Caminhos Entrelaçados escrita por zariesk


Capítulo 8
Capitulo 08 – De Volta ao Lar.


Notas iniciais do capítulo

Aê galera! Presentão de natal: capitulo fresquinho pra vocês!!
.
Eu estou muito feliz, o anime confirmou um monte de coisas que eu já idealizei, e o mangá mostrou a Sumire apaixonada pelo Boruto!!
Com tudo isso a empolgação foi a mil, nem podia esperar pra concluir e postar logo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/743938/chapter/8

 

Capitulo 08 – De Volta ao Lar.

— Finalmente voltamos! – dizia Moegi empolgada por ver os prédios de Konoha ao longe.

— Após alguns imprevistos finalmente voltamos – dizia Udon olhando pra trás.

— de-desculpe – disse Sumire meio constrangida.

Ela não tinha culpa por um grupo persegui-la e causar toda essa confusão, mas Sumire se sentia culpa por causar problemas pra seus amigos depois disso, foram dois dias perdidos apenas para faze-la recuperar a memoria e retomar sua personalidade, isso significava atraso para os jounins que são muito ocupados.

Após atravessarem uma área florestal eles chegaram na estrada que leva direto para a vila, muitas caravanas e viajantes solitários iam e vinham da vila, sendo um novo polo comercial Konoha recebia milhares de visitantes por dia, turistas também vinham às centenas para ver os pontos de interesse da vila, ou ainda pela chance de talvez ver o herói que salvou o mundo.

E foi justamente quando aproximaram-se do portão que o herói da vila apareceu, Naruto que estava de pé sobre o grande muro que cerca a vila saltou em direção ao chão, os gennins até se assustaram quando ele apareceu assim de repente, as pessoas que estavam entrando ou saindo da vila tentaram ir até ele mas os chuunins que cuidavam do portão impediram que cercassem o Hokage.

— Bem-vindos de volta à vila – cumprimentou ele – vocês devem estar cansados, mas há alguns assuntos para discutir, os jounins podem ir ao meu escritório, o meu bunshin está esperando lá.

Os jounins acharam isso um pouco estranho, Naruto evitava deixar os bunshins cuidarem do trabalho principal, geralmente ele só delegava tarefas menores para os clones, então se ele deixou um bunshin cuidando do escritório significa que havia algo mais importante para cuidar pessoalmente, seguindo as ordens eles foram relatar no escritório.

— Quanto a vocês eu gostaria de ter uma conversa – dizia ele para os gennins – mas aqui tá meio tumultuado, vamos lá pra cima.

Naruto saltou primeiro em direção ao topo do muro, os gennins meio que hesitaram um pouco pois estavam receosos do que poderia acontecer, mas essa hesitação só levou alguns segundos e eles logo estavam correndo pelo muro em direção ao topo, Naruto aguardava por eles sentado na beirada olhando pra vila como se estivesse vigiando-a, isso até eles chegarem.

— E aí velhote? O que foi agora? – disse Boruto num tom de tédio.

— Mas você... ah deixa pra lá, isso era algo que eu queria tratar com todos vocês – respondeu Naruto após suspirar – eu tenho certeza que já sabem, mas eu tenho que frisar isso, a situação e as informações sobre a Sumire são classificadas como rank-S, é estritamente proibido falar sobre isso.

A classificação parecia alta demais pois rank-S seria um segredo de estado, mas quando se parava pra pensar fazia sentido, Sumire carregava informações sobre como criar uma arma de destruição em massa, e ela própria poderia usar essa arma sob certas circunstancias, sem falar que o gozu tennou seria a ultima vergonha produzida pelas sombras da vila.

— Entendido Hokage-sama, ninguém falará sobre isso – disse Sarada cortando o silêncio mórbido.

— Você não vai prende-la de novo não é? – perguntou Boruto com uma certa raiva na voz.

— Boruto-kun, por favor... – pedia Sumire tentando evitar que ele brigasse por causa dela.

