Nós dois - tda escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 16
Capítulo 16 - "O maldito!"




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Todos caíram já risada e foi quando uma voz soou e um sorriso acompanhado de uma homem que estava ali a uns segundos sem dizer nada apenas olhando para eles. Não para todos eles, mas para Victória, o homem chegou perto deles e sorriu. Heriberto logo olhou para o homem e disse com uma expressão diferente.

‒ Heriberto...

‒ Tio Osvaldo... ‒Melissa se agarrou a Vick e ela a pegou enrolando na toalha para se esquentar.

‒ Como vai, Heriberto? ‒ sorriu e deu dois tapas nas costas dele, depois dos olhos dele recaíram novamente sobre Victória e Heriberto apresentou a esposa.

‒ Esta é minha esposa Victória Sandoval! ‒ Vick apenas sorriu de leve para ele.

Olivia levantou e foi até seu irmão e o beijou.

‒ Meu Deus, Osvaldo quanto tempo! ‒ ele sorriu para irmã e abraçou de modo carinhoso.

‒ Como você está minha irmã? Tem sim muito tempo eu estava morrendo de saudade.

‒ Eu estou feliz isso é o que importa e esse é meu neto João Pedro e a que está no colo de Victória é a Melissa!

‒ Que crianças mais lindas, meu Deu,s são seus netos, então são meus sobrinhos netos! ‒ ele foi até as crianças, mas tanto João Pedro quanto Melissa não gostaram dele e ficaram olhando para ele de um jeito estranho. ‒ Tudo bem com vocês? São tão lindos porque não querem falar com o tio?

‒ Vick me dá suquinho? ‒ se agarrou a ela.

Vick levantou com Melissa e foi até a mesa pegar suco.

‒ Vovó quelo suquinho também! ‒ João Pedro pediu.

‒ Fique à vontade Osvaldo que eu vou atender o meu neto! ‒ Osvaldo sorriu foi até a piscina falou com Lúcio cumprimentou o cunhado e todos eles saíram de onde estavam e se sentaram na mesa junto com as crianças.

Vick dava de comer a Melissa que comia quieta e as vezes olhava Osvaldo, mas não dizia nada como era de costume ser tagarela na hora de comer.

‒ Só veio de passagem ou para ficar meu irmão?

‒ Vou ficar alguns dias com você minha irmã tem alguns negócios para resolver, mas não devo demorar tanto! ‒ ele falou todo preocupado em não querer incomodar a irmã e olhou para o cunhado.

‒ Eu acho que você devia ficar mais tempo aqui tomar um pouco de juízo não é mesmo Osvaldo talvez devesse trabalhar um pouco comigo! ‒ a voz de Lúcio era firme porque ele tinha sempre implicância com o modo como o cunhado vivia a vida.

Heriberto olhou os filhos que pareciam não gostar de estar mais ali.

‒ O que foi meus amores querem ir embora?

‒ Eu quelo a minha casinha... ‒ Mel falou deitando a cabeça no peito da mãe.

‒ Vamos para casa então, filha! ‒ ele sabia que eles eram muito pequenos e que sempre gostavam de voltar para casa estavam fascinados com o quarto com os brinquedos com as coisas novas.

‒ Papai tô com sono gandão!

‒ Mais já querem abandonar a vovó? ‒ Melissa a olhou.

‒ Eu não quelo esse homi feo me olhando, vovó! ‒ foi sincera e escondeu o rosto de novo no peito de Vick.

Heriberto olhou a filha.

‒ Amor, é o irmão da vovó, o tio Osvaldo!

‒ Amor, vamos para casa, ela está com sono é só isso! ‒ falou olhando para o marido.

‒ Vamos sim, amor. ‒ Vick levantou com ela no colo e Olivia com João e elas entraram para dentro de casa para vesti-los e depois eles irem para casa.

Osvaldo subiu queria ficar olhando um pouco mais aquela mulher interessante que ele tinha conhecido naquele momento pareceu bastante estranho para ele que Heriberto estivesse casado e por isso ele ia investigar que história era aquela de Heriberto aparecer casado e com filhos de repente. Vick trocava os filhos rindo deles pulando na cama e agarrando a avó e a enchendo de beijos.

