisso, quem estiver no teatro, pode ir pra lá. A partir de agora toda minha aula será em prol do festival, quem ficou com dupla, vai permanecer aqui na sala, mas para debater sobre o que vão fazer, e quem for do grupo de teatro, vai pra lá trabalhar na peça.

 

- Ok! – Brenda já ia juntar sua cadeira com a da Sophya, quando mais uma vez a professora interrompe.

 

- Ah! Já ia me esquecendo! As duplas serão sorteadas por mim! Ou seja, desculpe meninas, mas dessa vez vocês não ficarão juntas! E por falar nisso, eu vou começar com o sorteio...

 

Ela começou a fazer o sorteio, algumas duplas gostaram de seu par, outras detestaram. A professora puxa mais um papelzinho com o nome de mais um aluno...

 

- Deixa eu ver quem vai sair dessa vez... Brenda!

 

- Por favor, Yanka ou Sophya, Yanka ou Sophya... – Ficou repetindo varias vezes para si mesma.

 

 

- Alana Carvalho!

 

- O que?! – Brenda fica decepcionada.

 

- Vamos a outra pessoa agora... Sophya!

 

- Por favor Yanka, Por favor Yanka... – Ficava repetindo para si mesma.

 

- Qualquer um menos a Sophya, Qualquer um menos a Sophya... – Yanka ficava se repetindo, de fato ela não queria ter que agüentar a patricinha até o final do ano.

 

- Yanka! – Sophya solta um sorriso.

 

- Merda! – Yanka fala decepcionada. Ela levanta da cadeira e vai falar com a professora. – Professora?

 

- Oi Senhorita Martins?!

 

- Eu posso trocar de dupla? – Fala baixo só para a professora ouvir.

 

- Por que você quer trocar de dupla?! – A professora também fala baixo.

 

“Porque eu não a suporto, ela é metida, mimada, me tira do serio, e ainda é tarada!” – Fala em pensamento. – Ah professora, eu nem sei o que fazer com ela, tipo, o que vamos apresentar? Não combinamos muito, vai ser difícil uma sintonia saca?

 

- Hum... – A professora arqueia a sobrancelha. Desculpa Yanka, mas as duplas já estão formadas. Não posso fazer nada. Faça o seguinte, procure conhecer melhor sua parceira, que sabe você não encontra algo em comum? – Yanka encara a professora.

 

- Tudo bem! Obrigada! “por nada” – fala em pensamento.

 

Yanka vai sentar em sua cadeira, e Sophya puxa a dela onde ficam cara a cara...

 

- Yanka... – Sophya começa. - Sobre ontem... Eu... -Yanka a interrompe.

 

- Não precisa se explicar guria, eu sei que você tava trilouca. E pra mim aquele beijo não significou nada! – Fala fria.

 

Sophya sente seu coração desacelerar, e seu estomago esfriar, aquelas palavras eram duras e frias. “Como ela pode ser assim?! Eu a beijo, e ela fala que não significou nada?! Como assim? Como pode ser tão fria? Será que ela não vê que eu fui sincera?”

– Ela fica com os olhos cheios de lagrimas, mas tenta disfarçar. – Ufa! Pensei que você tinha levado a sério! Eu tava mesmo bebaça, e como todo bêbado que se preze, eu tinha que fazer alguma merda! – Mente, para não perder a pose. Yanka a encara confusa, e impaciente. - Que bom que você não ficou bolada!

 

- Não esquenta pathy, você não é a primeira e nem a ultima que tenta me agarrar a força naquele clube. ACREDITE! – Fala em deboche. Sophya fecha a cara. – Vamos começar logo com esse trabalho?

 

- Vamos! – Concorda ainda de cara emburrada, depois fica aérea. Yanka não da à mínima.

 

- Então patricinha?! Além de fazer compras o que mais você sabe fazer? – Pergunta debochada.

 

 

- Que? – Pergunta ainda aérea. Yanka ri.

 

- Perguntei o que você sabe fazer! Tipo, qual é o seu talento?! Sacou?

 

- Aham! Saquei! Ah! Nem sei qual o meu talento.

 

- Vejamos! Já vi que isso vai ser ainda mais difícil que pensei! – Fala fazendo bico. – Bom... Você toca alguma coisa? Algum instrumento, por exemplo?

