O tempo das crivanas escrita por Rossetti


Capítulo 23
Adiado


Notas iniciais do capítulo

Dia 23. Palavra: Alabastro
"O alabastro é um gesso branco, finíssimo, mais suave do que o mármore. Nele eram colocados unguentos e perfumes preciosos."



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O rapaz não consegui trabalhar como devia. Sua cabeça estava em qualquer outro lugar, menos ali.

Quando fechava os olhos, ainda podia ver as cenas do funeral, tão claramente quanto se houvesse uma foto atrás de suas pálpebras.

Estava exausto e deprimido, se sentindo mais sozinho do que nunca.

É claro que havia Dara, mas mesmo com todo o apoio da moça, ambos sabiam que a dor de Calil não podia ser curada por ela. Só o tempo tornaria suportável e a saudade nunca iria partir totalmente. Donazere não era simplesmente um tutor, era a única família de Calil. Ele lhe deu uma casa, estudo, amor, dignidade e uma condição adequada de vida, sem pedir nada em troca.

Por isso agora o rapaz tentava concluir o trabalho do senhor. Mas não conseguia, cada pequena coisa o lembrava do velho, do seu amor pelas plantas e que ele nunca mais voltaria, sua risada nunca mais ecoaria pela estufa.

Como Donazere não merecia que seu amado trabalho fosse mal feito, Calil desistiu por ora decidiu deixar para acabar o estudo quando estivesse com cabeça. Então guardou cuidadosamente cada alabastro, frasco ou anotação que pertenceu ao tutor.

E se sentiu imediatamente sem rumo.

 

 

 

 


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