Seu pequeno sorriso formava covinhas e rugas, seus olhos azuis penetravam o fundo da alma dos pequenos.

— Pensaram que fosse o chefão? - Debochou referindo-se ao de olhos esverdeados, deixando eles avermelhados. - Um dos rebotalhos.

— Sabem muito! Morrerão aqui! - Começou o subordinado. - Nem seu pai poderá tirá-lo, mas nem faria questão. Não gosta de você, não é, Charlie?

— Cala a boca... - O menino sussurrou, fervia de emoções.

O inimigo gargalhou e mirou a menina.

— O que descobriram? - Olívia mordeu os lábios, mas foi obrigada a responder por terem a prendido mais forte. - Diga! 

— São responsáveis pelos crimes e ninguém sai se entrar. - Falava frenética. - Foram reis...

— Ainda somos. - Cortou. - A polícia e o governo nos respeita. Mais o que sabe?

Olívia estava numa postura deprimida e expressão que parecia ter desistido da vida. Charlie tentava a todo momento se livrar daqueles sanguinários, socava, chutava, cotovelava levando choques e repreensões seguidas.

Ela olhou sem virar a cabeça para o amigo depois fitou na mesma intensidade o inimigo. Para ela e o homem na cadeira de material falso, o tempo andava em câmera lenta, estavam na mesma sintonia.

— Não existem aliens.