 

- Eu toco piano! Meu pai me colocou em aulas de piano quando eu ainda era criança. Devia ter uns 7 ou 8 anos de idade. O mesmo serve para o balé clássico, o qual minha mãe insistiu pra eu fazer.

 

Yanka abre um sorriso. – Você dança balé? – Pergunta impressionada.

 

- Danço! – Sophya fica contente com o sorriso lindo que Yanka dava para ela.

 

Yanka fica perdida em seus pensamentos, lembrou-se de sua mãe que era bailarina profissional. Quando ela ainda era criança ficava dançando junto de sua mãe, ficava tentando fazer um Attitude (pronuncia-se "atitide"), ela levantava uma das pernas ligeiramente dobrando-a, mas sempre caia. Onde provocava o doce riso de sua mãe. Ela retorna de sua infância, e se depara com Sophya a observando atônita. – Que foi?

– Pergunta assustada.

 

- Nada! Ér... É que você ficou ai perdida em seus pensamentos... “absurdamente linda”

- Diz em pensamento. - Eu não sabia se te chamava ou te deixava quieta!

 

 

- Ah! É... Eu viajei um pouquinho aqui, desculpa!

 

- Não tem problema! Pode viajar sempre que quiser eu não ligo – Tenta parecer indiferente. – “Ainda mais que você fica linda de morrer, por mim pode fazer sempre!” – Diz em pensamento.

 

- Ok! Bom... Você toca piano, e dança balé! Já sabemos dois tipos de talentos de sua parte, quer dizer, se é que você toca ou dança direito né?! Porque isso eu só vou saber quando, ver e ouvir!

 

- Ah! Mas é sério! Eu toco e danço muito bem!! – Dizia se gabando.

 

- Isso é o que você diz! E como você é uma pessoa muito metida, melhor, convencida, eu só acredito vendo! – Diz debochada.

 

- Ok! Se você não acredita em mim, terei o prazer em te mostrar, é só você aparecer lá em casa depois da aula que eu te provo! – Sophya provoca.

 

- Hey, parece que o efeito da bebida ainda não passou! Eu não sou nem louca de ir sozinha pra sua casa! – Fala divertida. Sophya ri.

 

- Porque ué? Eu não vou te atacar! – Fala maliciosa.

 

- É melhor não arriscar! Vai que lá tem alguma coisa alcoólica, ai vem você toda se querendo de novo! – Mais uma vez Sophya sorri.

 

E pela primeira vez elas pareciam estar conversando civilizadamente, quer dizer, Yanka não perdia a oportunidade de gongar Sophya, que por sua vez aceitava tudo na boa.

 

- E você? O que você faz além de cantar e tocar guitarra?! – Sophya pergunta curiosa.

 

- Bom... Eu toco outros instrumentos, e piano é um deles, eu também toco bateria e teclado.

 

- E você dança?

 

- Assim! Quando eu era guriazinha, eu dançava, até meus... – Ela fica cabisbaixa. – 13 anos eu dançava balé classico, e dança de salão também. – Ela suspira triste.

 

Sophya percebe a tristeza da outra, mas acha melhor não perguntar. Do jeito que Yanka era no máximo iria levar um fora. – Hum... A gente poderia fazer um numero de balé clássico? Que você acha? – Fala tentando quebrar o clima triste da parte de Yanka.

 

- Não!!! Eu não danço mais balé!! Nunca mais vou dançar aquilo de novo!! – Seus olhos se enchem de lagrimas. – Desculpa, tenho que ir ao banheiro.

 

 Ela levanta da cadeira pede licença à professora e sai arrasada da sala de aula, por pouco não chora na frente de todo mundo. Ela fica no corredor perto do banheiro masculino, chorando por alguns minutos. Aquele assunto a deixara abalada de fato.

 

Dentro do banheiro masculino estava Rick, que a pouco tinha entrado. Logo em seguida entram uns bad boys do colégio, e começam a zoar o coitado...

 

- Olha ai a bibinha da escola!! Cadê suas amigas pathys hein?! – Fala um cara bem alto. Começaram com as provocações.

