A primeira coisa que Theo sentiu ao entrar na casa de Liam foi o impacto da nostalgia misturada com aconchego. A segunda foi a mão trêmula do mais novo em seu ombro, pedindo para acompanhá-lo até a sala, onde sentaram lado a lado.

Liam abriu e fechou a boca diversas vezes, claramente hesitante no que dizer. Os dedos se entrelaçavam nervosamente e a perna balançava frenética.

Era ridiculamente fofo ver o rapaz naquele estado, principalmente com as bochechas coradas como estavam.

Theo estava se tornando um coração mole, ele mesmo pensou rotundo, pois não se viu capaz de assistir a essa tortura sem fazer nada. Por isso, da mesma maneira que confessou seus sentimentos - pleno e aleatório-, ele apenas abraçou o garoto pelos ombros e o beijou na têmpora, o puxando para se encostar no sofá, aconchegando-se um no outro.

— Eu… — Liam começou, a voz fraca pela surpresa.

— Eu sei — respondeu já sentido o que ele diria. — Eu também.

Liam ergueu a cabeça para olhá-lo, os fios roçando no maxilar de Theo, e sem dizer mais nada o beijou.

O coração acelerado de ambos unido-se sob a pele. Não complementares, mas ainda harmoniosos em sua própria sinfonia.