‒ Vovó, vovó, vovó! ‒ eles falavam e pulavam.

Osvaldo ficou da porta olhando ela, estava fascinado pela beleza de Vick, estava cheio de desejo quando a olhou mais uma vez, não sabia o que era aquilo, mas seu corpo ferveu, como nunca tinha fervido na vida. Olhou as curvas dela, olhou tudo nela e se sentiu cheio de calor. Estava completamente dominado por aquela sensação de prazer e desejo...

‒ Vovozinha, vamos para nossa casa? Binca, come se feliz... ‒ Melissa que estava pronta falava.

‒ Amor, vovó está com visitas não pode ir hoje mais amanhã a vovó vai tá bom?

‒ Pomete? ‒ mostrou o dedinho.

‒ Prometo. ‒ segurou o dedinho da rindo e a puxando para um abraço.

‒ Deixa um pouquinho de vovó pa mim! ‒ ele correu até a avó. ‒ Cheila eu vovó, to ceiloso? ‒ Olivia o puxou pra ela e cheirou.

‒ Está muito cheiroso, meu Deus que menino cheiroso!

‒ E você é bunita, vovó, a maize bonita depois de mamãe, Vetolia!

‒ Ainda bem que eu sou a primeira que se não alguém ia ficar sem janta! ‒ Vick brincou com ele rindo e quando sentou na cama viu aquele homem na porta e sentiu algo estranho riu abaixou a cabeça.

‒ Mãe ala o monsto tá na porta! – João apontou Osvaldo.

Mel grudou nela.

‒ Vamos pala casa, mamãe! ‒ Vick levantou com ela no colo.

‒ Vamos, vamos sim!

‒ E eu, mãe, eu não vou ficar com o monsto?

‒ Vem filho, vamos para casa! ‒ ela também pegou ele no colo para sair.

‒ O que faz aqui Osvaldo?

Os dois se abraçaram a Victória e ela levou as crianças até a porta.

‒ Eu vim apenas falar com você que não vou ficar aqui minha irmã, eu vou para um hotel! ‒ Quer ajuda Victória posso levar um deles? ‒ mas as crianças se agarraram tanto nela que ela não deixou ninguém sair do colo.

‒ Não precisa, obrigada! ‒ e ela desceu com eles.

‒ Sai fola doido! ‒ João falou baixo. ‒ Minha mãe não gota de monsto.

‒ Filho, não faça assim é feio! ‒ ele agarrou a mãe sentia um aperto no coração.

‒ Ele gota de você não, mamãe!

‒ Amor, fica calmo e vamos com papai! ‒ ela desceu sem nada mais a dizer.

Olivia olhou o irmão estranhado.

‒ Por que vai ficar num hotel?

‒ Prefiro não te incomodar, Livi. ‒ falou observando andar de Victória e o modo como ela era linda.

‒ Por que está olhando para ela assim? ‒ perguntou logo de uma vez.

‒ O que? Do que você está falando, minha irmã? ‒ Olívia bateu no peito dele e o advertiu.

‒ Não seja idiota, Osvaldo, não seja! ‒ ela saiu depois de pegar a bolsa das crianças e desceu.

Deu as bolsas ao filho e beijou as crianças que já estavam no carro em suas cadeiras.

‒ Vovó a zente te ama! ‒ João falou. ‒ Tchau vovozinho.

‒ Vão com Deus, amanhã eu vou até lá brinca meus amores, vovó também ama muito. ‒ Lúcio beijou os dois com tanto carinho estava apaixonado pelas crianças apesar de não concordar com o casamento do filho.

Ele ficou ao lado da esposa segurando em seu ombro com carinho e viu o filho depois de se despedir dele, da mãe entrar no carro junto com Victória que também já tinha se despedido deles e foram embora.

‒ Oli, sabe que se seu irmão aprontar algo, eu vou colocá-lo no lugar dele não sabe? ‒ ele suspirou vendo o carro sumir. ‒ Ele vai ficar, aqui?

‒ Ele disse que vai para um hotel e eu acho até melhor que seja assim não quero problemas!

