[1ª Temporada] - Serendipity: Love me Now escrita por Carol Stark


Capítulo 3
Decisões


Notas iniciais do capítulo

Jimin resolve tomar certas atitudes... Como ele fará isto??
BOA LEITURA!



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POV NARRADORA

Jimin encontrava-se dançando energicamente enquanto tocavam outras músicas em seu estúdio de gravação. Ele parecia firme e sua expressão compenetrada transparecia a maturidade que já possuía, apesar de tão jovem.

À medida que se expressava e extravasava ferozmente suas energias na dança, podia sentir-se liberto e confiante com o que deveria fazer dali em diante. Seus cabelos loiros umedeciam em suor, assim como sua camisa cinza já quase aberta por inteiro, colava em seu musculoso e esguio corpo. Mas ele não se importava. Ele precisava sentir-se confiante e forte o suficiente; precisava despertar este seu lado enérgico, assim como quando subia nos palcos.

Sem mais aguentar, tombou no chão respirando ofegante. Sentia seu corpo elétrico e seu coração palpitava, mas não era apenas pela dança.

— Ah, Nana, Nana... – Proferiu ainda deitado ao chão passando as mãos pelos cabelos. Um sorriso bobo brotou de seus lábios.

De repente a música cessa.

— Park Jimin, o que aconteceu?

— Oh! Diretor, Hee-Sshi... – Levantou-se rapidamente. – Não aconteceu nada. – Respondeu. Não precisaria expor o ocorrido.

— Por que Nana não está com você?

 

Também gostaria de saber... Aish, mas que tipo de pergunta é esta?! – Pensou Jimin.

 

— Ela não contou ao senhor?... – Respondeu reticente sem saber o que dizer.

— Apenas que não estava se sentindo bem.

— Isso! Foi exatamente isso. – Jimin concordou neutro pensando em como estaria a Nana.

— Continuaremos e terminaremos amanhã. – O diretor Hee Kong-Sang olhou-o curioso e continuou:

— Trate de se resolver com ela. Não sei o que está acontecendo entre vocês, mas isto certamente pode atrapalhar nossas gravações. – Deu meia volta e saiu decidido.

Aquelas palavras do diretor Hee caíram pesadamente sob a cabeça do jovem Jimin.

 

No dormitório...

— Não sei o que posso fazer. Eu quase a beijei no meio da dança e ela percebeu! – Jimin afastou sua franja para trás, nervoso.

— Aproveite para esclarecer isto com ela nas gravações, hyung. Beije-a de uma vez e veja se ela irá retribuir. A partir daí vocês conversam. – Jungkook pensou de maneira prática, porém não menos inconveniente.

— Aish, Jungkook-ah! Claro que não, você acha que assim se conquistam as mulheres?! – Jin falou indignado com o mais novo – Vá até ela, Jimin, e entregue-lhe uma boa sopa ou um delicioso bulgogi... Prepare um jantar. Não há mulher que não goste.

Jimin levou a mão à testa. Se dependesse dos seus amigos, estaria perdido.

— Hum, hyung, você tem experiência nisto? – Taehyung inquiriu à Jin, cheio de ironia e brincadeira.

— Aigo, Tae! – Jin sacudiu uma das mãos como se o afastasse à distância.

Taehuyng sorriu.

— Jimin-ah, você deve simplesmente conversar abertamente com ela. Sem medo. – Aconselhou Suga deitando-se e apoiando a cabeça em cima das próprias mãos.

— Suga hyung tem razão. Ela deve estar esperando isto. - Namjoon complementou.

— Mais ninguém além de nós sabe dos seus sentimentos, certo?! – J-Hope inquiriu.

— Não, ninguém sabe. – Jimin começou – O diretor desconfiou de algo, mas não demonstrei nada.

— Ótimo. Já imaginou a quantidade de jornais e sites que especulariam sobre isso?! Aish! Só deixe “vazar” algo quando estiverem namorando. – J-Hope falou com a maior tranquilidade do mundo.

— Isto se ela aceitar. – Suga falou de olhos fechados estirado em uma das camas do dormitório.

— Só uma louca para aceitar namorar o Jimin hyung mesmo. – V falou distraído.

— Mas olha quem fala... – Jin proferiu pausadamente para em seguida sorrir.

Namjoon bateu nas costas de Jin em concordância enquanto tapava o riso com uma mão.

— Jimin hyung, você é um international playboy, também. Assim como eu. – Falou cheio de orgulho - Ela não resistirá aos seus encantos. – Jungkook abriu um sorriso sapeca.

— Jungkook-ah, o que você anda fazendo todas as noites na lanchonete aqui perto, hein?! – Jin perguntou curioso percebendo os ares do maknae, cheio de si.

Jungkook crispou os lábios ficando vermelho em segundos.

— Eu... Há uma garota que --

— AIGO! MAS O QUE VOCÊS ESTÃO FALANDO?! – Jimin expressou aflito com sua voz aguda.

Todos o olharam.

— Já sei o que fazer.

Jimin falou saindo em seguida, batendo a porta atrás de si.

Seguindo apressado pelos corredores, Jimin desceu ao andar onde os staffs costumavam trabalhar organizando papeladas, roupas, contratos, produções e agendas dos Bangtan Boys e como esperado, a encontrou separando uns papéis enquanto falava ao telefone.

— Nana. – Ele a chamou. – Precisa nos ajudar lá em cima com algumas fichas... – Mentiu.