 

- Olha gente eu não quero brigar! Por favor me deixem em paz! Se não!

 

- Se não o que seu viadinho? – Um deles, o mais gordo, empurra-o na porta que se abre e ele cai do lado de fora do banheiro.

 

- É seu viado nojento?! O que você acha que pode fazer contra nós hein?! – Diz um outro mais baixo, o levantando pela gola de sua camisa e depois o empurra contra a parede.

 

- Aiii! Você estão me machucando! Seus ogros!!

 

- Olha aê cara! Essa bixa aqui quer apanhar!! – Diz o mais gordo.

 

- É cara! Se ele ta pedindo porque não dar o que ele pede? – Sugere o mais baixo.

 

- Ok! Você que pediu! – Quando um mais alto já ia socar Rick Yanka intervém.

 

- Hey!! Vocês ai! Soltem ele agora! – Diz furiosa.

 

- Quem é essa daí? – Pergunta o mais alto.

 

- Eu sei lá! – Responde o mais gordo.

 

- Garota vaza daqui, se não sobra pro teu lado gatinha! – Avisa o mais alto que ainda estava com o punho erguido para socar Rick.

 

- Só vou sair quando vocês o soltarem!

 

- Garota quem tu pensa que é pra ser toda marrenta assim com a gente?!

 

- Eu só sou a pessoa que esta pedindo ainda de forma educada que vocês o larguem! Pois do contrario eu vou ter que chamar o Coordenador! – Yanka já pegava seu celular para ligar para seu pai quando os bad boys resolvem largá-lo.

 

- Isso não vai ficar assim gatinha!– Falava o mais alto e mais forte dos três, ele se aproximou e acariciou o rosto de Yanka de forma grosseira. - Não vai!

 

Enfim eles saem de perto, Rick tava todo amassado no chão Yanka estende sua mão...

 

- Vem! Deixa eu te ajudar a levantar! – Rick olha admirado.

 

- Obrigada Yanka! Valeu mesmo! Se você não tivesse chegado eu acho que eu tava ferrado agora!! – Fala assustado.

 

- É... Provavelmente sim! Mas que bom que eu tava por perto né? – Fala divertida. Mas ainda dava pra ver que ela havia chorado.

 

- É! Você tava chorando? – Pergunta preocupado.

 

- Não!

 

- Parece! – Ele insiste.

 

- Não é nada! Deixa isso pra lá! Agora vem comigo! Você precisa contar o que houve aqui pra coordenação! – Yanka o puxa pela mão e o leva até a sala de seu pai.

 

- Filha o que houve? – Fernando pergunta preocupado.

 

-Filha?! –Rick fica surpreso.

 

- É ele é meu pai! – Ela da um sorrisinho bobo pra ele. Pai! Uns garotos metidos a bad boys estavam fazendo arruaça nos corredores da escola, eles agrediram o Rick! Isso não pode ficar assim! – Falava revoltada.

 

- Pode deixar filha isso não vai ficar assim!! – Afirmava seu pai. – Agora pode voltar pra sua aula que daqui pra frente cuido eu!

 

- Ta bom papai! – Rick a olha admirado mais uma vez, achou fofo ela chamando o pai de papai. – Rick você vai ficar bem agora, ta em ótimas mãos! – Fala orgulhosa.

 

- Ta Yanka! E muito obrigado mesmo pelo que você fez! E me desculpa qualquer coisa! – Fala se desculpando pelas atitudes passadas.

 

- Tudo bem! Não esquenta! Já passou!

 

Com o Rick ela foi mais gentil. Ele também tinha implicado com ela, mas não tanto quanto Sophya, que abusou das maldades no dia da loja. Ela estava se direcionando para a sala de aula, quando sente uma mão puxando- a para uma sala. Parecia a sala do zelador da escola, mas esse não se encontrava ali.

 

- Oi bebê?! Ta com saudades? – Dizia Danielle já lhe roubando um beijo bem provocante.

 

- Dani... Elle... – Yanka retribui o beijo, mas logo se solta de Danielle.

 

- O que foi minha linda? – Pergunta confusa.

 

- Nada! É que tenho que voltar pra sala, eu sai pra ir ao banheiro, já devia ter voltado.

