Pós Amor: O que vem depois do amor? escrita por Usagui120
Notas iniciais do capítulo
Parte III: O fim?
Laura acordou e viu que estava no hospital. Olhou para o braço esquerdo e percebeu que uma pequena região estava enfaixada. A enfermeira entrou e disse:
— Teve sorte menina. A bala pegou de raspão.
— Cadê o Miguel? — Perguntou Laura preocupada.
Ela ainda lembra-se de todos os acontecimentos de horas atrás. Sebastião mirava a arma com ódio. Nunca tinha sentido tanto medo na sua vida. Fechou os olhos. Não queria ver a bala penetrando sua carne. Quando ouviu os tiros, sentiu apenas uma leve pontada no braço, aquilo não era normal. Abriu os olhos e viu Miguel na sua frente, sangrando seriamente. De joelhos, gemendo de dor o policial caiu nos braços de Laura. Ele acariciou o rosto da menina e pediu:
— Me desculpe!
— Por que você fez isso seu idiota?! — Perguntou Laura chorando.
— Eu não podia de perder. Você foi a melhor coisa que me aconteceu.
— E agora... Sou eu que estou perto de perder você... Acha isso justo?
— Eu fui um completo estúpido com você. Desculpe-me, por favor! — Exclamou Miguel com dor.
— Fica quieto! Guarde suas forças para a sua recuperação. A ambulância já está vindo.
Desde que a ambulância tinha levado Miguel para o hospital, ela não o vira. Estava angustiada sem saber nenhuma informação sobre o amado. Queria abraça-lo e beija-lo eternamente. Se estava ali, viva, era graças a ele. A enfermeira arrumou alguns medicamentos e respondeu:
— Ele acabou de passar por uma cirurgia para tirar a bala.
— Como está o estado clínico dele?
— Melhor perguntar ao doutor. — Respondeu a enfermeira nervosa. — Ele deve estar na recepção.
Laura sentiu o tom estranho da enfermeira. Um arrepio frio percorreu todo seu corpo. O que será que aconteceu? Ela foi até a recepção e viu um cara loiro. Ele era alto e tinha olhos bem verdes. Pele clara e algumas tatuagens no braço. Vestia-se completamente de branco. Laura se aproximou e perguntou:
— Você é o médico que está cuidando do Miguel?
— Você é parente dele?
— Sou namorada dele. Pode me falar como ele está? Não consigo noticias faz tempo!
— Foi bom ter te encontrado senhorita. Preciso você seja forte.
— Fala logo! — Exclamou Laura desesperada. — O Miguel... Está... Morto?
Eram aproximadamente seis e meia da tarde. Renata e Eduardo estavam sentados na grama do parque mais famoso da cidade. Entre beijos e abraços, eles conversavam:
— Seria bom a gente voltar lá ao hospital. — Disse Renata. — Estou preocupada com os dois.
— Já tentamos só que não nós deixaram entrar. É melhor irmos mais tarde. Se formos lá agora, será uma perda de tempo.
— Tem razão. Só espero que eles estejam bem! Sobretudo o Miguel. Foi muita coragem da parte dele.
— Verdade. — Por mais que eu e ele não nós décimos bem... Nunca desejei o mal dele. Além de admitir que ele realmente foi um herói hoje!
Laura entrou no quarto e viu Miguel com o olhar vago. Ela suspirou fundo para tentar ficar calma. Tinha que dar a notícia com a maior tranquilidade e objetividade possível. Inclusive porque as reações de Miguel eram imprevisíveis. Ela se aproximou da cama e perguntou:
— Como está se sentindo?
— Com algumas dores ainda. Mas, bem melhor. Os remédios estão ajudando muito.
— Eu não tive a chance de te agradecer. O que você fez por mim foi muito nobre.
— Defendi a pessoa que mais amo. E depois de todas as besteiras que falei para você lá na delegacia... O mínimo que eu podia ter feito era isso.
— Tem notícias do Sebastião?
— Pelo que fiquei sabendo, ele foi preso e já está sendo transferido para a capital.
— Mais um babaca preso!
— Conseguiu novamente senhora militante. — Afirmou Miguel sorrindo. — Tenho muito orgulho de você ter defendido seus ideias até o fim!
— Obrigada. — Agradeceu Laura chorando e o beijando.
— Vou chamar o médico! Essa medicação está muito forte! Até as minhas pernas não estou sentido.
— Não vai adiantar você chamar o médio. — Explicou Laura sussurrando de tristeza.
— Como assim?
— Uma das balas atingiu sua coluna. Você está temporariamente paralítico, Miguel.
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