Ela não acreditou que ele havia ido até ela e o seguiu incrédula.

Assim que se afastaram o suficiente, Jimin segurou as mãos da jovem.

— Jimin oppa, o que está fazendo?! Eu o prejudiquei com as gravações? Não foi minha intenção... – Eles andavam pelos corredores até o salão espelhado onde treinavam as coreografias. - Eu com certeza entendi tudo errado. Na verdade não sei se entendi, mas é que...

Entraram no salão e Jimin fechou a porta levando-a contra a parede segurando seus ombros.

— Não, Nana, você entendeu e não foi nada errado.

Ele a via corar diante dos seus olhos e a observou mordendo os lábios, nervoso.

Ele pôde sentir que seria correspondido e foi sua vez de sentir-se arder.

Jimin cerrou os olhos encarando-a profundamente o que o deixou ainda mais atraente frente à jovem e também apaixonada Nana.

Ela não resistiria...

Jimin aproximou-se sentindo a respiração rasa e ofegante de Nana e pôde sentir seu próprio coração descompassado.

Tirou uma das mãos do ombro da garota apoiando-se na parede e beijou-a finalmente com toda a intensidade que tinha até então guardado para si.

 Depois de anos, ambos revelaram seus sentimentos em meio aquele silêncio que tanto dizia. O caos interno de ambos estava quase palpável. Nana, em meio ao ardente beijo, pôde respirar fundo aproximando seus corpos e por sua vez, sentiu Jimin estremecer ao contato.

Como na dança mais cedo, Nana entrelaçou seus braços ao pescoço de Jimin ficando de ponta de pés e este segurou-a pela cintura sentando-a em uma pequena mesa branca ao canto.

Jimin não podia saber onde aquilo poderia parar. Seus sentimentos estavam irrefreados e acariciou as pernas da garota fazendo-a suspirar pesadamente.

— Jimin oppa... – Nana sussurrou sem fôlego, surpresa com a situação em que se encontravam. – O que estamos fazendo?! – Sua voz soava como uma brisa de primavera aos ouvidos de Jimin.

Jimin não sabia se valeria à pena responder ou se continuava a beijá-la, tocando-a intensamente.

Contornava seu corpo com as mãos sentindo as curvas da bela garota que permitia-se sentir cada toque. Jimin pôde perceber a pele de Nana eriçar-se e aprofundou um beijo em seu pescoço e colo, o que a fez puxar levemente seus cabelos loiros em sinal para que continuasse. Não resistindo, a garota, em seguida,  acariciou o corpo do loiro levantando sua camisa e sentindo seu musculoso abdômen. Ela o arranhava manhosamente fazendo Jimin, por sua vez, suspirar pesadamente sentindo-se enrijecer, soltando um abafado som gutural. 

— Nana... - Jimin começou entre beijos. Ele acariciava e pressionava as coxas da garota, ainda sentada, contra sua cintura. 

— Oppa – Nana o afastou levemente com suas pequenas mãos. – Mas o que... O que isto significa?! – Ela estava desnorteada, mas precisava entender e encarar suas futuras consequências.

Jimin olhou-a com um leve sorriso e beijando sua testa carinhosamente respondeu:

— Nana, hoje foi um dia conturbado e... – Jimin tentava recuperar o fôlego. Apoiava as mãos na mesa, inclinado para a garota – E sendo hoje nosso aniversário, quero te fazer um pedido.

Ambos faziam aniversário naquele mesmo dia, 13 de outubro, e sempre se entreolhavam tímidos nesta data, por todos estes anos na empresa. Não sabiam se se cumprimentavam por isso ou ignoravam simplesmente mais esta possibilidade de mínima aproximação.

Preferiram ignorar as possibilidades e reprimir aquele amor que apenas crescia em ambos.

— Es-estou ouvindo... – Nana respondeu em um misto de timidez e ânsia.

— Venha à minha comemoração que os hyungs estão preparando. Terei uma surpresa para você.

— COMO? Ir ao seu aniversário com os demais? Não! Não posso aceitar...

— Por que não?! Por favor... – Jimin a olhara com um aegyo dos melhores que conseguiu fazer.

— Aish! – Nana sorriu cobrindo os olhos.

Jimin beijou a ponta de seu nariz rapidamente, encarando-a novamente enquanto arqueava uma sobrancelha.

Nana pigarreou:

— Oppa, eu... Tenho que ir. – Falou descendo da mesa e se desvencilhando de Jimin rumo à porta.

— Espera! Às 22h, neste salão.

Nana olhou para trás de relance e fechou a porta sem nada dizer.

— Aigo! – Jimin pôs as mãos na cabeça dando um perfeito giro. Sorriu sozinho encarando-se no enorme espelho à frente e deitou-se no chão branco abrindo os braços, sentindo-se leve.

Seu coração pululava em seu peito ao lembrar-se do que havia acabado de acontecer, sentiu uma onda de calor tomar seu corpo. Mordiscou os lábios entre risos. Lembrou-se de sua música e cantarolou para si mesmo:

Tudo isso não é coincidência
Eu só eu só, eu pude sentir aquilo

O mundo todo está diferente de ontem
Só com sua alegria

O destino está com inveja de nós
Assim como você eu to muito assustado
Quando você me vê
Quando você me toca

Você é minha penicillium (molde azul)...


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Notas finais do capítulo

Ela irá ou não à festa?!
Deixem nos comentários!