 

- Ah! Deixa isso pra lá! Daqui a pouco o sinal do intervalo toca mesmo! – Volta a se aproximar envolvendo seus braços no pescoço da mais nova.

 

- Danielle! Por favor! É sério velho! To no meio de um trabalho! – Fala firme. Danielle treme na base e fica mais excitada.

 

- Adoro quando você fala assim! Dona da situação! – Fala maliciosa.

 

Yanka fica vermelha. – Danielle, por favor! Depois marcamos de sair, mas aqui no colégio é perigoso você não acha?! – fala tentando conter o desejo.

 

- É do perigo que eu gosto! E você também parece gostar! – Morde a orelha da vocalista. – Não é?! – Desce para o pescoço onde se perde em beijos e mordidinhas de leve.

 

- É... Mas não hoje! E nem agora! Desculpa... – Sai da sala do zelador deixando uma frustrada Danielle.

 

- Yanka! - Danielle não desiste e a segura pela mão. – Quando? Onde?

 

Yanka a olha maliciosa. – Isso vou deixar com você! Só não quero que seja aqui na escola! Então, boa sorte ai com sua criatividade! – Fala divertida e pisca para a professora.

 

O sinal para o intervalo toca, Yanka fica furiosa por não ter conseguido voltar a tempo. Nem tanto pelo fato de ter perdido o final da aula, que praticamente não teve, e sim porque deixou Sophya lá sozinha, estavam conversando e pareciam se entender. Ela estava começando a gostar da companhia da patricinha, só não entendia bem o porquê.

Imediatamente foi atrás da garota, que estava saindo da sala de aula. Assim que Sophya coloca os pés pra fora de sala, Vanessa aparece e a chama pra conversar. Yanka observa tudo de longe, fecha a cara, e retira seu mp4 do bolso de sua calça companheira, coloca os fones em suas orelhas e vai em direção a arvore do pátio onde gostava de ficar sentada. Dessa vez Danielle não atrapalharia seu tempo, seu espaço, apesar dela não ter nada que reclamar pelo fato de Danielle ter a atrapalhado naquele dia anterior, mas aquele momento ela queria só pra ela, ficou lembrando de sua mãe... No mp4 tocava Memory do Épica. Aquela musica de fato mexia muito com as lembranças de Yanka, que de repente começa a chorar. Lembrar-se da mãe doía muito, ela evitava ao Maximo. Mas às vezes era inevitável. Principalmente quando alguém falava sobre balé, era o momento que as duas mais eram cúmplices, mais ligadas uma a outra, existia de fato um carinho imenso que foi perdido por uma injustiça do destino, uma brincadeira sem graça de alguém lá de cima. Até o então momento ela não se conformava com tudo o que tinha acontecido, ficou durante meses tentando se recuperar começou a entender melhor os fatos quando conheceu a banda. A musica a ajudava a esquecer a dor, momentaneamente... Mas esquecer por completo, ela jamais esqueceria!

 

Sophya...

 

Vanessa a chama para conversar, queria de fato se desculpar pela grosseria, Sophya já imaginava. Era sempre assim, sempre que Vanessa fazia a louca ciumenta bêbada,  no outro dia ela vinha pedindo desculpas inocentemente. Mas dessa vez Sophya também era culpada, passou dos limites com a tequila, depois ainda agarrou outra mulher na frente dela. Elas não eram namoradas, mas tinham um historia, e Sophya sabia o que de fato Vanessa sente por ela...

 

- Sophya... Me desculpa por ontem?! – Sophya a encara. – Eu sei que fui muito grossa com você, talvez até tenha te machucado, acho que machuquei né? - Ela olha pra uma mancha roxa no braço de Sophya.

 

- Sim!! Machucou! – Responde ríspida.

 

- Ah! Mas você tinha que beber alem da conta?! Você sabe que eu não gosto!

- É sei sim!

 

- E depois aquele beijo que você deu naquela tal de Yanka... – Fala entortando a boca. – Foi desnecessário né?! Eu sei que você fez aquilo pra me deixar irritada! Mas eu já tava irritada o suficiente!

