Come Together escrita por lamericana


Capítulo 15
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Domingo é dia de que? Ler epílogo das fics, claro



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Mesmo depois de eu ter “morrido” aos olhos de Farnsworth e da minha família, eu consegui manter um olho, à distância, do meu pai. Em alguns momentos, a clarividência de Alice ajudou bastante no processo. Com a minha falsa morte, meu pai saiu de Farnsworth e voltou para o Oregon, pra morar com meus avós.

Por um tempo, até que aguentei ficar do outro lado do país, sem poder dar notícias nem nada do tipo. Mas quando soube que ele tinha ficado seriamente doente, negociei com a minha mãe e Matt para irmos para o Oregon o mais cedo possível e de uma forma que não levantasse suspeitas dos humanos. Quando finalmente chegamos, tive que manter ainda alguma distância do meu pai e dos meus avós.

Para poder me ajudar, minha mãe replicou o dom de Matt para que eu pudesse passar perto do meu pai, principalmente quando ele estivesse no hospital, já que minha mãe e Carlisle conseguiram uma vaga por lá. A minha desculpa geralmente envolvia entregar alguma coisa pra um deles.

— Ei, mocinha. – uma enfermeira me interrompeu – Vai para onde?

— Sou Siobhan Samuels, sobrinha de Carlisle Cullen. – respondi – Vim entregar o almoço dele. – levantei a sacola

— Ok, ele está no consultório dele. Sabe onde fica?

— Sei sim. Obrigada.

Segui até o consultório de Carlisle e deixei a sacola com ele antes de ir até o quarto do meu pai. Dei uma olhada no prontuário dele, como se fosse me dar notícias depois de um dia. O coma dele ainda não tinha mudado nada. Olhei em volta e chequei se ninguém estava vendo antes de entrar no quarto. Sentei na cadeira do lado da cama e comecei a conversar com meu pai.

— Oi, pai. – comecei – Você não ia acreditar no que aconteceu. Eu to na escola, fazendo o Ensino Médio do começo de novo. Você ia dizer que isso é loucura.

Continuei contando do processo de recomeçar o ensino médio e como eu sentia a falta dele. Quando eu comecei a contar sobre o meu dia, alguém bateu na porta e deu uma olhada dentro do quarto.

— Oi, filha. – minha mãe entrou no quarto – Imaginei que você estaria aqui.

— Eu sei que ele pode não estar me ouvindo, mas eu acho que é bom conversar um pouco com ele.

— Tudo bem. E eu queria conversar com você sobre isso. – ela trancou a porta – O quadro dele não vai ficar melhor. No máximo, vai ficar desse jeito.

— Imaginei. O que você tá planejando?

— Talvez transformar ele.

— Pode ser sim. Acho que ele ia ficar feliz em te ver de novo.

Ela concordou com a cabeça antes de sair do quarto. Quando voltou, ela estava acompanhada de Carlisle. Ela me mandou sair do quarto e ir para casa, para preparar um espaço pro meu pai, porque ele precisaria de distância de humanos.

Assim que cheguei na casa, não precisei nem por em palavras, que Matt começou a arrumar as coisas para a vinda do meu pai. Quando meus pais finalmente chegaram, meu pai estava começando a se retorcer de dor pelo veneno. Durante o processo de transformação do meu pai, faltei aula pra ficar mais perto dele e poder acompanhar tudo o que acontecia com ele.

A transformação durou uns três dias. Quando ele acordou, ele olhou em volta e abriu um sorriso enorme quando viu minha mãe e eu.

— Wilhelmina? – ele perguntou – É você mesmo?

Minha mãe concordou com a cabeça e meu pai deu um abraço apertado nela. Assim que ele soltou a minha mãe, ele me abraçou.

— Meu Deus! Vocês estão aqui! – ele estava maravilhado – O que aconteceu? Como vocês estão aqui?

Comecei a explicar a situação por cima, dando alguns poucos detalhes sobre como minha mãe na verdade não tinha morrido de verdade, de como eu parei naquela situação. Pelo final da explicação, eu já estava chorando e implorando por perdão dele por não ter contado nada da situação para ele antes.

