Saving Love escrita por Candy S


Capítulo 7
Capítulo 7




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Acordei na cama de Barry, ele estava dormindo. Escorreguei para fora dela e fui ao banheiro, passar uma água no rosto. Voltei para o quarto, ele parecia estar dormindo ainda. Coloquei minha roupa em silêncio.

Enquanto colocava meus sapatos, Barry me puxou pela cintura, me deitando na cama novamente.
— Você não estava dormindo?
— É, mas eu vi você saindo da cama. Já vai embora?
— Sim. Eu tenho que ir trabalhar.
— E como estão as coisas na sua casa?
— Bem. Mas, é a primeira semana que eu voltei pra casa e não dormi nenhum dia lá.

Nós rimos.
— Nós pudíamos morar juntos, o que você acha? 
— Quem sabe um dia...

Barry me olhava.
— O que foi?
— É que eu não te disse, mas no Flashpoint você namorava o Wally.
— Sério?
— Sim. Foi tão difícil te ver com outra pessoa.
— Mas agora você está aqui e nós estamos juntos. É o que importa.

Barry me beijou. Se eu pudesse, ficaria o dia inteiro em seus braços.

Fomos interrompidos pelo meu celular.

Tentei me levantar, mas Barry me prendeu na cama.
— Barry! Deixa eu ver quem é. - disse rindo.
— Não, não é ninguém.
— É sério, Barry, pode ser importante.
  Finalmente ele cedeu e realmente, era importante.
— Eu tenho que ir.
— Mas já?
— É, desculpa, Bar.

Saí rápido da cada dos West, pois sabia que se Barry soubesse que eu estava atrás dos chefões do tráfico ele iria pirar. 

Atendi a ligação.
— JB?
— Sou eu, dona. A senhora disse que se tivesse alguma notícia te ligasse.

JB era o meu contato em Keystone. Ele me dizia tudo o que estava acontecendo por lá.
— Você tem alguma coisa pra mim?
— Eu ouvi falar por aqui que vão escolher o próximo chefe daqui a uma semana.
— E você sabe quem pode ser o sucessor?
— Não sei não, dona. Mas por aqui é quem tem o maior número de homens e de poder de fogo. Provavelmente vai ser um dos braços direito do chefão de antes.
— E como é o nome dele?
— Dele? Você ouviu o que eu falei, dona? O chefão não tinha só um braço direito, eram vários. A briga vai ser feia aqui, dona.
— Ok. Obrigada por me avisar JB.
                                                 ...

Voltando ao trabalho, Iris estava conversando com Scott em sua mesa. Iris finalmente abriu o coração e eles estavam juntos há 3 meses.

Eu ia até eles, mas ao me levantar senti uma tontura, me desequilibrei e quase cai. Scott viu o que aconteceu e veio até mim. Iris veio em seguida.
— Você está bem?
— Sim... Acho que me levantei rápido demais.
— Tome, beba um pouco de água. - Iris me estendeu o copo.
— Obrigada, Iris.
— Tem certeza que está bem, Dean?
— Sim. Acho que é um pouco de estresse por causa da matéria.
— Então tente relaxar um pouco.
— Eu estava indo no Jitters tomar um café, comer alguma coisa... Não quer ir comigo?
— Não... Eu preciso continuar...
— Daphne, vá. - Scott disse.

Fiz o que meu chefe disse, fui ao Jitters com Iris.

Chegando lá, pedi um Cappuccino e uma torta de chocolate. 
— Como o Wally está?
— Na mesma. Nós estamos preocupados, Daphne. Não sabemos o que pode acontecer.

Wally estava tendo visões do Flashpoint, onde era o Kid Flash. Desde que Jesse veio até nós, como velocista, Wally tem ficado estranho, ele queria ser um também. 

Há alguns dias, Wally foi até Alquimia, que prometeu ajuda-lo a se transformar no Kid Flash. Barry e Joe foram tentar intercepta-lo, mas chegaram tarde. Nisso descobrimos também sobre Savitar, algo que se alto intitulava o deus da velocidade. Wally estava dentro de algum tipo de casulo desde então. Ninguém sabia o que aquilo era.
— Ele vai ficar bem, Iris.

Na primeira garfada  que dei na torta, senti que algo não estava bem.
— O que foi? Que cara é essa, Daphne?
— Eu não sei. Não consigo engolir.
— Mas você adora essa torta.
— Eu sei. É que... - com certeza algo estava errado. Corri para o banheiro e coloquei tudo para fora.