 

“Que?! Acorda garota, eu nem lembrei de você! EU AMO A YANKA!” – Fala em pensamento. – Ér... Mas eu nem sabia direito o que eu tava fazendo... Aliás! Eu nem lembro direito o que eu fiz! – Mente. Lembrava e muito bem. E queria muito repetir aquele beijo, só que dessa vez sem interrupções.

 

- Hum... Melhor assim! É melhor você nem lembrar daquela... – Entorta a boca. – Vocalista de barzinho.

 

Elas vão andando para o pátio, quando Vanessa percebe a presença de Yanka sentada ali, debaixo da arvore. Ela na hora abre um sorriso maldoso e macabro.

 

- Quer dizer que a Vocalista de bandinha furreca estuda aqui é?!

 

- É?! O que você pretende fazer? – Pergunta preocupada.

 

- Até parece que você não me conhece?! – Fala em tom ameaçador. – Essa vaca me paga pelo que ela fez comigo naquele bar de quinta!

 

- Para Vanessa, deixa ela! Ela só me defendeu! Só isso! Não faz nada por favor!!

– Sophya suplicava.

 

- Qual é Sophya?! Não to te reconhecendo! Você preocupada com a ralé?! Você ainda ta bêbeda? Ou ta usando alguma droga?

 

- Claro que não! Não é isso! Ér... “Pensa rápido Sophya!” Ér... Que eu quero que ela pense que eu gosto dela!

 

- Por que você quer uma coisa dessas?! – Pergunta desconfiada.

 

- Por - por quê?! Ora por que! Porque ela ta se achando!  Eu quero fazer com que ela se apaixone por mim pra quando ela estiver perdidamente apaixonada, eu dar um fora nela na frente de todos do colégio! É por isso! – Mente.Vanessa logo abre um largo sorriso.

 

 

- Hum! Gostei da idéia meu amor! E você já começou com seu plano? – Fala maliciosa.

 

“Pensa Sophya!” – Já! Você acha que o que eu fiz ontem foi por acaso?!

 

- Ué?! Você falou que mal lembrava!

 

- É que eu não queria estragar a surpresa! Mas agora que você falou que ia se vingar dela, iria atrapalhar meus planos, por isso que eu to te contando! Por favor! Não faz nada! – Ela abaixa a cabeça. – Deixa que eu faço.

 

- Ok! Mas me mantém informada dos detalhes e se ela se atrever encostar aquelas mãos de Rockeira sem sal em você me avisa que eu dou um jeito nela!

 

“Aham Vanessa senta lá! Tomou só um golpe e nem conseguiu se mover mais!” – Ok! Pode deixar.

 

Rick que acabara de sair da coordenação vê Yanka sentada em baixo da arvore, ele se aproxima pra agradecer e percebe que Yanka chora desconsoladamente de olhos fechados...

 

- Yanka?! – Ele coloca uma de suas mãos no ombro dela.

 

Ela abre os olhos e rapidamente enxuga suas lagrimas. – Você me assustou! – Fala cabisbaixa.

 

- Desculpa! Vim te agradecer mais uma vez, mas vi você assim chorando... E apesar de que você fica linda assim chorando, quero saber o porquê! Por que você ta assim? Meio que melancólica?!

 

- Ér... Deixa isso pra lá!

 

- Olha, eu sei que eu fui um idiota com você! Que nem dei oportunidade de conhecer você melhor, mas desde ontem à noite, quando você defendeu a Sophya, quer dizer desde que você subiu e arrasou naquele palco né?! Estava uma diva do Rock bee!

– Yanka sorri. – Sabe chorando você fica linda, mais sorrindo fica ainda mais!

 

- Valeu! Valeu mesmo Rick! Você é boa pessoa, por que você trata as pessoas de nível mais baixo que o seu em relação ao status é claro, como se fossem insignificantes?

 

- Ah! Nem sei! Peguei isso da Sophya, que por sua vez pegou da Vanessa!!

 

- Então quem começou com isso foi a Vanessa? Só podia ser! –fala como se já soubesse.

 

- Mas porque vocês copiam isso?! É horrível! Sem sentido!

 

- Eu nem sei, mas prometo não fazer mais, já vi que eu posso ter magoado varias pessoas legais como você! – Fala sincero.

 

- É!! E não é só isso! As pessoas não tem culpa de não terem nascido com pais ricos, ou bilionários... É questão de respeito!