— Do que me adianta prender alguém que não fez nada? – respondeu Naruto como se fosse obvio – embora eu tenha assuntos a tratar com ela.

Naruto conversou um pouco mais com eles explicando algumas coisas, ele disse que agora Namida e Wasabi também deveriam zelar pela segurança da Sumire, as duas concordaram satisfeitas mesmo que Sumire dissesse que não queria prejudica-las.

Depois ele deu uma bronca no Boruto por agir por conta própria arrastando seus colegas, mesmo que eles tenham se voluntariado para a missão, quando Boruto ia protestar Naruto o fez se calar e também falou sobre ele ter feito o que achava certo.

— Regras são importantes, mas elas não são absolutas e nem devem estar acima do que realmente é importante – explicava Naruto – abandonar os amigos para seguir regras é o pior crime que um shinobi pode cometer, apenas tenha em mente que você não deve pular de cabeça nessas coisas.

— Tá tá, beleza – respondeu Boruto entediado.

— E você Shikadai, você não errou em tomar sua decisão – disse Naruto olhando pro jovem Nara – ajudar seus companheiros é importante, mas você não deve sacrificar outros para isso, você fez bem em concluir que essa missão era perigosa demais.

— Isso não é meio contraditório Hokage-sama? – perguntou Shikadai.

— Não é contraditório, você deve fazer aquilo que acredita ser mais certo, mesmo que as vezes não pareça – explicava ele – se vai violar as regras para fazer o que acha correto deve assumir a responsabilidade, avaliar os riscos e não fazer com que você mesmo ou outras pessoas lamentem a decisão, nunca faça algo do qual vai se arrepender depois.

Ele dispensou todos exceto Sumire, Boruto ainda olhou para a garota como se estivesse hesitante em deixa-la sozinha, mas quando ela lhe devolveu o olhar Boruto baixou a cabeça e desceu do muro, quando ficaram sozinhos Naruto pediu para ela sentar do seu lado, Sumire meio vermelha de vergonha sentou próxima ao Hokage.

— O que eles pegaram de você? – perguntou Naruto.

— Acho que... tudo – disse ela triste.

— Então com isso eles poderiam fazer outro gozu tennou? – perguntou Naruto.

— Eu não sei, mesmo para o meu pai levou anos desenvolvendo – respondeu ela – pode ser que nunca consigam recriar, ou poderiam levar anos, mas também é possível que um gênio consiga em pouco tempo.

— Então eu acho que você deveria aperfeiçoar suas habilidades e seu controle sobre o Nue – sugeriu Naruto – pois existe a possibilidade de precisarmos do seu poder para proteger Konoha.

— Proteger Konoha... com o meu poder? – perguntou ela surpresa.

— Sim, veja o meu caso por exemplo, a kyuubi deveria ser uma arma de destruição – dizia Naruto – mas eu e Kurama somos hoje aqueles que protegem Konoha, eu acho que você e o Nue podem fazer o mesmo.

A ideia passou pela cabeça dela de uma forma meio infantil, ela se imaginou montada no Nue protegendo Konoha contra ninjas inimigos, enquanto as pessoas finalmente a reconheciam e aceitavam a criação do seu pai, de certa forma isso daria descanso a sua alma e a fez sorrir.

— Eu vou dobrar os esforços para capturar o Hogo, precisamos pega-lo antes que ele tenha tempo de fazer algo – dizia Naruto – eu vou montar uma equipe para pesquisar os traços do gozu tennou, talvez sua ajuda seja necessária nisso.

— Eu farei tudo o que puder – respondeu ela com convicção.

— Eu conto com isso, agora acho melhor você ir pra casa descansar – pediu ele – além disso o seu time e o do Boruto vão pegar suspensão de três dias.

— Por causa do incidente? – perguntou ela preocupada.

— Não, embora eu esteja feliz ainda assim os dois times violaram as regras – explicou ele – com ou sem bons resultados uma violação precisa ser punida.