‒ Eu não quero ele fazendo merda de novo, como foi a última vez! ‒ ele falou firme porque não gostava de algumas atitudes que o cunhado tinha. Deu a mão a esposa e disse: ‒ Mas eu sei que você não tem nada com isso meu amor eu vou resolver com ele. ‒ deu um beijo nela. ‒ Muito obrigada por tudo que você fez... ‒ enlaçou o corpo dela. ‒ Te amo!

‒ Eu fiz por nós dois, por nossa família! ‒ beijou os lábios dele o enlaçando pelo pescoço.

‒ Eu sei, meu amor! Eu peço desculpas porque eu queria ter te contado.

‒ Amor, acontece e aquele homem foi desleal, você já foi resolveu?

‒ Já resolvi tudo hoje bem cedo, amor, quando você acordou eu já tinha ido!

‒ Sim e ele saiu com a cara roxa?

‒ Meu amor, você sabe o marido que tem! ‒ ele disse apenas sem dar detalhes.

Ela riu.

‒ Vamos nadar de piscina nós dois?

‒ Vamos, sim, minha branquinha! ‒ ele alisou as costas dela com amor. ‒ Quero uns beijinhos molhados no meu dogão. ‒ ela riu.

‒ Vamos logo amor que quero beijar muito esse dogão. ‒ ele riu e os dois foram se amar livremente na piscina.

NA CASA DE VICK E HERI...

‒ Eu tô tão cansadinha... ‒ Mel deitou no peito de Heri.

‒ Vamos levar eles para descansar, amor! ‒ Vick subiu com João já adormecido nos braços.

‒ Eu quelo dormi com meu papai aqui.... ‒ abraçou mais ele. Ele riu. ‒ Deixa eu aqui, paizinho?

‒ Aqui onde, filha?

‒ No seu colinho, paizinho! ‒ bocejou mexendo na orelha dele pra dormir.

‒ Eu deixo, amor, eu deixo sim, meu amor... eu deixo você dormir no colinho de papai lá na caminha. ‒ ela bocejou de novo agarrando mais nele.

Victória já tinha subido e colocado João na cama e já estava no banho em seu quarto. Heriberto fez Melissa dormir e cinco minutos depois a colocou no quarto dela dormindo pesado, Vick já estava na cama sentada vendo algo no celular e nem o viu entrar.

‒ Hum, cheirosa... ‒ beijou ela por trás subindo na cama.

‒ Já fez a manhosa dormir? ‒ largou o celular virando para ele de lado.

‒ Dormiu como pedra, o dengoso já veio dormindo. Uma manhosa e um dengoso! Estamos bem Vitólia. ‒ riu remedando a filha.

Ela riu junto a ele.

‒ Sabe que eu não achei que eles fossem se dar tão bem assim com você, eles eram bem diferentes lá onde morávamos e por falar nisso eu preciso ir até lá.

‒ Vamos amanhã, depois de contratar a babá. Eram diferentes? Como?

‒ Mais quietos, chorões agora eles estão felizes, Mel quase não falava e agora ela grita se deixar. ‒ ele sorriu.

‒ Acho que você mesmo já deu a resposta Victória, eles são felizes isso é o que importa!

‒ Graças a você! ‒ ela o beijou na boca. ‒ Obrigada por nós salvar! ‒ o abraçou.

‒ Eu te amo! ‒ alisou o rosto dela e a trouxe de novo para ele.

‒ Eu também te amo muito mais agora vamos descansar um pouco que eu estou esgotada!

‒ Sim, amor, minha mãe ligou para uma agência e pediu para algumas babás virem aqui amanhã poderíamos escolher. ‒ ele se ajeitou na cama junto com ela os dois se cobrindo.

‒ Sim, vamos falar com elas.

‒ Eu tenho certeza que vamos achar uma boa!

‒ Sim, amor, vamos! ‒ ela se ajustou ao corpo dele e ele a agarrou segurando firme e não demorou nada para que eles adormeceram.

AMANHECEU...

O dia foi a correria de sempre e Victória acordou com Heriberto já na cozinha com as crianças, ele tinha preparado um delicioso café, estava com as crianças junto a ele quando levou café na cama para Victória e os dois ajudaram sorrindo e se sentando na enorme cama do quarto. Quando ele colocou a bandeja pediu a Melissa e João que acordassem Victória.

