Saving Love escrita por Candy S


Capítulo 8
Capítulo 8




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Há alguns dias, Wally havia saído do casulo e para a nossa surpresa, ele tinha virado um velocista.

No laboratório de velocidade, víamos Wally correr.
— Ele fica mais rápido cada vez que o testamos. - disse.
— Mach 2.
— Já? - Iris disse preocupada. - Ele ganhou a velocidade só há alguns dias.
— Como estão os sinais vitais? - Joe perguntou.
— Todos estão acima do nível esperado. - Caitlin disse.
— Parece que temos um prodígio. - Cisco falou entusiasmado.
— Não quero o Wally pensando que é o Barry correndo por aí. Indo atrás do Alquimia ou do Savitar quando aparecerem.
— Certo, mas Iris, o Wally não é como eu. Ele não quer ficar sem os poderes.
— Eu acho que será dificil convencê-lo de não usá-los. - disse.
— É, mas temos que convencê-lo, até que ele esteja pronto.
— Como? - Joe disse rindo, orgulhoso do filho mais novo. - O convencendo de que ele não está pronto?
— Então nada de encorajá-lo, treiná-lo e você... - Iris se direcionava a Cisco. - Nada de falar sobre traje, por favor. É pelo bem dele.
— Ok.

Wally parou de correr, vindo até nós, sorridente, mas logo se deteve.
— O quê? Ainda  não está bom?
— Acho que devíamos tentar de novo amanhã. Posso fazer outros testes. - Caitlin disse. 

Wally parecia triste.
— Teste, teste. - a voz de HR ecoava pelo alto falante. - Queridos trabalhadores do STAR Labs, vossa presença no córtex será muito apreciada.
— É hoje à noite... A apresentação dele? - Cisco disse.
— Parece que sim.
— Ótimo. - ele disse entediado.

HR queria abrir o STAR Labs para o público, como um museu. Queria nos mostrar o que podia fazer, por isso subimos até o salão principal.
— Meu ponto se vista seria incluir um, não limitado, guia transportador particular nas instalações. Ou, também uma alternativa de realidade virtual... - ele dizia mostrando imagens nas telas à nossa frente. - Ambas possuirão uma visão de partículas.
— Visão de partículas? - disse confusa.
— Sim, DD. Visão de partículas! Que é uma experiencia de reencenação da explosão do Acelerador de Partículas. Mas de um ponto de vista... Das partículas! - ele disse empolgado.
— Não me chame de DD...
— Olha, HR, - Barry disse. - sei que está tentando descobrir qual o seu valor para o time, eu entendo, mas isso...
— Pare por aí, BA. Posso fazer do STAR Labs um grande nome na comunidade científica. E, além do mais, recuperar a confiança do povo.
— Ok. Mesmo que o Barry concorde com isso, você ainda tem o rosto do homem que assassinou brutalmente uma mulher há alguns anos. As pessoas vão ficar confusas quando te verem, HR.
— Você tem razão, DD. Mas... - ele tirou uma caneta do seu bolso. - Isso aqui pode me ajudar.
— Uma caneta?

HR a apontou para o seu rosto, que do nada, se transformou em outra pessoa.
— Gostaram? - ele dizia sorrindo.
— Como fez isso?
— É um brinquedinho da minha Terra... Então, vou programar para que só vocês possam ver o meu rosto de verdade. As pessoas da cidade nem vão imaginar que por trás desse rosto... tem outro muito mais bonito. Uma pena. - ele disse, afastando a caneta do seu rosto. - Então, o que diz BA?
— Eu...

Algo começou a apitar no monitor de Cisco.
— O que está acontecendo?

Caitlin chegou perto do monitor.
— Isso é um meteoro?
— Sim, é um meteoro. E sim, está indo em direção ao centro da cidade.
— Tenho que ir. - Barry disse, saindo, indo em direção ao meteoro.