Ela ficou chateada que os dois times foram punidos por sua causa, mas ainda assim ela compreendia o lado do Hokage, os dois times correram enormes riscos para salva-la e ainda por cima abandonaram sua missão original, ela nunca teria se perdoado se algum deles morresse por causa dela.

— Muito bem, eu tenho que voltar pro escritório – dizia Naruto levantando – vá direto pra casa, você teve um dia difícil.

— Como quiser Hokage-sama – respondeu ela.

— E mais uma coisa, não foi sua culpa o que aconteceu, não pense que precisa pagar por isso – avisava ele – viva sua vida normalmente, eventualmente os seus pecados e os do seu pai serão compensados com seu trabalho duro.

— Eu entendo, farei o meu melhor no tempo certo – respondeu ela.

Naruto já de pé sumiu quase que instantaneamente, na verdade ele estava se deslocando em alta velocidade para o seu escritório, depois que ele se foi Sumire também levantou-se, ela precisava descer o muro para depois tomar o caminho de casa, ao pensar nisso ela via o tamanho da diferença entre ela e o Hokage, alguém que pode fazer tudo isso tão facilmente.

— Acho que o leite na geladeira estragou... – pensava ela enquanto tentava decidir o que fazer com seus três dias de punição.

*************************************

— O que você está fazendo aí Boruto? – perguntou Sarada apoiada numa grade do 3º andar.

Boruto tomou um susto ao ponto de quase engasgar, depois de deixar o muro da vila ele separou-se dos outros e se escondeu, ficou em um beco de onde podia ver Naruto e Sumire no topo do muro, mas ao que parece Sarada havia notado logo sua ausência e o encontrado.

— Só estou de olho naquele velhote – dizia Boruto voltando a observa-los – eu não vou perdoa-lo se ele mandar a Sumire de volta pra prisão!

— Olha, eu não gosto de dizer isso, mas pelo que sei ela seria morta se revelasse um segredo assim – explicava Sarada – manda-la pra prisão seria um castigo até brando.

Boruto olhou pra ela com uma enorme raiva no olhar, ela apenas disse a verdade e mesmo assim sabia que o tinha irritado profundamente, de qualquer jeito ela não tinha nada contra Sumire e entendia a situação dela e de que ela não tinha culpa.

— Ela já passou por muita coisa, não merece ficar sendo tratada como criminosa – dizia Boruto voltando a vigia-la.

— Por que você se importa tanto com ela? – foi a pergunta que Sarada fez.

Boruto não respondeu mas pensou nisso, ele lembrou de como Sumire era na academia e depois a versão vingadora dela, de como pareciam pessoas completamente diferentes, mas o que o fez se mover foi o fato de que a Sumire vingadora estava sofrendo, após ver tanto sofrimento ele quis liberta-la daquilo de qualquer jeito, principalmente da solidão que a isolava mesmo quando cercada de amigos.

— Porque ninguém mais se importava – respondeu ele mantendo os olhos no topo do muro.

Boruto estava olhando pro muro quando viu seu pai sumir num flash, uns 10 segundos depois Naruto apareceu atrás do Boruto assustando-o, ele levantou a cabeça para olhar pra Sarada que rapidamente pulou pro lado do seu companheiro de time.

— Ainda estão aqui? Deveriam ter ido pra casa – dizia Naruto com um tom de quem já sabia.

— O que você vai fazer com ela? – perguntou Boruto lembrando das palavras da Sarada.

— A Sumire? Eu não vou fazer nada já que por três dias ela e seu time estão suspensos – explicou ele – e a propósito: o seu time também, principalmente você que levou todo mundo nessa.

— O que!? Mas você não acabou de dizer que...

— Certo ou errado você desobedeceu ordens e agiu por conta própria – Naruto apertava a cabeça dele com a mão – achou que não tinha consequências? Eu fazia isso direto e era sempre castigado!