‒ Mamãeeeeeeeeeeee. ‒ Melissa gritou fazendo Vick dar um pulo se assustando.

‒ Minha filha ... assim não! ‒ Heriberto repreendeu.

‒ O que é isso, Melissa Sandoval? ‒ quase gritou com ela.

João Pedro abraçou a mãe com carinho.

‒ Bom dia, mamãe. ‒ Vick o beijou e puxou Melissa a beijando também.

‒ Tranqueira! ‒ olhou ela.

‒ Xô nada disso aí não, mamãe!

‒ Mamãe, a zente fazeu o café com meu pai!

‒ Eu fize tudo! ‒ Melissa ficou em pé na cama. ‒ Tolada, suquinho, balinha.

‒ Você nada, meu pai, eu e você! Mamãe, eu fizo a futa. ‒ ele apontou a salada.

‒ Ca sa boca. ‒ empurrou ele.

Victória sentou.

‒ Meu Deus, vocês dois não param nem cedo? Vou amarrar os dois. ‒ bocejou.

Heriberto veio até ela e a beijou.

‒ Bom dia, amor, como acordou? ‒ ele sorriu dando beijinhos nela.

Ele gostava de fazer os filhos participarem da rotina da casa e mesmo criando confusão era importante para ele que fizessem as coisas juntos era assim que ele tinha sido criado.

‒ Acordei no grito!

‒ Eles estão assim, atacados, já dei até banho e não resolveu, olha como estão bonitos, eles são assim, você sabe duas tempestades dentro de casa.

‒ Papai, vamo come tô com fominha! ‒ ele se ajeitou olhando a bandeja.

Vick levantou e foi ao banheiro e voltou para comer com eles, sentou arrumando os dois na cama e os quatro comeram como a família que era. Depois do café Vick recebeu sete mulheres para o cargo de babá e somente a última agradou a ela e nem pensou a contratou.

Olivia como tinha prometido chegou na parte da tarde para ficar com as crianças enquanto Vick e Heri foram até a faculdade onde ela iria estudar e chegando lá pediram o histórico da outra faculdade e eles foram até Cancun depois de avisar Olivia que demorariam mais do que esperado e ela adorou ficar somente com as crianças para brincar.

Chegando na faculdade Vick pegou o que precisava e já que estavam ali ela o levou até a casa dela, era uma casa modesta de poucos cômodos mais tinha a cara de lar.

‒ Você acha que eu devo vender isso aqui? ‒ ela pegava algumas coisas das crianças e colocava em uma mala.

‒ Você quer vender? Se tem apego a essa casa não venda, deixe aqui de recordação, venha quando quiser se recordar.

‒ Eu não sei...

‒ Pense primeiro não decida assim! ‒ ela assentiu e pegou alguns porta-retratos e colocou na mala a fechando.

‒ Eu vou pensar! ‒ ela colocou a mala no chão.

‒ Você tem tempo, Vick, não precisa decidir agora! ‒ ele disse olhando os cômodos da casa.

‒ Isso aqui é tudo que sobrou, eu não sei nem como ia manter os dois... ‒ ela sentou na cama.

Ele se sentou com ela de modo calmo e segurou sua mão.

‒ Amor, tudo tem uma razão, eu sei que no fundo você e eu tínhamos que nos encontrar! ‒ ele tocou o rosto dela. ‒ Você me deu o melhor da vida. ‒ ela o olhou com os olhos marejados. ‒ Eu te amo! Eu sei que as coisas não parecem ter funcionado como você imaginou, mas elas aconteceram, eu não posso imaginar que você e seus irmãos não ia ter condições de vida para serem felizes mais existe muita gente sofrendo no mundo infelizmente isso é real para muitas pessoas. ‒ ele segurou a mão dela com carinho e alisou.

‒ Eles são crianças e se me tirassem eles eu não sei o que seria de mim, eu só tenho eles de lembrança dos meus pais. ‒ secou o rosto.

‒ Eles são nossos agora, Victória e eles são a nossa prioridade e vamos fazer tudo que pudermos para que eles fiquem bem! ‒ Vick se agarrou a ele. ‒ Eu vou estar sempre aqui, meu amor, sempre aqui com você e com eles, vamos tocar a vida para frente e quero que seja tudo lindo para você seus pais se foram, não posso mudar isso. ‒ ele a segurou firme. ‒ Mas posso mudar tudo mais!

