Friday the 13th - Part II escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 2
Visitando o antigo acampamento




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Tommy Jarvis, 12 anos, órfão. O garoto sentia uma imensa falta do pai, apesar de ser bem criado pela mãe. Toda criança precisa ter uma mãe, também um pai. O pequeno era quieto, gostava de ler muito, sobretudo revistas científicas, e assistir à filmes de terror. Seu hobby predileto era fazer maquetes e se fantasiar de monstro.

Ele pegou seu cachorro, um pastor alemão, que estava sobre a sua cama e colocou o animal para fora do quarto.

— Pra fora, Wolf.

Assim que ele colocou o animal pra fora, ouviu sua mãe e sua irmã conversando acerca dos jovens na casa vizinha. A adolescente mais velha falou que visitará os turistas.

— Não vá se atrasar. Daqui a pouco o almoço estará pronto.

Tommy pediu à sua mãe que o permitisse a ir com Trish. Ela assentiu.

— Vamos levar alguma coisa a eles?

— A nossa simpatia como vizinhos. Tá trazendo esse cachorro? Só espero que ele não mije na casa alheia.

Tommy levou Wolf como companhia. Os três saíram do limite da propriedade deles e atravessaram um caminho curto de terra. Viram os carros em frente à casa.

Trish tocou a campainha e logo atenderam a porta.

— Oi. Sou Trish e esse aqui é o meu irmão, Tommy. Somos os vizinhos. Viemos dar as boas-vindas.

— Ah, legal. Amor, vamos logo. Trish, com licença — disse Liam saindo na direção do seu carro.

— Desculpa. Vamos sair, mas daqui a pouco voltamos — disse Chantal apressada.

Os Jarvis não tiveram tempo de se apresentar. Debbie puxou os dois e os apresentou aos amigos.

— Queridos, esta é a minha vizinha, Trish e seu irmãozinho.

Os dois rapazes restantes cumprimentaram-nos. Gary até deu uma cantada barata pra cima da moça.

— Trish, quer fazer compainha conosco? — perguntou Debbie quase numa insistência.

— Não sei se devo...

— Vamos lá, gata. Fique para o almoço. Avisa à sua mãe que você fará companhia a mim. Ela conhece o meu pai, não é?

Debbie fez uma proposta tentadora.

Enquanto isso, Liam e Chantal chegaram à cidade e foram a um mercadinho. Os dois entraram e foram comprar algumas cervejas. Chantal ficou sozinha numa prateleira quando se assustou com Crazy Ralph atrás de si.

— Vocês, jovens problemáticos, precisam sair daqui antes que se arrependam.

— Meu senhor, com licença? Vá procurar algo pra fazer.

— Estou avisando. Não cheguem perto daquele acampamento.

Liam foi até a namorada para ver se ela estava bem. A moça sequer ficou alterada com as ameaças de um velho aparentemente louco.

Crazy Ralph ficou vendo o carro do universitário e resolveu entrar. O rapaz esqueceu de fechar a porta, por isso o homem entrou.

— Ô seu velho! Sai do meu carro!

Liam pegou Ralph e o jogou para fora do veículo. O velho jogou um ovo cru no uniforme do rapaz. Liam deu um soco no mais velho.

— Vamos embora. Os moradores estão olhando.

— Não se aproxime da gente, seu velho.

Ralph se levantou, limpou o filete de sangue no canto da boca e viu os dois irem embora. Claro que aquilo não ficará barato.

...

O Xerife Perkins fazia a sua ronda nas proximidades da floresta de Lakeville quando avistou um homem, com um saco de pano na cabeça, atravessar a estrada. Ele jamais viu algo semelhante. Parou a viatura e pediu para que o homem parasse.

— Pare! Pare agora!

Perkins não desistiu assim tão fácil e seguiu o sujeito misterioso. A floresta não ajudava muito na perseguição. Aos poucos o policial perdia o intruso de vista.

O homem misterioso passou por um córrego. Sua habilidade em passar por aquele lugar foi que o salvou de ser pego pelo xerife. Perkins, porém, teve dificuldade ao passar por ali.

Perseguição vai, perseguição vem, o homem perdeu o sujeito de vista. Apontou a arma para todas as direções. A floresta densa, o vento batendo nas folhas e o som dos animais deixavam o ambiente amedrontador. O policial jamais adentrou tão fundo na floresta.

— Maldito.

Perkins caminhou sempre atento com qualquer surpresa. Encontrou um barraco extremamente velho, cheio de tábuas e sacos plásticos. Ele entrou no barraco, sempre tomando o devido cuidado.

