A lua cheia e brilhante estava magnífica e, conjuntamente com as típicas lamparinas japonesas, davam certo ar de romantismo no caminho para casa do jovem casal de amigos.

Aomine olhava a amiga de modo puxante, obervando o visual desgrenhado dela com satisfação. Seus sapatos, como ele previra, foram trocados por um par de chinelos depois de uma leve cena entre os dois — por causa da teimosia dela! O cabelo  e a roupa amarrotada pareciam consequência de uns amassos quentes, e quem passasse na rua pensaria que o responsável pela desordem foi ele.

Cantarolou de euforia.

Já Satsuki tentava controlar o fluxo quase vertiginoso de pensamentos. Memórias aleatórias vinham e sumiam antes que ela pudesse refletir, formando um tipo de mosaico do relacionamento entre os dois.

Era estranho e desconfortável, mas ela também se sentia leve, como se um peso tivesse saído de seus ombros.

Ficaram num silêncio incomum até a entrada da casa deles. Algo tinha mudado na dinâmica entre os dois, entretanto, nenhum saberia dizer o que era.

— Já está tarde e meus pais estão dormindo. Posso ir com você? — O sussurro de Satsuki reverberou pela rua.

Aomine ficou surpreso, não faziam isso há anos.

— A casa é sua — respondeu com simplicidade, sorrindo.