Life is Strange: Stop the Time escrita por MaraDeAlmeida


Capítulo 5
Inside


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo Max reencontra Chloe e Nathan Prescott.



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Life is Strange: Stop the Time.

Capítulo Cinco: Inside .

 Eu estava certa e não louca. Reencontrar a Chloe foi a melhor coisa que já me aconteceu. Ver os seus olhos brilharem novamente, foi perfeito. Mas tudo tem o seu preço, obviamente que sempre terei que ficar inconsciente para vê-la e isso provavelmente vai prejudicar a minha saúde. Enfim, pensarei nisso depois, agora, estou sendo a pessoa mais feliz do mundo.

 — Max, consegue me ouvir? – Disse David, apoiando a minha cabeça sobre um travesseiro, na sala de Ray.

 - Sim... – Respondi lentamente, parecia estar soletrando.

 - O que aconteceu exatamente?

 - Eu... Acabei não comendo antes de vir, e toda essa emoção me fez passar mal. – Minha cabeça parece que foi triturada. Está doendo muito.

 - Foi você que quebrou o espelho?

 - Não... Deve ter sido algum acidente. – Respondi. – A minha mão... – Olhei para ela. Alguém fez um curativo aqui.

 - Não se preocupe com isso. Quer que eu te leve para a casa?

 - O hotel fica perto daqui, então, sem problemas. – Me levantei aos poucos do sofá. – Obrigada David. – Andei devagar, passando pelo gramado, quando ouço uma voz.

 —Max?

 Olhei para trás. Era a Kate. Meu Deus ela está totalmente diferente, mais bonita, cabelos soltos e um vestido mais despojado.

 - Kate, que saudades. – Dei-lhe um abraço apertado. É  uma pena que ela não se lembre do quanto éramos próximas.

 - Não imaginei que veria você aqui. Quando te vi subindo no palco, te procurei por todos os lugares. Faz muito tempo que você foi embora.

 - Sim, faz. Mas hoje percebi que nunca eu deveria ter ido embora. Eu sempre fujo dos problemas. – Essa é a mais pura verdade.

 - O que tem feito todo esse tempo? Além da fama de fotógrafa?

 - Eu divido um apartamento com uma amiga em San Francisco. Este é o resumo dos meus quatro anos. Nada de interessante. – Mesmo que eu tenha mudado de cidade, parece-me que acabei não evoluindo muito. – E você?

 - Eu casei, ele é muito religioso. E por sinal é rico, mas isso não é uma coisa que importa. Ajudamos em algumas instituições.

 - Isso é perfeito Kate. Bom, tenho que ir, estou com uma dor de cabeça insuportável.

 - Foi bom te ver Max. – Adorei reencontrá-la.

 Segui o meu caminho. Ao atravessar a rua, vejo o mais inesperado. Franzi a testa e vi claramente, Nathan Prescott do outro lado. Mas logo depois, ele sumiu. Por que ele estaria aqui?

 Finalmente cheguei ao hotel. Esse dia foi definitivo o mais cansativo e surpreendente de todos. Preciso repor as minhas energias para encontrar a Chloe novamente, ainda preciso de mais respostas. 

              Arcadia Bay, Oregon • 12 de Março, 2017. 

 (Despertador tocando)

 Bom-dia mundo. Finalmente eu acordei de bom humor, hoje sinto que o dia será diferente. Aliás, de noite tem a festa no farol do Vortex Club. Acho que vou e por sinal, eu deveria estar arrumando as coisas para voltar à San Francisco. A Sindy vai ficar muito preocupada comigo. Mas será mesmo que devo voltar?  

 Estiquei os meus braços e me espreguicei. Seria um grande pecado dormir o dia inteiro? Estou exausta. Arregalei os olhos e calcei a minha pantufa azul de hipopótamo. Eu sou a pessoa mais fofa do mundo. Enfim, preciso encontrar uma maneira para ver a Chloe novamente. Caminhei até o banheiro, peguei uma gilete e cortei um pequeno pedaço da minha mão. Eu sei, é loucura, mas da última vez, eu consegui vê-la quando me machuquei.

  Preciso me concentrar.

 Droga, a minha cabeça está doendo.

 Finalmente consegui desmaiar novamente. Espero que dessa vez eu tenha mais tempo com a Chloe.

 - Você não pode ficar fazendo isso. – Disse.

 - Chloe! – Corri para os seus braços. – Eu precisava ver você novamente.

 - Prometa que essa será a última vez que fará isso. – Exclamou. – Isso vai prejudicar a sua saúde.

 - Não se preocupe comigo. – Era tão bom ver ela de novo.

