Seth

 

 

 

Passaram-se três dias desda quela confusão que Quil descobriu que a pequenina iria embora. Hoje ele estava ainda mais triste que nos outros dias. Por que? Por que ela iria embora justamente hoje. Resolvemos ir com ele até o aeroporto para nos despedirmos da Claire, todos nós.

 

- Quil!! - Claire exclamou e correu para ele assim que o viu. Ele se abaixou para poder abraça-la. A gente tinha acabado de chegar no aeroporto. Quil finalmente sorriu, só em estar perto dela. Parecia que ele não queria solta ela. Nem eu ia querer se estivesse no lugar dele. Só em pensar nisso eu tremo. Abracei forte a Lena que estava ao meu lado.

 

- É tudo minha culpa, não é? - ela disse baixo.

 

- Não, Lena. Você o ajudou. Quem sabe para onde eles iriam se vocês não tivessem cedido a casa. Talvez eles nunca mais se vissem. Assim pelo menos ele sabe onde ela vai esta. - disse baixo. Vi a Emily ir falar com a irmã. Sam a acompanhou.

 

- Quil, eu não quero ir embora sem você. - a pequena disse triste ainda abraçada a ele.

 

- Eu sei. Mas não se preocupe, a gente vai se ver. - ele afirmou. Ela passou a mãozinha no nariz para limpar, estava escorrendo.

 

- Você não quer mais ser meu amigo? - Claire perguntou. Ela esta achando que ele não gosta mais dela? Quil olhou para ela.

 

- Eu sempre vou ser seu amigo, Claire. Sempre! Você vai sempre ser a minha baixinha preferida. E minha melhor amiga. - ele disse tentando fazer ela se animar. As garotas estavam com os olhos marejados, até mesmo a Leah estava triste.

 

- Mas com quem eu vou brincar na nova casa? Eu não tenho amigo lá. - ela disse triste. - Vem comigo, Quil. - ela pediu.

 

- Eu não posso... não posso. - a voz dele embargou. Ele estava se esforçando para parecer que estava bem.

 

- Claire, temos que ir. - o pai dela disse se aproximando.

 

- Espera só mais um pouco. - Quil pediu. Ele olhou para todos nós.

 

- Dez minutos. - ele disse secamente e se saiu de perto. Nunca entendi o por que os pais dela não gostavam dele, ou da amizade dos dois, Claire sempre fica feliz perto dele. Quil pegou uma sacola que estava ao lado dele e entregou para Claire.

 

- O que é isso? - ela perguntou pagando a sacola.

 

- Abre. - ele disse tentando sorri. Ela abriu e pegou o que tinha la dentro. Era um lobo de pelúcia, o lobo era da cor do quil. Onde ele achou isso? Claire sorriu ao pegar o lobo.

 

- Que lindo, Quil. É meu? - ela abraçou o lobo.

 

- Sim, é só seu. - senti que ele não estava só falando do lobo de pelúcia. - Sempre que você estiver triste ou quiser conversar é só abraçar bem forte ele que eu vou saber que você quer falar comigo.

 

- Mas como você vai saber? - ela perguntou.

 

- Ele vai me contar. Nós somos muito amigos. - ele deu um leve sorriso. Claire olhou rapidamente para o lobo e voltou a olhar para o Quil.

 

- Eu posso ser amiga dele também?

 

- Deixa eu pergunta. - ele pegou o lobo das mãos dela. - Chocolate, a Claire quer ser sua amiga. Você quer ser amiga dela? - Quil perguntou e colocou o focinho do lobo na direção da orelha dele. Ele estava fingindo estar prestando atenção no que o lobo “dizia”. - Esta bem, vou pergunta a ela. - Quil disse a lobo. Claire estava com a mãozinha na boca esperando ansiosa pela responta. - O Chocolate disse que quer ser seu amigo, mas ele falou que você tem que cuidar muito bem dele. Você vai cuidar?