Num cômodo mais ao fundo, uma porta velha. Tudo ao redor era antigo. Ele viu objetos velhos, e uma mochila muito nova. Abriu a porta e se deparou com algo bizarro.

— Que merda.

Um altar velho com vários trapos e a cabeça ressecada de uma mulher. O corpo da mochileira também estava lá.

O sujeito pegou o xerife por trás. A força descomunal do sujeito sobrepujou o pobre policial de quase 60 anos.

...

Tommy ficou chateado por não ficar com Trish na casa dos vizinhos. O garoto pegou o Wolf e voltou para casa.

— Queria muito ficar com eles.

— Meu bem, eles são quase adultos. Certas conversas não podem ser escutadas por crianças.

Trish Jarvis aceitou almoçar com eles. Liam e Chantal voltaram da cidade. A empregada de Debbie colocou os pratos na mesa e depois os serviu. A patricinha ficou sentada na cabeceira enquanto os demais sentavam ao lado.

— Então, meu pai comprou esta casa há um ano. Nunca tive interesse em ir ao outro lado do lago... até que soube do que ocorreu há cinco anos.

Conversaram acerca das mortes no antigo acampamento. A anfitriã revelou que Trish já morava na região quando tudo aconteceu.

— A verdade é que no rancho, apesar de ser propriedade do meu pai, só vínhamos nas férias. Morávamos na capital. Desculpe, sei pouco sobre Crystal Lake.

— Pois dizem que nos anos cinquenta uma criança morreu afogada nesse lago e um ano depois mortes misteriosas ocorreram. Tanto que, em 1979, um grupo de monitores do acampamento foram mortos misteriosamente por um assassino. Dizem que foi a criança que veio para se vingar — disse Debbie.

— Houve algum sobrevivente? — perguntou Chantal.

— Não sei, mas acho que sobreviveu apenas um. Nunca mais essa pessoa pisou aqui, se é que ela existiu mesmo.

O grupo ficou em silêncio por um tempo. Debbie se divertia com as histórias do antigo acampamento. A verdade é que ela apenas ouviu boatos.

— Eu preciso ir.

— Já vai, querida? Uma pena. Vamos ao antigo acampamento filmar um documentário — explicou Debbie debochadamente.

Trish saiu da casa dos Lovecraft e voltou para casa.

Debbie e sua turma resolveram explorar Forest Green. A moça convidou os seus colegas para entrar no barco do seu pai e atravessar o lago. Minutos depois, eles desembarcaram na praia.

— Aqui parece tedioso.

— Chantal, amiga, aqui foi palco de crimes. Quem iria comprar um terreno desse?

Todos olharam para a loira. Debbie sorriu e disse que o seu pai estava para comprar o antigo acampamento.

— Lógico que eu vou pedir pra destruir essas cabanas cafonas. Aqui será um spa.

John pegou a câmera e serviu de cinegrafista enquanto filmava os locais onde cada assassinato ocorreu. Ele filmou a cabana principal onde a assassina se revelou, filmou o banheiro, a garagem, as cabanas dos monitores, a praia, a passarela de madeira e até o celeiro que nunca fora usado pelos antigos monitores.

Um vulto passou entre as árvores. O rapaz filmou, mas foi tão rápido que não distinguiu o que seria.

— Bora, CDF. Tá esperando o que aí? — indagou Gary.

— Juro que vi alguém nos observando na floresta.

Uma pessoa ficou observando os dois à distância.

...

Trish retornou para casa depois do almoço que teve com os universitários. Sua mãe perguntou como eles eram.

— Um bando de gente fútil. Vou sair pra cidade fazer compras.

A moça subiu as escadas para o seu quarto, pegou a toalha e foi ao banheiro. Ela ficou olhando no espelho, abriu o armário para pegar uma lâmina e fechou. Alguém com uma máscara de hóquei surgiu por trás.

— Ai que susto, Tommy!

— Gostou da minha máscara?

— O que você quer?

— Ir contigo.

— Tá bom, mas pare de me assustar com essas máscaras bizarras.

— Esta aqui não é bizarra. É uma simples máscara de hóquei. Apesar de ser maior que o meu rosto, pois só tinha pra adulto. Eu gosto dela.

Trish expulsou o irmão do banheiro e trancou a porta. Tommy voltou ao seu quarto e colocou a máscara sobre a cama. Máscara essa que um dia terá um dono definitivo.


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