Senti meu celular vibrar. Sabia que viria problemas a seguir. 

— Oi, mãe.

— Onde diabos você está? – Começou a gritar. – Volta já para casa. Temos que conversar. 

Ao fundo escutava jogar ofensas para cima dela e de mim também. 

— Gaspard, meu amor, volta para a casa e iremos conversar sobre isso, ok? Consegui acalmar seu pai. – Era rotundo que ela não aceitaria nenhuma contestação, mas eu não tinha coragem para voltar.  

Não sei como conseguiria voltar a olhar rapar meu pai depois das palavras deles. 

Eu estava com tanto ódio, que não sei se conseguiria me controlar. 

Continuei ao telefone, apenas a ouvindo falar e meu pai gritar. 

Sentei a beirada da sacada, pegando a planta que July havia deixado. 

Tantas coisas aconteceram em tão pouco tempo. 

Minha vida não era das melhores até conhecer de verdade Johan.  

Ele trouxe um mar de felicidade para meu mundo de tristeza. Apesar de tudo, eu estou um pouco tranquilo quanto a isso. 

Não saberia até quando mais poderia me manter escondido. 

Agora só me resta aguardar com os acontecimentos seguintes.  

Johan disse que poderíamos nos encontrar no futuro, mas não sei se é isso que eu almejo. 

Acho que isso não vai acontecer. 

Creio eu que já tenha sido um incomodo.