Ao chegar lá e se comunicar conosco, parecia preocupado.
— Pessoal... - ele disse pelo radio.
— O que foi? Barry...?
— Isso não é um meteoro.
— Barry, está escutando? Barry? - Cisco perdeu o contato.
— O que será que aconteceu? - disse preocupada.
— Eu não sei.

Minutos depois, Barry voltou.
— Ei, o que aconteceu? O que era aquilo. - disse.
— Uma aeronave.
— Uma aeronave? - Cisco disse. - E o que mais você viu?
— Alienígenas...?
— Uou. - HR ria. - Essa Terra, com certeza, é mais divertida do que a minha.
— Você está brincando não é, Barry?
— Eu bem queria. Eu... acho que vamos precisar de ajuda.
                                                  ...

No dia seguinte ficamos sabendo que aqueles alienígenas já eram conhecidos pela ARGUS e que eram perigosos. Barry juntou um time de amigos para detê-los.

Chegamos no galpão onde Barry ia encontrar os seus amigos e encontramos várias pessoas lá.
— Você conhece muita gente, não é?
— Pois é.

De longe vi Felicity e Oliver, e me perguntei o que ele estava fazendo ali. Foi então que me dei conta.
— O Oliver é o Arqueiro?
— É. Ele é sim.
— Por que você nunca me disse? Agora eu entendo o porque que a Felicity sempre estava ocupada à noite.

Estava observando todas aquelas pessoas quando uma mulher loira, de olhos azuis e capa vermelha apareceu. Ela parecia poderosa.
— Quem é ela? - falei admirada.
— Kara Danvers. É uma amiga. De outro universo paralelo.
— Caramba, ela é linda! Vocês... já tiveram algo? - olhei para Barry, cruzando os braços na minha frente.
— Não, claro que não. Quando eu conheci a Kara, nós já estávamos juntos.
— Mas se vocês tivessem tido algo... eu não ia poder te culpar. - dei de ombros. - Ela é simplesmente linda! - disse um pouco triste. 

Há algumas semanas meu humor tem oscilado bastante, talvez fossem os hormônios. Eu tentava me controlar perto de Barry, pois ele ainda não sabia da minha gravidez, mas as vezes era inevitável.
— Meu amor, - Barry colocou as mãos em meu rosto. - Você é perfeita. Para mim você já é uma super. Uma super com o poder de me hipnotizar com esses olhos verdes que eu sou completamente apaixonado.
— Ah, Barry! - o beijei. - Mas você não está dizendo isso só para eu me sentir melhor, é?

Ele riu.
— Claro que não.
— Olá! - Kara estava ao nosso lado.
— Oi...!
— Kara, essa é Daphne, a minha noiva.
— Oh meu Deus! É um prazer finalmente conhece-la! - ela disse, com um sorriso doce. - Dá última vez que nos encontramos, o Barry falou bastante sobre você. Agora eu entendo o brilho que ele tinha nos olhos.

Fiquei surpresa em saber que mesmo longe, Barry lembrou de mim.
— É um prazer te conhecer também, Kara.
— Eu acho que vocês seriam ótimas amigas. - Barry disse.

Nós rimos.
— Eu tenho certeza que sim. 

Vi Felicity passando. Eu precisava falar com ela, afinal de contas, eu estava ali para isso.
— Eu preciso ir. Até mais, Kara.

Me aproximei de Felicity,
— Ei!
— Daphne! - ela me abraçou. - Que saudade que eu estava de você!
— Eu também estava de você! Mas e então, trouxe?
— Sim. Mesmo sabendo que eu não deveria... - ela disse, me entregando uma maleta.