‒ Vamos embora daqui!

‒ Vamos, meu amor, vamos seguir a nossa vida! ‒ ela se soltou dele e levantou olhando pra ver se tinha esquecido algo e como não segurou a mão dele para irem embora.

Os dois foram embora e Heriberto dirigiu falando das coisas que ele queria que estivessem prontas para eles viajarem com as crianças no fim de semana porque era prioridade para ele, mas naquela noite, ele tinha plantão e por isso, assim que chegou, tomou seu banho e se preparou para ir ao hospital. Estava vestido em seu terno branco e sapatos da mesma cor, pegou sua maleta e se despediu.

‒ Amor, eu chego amanhã as seis, se precisar de algo, me liga, sim? ‒ ele a beijou com calma e sorriu. ‒ Vai ficar bem?

‒ Sim, amor vai com Deus! ‒ deu um beijinho nele na porta do apartamento e o viu ir embora para mais um dia de trabalho, Vick foi para o quarto deitou junto às crianças e logo adormeceu...

DIAS DEPOIS...

Vick tinha acabado de se despedir das crianças que foram para a escola junto com a babá, naquela tarde ela tinha apenas que estudar para uma prova que aconteceria no dia seguinte, Heriberto estava de plantão e ela estava sozinha no apartamento. Osvaldo estava na porta quando tocou a campainha e sorriu a espera de Victória, ele tinha ido até ali com uma decisão tomada, ele não ia voltar atrás.

Vick estranhou que o porteiro não a avisasse que tinha alguém subindo e achou que era a babá que tinha esquecido algo e foi até a porta abrindo com um sorriso que se desfez a presença dele. Vick estava num vestido solto até os joelhos e os pés descalço e seu coração disparou.

‒ Heriberto não está! ‒ ele a olhou de cima a baixo e sorriu com aquela expressão de quem sabia que era um homem sem senso. ‒ O que quer?

‒ Olá, Vick... ‒ ele sorriu mais. ‒ Eu quero falar com você, posso ver as crianças? ‒ olhou em volta.

‒ Elas estão descansando e meu marido não está! Não posso te deixar entrar.

Ele entrou assim mesmo empurrando a porta e dizendo:

‒ Eu sou seu tio, Victória, o que há de mal nisso, em entrar em sua casa?

‒ Eu não recebo homens sem meu marido em casa! Volte mais tarde quando ele chegar, eu não tenho nada para tratar com o senhor, eu nem o conheço! ‒ ele foi a ela e a segurou nos braços.

‒ Por que não me serve algo de beber, Vick. ‒ ele a segurava bem perto dele.

‒ Me solta! ‒ empurrou ele. ‒ Vai embora daqui! ‒ ele a segurou de novo e a arremessou no sofá.

‒ Não seja tola, menina, eu nem vou demorar! ‒ ele disse bruto, horrível e sem coração, foi até ela agarrando no sofá.

‒ Heriberto vai acabar com você seu velho asqueroso! ‒ se debateu batendo nele.

Ele a mordeu no ombro e chupou colocando o peso sobre ela.

‒ Eu não ligo, vou embora hoje, mas você, eu quero para mim!

‒ Mais não vai me ter! ‒ ela mordeu a bochecha dele e não soltou até ele sair de cima dela.

Puxou o vestido dela com força e buscou a calcinha, ele gritou com raiva e a soltou com mais raiva ainda. Vick se levantou do sofá correndo.

‒ Porco! ‒ estava sendo firme mais por dentro estava tremendo.

‒ Venha aqui, sua putinha nojenta! Nojenta! ‒ ele se levantou e foi até ela com a mão no local que ela mordeu.

Vick correu para cozinha e pegou duas facas.

‒ Vai embora daqui! ‒ arremessou a primeira nele e pegou outra.

Ele a olhou com raiva e foi a porta.

‒ Você é um idiota, eu posso te dar tudo! Posso te dar uma vida especial, mas quer ficar ai, com o bosta do meu sobrinho...

‒ Você é porco, nojento e fede, sai da minha casa antes que eu chame a polícia.