— “Parece mais que tá descontando isso nele” – pensou Sarada olhando torto pra ele.

— Continue sendo amigo dela, ela vai precisar – dizia Naruto mudando de tom subitamente – as vezes só isso basta para nos salvar de nós mesmos.

Naruto sumiu antes que Boruto dissesse alguma coisa, as palavras dele foram um mistério para Sarada também, mas agora os dois tinham que se separar e cada um tomar o seu caminho, Sarada principalmente estava bem irritada por ter tomado uma suspensão, seria uma mancha eterna em sua ficha ninja, algo que ela não queria levar para quando se tornasse Hokage.

Mas Boruto andava distraído pensando em outras coisas, principalmente nas palavras do seu pai, quando sua cabeça cansou de pensar nisso ele decidiu que simplesmente continuaria fazendo o que já vinha fazendo.

******************************

(no dia seguinte)

— Você quer que eu seja sua mestra? – perguntou Tenten surpresa.

— Sim! Todas as pessoas disseram a mesma coisa – disse Namida determinada – que você seria a melhor escolha pra me ensinar.

Tenten coçou a cabeça como se estivesse tentando entender a situação, aquela menina da qual não tinha conhecimento bateu à sua porta e pediu para que ela a treinasse, depois Tenten cruzou os braços e ficou encarando a menina que parecia ansiosa por uma resposta.

— Por que você me escolheu? – perguntou ela.

— Porque eu adoro explosões! – respondeu a menina com os olhos brilhando.

— E COMO DIABOS EU ME ENCAIXO NISSO!? – gritou Tenten.

— Bem... me disseram que você era uma perita no uso de armas – dizia a menina meio constrangida – e que era especialmente habilidosa com armas incomuns.

Ela inclinou a sobrancelha pensando nisso, já que ela era péssima com ninjutsu e não era particularmente forte se especializou em usar armas, a medida que foi ganhando experiência começou a usar armas exóticas até domina-las, para o combate a distância sua pontaria era excepcional e ela por sua vez usava muito tarjas explosivas.

— Bom, eu meio que conheço um estilo adequado para você – dizia ela coçando a cabeça.

— Eba!! Eu sabia!! – gritou a outra pulando.

— Espera um pouco! Eu nem disse que concordava em te treinar! – respondeu Tenten nervosa – eu tenho um negocio pra cuidar, fora as missões!

Ao ver Namida quase chorando ela notou que a menina era meio volátil, de fato Tenten tinha um negocio para administrar, mas com a paz atual ela mal via um cliente por dia, além disso por ser uma veterana ela só era chamada pra missões realmente importantes, o que lhe deixava com um bom tempo livre na agenda, tempo não seria o problema pra treinar a menina.

— Você já disse por que me escolheu, mas por que você quer isso? – perguntou ela.

— Eu quero ser forte para proteger a minha amiga – respondeu Namida sem hesitação – ela sempre está me ajudando e me dando bronca, e recentemente eu não pude protege-la, eu nunca mais vou deixar isso acontecer!

Essas palavras imediatamente trouxeram lembranças para Tenten, após o fim da ultima guerra ela passou semanas deprimida pela morte do seu companheiro Neji, ela não se culpava pela morte em si já que estava em outro campo de batalha, mas ela imaginava se poderia salva-lo caso estivesse lá, se suas habilidades seriam suficientes para evitar aquela tragédia.

Após esse período ela pensou em desistir da carreira ninja e cuidar apenas de sua lojinha, mas foram seu companheiro de equipe e seu sensei que lhe motivaram a continuar lutando, se Gai que agora vivia numa cadeira de rodas não perdeu seu fogo por que ela deveria ficar deprimida? Seguir em frente melhorando foi o seu objetivo.

— Você tem sorte, eu estava mesmo querendo alguém pra me ajudar na loja – respondeu Tenten parecendo altiva – seu pagamento será o equipamento velho do deposito e aprender como usá-lo.