Eu tinha pedido a Felicity que me trouxesse equipamentos para que eu pudesse espionar e gravar conversas com os traficantes de Keystone. Finalmente ia à campo. Hoje eu iria para Keystone.
— Felicity, nós já conversamos sobre isso.
— Eu sei, mas essas pessoas são perigosas, Daphne. Pode acreditar em mim quando eu digo isso. Eu sei do que elas são capazes!
— Porque você trabalha com o Arqueiro Verde? É por isso que você sabe?
— Como você sabe?
— Você nunca mentiu muito bem, Felicity.
— É, isso é verdade. 
— Você nunca podia sair à noite, eu desconfiava de algo do tipo, mas eu fiquei mais surpresa ainda por saber que ele é o Oliver.
— Pois é, eu também fiquei quando descobri. Bons tempos... Ver o Oliver treinando, praticando atirando flechas em bolas de tênis, fazendo barra sem camisa... - ela fez uma pausa brusca. - Acho que pensei alto demais. Esqueça a última parte.

Eu ri.
— Sabe, você está diferente. - Felicity disse, me olhando.
— Como assim diferente?
— É... Diferente. Eu não sei explicar...

Eu sabia do que Felicity estava falando. Ela me conhecia muito bem.
— Vem aqui.

Nós nos afastamos de todos. Não queria que ninguém escutasse.
— O que aconteceu?
— Preciso te dizer uma coisa, mas prometa que não vai dizer nada a ninguém, nem ao Barry.
— Aí meu Deus... - ela disse apreensiva. - Quando você começa assim... Mas vai, diz logo.
— Eu estou grávida.
— Grávida? - ela disse um pouco alto. Mas logo se policiou, pedindo desculpa e continuou a falar, agora mais baixo. - Você está grávida?
— É.
— Há quanto tempo?
— Faz dois meses que descobri.
— E você não me disse nada?
— Desculpa, eu queria fazer uma surpresa pra todo mundo.
— Eu deveria ficar chateada, mas não consigo! - ela abriu um sorriso. - Eu estou tão feliz por você!

Felicity me abraçou, mas logo depois me afastou, segurando meu ombros. Ela tinha uma expressão de preocupação.
— Você está grávida e vai se colocar em risco?
— Felicity...
— Daphne, você precisa dizer ao Barry.
— Não, eu não vou dizer nada e nem você. O Barry não vai entender que eu estou apenas trabalhando. Eu estou bem e vou estar segura. Ele já tem muito trabalho em Central City e não precisa de mais preocupação e você também não precisa se preocupar.
— Como eu não vou me preocupar? Você pode se machucar!
— Felicity, eu vou ficar bem! Acredite em mim.
— Mas...

Fomos interrompidos por Oliver.
— Felicity, nós precisamos de você.
— Claro. - antes de ir, ela se direcionou a mim. - Nós ainda não terminamos essa conversa.
— Aconteceu alguma coisa? - Oliver perguntou confuso.
— Não, está tudo bem.

Fomos caminhando, lado a lado, até os outros.
— Então quer dizer que Oliver Queen é o Arqueiro Verde. Quase impossível de acreditar.
— Pois é. - Oliver deu um sorriso sem graça.
— Há dois anos atrás, quando Star City foi atacada pela Liga dos Assassinos, eu cruzei com o seu time. Um deles me salvou.
— Fico feliz em ter ajudado de alguma forma. Mas como você sabe sobre a Liga?
— A Felicity comentou algo na época. Ela disse que tinha visto na internet, mas no fundo eu sabia que ela sabia muito mais do que dizia.

Oliver tinha um olhar distante.
— Tenho que confessar que fiquei triste ao saber que vocês se separaram.
— É...
— Você ainda gosta dela, não é?
— Eu amo a Felicity. Quero que ela seja feliz, mesmo que não seja ao meu lado.
— O que vocês estão fazendo aí? - Barry disse. - Preciso de você aqui, Oliver, vamos começar a decidir o que fazer.
— Eu estou indo embora. Não quero atrapalhar vocês. - disse, dando um beijo em Barry.
— Mas já? Você vai trabalhar?
— É... Eu vou.
— Ok.