‒ Vagabundinha de quinta, deu um golpe de coxa no meu sobrinho, mas eu ainda te pego!

‒ Ele é mais homem que você! ‒ ele abriu a porta e olhou para ela.

‒ Você vai se arrepender dessa mordida e de me fazer de idiota! ‒ apontou o dedo para ela.

Victória arremessou a outra faca nele acertando bem na perna.

‒ E você vai se arrepender de achar que eu sou uma qualquer!

‒ Desgraçada! ‒ ele gritou com ódio vendo a perna machucada, ele bateu a porta e saiu com raiva.

Vick correu até o telefone e com as mãos tremendo ligou para Heriberto que não atendeu o telefone e ela tentou por mais cinco vezes e nada, seus olhos choravam sem ela conseguir conter e ela não sabia o que fazer pra quem ligar não tinha ninguém até que seu coração chamou por Olívia mais ela não sabia se ligava ou não com medo de pensarem mal dela e ela mais uma vez tentou ligar para Heriberto.

Heriberto estava nervoso e passava as mãos pelo cabelo dirigindo seu carro pegou o celular algumas vezes, mas estava sem bateria ele não podia acreditar que aquilo tinha acontecido a cabeça doía tanto e ele nem sabia direito o que tinha acontecido não queria pensar em nada só queria chegar em casa e descansar e sentir os braços de Victória junto a ele e viver aquela vida maravilhosa que tinha com ela.

Chegou em casa abriu uma porta e para sua surpresa se deparou com Victória no sofá.

‒ Amor? ‒ disse nervoso, ela o olhou com os olhos inchados de chorar, não disse nada. Ele se aproximou dela e jogou a maleta no sofá. ‒ O que houve, Victória? ‒ ele a tocou no rosto diante dela. ‒ Amor, o que houve? ‒ falou tenso, eram quase três da manhã.

‒ Onde você estava? ‒ se soltou dele e levantou.

‒ Amor, eu...

‒ Onde? ‒ ela gritou.

Ele não podia explicar naquele momento, nem ele sabia o que tinha acontecido, sua cabeça doía e ele se lembrava de umas coisas que não podiam ser verdade. Queria ter certeza do que tinha acontecido para dizer a ela a verdade.

‒ Eu estava trabalhando, amor, eu tive mais uma emergência. O que houve com você? ‒ ele foi até ela. ‒ Por favor, não grita, Victória...

‒ Eu precisei de você e você não me atendeu! ‒ estava desesperada.

Ele sofreu.

‒ Estava descarregado, amor, o que houve?

‒ Seu tio... ‒ ofegou limpando o rosto. ‒ Seu tio veio aqui e me atacou como uma vagabunda qualquer... ‒ falou logo se uma vez.

Heriberto a olhou com o rosto em desespero total.

‒ Meu tio te atacou? ‒ ele bufou de ódio e a abraçou com amor. ‒ Meu Deus, amor, o que aquele imundo fez com você? ‒ ele apertou Vick contra ele com amor. ‒ Me fala?

‒ Ele quis me forçar, mas eu não deixei e lutei contra aquele nojento! ‒ ela não abraçou ele.

Ele se afastou dela e a olhou no rosto e depois viu as marcas, era apavorante aquela sensação de que não tinha protegido sua esposa.

‒ Você não estava no hospital eu sei que não estava!

‒ Victória vamos fazer exames vamos ao hospital agora, você precisar ser examinada! O que esse homem maldito fez com você meu Deus... ‒ ele não conseguia nem respirar direito quando pensava naquilo, os olhos cruzaram os olhos dela em desespero.

Ele queria dar a ela toda atenção, mas ao mesmo tempo queria entender. O tio tinha sido um animal e ele ia pagar por isso.

‒ Eu não vou a hospital algum eu estou bem eu me defendi sozinha!

‒ Amor... ‒ ele a tocou no rosto, mas ela recuou. ‒ Meu, Deus, amor, eu estou aqui. ‒ ele a abraçou. ‒ Me deixa te ajudar... ‒ ele suspirou com ela ali na frente dele.

‒ Eu só precisava que você tivesse me atendido e você não me atendeu! ‒ chorou sentida por tudo que aconteceu.

