À noite, a insonia me fez levantar da cama. Olhei para ele e sorri. Percorri os corredores, passando pelo quarto de Michael e Victoria. Eles estavam bem.

Desci as escadas e abri a porta da casa, fazendo meu caminho pelo jardim até o grande estábulo. Acendi a candeia para poder enxergar lá dentro e franzi o cenho.

— Pyp, o que está fazendo fora do ninho? — A grande serpente azulada mergulhou, diminuindo de tamanho para caber na extensão de meu braço. — Sabe que os outros precisam de seu espaço também. Nerida vai ficar chateada se descobrir que os mascotes delas foram amassados por você.

Levei o Occami até seu ninho e deixei-o repousando lá.

Tori piou para mim, reluzindo suas penas azuis e alaranjadas.

— Está com fome? Você pode caçar, sabia? Não vou ficar procurando ratos para você. — Ralhei com a coruja, meu animal mais antigo e mais folgado.

Passei por todo o "zoológico" que tínhamos até encontrar Felix.

— Está na hora, não é? — A velha ave piou, triste. — Logo você estará de volta. Assim como todos nós.

Esboçando um sorriso que eu aprendi a ler com o passar dos anos, a fênix irrompeu em chamas.