— Muito obrigada!! Você me salvou!! – gritou Namida pulando de alegria.

— “Ainda bem que não vou precisar paga-la” – pensou Tenten meio culpada – “a loja mal cobre seus custos, uma empregada agora seria impossível!”

******************************************

— Acho que é esse o endereço – dizia Wasabi olhando para uma bela casa.

Ela foi aproximando-se e viu um velho cachorro deitado e roncando na varanda da casa, pelo caminho que conectava o jardim com o quintal alguns cachorros bem novos corriam brincando despreocupadamente, então isso ajudava a confirmar que estava no lugar certo.

Wasabi sentiu sua impotência quando lutou contra alguém de nível jounin, como gennin ela era relativamente habilidosa, muitos elogiavam como aquela turma tinha o maior potencial dos últimos 10 anos, mas todo esse potencial era irrisório diante de uma jounin que tinha em seu sangue o talento pra matar.

Por isso ela decidiu que iria se aperfeiçoar e ficar mais forte, não só por ela mesma como também pelas suas amigas, após pesquisar um pouco Wasabi descobriu que o clã Inuzuka era muito forte com o estilo de luta que ela mesma prezava, por isso seria ótimo aprender com eles.

O problema é que não importaria o quanto ela pedisse, o clã Inuzuka nunca passaria suas técnicas para alguém de fora, então procurar o clã em si estava fora de questão, mesmo assim determinada ela procurou outra solução.

Wasabi não sabe dizer quando mas foi provavelmente na academia, ela ouviu Boruto falar do antigo time da sua mãe Hinata, o professor Shino era um deles e havia um outro do clã Inuzuka, Boruto comentou que esse Inuzuka estava separado do clã por algum motivo mas de vez em quando o visitava, ao lembrar disso ela teve uma ideia.

Então ontem a noite ela mandou um e-mail para Boruto enchendo o saco para ele perguntar onde esse Inuzuka morava, mesmo reclamando ele perguntou para sua mãe e depois enviou a resposta, agora ela estava aqui diante da casa que procurava.

— Eu sabia que tinha alguém aqui – dizia Kiba abrindo a porta – os moleques estavam muito inquietos.

Ela notou agora que os filhotes estavam latindo e tentando chamar a atenção dela, como estava distraída pensando nos seus planos não notou até que viu a porta se abrir, ao olhar para Kiba Wasabi tinha a certeza que ele acordara agora, ela meio que se sentiu agradecida por ele estar de roupão, seria terrivelmente constrangedor ele aparecer quase pelado.

— E então? O que você quer? – perguntou ele bocejando e coçando o cavanhaque.

— Ah! Eu vim pedir para você me ensinar os seus jutsus – disse ela finalmente reagindo.

A reação dele foi a mais inesperada possível, ela esperava ouvi-lo fazer perguntas ou fechando a porta na sua cara, mas vê-lo gargalhar como se tivesse ouvido uma piada não estava em seus planos.

— Menina, você nem sequer tem um cachorro, como espera que eu lhe ensine alguma coisa? – perguntou ele ainda rindo.

Ela ficou sem graça quando percebeu esse detalhe, todo o clã Inuzuka tem um ou mais parceiros caninos para lutarem juntos, se ela não tem um parceiro como faria pra usar os jutsus Inuzuka? Chegando a essa conclusão ela se sentiu muito idiota, até porque ela gostava mais de felinos do que de cachorros.

— Ora? Quem é essa menina linda? – perguntou uma mulher aparecendo ao lado dele de roupão.

— Her... Izumo Wasabi – respondeu ela se apresentando para aquela moça – eu queria aprender as técnicas Inuzuka.

— Eu sou a Tamaki, mas eu não acho que você seja compatível com ele – dizia Tamaki observando a menina bem de perto – na verdade eu acho que você combina mais comigo.