 - Existe um portal. Você pode ir lá quando quiser me encontrar aqui. É no farol. Quando eu quero ir para o mundo real, em forma de borboleta é só eu passar por lá.

 - Hoje eu vou à uma festa do Vortex Club, aproveito para te encontrar.

 - É tão bom te ver Max, mesmo eu estando morta. – Sorriu. – Adorei as suas pantufas.

 - Não fale assim, você nunca estará morta para mim. – Em alguns momentos eu mal conseguia acreditar que reencontrei a Chloe.

 - Vamos ser realistas, Max. Eu morri e por mais que a gente esteja se vendo novamente, não estou inteiramente aqui. – Olhou em volta. – Esse mundo é horrível, ele é cheio de dor e tristeza. Você não pode querer ficar junto comigo aqui.

 - Sente isso? – Apertei a sua mão com força, olhando no fundo de seus olhos. – Estamos juntas nessa. Sempre. Eu não vou perder você de novo.

 - Vá embora. – Ordenou.

 - O que? – Perguntei. – Você não pode... Não pode agir assim.

 - Você já olhou bem para o que você está fazendo? Você acabou de cortar a sua mão com uma gilete. Olha seu corpo ali, você está desmaiada Max! – Apontou para o chão. – Não quero que se machuque. Vá embora, de noite você passa pelo portal e podemos ficar juntas o quanto quiser.

 - Eu te amo Chloe, não quero que fique zangada comigo. – Soltei a sua mão mais uma vez. Fechei os olhos e retomei ao mundo real. Definitivamente, eu preciso controlar isso melhor.

 Esse corte está bem dolorido agora.

 Levantei, estava um pouco tonta e ao olhar no espelho vi meu nariz sangrando. Esses desmaios devem exigir muito esforço da minha parte.

 Bom, já que há um portal, significa que onde eu encontro a Chloe é outro mundo. Um universo paralelo de Arcadia Bay, lá o tempo é parado. Não é um lugar bonito, logo ao chegar lá, pode-se notar uma grande tristeza. A energia é carregada de coisas extremamente negativas.

 Voltei para o quarto e chequei as minhas mensagens.

 Oi Max! Hoje terá uma grande festa no farol, você vai né? Vejo-te lá!

 Abraços, Warren. — Pode apostar que eu vou. Não perderia essa festa por nada. Até porque o portal fica no farol. Acho que deve ser dentro dele ou algo do tipo. Difícil será eu conseguir entrar.

 Fui até o guarda-roupa e escolhi o grande traje do dia, uma calça Jeans e uma camiseta branca. Peguei a minha mochila e fui até à Blackwell. Devia desculpas ao Ray e ao resto das pessoas, eu definitivamente pareci uma louca quando fui fazer o discurso.

  Acho que talvez seja hora de eu procurar uma moradia permanente aqui em Arcadia Bay. Não estou desistindo da minha carreira em San Francisco, mas não posso deixar a Chloe novamente. Já a deixei por quatro anos. Mesmo eu não sabendo da sua existência aqui, sinto-me culpada por isso.

 Estava atravessando a rua quando ouvi uma voz.

 - Max? – Gritou. Era definitivamente a pessoa que eu menos esperava.

 - Nathan Prescott? – Não acredito que era ele. Quer dizer, por baixo dessa leve barba ainda existe um Nathan. – Você quer falar comigo?

 - Quero dizer que apesar de tudo, eu fui influenciado. E quanto ao caso da Chloe, eu perdi o controle. – Disse. – Eu estou tomando remédios para controlar a agressividade e quero que saiba que não sou seu inimigo.

 - Nathan eu nunca te considerei culpado em alguns aspectos. – Respondi. – É complicado. – Abaixo à minha cabeça por alguns segundos e ao levanta-la, vejo um veado no final da rua. Eu já o vi algumas vezes antes, mas nunca soube o verdadeiro significado. Pisquei os meus olhos algumas vezes e ele desapareceu como eu esperava.

 - Você está bem?

 - Sim... – Me recompondo. – Vai ao farol hoje?

 - A polícia está me rondando. Se eu for, vai ficar complicado para mim depois. Acho que vou para casa, até mais Max.

 - Até Nathan. – Sei que alguns podem me julgar por falar com ele, mas creio que nunca foi inteiramente culpado das coisas. Sempre o influenciaram. De qualquer forma, estou com diversas perguntas sem respostas. E uma delas é:

 Como faço para usar os meus poderes?


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Notas finais do capítulo

Desculpem à demora, estive um pouco ocupada. Quem gostou deixe o Comentário.



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