O cheiro de álcool denunciava a instabilidade, mas isso não era um problema tão grande quanto à forma tentadora que Cas provocava Dean. Sua inocência não o faz enxergar isso, porém, admitia a si mesmo que aquele homem bêbado e fracassado escondia algo maior. Tinha sensibilidade suficiente para perceber isso.

— Sei que sou apenas um anjo idiota, Dean, mas gostaria de entender todo o sofrimento por qual vem passando. — Olhou ainda mais profundamente para Dean, que mal conseguia respirar perto daquele que tanto amava.

— Venho passando por uma espécie de aprovação, Cas.

— Posso imaginar, mas quero saber os motivos. — Insistiu. Talvez fosse a última vez que insistisse no assunto, definitivamente estava desistindo do maior de vez.

— Você é um deles. — Afirmou duramente, sentindo os olhos a pesar, mas ainda firme esperando pelo que fosse.

— O que? — Castiel pergunta ainda confuso.

— Droga, Cas. Eu gosto de você!

— Também gosto de você Dean, por isto estou preocupado.

O anjo tolo ainda não havia entendido o rumo da conversa. O Winchester queria mata-lo, só não o mataria por achar a inocência seu maio charme.

— Não entende, gosto de você romanticamente. Inocência de anjo é um pouco irritante. — Riu debochado.

As reações foram tantas. Ambos olhavam de soslaio querendo evitar o contato visual por ser constrangedor após uma confissão. Nada feito, porque Dean o olhou de uma forma maliciosa encarando os lábios do anjo, que os prendia entre os dentes. Merda. Dean estava achando “sexy” Cas se fazer de desentendido, e isso brincou com seus sentimentos, deixando o coração acelerado. Não esperaria mais permissão para fazer o queria. Segurou o rosto de Castiel entre suas mãos e o beijou levemente, somente para que sentissem o gosto um do outro. Assim que se deu conto do ocorrido, os dois travaram uma batalha.

Castiel segurava na nuca do caçador tomando a iniciativa de aprofundar aquele beijo. Queria mesmo era ser o mediador da situação, e fazer o loiro entender que um ser celestial também tinha posses, desejos e fetiches. Por Dean ser sempre tão mandão isso o surpreendeu. Nunca tirando da sua cabeça o quão excitante é ser domado.

Longos minutos se apalpando, se tocando até perceberem a posição constrangedora que estavam; Cas em cima de Dean, sentado sobe o mesmo que estava deitado na cama, segurando sua cintura com força.

— Eu achei que fosse inocente anjinho. — Brincou, pressionando ainda mais os quadris contra o seu.

— Julgo que acabei aprendendo isso com aqueles filmes esquisitos que assiste. — Isso fez Dean rir cinicamente, querendo despir Cas daquelas roupas.

— Eu posso te mostrar mais coisas que nunca aprendeu Cas.

— Vou adorar aprendê-las.