Wasabi ficou encantada com aquela mulher, ela tinha um ar completamente diferente do Inuzuka, na verdade mesmo ela em sua inocência infantil percebia que os dois eram um casal, mas não entendia como pessoas tão diferentes conviviam juntas.

— O que acha? Eu vou ensina-la no lugar do Kiba-kun – sugeriu Tamaki – a vovó também queria que eu lhe desse um bisneto para transmitir os jutsus, então seria como manter as técnicas do clã vivas.

— Isso não significa que vamos adota-la não é? – perguntou Kiba olhando estranho.

— Eu não sou órfã, eu tenho pais! – respondeu Wasabi contrariada.

De algum jeito Tamaki arrastou Wasabi para dentro para comerem juntos, elas conversavam animadamente enquanto comiam e Kiba só olhava, eles viviam juntos apesar de não serem casados, por isso era só curtição, mas agora meio que parecia que teria que dividi-la com outra pessoa.

*************************************

— Por que você está tão mal-humorado? – perguntou Hinata pondo a comida na mesa.

Ela dizia isso olhando pra cara fechada que seu filho tinha, na verdade ela sabia o motivo disso e tinha deixado ele de castigo sem poder jogar games por um mês, além disso por cima da suspensão ele tinha que cumprir algumas tarefas que a muito tempo não fazia, desde que parou de tomar castigos na academia.

— Eu ia recuperar o tempo perdido no nosso jogo online – reclamou Boruto.

— A propósito, quando sua amiga enviou o e-mail ontem, você não estava jogando não é? – perguntou ela.

Hinata perguntou com sua expressão de costume, mas Boruto sentia aquela aura mortal que ela só emanava quando seu lado severo despertava, ele engoliu em seco enquanto gaguejava a resposta.

— É claro que não mãe, eu só estava olhando meus e-mails de quando estava em missão – respondeu ele nervoso.

Quando a aura dele se acalmou a refeição foi posta, Himawari logo veio e sentou ao lado do irmão fazendo-o sorrir discretamente, Hinata logo notava que falar com sua irmã sempre fazia ele ficar tranquilo e feliz, ainda que se esforçasse em parecer o mesmo de sempre, antes que eles pudessem começar a comer alguém tocou a campainha, rapidamente Hinata foi atender enquanto Boruto beliscava algo em seu prato.

— b-bo-bom-dia, eu sou Kakei Sumire – disse a menina nervosa – o Hokage-sama está? Eu vim entregar algo a ele.

Hinata fez uma bela expressão ao vê-la, ela já tinha ouvido esse nome antes em algumas ocasiões, mas o mais importante era saber que era por ela que Boruto lutou tanto antes, sem responder a pergunta ela convidou Sumire pra entrar, o que ela fez muito hesitante.

Sumire nem sabia como tinha vindo parar nesta casa, enquanto arrumava suas coisas encontrou um velho caderno de anotações do seu pai, ela não sabia dizer o quanto ele podia ser importante ou não, teria entregue ainda durante a noite se não achasse que era imprudente andar com ele no escuro, por isso decidiu entregar pessoalmente logo cedo.

De sua casa para o escritório do Hokage ela estava na verdade mais próxima da casa dele, por isso ela decidiu passar lá primeiro, mas agora ela estava tremendo com a cabeça achando ter sido uma péssima ideia.

— Infelizmente o meu marido não está, mas se você deseja encontra-lo o Boruto pode leva-la – dizia ela – ele vai até o escritório do pai para receber seu castigo.

Sumire tentou dizer que não queria incomodar e podia ir sozinha, mas quando se deu conta já estava na sala de jantar, Boruto ao vê-la cumprimentou entusiasmado, Himawari mostrou uma grande satisfação em receber visitas, e a mesa cheia de comida fez o estômago da Sumire roncar, ela tinha saído de casa sem comer nada ainda.

— Por favor junte-se a nós, ainda nem começamos – dizia Hinata mostrando o lugar vago – quando terminarem podem ir juntos para encontrar o Naruto-kun.

— Mas isso...

