Ao descerem do ônibus no calçadão da praia, Pegui logo tirou a camisa e Ana revirou os olhos. Tavo e Jane seguiam conversando avidamente com Willian, que falava sobre umas novas músicas que ele estava compondo para a banda dele.

O grupo andou um pouco mais na praia até chegar a um ponto mais afastado e mais tranquilo. Pegui começou a molhar Ana e Willian só ria. Jane e Tavo andavam na beira do mar quando viram de longe a movimentação, mas ignoraram e continuaram a conversa.

— Queria sarpar daqui e deixar tudo para trás, Jane. – disse Tavo. – Agora que o Lucas foi embora e que a Maiara assumiu a liderança da sala, ela vai fazer da nossa vida um inferno. Mais do que já é.

— Olha pelo lado positivo, Tavo, o segundo ano já está acabando. Ano que vem eles vão misturar as salas. – Jane disse e travou no canto onde estava.

— O que foi? – perguntou Tavo, ao perceber que a amiga havia parado.

— Um cara com uma peixeira está vindo na nossa direção. – sussurrou Jane.

O rapaz olhou para frente e viu alguém andando rápido para eles. Algo na mão da pessoa brilhava.

— CORRE, JANE, CORRE! – Tavo gritou.