 

- Sim, vou dar banho, comidinha, vou colocar ele para dormi e contar muitas histórinhas. - ela disse. Ele sorriu.

 

- Ouviu isso, Chocolate? Você vai esta melhor do que eu. - Quil disse olhando para o lobo. - Quer trocar de lugar? - ele brincou.

 

- Vamos, Claire. Temos que ir. - o pai dela disse voltando. Ele pegou ela no colo.

 

- Mas eu não quero ir embora, pai. - ela choramingou pegando o lobo. Quil se levantou. Doía ver a dor que Quil estava sentindo.

 

- Nós já conversamos. - o pai dela disse. - Adeus a todos. - ele falou antes de começar a andar com a pequena no colo.

 

- Quil! - ela gritou. - Não quero ir, Quil! - ela já estava chorando. - Não deixa eu ir! - ela continuou gritando enquanto os pais dela continuavam andando. - Por favor, eu vou ser boazinha. - ela estava com os bracinhos esticados na direção do Quil. Ele fechou os olhos e começou a tremer, mas não por que ia se transformar, e sim por que ele estava chorando. - Quil, não me deixa! - foi o último pedido dela antes deles saírem das nossas vistas. Quil desabou ajoelhado no chão e começou a chora, mas dessa vez para valer.

 

Lena me abraçou colocando o rosto em meu peito. Ela também estava chorando. Na verdade todas elas estavam, os rapazes estavam abraçando elas, estava sendo difícil para a gente também. Olhei para Leah, ela estava com um olhar triste em cima do Quil. Emily ainda estava olhando na direção que eles foram, Sam estava abraçado a ela.

 

- Vamos cara, ela já foi. - Embry encostou no ombro dele. Quil se levantou rapidamente e se afastou dele.

 

- Preciso ficar sozinho. - ele avisou indo embora, ele estava saindo do aeroporto.

 

- Deixa ele ir, Embry. Depois ele vai para casa. - Jake disse. Bella estava em seus braços.

 

- É melhor todos nós irmos. - Sam falou começando a andar com a Emily.

 

- Vamos, Lena? - perguntei. Ela concordou balançando a cabeça.

 

Voltamos para casa em silêncio, Lena foi a que menos falou durante o dia, acho que ela estava se culpando pelo que aconteceu. Só vimos o Quil no dia seguinte, ele ainda estava chateado ele quase não falava, nunca vi ele assim.

 

 

 

Alguns dias depois...

 

 

 

Lena recebeu um email da vó Susan dizendo que ela já tinha resolvido as coisas e também tinha acomodado a família da Claire, e com isso ela chegaria em La Push no dia seguinte logo pela manhã.

 

Foi isso que animou um pouco o pessoal. Principalmente Sam e Lena. Todos nós acordamos cedo, como no dia que recebemos Lena, mas agora iriamos receber a vó Susan. Dava para senti como a Lena estava feliz conversando com o pessoal. Mas infelizmente a nuvem negra estava disposta em continuar sobre a gente...

 

Percebi que tinha alguém parado na porta, olhei e vi que era o Jake. Ele parecia uma estatua, nem piscava. Sam também percebeu.

 

- Jacob, você esta bem? - Sam se levantou. Jake estava olhando fixamente para Lena.

 

- Lena... - Jake hesitou. - Qual era o vôo que a sua vó ia vir? - ele perguntou receoso. Ela pensou por um momento.

 

- Hum... acho que é o 168, não lembro, por que? - ela quis sabe. Jake abaixou um pouco a cabeça e passou a mão pelo cabelo curto. Ele estava visivelmente nervoso.

 

- Jake. - Bella o chamou. Parecia que ela preocupada, não só ela, mas todos nós.

 

- Liguem a TV e coloquem no canal do jornal. - Jake pediu. Ninguém estava entendendo nada. Jake estava... triste? Emily se levantou e ligou a TV.

