O pai havia o ameaçado, dizendo que se persistisse naquela sandice, o pistoleiro sairia da cidade enrolado em uma mortalha. Ele não seria envergonhado daquela maneira e a ameaça era sim, muito real. Os Grant tinham sua fama pelo condado e não seriam ridicularizados por um romance sem cabimento.

Após gritar e tratá-lo como a uma criança, o senhor Grant disse que daria um tempo para ele pensar e colocar os miolos no lugar. Jamais entraria em sua cabeça aquela “relação”.

— Verá que tudo o que fazemos é para o seu bem, filho ingrato. — Dissera ele, austero e já com o mínimo de paciência recuperada. Ao final do caloroso discurso, ele saiu, não bateu a porta, apenas saiu.

O coração de Dorian se apertou no peito. Estava claro que o pai usaria de alguma chantagem ou castigo para que ele abandonasse qualquer ideia relacionada à fuga. E embora a preocupação o afligisse em dobro, confiava naquele que amava. E o pai não era um criminoso, não chegaria aos extremos. Ele assim acreditava.

— Ash sabe se cuidar... — Balbuciou, repetindo mentalmente a frase até se convencer de que o pistoleiro ficaria bem e no raiar do dia se encontrariam. — Ficaremos bem.