‒ Desculpa amor, não pude! ‒ele chorou suspirou com ela a abraçou mais pegou sua esposa no colo e se sentou com ela no sofá colocando em seu colo para dar um pouco de abrigo naquele momento.

Beijou os braços de Victória e sentiu o coração partido vendo que ela estava triste, Vick ficou agarrado a ele e aos poucos foi parando de chorar até que dormiu ali mesmo nos braços dele de tão cansada que estava de chorar. Ele chorou sofrendo e olhando para ela com tanto amor...

Aquela noite tinha sido um pesadelo tudo que ele queria era dormir e acordar imaginando que aquilo tinha sido um pesadelo, levou o Vick até o quarto e a colocou com calma na cama sem sair apenas deitou ao lado dela e cobriu o corpo dela e o dele para ficarem ali juntos e se apoiarem.

Ele não conseguiu dormir não conseguiu conciliar o sono não conseguia parar de pensar nas coisas que ela tinha falado, pegou o telefone e ligou para casa do pai mesmo sendo de madrugada e descobriu através de Lúcio que o tio não estava mais lá e nem tinha ficado em hotel algum que tinha se despedido naquela noite e ido embora.

Heriberto tremeu o seu corpo inteiro sentindo tanto ódio daquele homem maldito como alguém podia ter tocado o seu amor como alguém podia ter feito mal a uma pessoa tão boa e simples como Victória e ele chorou porque ele não queria ser mais alguém para magoar seu amor. Vick tinha o sono conturbado e hora ou outra se agarrava mais a ele e soluçava um choro como se tivesse tendo um pesadelo.

Ele ficou com ela, beijando, abraçando e apoiando até que o dia amanheceu sem que ele se movesse dali quando ela acordou, ele a olhava nos olhos ela o olhou e sentou na cama arrumando os cabelos.

‒ Amor, você está com dor? ‒ ele suspirou e sentou na cama.

‒ Não, não estou! ‒ ela levantou. ‒ Tem que buscar as crianças na casa da sua mãe.

‒ Eu vou, se deita e descansa, eu vou trazer seu café! ‒ ele disse amoroso com ela. ‒ Amor, preciso que me conte como foi. ‒ Victória sentou na cama o olhou e contou a ele exatamente como foi não escondeu nada. ‒ Meu Deus ... amor. ‒ ele tocou o rosto dela sabia que Vitória estava muito magoada.

‒ Eu não sou uma qualquer e muito menos me insinuei para ele, eu não sou uma vagabunda!

‒ Claro que não, Victória! ‒ ele falou convicto do que dizia por que em momento algum tinha duvidado da palavra dela. Segurou as mãos de sua esposa com carinho ela era tão frágil tão doce. ‒ Meu amor eu sei que você não fez nada ele é um canalha. ‒ ela foi até ele e se agarrou novamente a seu corpo.

‒ Eu quero ir na polícia!

‒ Nós dois vamos agora, amor, e vamos fazer a denuncia! ‒ ele suspirou e tocou o rosto de sua esposa com amor. ‒ Vamos agora...

E nada mais foi dito, os dois se banharam e se arrumaram saindo em seguida, silenciosos, ele de mãos dadas com ela e foram à delegacia e fizeram tudo que era necessário para a denúncia ser realizada. Heriberto acompanhou todos os passos junto a ela e depois os dois foram buscar as crianças. A mãe dele foi gentil e liberou os dois que estavam eufóricos e queriam os pais.

Quando chegaram em casa eles ficaram com a babá, Vick subiu para o quarto e depois de um novo banho deitou na cama e como a babá não conseguiu conter as crianças elas foram para o quarto e Vick deixou que elas ficassem e os colocou na cama os agarrando a ela.

Heriberto não tinha dormido, estava com ela na cabeça, e se deitou na cama com eles, abraçou os filhos que foram correndo agarrar ele e depois Melissa ficou com ele e João com Vick. Heriberto a olhou com amor. Vick beijou os dois muito e depois de muita conversa e eles contando o que tinham feito com a avó eles pegaram no sono junto a Victória que agarrava João com uma mão e segurava em Melissa com a outra.

Heriberto se abraçou a eles e juntos dormiram.


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