Crystal Lake - 13 de julho de 1979

Sarah Dawson continuou deitada no chão, com um grave ferimento nas costas. Apesar de ter desmaiado, vez ou outra recobrava a consciência. Abriu um pouco os olhos e viu uma pessoa entrar na casa. Seus olhos fitaram o rosto do sujeito. Uma grande surpresa.

O homem se aproximou dela, mas a deixou lá. Logo em seguida saiu imediatamente. O rosto... aquele horrível rosto deformado. Quem será o tal sujeito?

A professora acordou no mesmo instante. Passaram-se dois meses desde o incidente no lago. Sobre Pamela Voorhees e a sua loucura, sobre o homem misterioso ter entrado naquela casa.

Ela se sentou na cama e passou mão no rosto. Cochilou por alguns minutos. Viu o horário, era 21:00.

Na rua em que morava, em Lakeville, três crianças brincavam de pular corda. As garotinhas saíram da rua assim que um responsável as chamou. Logo, um homem misterioso chegou na rua em que Sarah morava.

A mulher foi até o banheiro, preparou a banheira, despiu-se e entrou. Ficou relaxando por algum tempo até escutar algo batendo na sua porta. Ela imediatamente se levantou, pôs a toalha e saiu do banheiro. O corredor da sua casa estava vazio. Era a sua imaginação? Sentiu um frio intenso vindo da sala. A janela estava aberta. Fechou-a imediatamente.

Sentiu como se estivesse vigiada. A sensação de como se uma pessoa ficasse atrás e respirando bem no seu pescoço. Virou-se.

— Ainda é minha imaginação.

Ela voltou ao seu quarto. Foi vestir o seu pijama, quando alguém saiu de trás da porta e a segurou por trás. Sarah ficou se debatendo de forma bastante abrupta. Mordeu a mão do invasor e o empurrou.

— Você? — ela conheceu o homem que vira na cabana.

Correu para a sala. Abriu a porta e viu Crazy Ralph bem na sua frente.

— Por favor, me ajude. Preciso ir embora antes que ele me mate.

— Vocês mataram Pamela Voorhees. Vão ter que pagar com sangue.

— Quê?

O homem veio por trás e enfiou uma faca de cozinha bem nas costas da mulher. A puxou para dentro da sua casa. Crazy Ralph olhou para os lados e também entrou.

...

FRIDAY THE 13TH, PART II

O antigo Acampamento de Crystal Lake fechou durante longos cinco anos. Desde a série de incidentes envolvendo as mortes dos estudantes e até mesmo de um policial, a prefeitura resolveu fechar tudo e mudar o nome para Forest Green. A suspresa este ano é que alguém comprou.

LAKEVILLE - 12 de abril de 1984

Uma Kombi verde rodava a estrada com o quarteto de amigos universitários. Os jovens estavam fascinados pelas histórias de Forest Green.

John Heart, o nerd do grupo. Ostentava um óculos bem grande. Seu hobby era ler bastante livros e gostar de jogos como xadrez. Era ruivo e cheio de sardas.

Gary Olsen, o amigão de John. Um rapaz descolado, gostava de se vestir com muitos acessórios e possuía piercings e tatuagens pelo corpo. Era fã de rock.

Chantal Kubrick, a morena que namora o galã do grupo. Ela só aceitou ir passar o final de semana para agradar o namorado.

Liam Sibide. O rapaz era jogador de basquete e bem alto. Serviu como líder do grupo de amigos que irão passar os dias na floresta.

O quarteto morava fora da cidade. Desde cedo queriam visitar o local exato das matanças. O momento era propício.

— Quero saber se a gente vai chegar logo, porque estou cansada de ficar dentro deste carro.

— Amor, estamos na floresta de Lakeville. A casa onde vamos nos hospedar fica do outro lado do lago.

Uma mochileira no meio da estrada tentou pedir carona, mas o carro passou direto.

— Vocês são uns babacas. Custava dar carona pra guria? — reclamou Chantal.

— Se aquela leitoa entrasse aqui, não haveria espaço — disse Gary em desdém.

Enquanto isso, duas mulheres faziam cooper em uma trilha de terra na floresta. A mais velha era Tracy Jarvis e a outra, sua filha, Trish. Ambas moravam há pelo menos dez anos no pequeno rancho perto do lago, mas somente de uns dois anos pra cá que começaram a morar definitivamente.

— Vamos, querida, estou na frente. Vai deixar uma mulher de quarenta e dois anos te vencer.

— Uma mulher de quarenta e dois anos e ex-corredora profissional.

As duas chegaram ao rancho, abriram a porteira de madeira e entraram. O lago de Forest Green ficava a menos de vinte metros. Havia uma outra casa ao lado.

— Voltamos, amor — disse Tracy.

Um menino com a máscara de Michael Myers apareceu diante dela. O garoto, Tommy Jarvis, é o filho mais novo da ex-atleta. Os três moravam sós desde que o patriarca da família Jarvis morrera em um acidente de trânsito.

— Mamãe, já viu a minha miniatura de um vulcão? Estou preparando desde ontem — ele mostrou a miniatura que estava sobre a mesa de jantar.

Tommy era um garoto de 12 anos, bastante inteligente e criativo. Puxou o lado da mãe, loiro e caucasiano. Usava um óculos de grau.

— Fez isso escondido de mim? Desde quando está com essa escultura?

— Desde anteontem. Queria fazer uma surpresa.

— Esse é o futuro Einstein — disse Trish pegando uma jarra de suco na geladeira.

Eles ouvem um barulho de carro. Uma buzina e várias vozes.

Trish saiu de casa e viu os universitários chegarem à casa vizinha.

— Vai dar as boas-vindas a eles? — perguntou Tommy.

— Não sei... Depois eu vejo isso.

A Kombi chegou na casa vizinha a dos Jarvis. Era de uma amiga deles, que por sinal era rica.

— Bom dia, gente — disse a loira vestida de rosa.

— Oi, Debbie — disseram o visitantes.

Debbie Lovecraft era filha de um deputado e morava com ele naquela região. Fazia a mesma universidade que todos ali e resolveu dar uma festa prolongada.

— Papi está trabalhando, mas ele me deu a função de ser a anfitriã. Vamos falar do filme que faremos sobre o acampamento sangrento?

Todos entraram na casa. Trish, Tracy e Tommy ficaram apenas olhando.

...

A mochileira gordinha perdeu outra carona. Se fosse uma gostosa, nem estava mais ali. Ela colocou a bagagem ao lado da estrada e sentou-se em cima.

— Bando de babacas. Tomara que morram.

Ela pegou uma banana e ficou comendo. Um barulho de galho pisado a assustou. Olhou a seu redor, mas viu apenas a floresta e o vento que batia nas copas.

Um fio metálico envolveu o seu pescoço. O homem misterioso arrastou a mochileira para dentro da floresta até enforcá-la. Os olhos dela ficaram vermelhos em puro sangue.