 

* Hoje pela manhã explodiu o avião do voou 168, ele tinha acabado de decolar quando houve um problema em seu motor.* - a apresentadora do jornal deu a notícia. Apareceu a imagem do avião explodindo. Lena cambaleou para trás. Eu a segurei.

 

Sam colocou a mão na cabeça. Sentir a Lena tremer. A respiração dela estava acelerada. Ela se desencostando de mim e saiu correndo da sala. Eu fui a trás. A ela foi até o banheiro, mas fechou a porta assim que entrou. Droga, ela esta vomitando! Tentei abrir.

 

- Não entra! - ela tentou falar antes de vomitar novamente.

 

- Lena, deixa eu te ajudar. - pedi.

 

- Não, é nojento. Sai daqui. - ela vomitou de novo. Ela estava vomitando muito.

 

- Eu não me importo com isso, deixa eu entrar. - pedi, a porta não estava trancada, mas eu não podia entrar sem ela deixar. Ouvi o barulho da descarga e logo em seguida da água na pia. Acho que ela acabou. - Posso entrar? - perguntei. Ouvi ela chamando meu nome baixo e logo em seguida um barulho de alguma coisa caindo. - Lena! - a chamei. Ela não respondeu, então resolvi entrar afinal ela me chamou. Meu coração gelou assim que entrei. Ela estava pálida e caída no chão. - Sam! A Lena desmaiou! - eu o chamei me jogando sentado no chão do banheiro para pega-la.

 

- Lena! - Sam exclamou entrando no banheiro alguns segundos depois. Ele a pegou dos meus braços, e a levou até o sofá na sala. - Lena, acorda! - ele a sacudiu mas ela não se mexeu. O pessoal estava em volta do sofá. - Emily, o álcool! - ele pediu. Ela correu para pegar. - Acorda, Lena. Não faz isso comigo. - Sam a chamou de novo. Emily trouxe o álcool em um pedaço de pano e Sam passou próximo ao nariz dela. Lena demorou a despertar, mas acordou.

 

- O que esta acontecendo? - Lena ainda estava sonolenta. Ninguém respondeu. - Vó! - ela sentou de repente, ela tentou levantar, mas não conseguiu. - Ai, minha cabeça.

 

- Você deve ter batido a cabeça quando caiu. - eu avisei. Ela me olhou.

 

- Eu quero ir para o meu quarto. - ela pediu baixo. A voz dela estava embargada. Olhei para o Sam, ele assentiu.

 

- Vem Lena. - eu a peguei colo e levei ela para o quarto. Não queria vê-la assim. Se eu pudesse diminuir essa dor. Sentei na cama e coloquei ela em meus braços. Ela estrava chorando baixo. Sam apareceu na porta do quarto.

 

- Lena. - Sam a chamou colocando a mão em seu ombro. Ela estava com os olhos fechados me apertando com força. Não suportava ver a minha Lena assim. Sam sentou no canto da cama da Lena, acho que ele não sabia o que fazer.

 

- Ela não embarcou, eu sei que não. Deve ter acontecido alguma coisa, ela deve ter se atrasado, ela sempre se atrasa. - Lena disse baixo com o rosto em meu peito. Eu a apertei. Queria muito que isso fosse verdade.

 

- Lena, seu celular esta com a luz piscando. - Quil avisou. Não tinha reparado que o pessoal já estava na porta olhando para gente. O celular estava na mesinha perto da gente. Eu peguei, estava avisando que tinha mensagem.

 

- Seth, vê para mim, não quero ver. - ela pediu ainda me abraçando. Eu abri o celular e vi a mensagem, era da vó dela.

 

- É da sua avó. - avisei. Ela levantou a cabeça apoiando o queixo em meu peito. Os olhos dela estavam avermelhados.

 

- Lê para mim, por favor. - ela pediu e voltou a colocar o rosto no meu peito. Abri a mensagem.

 

LENA, MINHA QUERIDA

ACABEI DE EMBARCAR NO AVIÃO,

ESTOU COM SAUDADES.