— Pequena, não se culpe, por favor. – ele me abraçou e balançou do mesmo jeito que ele fazia antes de eu sair de casa – Você fez o que você tinha que fazer naquele momento.

Me acalmei e estiquei a mão pro meu pai.

— Obrigada. Agora é interessante você conhecer os nossos anfitriões.

Levei meus pais até a sala, onde os Cullen estavam reunidos. Apresentei todo mundo ao meu pai. Carlisle chamou meu pai para ter uma conversa e todo mundo entendeu que a conversa iria incluir os detalhes das regras impostas pelos Volturi e o que esperava ele pela frente. Quando meu pai saiu do escritório, ele chamou minha mãe e eu para darmos uma volta para caçar e conversar sobre o faríamos depois.

No fim da caçada, quando meu pai conseguiu caçar o suficiente, sentamos numa clareira para conversar.

— Qual o plano de vocês pra agora? – meu pai questionou

— Bem, a gente podia voltar para Farnsworth. Já tem tempo que estivemos lá e Emelie, amiga de Matt, consegue um estoque de sangue bom pra gente. – contei – Mas antes de tudo, é importante que você consiga se manter na presença de humanos sem querer atacar ninguém. O processo é chato e demorado.

— Tudo bem. Quanto tempo leva, mais ou menos?

— Pelo menos um ano e meio. Bella conseguiu em poucos meses ficar perto do pai dela sem maiores problemas. Mas o Jasper, por exemplo, ainda tem alguns problemas. Mas varia de pessoa pra pessoa.

— E você? Não quero saber de como esse pessoal conseguiu.

— Uns seis meses pra chegar perto sem grandes problemas, mas um pouco mais pra conseguir poder me passar como humana.

— Ok, então.

— E mais uma coisa. É interessante você mudar de sobrenome quando a gente voltar ao convívio com os humanos. Shine chama muita atenção.

— Qual o que vocês estão usando?

— Samuels. E eu tive que abrir mão do meu nome de batismo também. Chamava muita atenção. Fiquei como Siobhan.

Meu pai riu e começou a caçoar da escolha de nomes. Enquanto observávamos o sol se pôr, começamos a acertar o que faríamos em Farnsworth, e em como seríamos uma família de novo depois de tantos anos.

No fim, decidimos que nós três iríamos ficar isolados por um tempo até que meu pai pudesse aguentar estar perto de humanos sem quebrar as regras dos Volturi. Aos poucos, fomos fazendo os testes em cidades pequenas no caminho de carro até Farnsworth. Quando chegamos lá, a cidade tinha mudado completamente do que eu lembrava e muitos dos moradores que tínhamos conhecido antes ou já estavam muito velhos para se lembrar de qualquer um de nós ou já morreram.

Assim que entrei no hotel barato, já rezando pra passar desapercebida pela primeira vez desde que demos entrada, o recepcionista novato me parou.

— Moça, onde é que você está indo? – ele questionou

— Oi, é que eu to aqui com meus pais. – respondi dando um sorriso amarelo – Quer falar com um deles? – fiz menção de pegar o celular na bolsa

— Não, tudo bem, moça. Só preciso confirmar aqui. Qual seu nome?

— Siobhan Samuels. Mas a reserva tá no nome do meu pai. Edmund Samuels.

Ele digitou qualquer coisa no computador e abriu um pequeno sorriso.

— Vindos da Irlanda. Seja muito bem-vinda e desculpa ter lhe atrapalhado.

Sorri de volta e segui meu caminho, sem prestar muita atenção até que esbarrei em alguém e me surpreendi que a pessoa não tinha caído no chão morrendo de dor até perceber que eu conhecia aquele olhar.

— Meu anjo? – ouvi Matt dizer antes de abraça-lo apertado

— Meu deus! Obrigada por ter vindo. Achava que Emelie não tinha conseguido dar o recado.

— Ela deu. É que fui meio devagar com a questão dos documentos. E gostei da ruivice. Caiu bem em você.

— Digo o mesmo da sua morenice.


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