Estava sentada no chão do banheiro, perto do vaso, quando Iris chegou.
— Você está bem?
— Sim... Foi só um enjoo.
— Sei... Você passou praticamente a semana toda com esses enjoos, Daphne.
— Você acha que eu estou doente... ou com alguma infecção? - falei assustada.
— Infecção não, mas talvez outra coisa.
— Como assim, Iris. Você está me assustando!
— A sua menstruação veio esse mês?
— Ainda não, mas as vezes atrasa. Por que?

Iris começou a andar pelo banheiro e me olhou de lado. Eu estava apreensiva.
— O que, Iris? O que você acha que é?
— Daphne, você já teve tontura, enjoo, ânsia de vômito, sua menstruação está atrasada...
— O quê? - disse rindo. - Você acha que eu estou... - finalmente me dei conta. - Grávida!
— É. Grávida.

Me levantei, me apoiando na bancada dos espelhos e me olhando nele.
— Grávida! - pus as mãos em minha barriga. - Eu estou grávida, Iris.
— Sim, é o que eu acho.

De repente uma alegria tomou conta de mim. Abracei Iris. Quando recuei, percebi que ela não estava tão feliz.
— O que foi?
— Não, não é nada...
— Você não parece tão feliz quanto eu esperava. - dei um sorriso sem graça.

Iris parecia incomodada.
— Daphne, eu preciso te dizer uma coisa.
— Pode dizer.
— Você sabe que o Barry sempre gostou de mim, desde pequeno, mas é claro, até você chegar. No ano retrasado o Barry se declarou pra mim, mas eu estava com o Eddie e o que eu sentia pelo Barry era amor de irmão. Mas depois que o Eddie morreu, o Barry sempre esteve ao meu lado, talvez algo estivesse florescendo no meu coração, mas aí você chegou e depois eu encontrei o Scott, que é maravilhoso. Eu demorei a perceber, mas quando o Barry tentou recuperar os seus poderes e nós achávamos que ele tinha morrido, ali eu percebi que eu o amava, eu o amava de verdade. Mas eu sei que o amor de vocês é muito maior, e por ama-lo e por amar você, eu só desejo o melhor para vocês dois! 
— Eu não imaginava, Iris!
— Eu precisava te dizer isso, eu tinha a impressão que não estava sendo honesta com você, mas Daphne, por favor não pense que eu fiquei triste ao saber da sua gravidez, pelo contrário, eu estou muito feliz. Eu vou ser tia, já pensou! - ela disse sorrindo.
— Eu sei! E eu agradeço por ter sido honesta comigo.
— Olha só, eu tenho que ser a madrinha desse bebê, ok. Eu fui a primeira a saber dele.

Nós rimos.
— Mas você ainda precisa fazer os testes pra confirmar.
— Sim, sim. Eu vou agora na farmácia comprar os testes. Você vem comigo?
— Claro! O Barry vai ficar tão feliz quando ficar sabendo!
— Eu espero que sim.
— É claro que ele vai. Ele te ama e saber que vocês vão ter o fruto do amor de vocês vai deixar ele radiante.
— Você tem razão. - eu disse sorridente. - Mas eu não vou contar a ele agora.
— Por que?
— Faltam dois meses pro natal. Eu quero dar isso de presente a ele.
— Daphne, vai ser lindo! Mas você vai dizer a mais alguém?
— Não. Todos vão ficar sabendo no mesmo dia.
— Vai ser o melhor presente de natal que você pudia nos dar.

E com certeza ia.

O telefone de Iris começou a tocar. Ao atender, sua expressão era de preocupação.
— Aconteceu alguma coisa?
— É a Caitlin.

Ao sabermos que Caitlin tinha ganhado poderes e agora estava se tornando a Nevasca, eu e Iris fomos para o STAR Labs.
— O que aconteceu?
— Caitlin invadiu a delegacia e levou Julian como refém.
— O quê? Por que?
— Eu não sei. Ela está virando a Nevasca, que nem na visão que eu tive... Nós estávamos lutando, um contra o outro.
— Não sabemos ainda. - Barry disse.
— Quanto mais ela usa os poderes, mais rápido ela se transforma.
— Como a achamos?
— Eu não sei, eu tentei rastrear o celular dela e do Julian, mas ela deve ter se livrado deles.

HR pigarreou.
— Se me permitem dizer algo... - ele levantou a mão, junto com sua baqueta, como se pedisse permissão para falar. - Pergunta: Como pegaram o Capitão Frio? Tenho lido sobre ele nos arquivos, parece um cara bacana, tranquilão. Mas os métodos dele... muito familiar ao da nossa querida Caitlin.
— Rastreamos ele usando o satélite, escaneando por assinaturas ultra-violeta de frio. - Cisco disse, procurando por algo no computador. - Não... Nada perto da delegacia. Espere, o que é isso?
— Armazém de comida congelada. - Iris disse, olhando para a tela.

