Pós Amor: O que vem depois do amor? escrita por Usagui120


Capítulo 11
Chega!




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Laura chegou em casa depois de mais um dia de aula. Colocou as provas dos alunos em cima da mesa da cozinha e depois pulou na cama com uma dor de cabeça horrível. Não sabia se os alunos realmente estavam mais bagunceiros ou se estava exausta de todos esses acontecimentos que ocorriam em sua vida, aos quais não tinha controle nenhum. Sentia uma mistura e ódio, tristeza e raiva dentro de si. Ódio de ter sido enganada por Miguel, além de manipulada e iludida. Tristeza de ter se apaixonado por ele. Raiva por mesmo depois saber de tudo ainda ama-lo de forma intensa e incondicional. Preciso esquecer esses problemas. Laura tomou um calmante e logo adormeceu.

Passou-se três semanas depois de todos os episódios ocorridos no camping. Após a verdade toda vir à tona, Miguel fora demitido, passando a maioria do seu tempo em casa. Não tinha vontade nenhuma de sair. Até tentou se divertir com algumas prostitutas mas, seus pensamentos sempre acabavam se focando no rosto da ruiva. Já estava acostumado com os dias em que um ia para a casa do outro para conversarem, jantarem e assistirem a algum filme na Netflix. Riu ao lembrar-se de como Laura escondia seu pálido e delicado rosto em seus ombros quando alguma cena a assustava. Queria tê-la de volta. Foda-se a missão! Foda-se Edgar! Foda-se tudo! Só queria ela de volta aos meus braços. Miguel saiu de seus pensamentos ao ouvir batidas na porta. Após abrir, Catarina entrou e anunciou:

— Vamos agir imediatamente!

— Como?

— Já que a missão 121 foi abandonada. Está na hora de usarmos mecanismos mais diretos de ação.

— Qual sugestão? — Perguntou Miguel sentando-se no sofá.

— Nenhum crime é perfeito! Com certeza Edgar deixou alguma pista na casa dele.

— Não temos um mandato judicial. Como entraremos?

— Quem disse que precisamos de um mandato? — Indagou Catarina entregando seu tablete ao parceiro. — O Edgar sempre saí as sete da noite e só volta as onze da noite. Portanto, temos quatro horas para poder examinar todo o lugar.

— Quando começamos?

— Hoje mesmo! Sete em ponto quero te ver próximo a casa do Edgar!

— Estarei lá. — Afirmou Miguel indiferente.

Catarina olhou para o amigo. Ele estava com um aspecto não muito bom. Barba grande sem corte parecia o bom velhinho, literalmente. Seus olhos pretos com um aspecto triste e distante. O rosto demostrava cansaço e desanimo. Logo depois olhou para a casa. Centenas de garrafas de cerveja espalhadas pela sala e cozinha. Além de roupas espalhadas pelo resto dos cômodos.  Ela sentou-se próximo de Miguel e disse:

— Pra quem se dizia não pertentar à cultura da monogamia... Até que você está bem deprê.

— Pode zoar. — Permitiu Miguel abrindo uma lata de cerveja.  — Paguei pela língua. Além de ter estragado a missão.

— Está tudo bem Miguel. Infelizmente não escolhemos o local nem o dia em que iremos amar alguém. Acontece do nada. Aí quando você se dá conta... Já está gostando daquela pessoa. Com certeza o amor é o sentimento mais insano que pode existir!

— Será que a Laura vai me perdoar algum dia?

— Isso não sabemos. Só o tempo vai poder dizer. — Respondeu Catarina levantando-se. — Olha, por mais que você esteja triste e tudo, temos que nos concentrar na missão! Depois que o Edgar estiver atrás das grades, até a sua conversa com Laura poderá ser mais tranquila.

— Tem razão! É hoje que acabamos com aquele idiota!

Laura frustrou-se ao ver que o bolo tinha queimado um pouco. Merda! Por que eu ainda me arrisco na cozinha? Ela tirou a torta do forno e colocou no balcão. Espero que ele goste. Gabriel estava sendo muito bondoso nesses últimos dias, preocupado com o bem estar de Laura. Assim, a garota quis fazer algo para retribuir o favor. Laura colocou o bolo em uma embalagem térmica e saiu de casa.

O fim de tarde estava calmo. Os comerciantes começavam a fechar suas lojas. Laura teve que parar para observar o pôr-do-sol. No caminho encontrou vários conhecidos. Ao passar perto da casa de Miguel, sentiu seu coração palpitar. Hoje era o dia que eles acostumavam a assistir a algum filme. Ela sacudiu a cabeça e apressou o passo.

Gabriel morava sozinho em um sobrado enorme, o qual herdou da falecida mãe. Era branco com pilares cor pastel, um estilo realmente clássico e aristocrático. Laura bateu na porta, contudo, não obteve resposta. Achou estranho. Gabriel afirmou que estaria lá, nesse horário para receber o presente que ela tinha preparado. Ao perceber que a porta estava um pouco entreaberta, Laura entrou.

Dentro da casa estava completamente escuro. Laura teve que tomar cuidado para não tropeçar nas diversas coisas que estavam espalhadas pelo chão. Que bagunça! Pensei que o Gabriel fosse mais organizado! Mas, pelo que vejo, todos os homens são bagunceiros mesmo! A sala de estar mostrava mais claridade que os demais cômodos. A professora se aproximou e viu que a TV estava ligada em um canal infantil. Além de bagunceiro... Gosta de canais infantis! Está me surpreendendo a cada dia Gabriel! O próximo lugar que Laura entrou foi a cozinha. Esse cômodo encontrava-se ainda mais sujo e bagunçando que os demais. Tentou acender o interruptor, mas, sem sucesso. Andou poucos passos quando escorregou e caiu sobre uma superfície relativamente macia. Laura sentiu gosto de sangue entre seus lábios. Gritou desesperadamente.


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