Assim que termino a frase, Red aparece em minha frente. O rosto ensanguentado, pescoço pendurado com um corte profundo e largo no centro, os olhos esbugalhados, nos lábios secos entreabertos um sorriso sem vida que causa sextilhas épicas intensas, como se cavalos dançassem sobre a boca de meu estômago. O tesão do momento me atingiu como fogo em brasa. Está deitada na mesa como um enfeite, os braços esticados acima da cabeça, amarrados; as pernas abertas e dobradas para cima; o interior lambuzado de líquido branco, meu líquido. Meu membro pulsa, minha boca seca. Pisco. Ela some.

— Senhor Carlos?