Havia algo nos olhos de Naeedja que era muito interessante.

Apesar de estar em silêncio na maioria das vezes, os olhos não escondiam nada. Se estava com raiva, faziam questão de mostrar. Se estava calma, eram como o paraíso. Quando irritada, causavam em Vincent um nervosismo semelhante àquele que sentiam os marinheiros ao avistar o jeque dos navios de guerra dos inimigos. Se estava calma — pois Vincent nunca a vira feliz ou em paz, calma era o máximo que conseguia —, eram contagiantes.

Era desse modo que brilhavam, quando Naeedja se virou para ele e falou: — Acho que vou lhe ensinar magia.