Cisco abriu as imagens da câmera de vigilância do armazém e la estavam Caitlin e Julian.
— Descubra o que ela está obrigando o Julian fazer, eu vou lá. - Barry disse, saindo, deixando apenas o seu rastro de velocista.

Ao chegar lá, vimos, pelas câmeras de vigilância, Barry e Caitlin conversar.
— O que está fazendo? Você não quer fazer isso, não quer machucar ninguém.
— Ela vai machucar alguém! Acabe com ela! - Julian disse.

Barry, irritado, deu um soco em Julian, fazendo com que desmaiasse, podendo assim conversar com Caitlin em paz.
— Uau. BA tem um belo soco, hein DD...

Revirei os olhos ao ouvir HR me chamando de DD.
— Caitlin.
— Me deixe em paz!
— O que está fazendo?
— Preciso achar o Alquimia.
— Vamos achá-lo. Juntos.
— Não, não quero prendê-lo. Quero que ele me ajude.
— Te ajudar como?
— Me livrando dos meus poderes!
— Caitlin, não sei se funciona assim.
— Nem sabe se não funciona.
— Eu sei que nós te amamos e que faríamos tudo que pudéssemos para te ajudar. Passamos por muita coisa para nos abandonarmos agora. Por favor. Deixe-me ajudá-la.
— Como ajudou sua mãe? - os olhos de Caitlin mudaram de cor, ela estava se transformando em Nevasca. - Ou Wally, ou a mim? Você fica mexendo com a vida de todo mundo, bagunçando tudo, e nós que temos que sofrer as consequências dos seus erros. Algumas coisas que você quebra não podem ser reconstruídas.
— Eu posso consertar isso.
— Como consertou a família do Cisco, ou a da Daphne? Ouviram isso? - Caitlin se direcionava a câmera. - Dante e Verônica estavam vivos, felizes e saudáveis, até que Barry criou o Flashpoint. Isso resetou tudo, isso os matou. Barry é o motivo pelo qual seus familiares estão mortos.
— Julian está no chão. - policiais estavam no galpão. - Atirem nela.

Barry pegou Caitlin, saindo de lá, a trazendo para o STAR Labs e a prendendo em uma das celas para meta-humanos.

Ao Barry chegar no salão principal, Cisco foi em direção a ele.
— O que a Caitlin disse... é verdade? O meu irmão estava vivo na outra linha do tempo?
— Sim. Eu...
— Sinto muito? Você matou o meu irmão. Ele estava aqui, vivo. Até você criar o Flashpoint. Até você fazer isso. - ele dizia com lágrimas nos olhos, empurrando Barry.
— Cisco...
— Eu não sei nem como me sentir agora. Só... quero ajudar a Caitlin, pode ser?
— Claro.

Cisco saiu do salão. Me aproximei de Barry, que agora tinha uma expressão de preocupação.
— Você também está com raiva de mim? - ele disse.
— Não, não estou. - segurei suas mãos. - A morte da minha mãe, diferente da do irmão do Cisco, aconteceu nesses três meses que você não se lembra. Você não tem como saber se o que aconteceu com ela foi por causa do Flashpoint ou se foi o que realmente aconteceu.

Barry me olhava triste. O abracei.
— A Caitlin que me ajudou a te perdoar, sabia? As coisas que ela falou no armazém... não era ela e sim a Nevasca.
— Será?
— Claro que sim, meu amor. A nossa amiga ainda está lá. Nós só precisamos recuperá-la.
— Você tem razão. - ele me deu um beijo, saindo.
— Aonde você vai?
— Recuperar nossa amiga.
— Aonde o BA vai, DD?
— Eu já disse pra não me chamar assim, HR.
— Sim, sim... - ele ria, batendo a baqueta em sua cabeça. - Eu me esqueço, desculpe.
— Acho que ele foi falar com a Caitlin.
— Ah, que bom. Espero que consiga trazê-la de volta.
                                                 ...

Estávamos no laboratório, junto ao casulo de Wally, quando Caitlin e Barry entraram.
— Cait? - Cisco disse.
— É, sou eu. Me desculpem pelo que aconteceu.
— Ei. - disse. - Estamos felizes que tenha voltado. - a abracei. - Mas como?
— Alguém me lembrou quem eu realmente sou. - ela disse, olhando para Barry. - Como está o Wally?
— Do mesmo jeito. - Iris disse.

Enquanto eles conversavam, me afastei com Barry.
— Que bom que conseguiu trazê-la de volta.
— Você me fez ver que não podia desistir dela. - Barry me beijou.
— E o Julian? Ele viu a Caitlin. Acha que ele vai dizer que foi ela?
— Não sei, mas preciso resolver isso.


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