ATÉ DAQUI A ALGUMAS HORAS, MINHA LINDA.

DÊ UM ABRAÇO NO SAM.

 

VOVÓ SUSAN.

 

Li em voz baixa. Como eu ia da a pior notícia da vida da minha Lena? Não podia. Sam estava esperando eu ler. Resolvi entregar o celular a ele. Sam também leu em voz baixa. Ele fechou os olhos e abaixou a cabeça assim que terminou de ler.

 

- Seth, ela não embarcou, não foi? Ela mandou a mensagem avisando que se atrasou e que acabou perdendo o voou, não foi? - Lena voltou a me olhar como fez a alguns minutos a trás. As lágrimas estavam escorrendo em seu rosto. Olhei para o Sam, ele estava chorando em silêncio. Emily, que estava parada na porta, foi até ele e o abraçou. Voltei a olhar para Lena.

 

- Lena, meu amor... - como eu ia dizer isso a ela? - Lena, ela embarcou no avião. Eu sinto muito. - eu disse baixo. Foi a pior coisa do mundo ver o olhar de tristeza que ela fez. Ela fez uma careta de dor segurando em minha camisa e colocou o rosto de novo no meu peito. Eu pensei que ela ia fazer um escândalo, mas não. Ela chorou em silêncio, como o Sam.

 

 

 

Algumas horas depois...

 

 

 

Passamos a tarde na sala assistindo a todos os jornais possível para ver se tinham novidades sobre os passageiros. Ester, Billy e minha mãe vieram para cá assim que Billy contou a eles o que havia acontecido. Charlie ligou para minha mãe avisando que viria depois do trabalho. Ouvi o celular da Lena tocar, ela estava no meu colo, não soltei mais dela depois que soubemos.

 

- Seu celular esta tocando. - avisei passando a mão no cabelo dela. Ela desencostou a cabeça e olhou para mim. Ela estava abatida.

 

- Será que... - Lena estava com esperanças de ser a avó.

 

- Não sei. - não quis deixa-la mais esperançosa. - Quer que eu pegue o celular para você?

 

- Por favor. - ela pediu, eu a coloque sentada no sofá. Corri até o quarto e peguei o treco barulhento. - Obrigada. - entreguei o celular.

 

- Alô? - ela atendeu.

 

_Até que enfim Lena, estamos preocupados, como você esta? - disse uma garota escandalosa do outro lado da linha. Provavelmente é a Tina.

 

- Tina? - Lena perguntou para ter certeza.

 

_Claro que sou eu, quem você pensou que... ah, me desculpa amiga. Eu sou uma insensível. Me perdoa, amiga. É que eu estou preocupada, me desculpe. Não fiz por mal. - acho que ela se tocou que a Lena tinha esperança de ser sua avó. Ouvi alguém puxar o telefone da mão da garota.

 

_Lena. Eu sinto muito. Sinto mesmo, você sabe o quanto eu gostava da vó, não sabe?

 

- Eu sei, Jordan. Obrigada. - ela tentou sorri. Ouvi alguém pedir para falar também.

 

_Olha, a Sandra quer falar com você. Lena, eu sinto muito. - ele passou o telefone.

 

_Minha lindinha. Eu sinto tando querida. - a senhora do outro lado do telefone começou a chorar. - Me desculpa por chorar. Eu queria tanto esta aí com você, minha querida. - Lena voltou a chorar. - Você esta precisando de alguma coisa? Se estiver pode falar, nós damos um jeito de entregar aí.

 

- Não Sandra, muito obrigada. - Lena agradeceu. O pessoal também estava prestando atenção na conversa.

 

_Lena, é o David que esta falando. - um senhor falou. - Estamos no aeroporto tentando ver se resolvemos as coisas por aqui para você. Esta uma bagunça isso aqui, mas vamos resolver, fique tranquila.

