Depois de ser coagido a compartilhar seus medos, Draco de fato se sentiu melhor. Nem um mísero receio desapareceu, mas Astoria o ajudou a analisá-los melhor. Além do mais, era muito difícil olhar para ela, ouvi-la dizer que as coisas ficariam bem e não acreditar de algum modo. Afinal de contas, ela existia, era o ser humano mais lindo que ele já havia visto e por alguma razão para sempre misteriosa, o amava. Isso já era “bem” o suficiente.

E mesmo se ela deixasse de existir… Ainda assim, o que ela havia feito por ele, o que eles haviam construído juntos era irreversível. E com o bebê, tudo se tornaria mais literal.

Quando Malfoy permitiu que essa certeza subjugasse as outras sensações, foi como sarpar uma âncora de tristeza fincada bem no fundo de sua mente. Seu humor ficou mais ameno e ele conseguiu aproveitar momentos do 1º semestre da gestação de Astoria.

Ele tinha consciência de que as coisas que mantinham seu equilíbrio eram suaves e facilmente adulteráveis. Ao menor sinal da maldição de Astoria, o medo tornava a costurar malhas inteiras em volta do seu coração. Ainda assim, o sorriso dela e a barriga agora visível lhe serviam como remédios naturais.