Barry me abraçou e me beijou, depois me despedi de todos  e fui embora.
                                                  ...

Cheguei em Keystone e logo fui encontrar JB.
— E aí dona. Tá fazendo o que por aqui?
— Eu quero que me ajude, JB.
— Só é dizer. 
— Preciso que você me ajude a me infiltrar dentro da organização. Me dê nomes, locais, o que for, ok?
— Tudo certo, dona.
— Já escolheram o novo chefe?
— Sim. Mas pelo que eu ouvi dizer, parece que tem alguém muito maior na jogada.
— Alguém maior...?
— É, o cara é rico e tá fazendo negocio com o chefe.
— E como é o nome dele?
— Eu não sei. Na verdade acho que só o chefe sabe.
— Ok. E então, quem é o chefe?
— O nome dele é Anthony Smith, um dos braços direito do antigo chefão. Muita gente apostava nele. Na verdade foi fácil ele assumir tudo.
— Certo. Agora eu preciso que me diga nomes, JB e me diga onde posso encontra-los.
— Você pode falar com o Jackson. Ele é um traficante de rua, mas sabe onde encontrar os grandões. Eu posso te levar lá.
— Obrigada, JB.
— De nada, dona. É o minimo que eu posso fazer.

Há quatro meses atrás, James Blake foi ao CCPN. Ele estava disposto a falar tudo o que sabia sobre a gangue de Keystone. Ele queria vingança, mas de uma forma limpa. JB era jovem e foi recrutado pelo antigo chefe para ficar nas ruas, vendendo as suas drogas e armas. Um dia ele recebeu uma missão, matar uma pessoa, mas ele não aceitou. JB era uma boa pessoa, só tinha aceitado trabalhar para ajudar a família, que era pobre. Ao ver JB recusar, o chefe mandou matar o irmão mais novo dele, ele queria que JB sofresse. E assim foi como nos conhecemos. JB queria vingança, mas do jeito certo. Ele jurou me dar qualquer informação que me ajudasse a desmascarar e a mostrar ao mundo quem eles eram.

JB me mostrou onde Jackson ficava e eu fui até ele. Estava pronta, com todos os equipamentos que Felicity haviam me dado.
— Olá. Você é o Jackson?
— Sim. E quem é você?
— O meu nome não importa. O que importa é que eu quero falar com o seu chefe. Quero fazer negócio com ele.
— E a dona acha que é assim? Chegou agora e já quer falar com o chefe?
— Sim, é o que eu acho. - abri a maleta que Felicity tinha me dado, dentro havia dinheiro, falso obviamente, mas parecia muito verdadeiro.

Jackson parecia surpreso.

Ele pegou o rádio e falou com alguém. Não demorou muito até um carro chegar.
— Esses caras vão te levar até o chefe.

Entrei no carro e assim aconteceu. Eles me levaram ao que me parecia uma oficina. Anthony Smith estava lá, à minha espera, sentando em sua mesa, de costas para a porta. 
— Anthony Smith?

Ele virou-se devagar.

Ao vê-lo estremeci. Ele era alto, forte, cheio de tatuagens e assustador. Respirei fundo.
— Então você é a madame que quer negociar comigo... Posso saber o seu nome?
— É Alexandra. E sim, eu quero fazer negocio com você. O que eu trouxe nessa maleta é só uma amostra do que você pode ter.
— Ok. Então, o que você quer?
— Eu quero suas armas.

Ele levantou-se.
— E o que uma mulher tão delicada iria querer com armas?

Eu estava apavorada por dentro. Talvez ele não tivesse caído na minha conversa.
— As armas não são para mim e sim para os meus homens. Eu planejo dominar a minha cidade. Eu vi o que Tobias Church fez com Star City e o que o seu antigo chefe fez com Keystone. Eu quero isso para a minha cidade. Será que nós temos um acordo, senhor Smith?

Ele abriu um sorriso malicioso.
— É claro!


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