 

- Agradeço pela ajuda de vocês. - ela disse baixo com a voz embargada.

 

_Lena, não chore, minha pequena. - achei que ele fosse chorar também. - Você quer voltar para casa, quer ficar com a gente? - ele perguntou. Lena abaixou a cabeça. Meu coração apertou ainda mais.

 

- Não sei.

 

_Lena, é a Sandra novamente. Pense bem, querida. Pense com carinho, nós te amamos.- eles estavam querendo tirar a minha Lena de mim?

 

- Eu vou pensar. Prometo.

 

_Nós vamos desligar agora. Mas qualquer coisa, me liguei que eu vou te buscar, esta bem? - David disse.

 

- Esta bem. Muito obrigada, amo muito todos vocês.

 

_Te amo amiga, qualquer coisa me liga. Vamos esperar por noticias suas. Não fica triste vai dar tudo certo.

 

_Lena, volta para casa. Te amo, linda. Pensa aí, beleza? Tchau. - Jordan foi o último a falar antes deles desligarem. Esse papinho de “te amo” desse tal de Jordan estava começando a me aborrecer.

 

- Eu vou para o quarto. Me avisem se tiver alguma noticia, por favor. - Lena pediu ao pessoal e se levantou.

 

- Quer que eu fique com você? - perguntei. Mas na verdade queria pedi para ficar com ela.

 

- Não estou sendo uma boa companhia para ninguém no momento. Não quero que você fique triste, Seth. - ela disse baixo. Eu me levantei coloquei a mão em seu rosto.

 

- Então me deixa ficar com você. Eu fico melhor quando estou com você. - confessei. Ela me abraçou forte. Eu a levei para o quarto, ficamos deitados em silêncio. Estava sendo muito difícil vê-la desse jeito.

 

 

Lena

 

 

 

Eu queria dormi, dormi e nunca mais acorda. Queria morder uma maçã envenenada ou fazer qualquer outra coisa que acontece nos contos de fada. Possivelmente a minha dor passaria.

 

Seth estava deitado de frente para mim, eu estava tentando ao máximo não transparecer o que eu estava sentindo, eu sabia que ele estava preocupado. Não queria que ele ficasse assim. Mas estava difícil, a dor estava muito forte.

 

- Quer tentar dormi? - Seth perguntou passando a mão em meu rosto. Como ele sabe que eu precisava disso? Concordei balançando a cabeça. Ele me puxou para eu encostar nele. - Facha os olhos, eu vou cuidar de você. - ele disse enquanto acariciava meu cabelo. essa foi a melhor parte do dia, ou talvez a única parte boa. Fechei os olhos, não demorou muito para eu dormi.

 

O dia estava lindo e ensolarado, eu estava em um campo cheio de flores coloridas. O cheiro estava tão bom. Percebi que tinha uma senhora colhendo algumas flores, ela estava de vestido branco com um lindo chapéu de palha. Ela parecia com....

 

- Vó?! - chamei. Ela me olhou e sorriu.

 

- Minha querida, que bom que você chegou, eu estava com saudades. - minha avó disse vindo até mim. - Você esta tão linda. - ela disse me olhando. Eu me olhei também, eu estava com um vestido branco igual ao dela. - Vem comigo. - ela segurou na minha mão e começou a andar.

 

- Para aonde nós vamos vó?

 

- Não se preocupe minha querida, vai ficar tudo bem. Vou cuidar de você. - ela disse, soutou a cesta com as flores e começou a andar rápido. - Vem, minha linda. Vem com a vovó! - ela disse sorrindo lindamente. Ela estava tão alegre, tão feliz. Eu sorri também, a dor que eu estava sentindo já tinha passado.

 

 

 

Seth

 

 

 

 

Eu ainda estava na casa do Sam, já tinha anoitecido, passei o dia todo la. Eu só ia embora quando visse que a Lena estava bem. Minha mãe e os outros foram embora assim que Charlie apareceu. Senti um aperto no coração de repente.