 

- Agora eu entendo isso! Depois que aqueles animais me agrediram eu entendo perfeitamente, sei que nunca agredimos fisicamente, mas moralmente com certeza! Me desculpa ta?

 

- Ta bom! Esta desculpado!

 

- Posso te dar um abraço? – Pergunta receoso.

 

- Claro! – Nisso selam sua amizade.

 

Um garoto do grupo de teatro passa entre eles e fala qualquer coisa com Rick, que logo fica rubro...

 

- O que foi? Você ficou vermelho agora!

 

- Nada não ér... – Fica sem jeito.

 

- Ah fala vai! – Yanka insiste.

 

- Ta bom! Vou te contar, mas fica entre a gente! Segredo nosso ta bom bee?!

 

- Acho engraçado quando você fala bee! Ta bom pode falar e confiar!

 

- Ta! Lá vai... Eu to apaixonado por ele! Pronto falei!

 

Yanka fica boquiaberta, mas não acha nada de mais. – Ta e ele?

 

- Que tem ele?

 

- O que ele falou? O que ele acha? – Pergunta empolgada.

 

- Nada ué! Você acha que eu sou louco de falar alguma coisa?

 

- E por que não? – pergunta incrédula.

 

- HELLO! Yanka acorda né bee! Ele é hetero! – Fica cabisbaixo. 

 

- Ah, mas e dai?

 

- Como assim e daí Yanka? Você bateu com a cabeça na arvore bee?!

 

- Não, bee! – Ela ri. – Mas você não sabe a sorte que tem!

 

- Sorte eu? Ta maluca?! O cara é hétero! Ele nunca vai olhar pra mim, com outros olhos, a não ser só como amigo!

 

- Não! Não to maluca não! Você tem sorte sim! – Afirmava a rockeira deixando um Rick bem confuso. – Tem sorte de ter se apaixonado de verdade! – Fala cabisbaixa.

 

- Por que você ta falando isso? – Pergunta confuso.

 

- Por que eu nunca me apaixonei de verdade, por mais que eu tentasse, eu nunca conseguia, magoei pessoas desse jeito. E não me orgulho disso!

 

- Mas por que? Por que bee?

 

Ela abaixa a cabeça. – Por que eu acho que nada é para sempre, e se eu me apaixonar por alguém algum dia, essa pessoas vai embora da minha vida sem nem aviso prévio!

– Fala em tom melancólico.

 

- E você tem sorte sim, por que do jeito que ele te olhou ele não é tão hétero assim!

 

- Que como assim? - Pergunta confuso.

 

- Ah! Ele te olhou de um jeito tão doce, parecia um olhar apaixonado.

 

- Ué?! Como você sabe como é um olhar apaixonado? Se você nunca se apaixonou?!

 

- Eu posso nunca ter me apaixonado de verdade... – Ela baixa a cabeça novamente. – Mas já fui amada de verdade, e sei quando uma pessoa olha para a outra com olhar apaixonado! Sou muito observadora! – Ele olha com esperança pra o garoto, que estava no refeitório com a galera do teatro.

 

Ele suspira. – Tomara que você esteja certa!

 

Sophya e Vanessa observam Rick e Yanka de uma mesa no refeitório, a mesa dos populares, Vanessa não entendia o que o Rick queria com “Aquela garota”...

 

- Como ele pode ta se misturando com a ralé?! – Falava irada.

 

- Ah Vanessa a Yanka não é ralé! – Brenda a defendia.

 

- Como não Brenda você ta maluca?! Só por que ela é vocalista de uma banda que toca no Lotuz, não significa que ela é um Axl Rose de saia! Sophya diz pra essa garota aqui o que é aquilo ali!

 

- A Vanessa tem razão... – Fala cabisbaixa. Mas por dentro ela tava muito feliz pelo Rick também ter pegado amizade com Yanka.


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Notas finais do capítulo

A pedidos o capitulo foi postado mais cedo!! Espero que tenham gostado. E fiquem a vontade de dar mais diks! As diks subliminares de vcs q eu capitei, colocamos na fic!! Continuem acompanhando The Only Exception! mandem reviews não esqueçam!! Bjos Até o proximo capitulo galera!