As palavras morrem nas pontas dos meus dedos em certos momentos.

Os pensamentos se tornam muitos, embrulhando o estomago, e mais uma vez assim como as palavras eles morrem em mim.

Os lábios se curvam em sorrisos sinceros até mesmo ao mais sutil gesto, os olhos são tomados certas vezes pelos sentimentos em forma de lagrimas, que me preencherem tanto que transbordaram.

E cegamente o coração busca naqueles gestos que fazem os lábios sorrirem um vislumbre de verdade, um pouco do passado.

E as palavras se atropelam para serem escritas, e tomam forma no papel, na tela de um celular, mas morrem antes de serem lidas, são descartadas e retornam, se tornam mais um sentimento, mais um pingo no infinito oceano dentro de mim.

Talvez eu esteja cansada de transbordar, e só precise aprender a navegar em mim mesma, explorar cantos que eu não conhecia e visitar aqueles que há muito abandonei.

Um pouco de mim que eu mesma não notei ter perdido, e agora busco encontrar pois a imagem no espelho não sou eu, pois a imagem reflete uma face que eu não quero ver.

Eu quero sorrir para mim mesma, encontrar o que eu nem notei ter perdido.

Só me quero de volta.