Continuei vagando um pouco mais pelas ruas, logo mais estaria próximo a escola. O que eu iria fazer lá?

Quero ver se encontro Johan, mas como irei chegar e falar com ele? O que tenho a dizer?

Há essa hora os pais dele já devem ter visto as imagens. Como sempre, estraguei tudo novamente.

Tenho que me desculpar pelos problemas que causei.

Me falta coragem. Sou um tremendo covarde.

Meu peito está doendo muito, não sei se é de tristeza, ansiedade ou o que, só sei que dói. Não consigo ir até lá, mesmo faltando uma quadra.

Sentei-me no chão de areia. A rua nem ao menos tinha asfalto e parecia algo mais rural. O lixo predominava ali.

Os seres humanos conseguem ser tão desprezíveis.

Em meio à sujeira, consegui avistar um objeto metálico. Fiquei observando ele brilhar por conta do sol que nascia.

Eu não conseguia lembrar o nome. Parecia muito similar aquele aparelho que médicos usavam para trepanação, já vi em alguns filmes, mas não me recordo como se chama.

Recolhi do chão para observar melhor.

— Não deveria mexer coisas do lixo assim,  pode pegar alguma doença. – Johan havia chegado de surpresa, se sentando ao meu lado.