— A comida da mamãe é a melhor, não faça cerimonia! – dizia Boruto convidando-a para sentar – você também vai receber castigo não é? Então é melhor ficar de barriga cheia.

Sumire não tinha nenhum castigo para receber, afinal ela não violou nenhuma regra, mesmo assim com a insistência do Boruto e sua mãe ela acabou sentando, mesmo morrendo de vergonha ela olhava para aquela mesa farta e ficava com água na boca, sua fome só piorava a situação.

— “O que é isso? Tudo bem que eu tenho economizado na comida” – pensava ela constrangida – “mas eu caí tanto assim para ser alimentada de repente?”

Hinata fez um prato e colocou diante dela, a menina sentiu aquele cheiro maravilhoso e tirou um pedaço para experimentar, com o choque que percorreu seu corpo logo ela estava comendo rapidamente enquanto estava sob o olhar satisfeito de toda a família Uzumaki.

— “Lá se vai a minha dignidade” – pensou ela chorando por dentro mas extremamente satisfeita por fora.

— Então você é uma colega do onii-chan? – perguntou Himawari empolgada.

— Hã? Sim, nós estudamos juntos – respondeu ela – “meu deus, que menina fofa!”

— Obrigada por aturar o meu filho travesso por tanto tempo – dizia Hinata quase se curvando – você era a representante de classe não é? Ele deve ter lhe dado muito trabalho.

— Mãe!! – disse Boruto em protesto.

— Não é verdade! O Boruto-kun não é esse tipo de garoto! – disse Sumire muito sem jeito – é verdade que as vezes ele começava alguma confusão, mas ele sempre tinha os seus motivos!

— Oh? Então todas as vezes que ele ficou de castigo era por uma boa causa? – perguntou Hinata olhando nos olhos do filho.

— Bem... na verdade... – Sumire ficou toda vermelha e não conseguia olhar diretamente para Hinata.

— Traidora... – disse Boruto botando a cara na mesa.

— Mas o importante é que ele fez bons amigos como você, e luta por eles – dizia Hinata feliz – esse é o caminho para ser uma pessoa direita, o resto a gente concerta depois.

Sumire sentiu como se Hinata conhecesse sua história, não seria estranho se o Hokage compartilhasse segredos com sua esposa, mas essa aceitação era tão boa que ela meio que se sentia parte da família.

Himawari a bombardeava com perguntas enquanto Boruto tentava ajuda-la a responder pra escapar logo, em certo momento a mais nova Uzumaki soltou uma bomba, ela perguntou se Sumire era a namorada do seu irmão, com essa pergunta Sumire entalou com um pedaço de comida ao ponto de mal conseguir respirar enquanto Boruto caía da cadeira com a cara no chão.

— Hima-chan, não pode fazer perguntas assim – dizia Hinata dando um leve jyuuken nas costas da Sumire – além disso ainda é muito cedo pra isso.

Com o leve tapinha que levou Sumire sentiu o chakra dela fluir das suas costas para seu peito, isso fez com que o pedaço de comida desentalasse da garganta, assim que pôde respirar de novo ela tomou fôlego recuperando sua cor, enquanto isso Boruto se recuperava do choque.

— Desculpe por isso, minha irmã apronta esse tipo de coisa – dizia Boruto nervoso e constrangido.

— tu-tudo bem – Sumire estava totalmente vermelha de vergonha.

— Então... vamos atrás do meu pai? – perguntou ele – você veio aqui pra dar algo a ele né?

— Sim, podemos ir – disse ela ainda tentando se recuperar.

— Venha nos visitar quando quiser, você é sempre bem-vinda – disse Hinata – aqui, leve uns bolinhos.

Os dois saíram daquela casa enquanto Hinata e Himawari acenavam pra eles, ambos levando uma sacolinha com bolinhos, por causa da pergunta da menina os dois estavam num silêncio mórbido que deixava a ambos ainda mais constrangidos, mesmo que tentassem quebrar o gelo de alguma forma.