 

- Que cara é essa Seth? - Embry perguntou. Estávamos na sala.

 

- Não sei, estou me sentindo estranho. - respondi.

 

- Estranho, como? - Jake perguntou.

 

- Como se estivesse acontecendo alguma coisa.

 

- E esta acontecendo, se você não percebeu a vó do Sam e da Lena morreu hoje. - Paul comentou. Rachel cutucou ele.

 

- Não é isso. - eu disse. A dor estava ficando mais forte. - Acho que vou ficar um pouco com a Lena. - disse me levantando. Devo esta sentindo falta dela. Fui a té o quarto dela. Bati de leve na porta, mas ela não respondeu, devia ainda esta dormindo. Entrei de vagar para não acorda-la. Cadê a Lena? A cama dela estava vazia. Fui até o banheiro, mas ela também não esta la. Merda! - A Lena sumiu! - gritei. Sam saiu de dentro do quarto.

 

- Sam, a Lena sumiu. - eu disse de novo. O pessoal foi atá aonde a gente estava.

 

- Já procurou no banheiro? - Sam perguntou. Ele estava com os olhos inchados.

 

- Acabei de sair de la. - respondi. Sam colocou a mão na testa e fechou os olhos. Ele devia estar confuso.

 

- Vamos nos dividir igual a primeira vez. Embry, Matt e Qui vão procura-la de moto, o restante vai procurar na floresta comigo e com Sam. - Jake tomou a frente. Ele devia ter percebido que Sam não estava bem. Saímos todos juntos da casa, as garotas ficaram caso ela volte. Os rapazes foram o mais rápido possível pegar as motos, Matt saiu com a moto da Lena para ir mais rápido. E nós fomos o mais rápido possível para a floresta.

 

“Vamos fazer a mesma divisão de antes. Jared vem comigo, Paul vai com o Sam e Leah, fica com o Seth.” - Jake continuou no comando. Sam ainda não estava muito bem.

 

“Seth e eu vamos procurar pela praia. Ela estava mais ou menos perto de la da ultima vez.” - Leah avisou assim que trocamos.

 

“Tudo bem.” - Sam respondeu. “Vamos Paul!” - ele disse voltando ao normal, ou tentando. Eles começaram a correr, Jake e Jared foram para o outro lado. Leah e eu fomos para praia, acho que ela estava certa, estava sentindo o cheiro da Lena por ali.

 

“Acho que ela esta por aqui, estamos sentindo o cheiro dela.” - avisei ao pessoal.

 

“Estamos indo, Seth.” - Sam avisou. Senti eles se aproximando. Continuei a procurar por ela. O cheiro dela foi ficando mais forte, Leah e eu já estávamos perto do penhasco.

 

“Ai não!” - Leah exclamou. Era a Lena, ela estava na beira do penhasco mais alto. “Ela vai pular.” - Leah avisou enquanto corríamos para lá. Mas não podíamos nos aproximar muito, ela poderia nos vê, ficar com medo e cair. Então tivemos que continuar escondidos.

 

“Sam!” - gritei, não sabia o que fazer.

 

“Estou chegando.” - ele respondeu. Dava para sentir eles pisando na terra.

 

Estava ventando muito os cabelos dela estavam voando como se estivessem vivos. Eu queria ir tira-la de la, mas precisava do comando. A Lena começou a se mover no penhasco.

 

“Sam, ela vai pular!” - gritei tarde de mais, ela pulou.

 

“Seth, vai!” - Jake ordenou. Corri o mais rápido que pude, eu ia tentar segura-la, mas não deu tempo, ela já tinha pulado.

 

- AAAAAAHHHHHH!! - ouvi o grito de desespero da Lena assim que cheguei na beira do penhasco, mas não parei, pulei como lobo e troquei durante o pulo. Nunca tinha feito isso antes, provavelmente foi o desespero.

 

 

 

 

Continua...