O anúncio fora rotundo, porém o Conde ainda observava desconfiado. Esperava o momento em que Rubi se viraria e voltaria para seu quarto, mas ao contrário, sem quebrar o contato visual, a esposa caminhou até a beirada da cama, onde se sentou. Ele fechou o livro que tinha em mãos e levantou-se da poltrona caminhando para a cama.

—Devo me acostumar com isso?

—Talvez. -Ela deu um sorriso de canto.

Ao despertar foi surpreendido por uma adaga em seu pescoço. A lâmina refletia a luz incômoda do amanhecer, mas conseguia distinguir do brilho avermelhado nos olhos de Rubi evocando seu elemento. Um sorriso de desdém formou no rosto do Conde que levantou o queixo expondo a pele à lâmina, aceitando o destino que se apresentava.

—Devo me acostumar com isso também?

—O Príncipe está investigando o sumiço da Rainha e descobriu que sua última viagem tinha como objetivo uma reunião com você. Coincidentemente ela desapareceu dentro do seu território.

—...Então o Mini-Rei quer minha cabeça? -Ele a encarou irritado. -Ou você quer?

—Eu quero a verdade. O que fez com a Rainha?

O Conde deu um sorriso relaxando sobre a cama.

—A verdade é que a Rainha nunca chegou aqui.