— Você teve todo o trabalho de vir até aqui, mas o meu pai nunca está em casa – dizia Boruto suspirando.

— Ele está trabalhando pela vila – disse ela meio sem jeito – é um trabalho difícil.

— Sim, trabalhando pela vila – respondeu Boruto bufando.

Ela sentiu um leve rancor na voz dele, parte do seu treinamento era ler essas mudanças e se adaptar a elas para melhor se disfarçar, ela foi aperfeiçoando isso tão bem que conseguia ficar fora da vista dos seus colegas quando não estava envolvida em algo.

— Ele resolve os problemas de todo mundo, mas nunca está em casa – reclamava Boruto quase chutando o chão – ele podia fazer isso sem ser Hokage não podia? Então...

— Ele resolveu o meu problema – disse ela – trabalhou duro pra me dar uma segunda chance.

Boruto percebeu o quanto estava sendo egoísta, para livrar Sumire da pior pena possível seu pai trabalhou duro, convenceu quem não gostou da ideia e passou noites em claro avaliando se Sumire era uma ameaça ou não, Boruto sabia disso, mas ainda assim era difícil engolir que todos podiam contar com o Hokage menos o seu próprio filho.

Já Sumire entendia o lado dele, quando estava sozinha ela sempre chorava pela ausência dos pais, sua maior fraqueza que a fazia perder tanto tempo, o amor pelos pais a tornou uma vingadora, então o amor que Boruto sentia pelo pai se transformava em magoa por não tê-lo por perto, provavelmente toda essa magoa se transformava em felicidade quando podia passar um tempo com o pai, por isso mesmo dizendo essas coisas ele era o que parecia mais empolgado para chegar logo.

******************************************

— Esse é o lugar certo? – perguntou Izuri.

— Já estive aqui antes, pode acreditar – respondeu Hogo.

— É difícil imaginar que esse cara trabalha em um hospital – disse o outro olhando ao redor.

O lugar era um hospital púbico numa zona de uma cidade, ambos estavam em um país longe do país do fogo, precisaram fazer longas voltas para despistar os perseguidores, mas agora estavam livres para irem onde quisessem.

— Ah ele tem um trabalho oficial como médico, combina com ele – explicou Hogo enquanto andavam pelos corredores – é o que ele faz no porão que me interessa.

Os dois chegaram numa sala onde um médico estava sentado na mesa, ele atendia um paciente receitando remédios, ao ver os dois ele assinou a receita e desejou melhoras para o paciente que saiu naturalmente, Hogo e Izuri nem estavam preocupados em serem vistos, todos aqui só estavam preocupados em se curar.

— Eu voltei como havia dito – disse logo Hogo.

— Demorou um bocado não foi? – ironizou o médico.

— Tive que esperar uma boa oportunidade, que quase foi estragada por moleques – explicou o outro – mas o importante é que trouxe o que precisava.

O médico olhou para o grande pergaminho nas costas do Izuri, ao ver aquilo sabia que Hogo havia obtido os detalhes sobre o gozu tennou, na verdade aquele médico era um cientista do submundo com o qual Hogo mantinha contato.

— Excelente, vamos ao meu laboratório – sugeriu o homem se levantando.

Primeiro ele trancou a porta do seu consultório, depois foi até a estante de livros e puxou um mecanismo secreto, a estante então se moveu revelando um corredor longo pelo qual os três seguiram, em dado momento o corredor deu lugar a um lance de escadas que ia descendo para o desconhecido.

— Nunca estive nessa parte antes, você tem equipamentos bem avançados – comentou Hogo ao chegarem no laboratório.

— Investi um bom dinheiro nisso, felizmente meus clientes ocultos pagam bem – respondeu ele – falando nisso após o trabalho eu espero o meu pagamento.

— Você o terá quando eu ver os resultados – respondeu Hogo.

— Espera um pouco! Aquilo ali é um Zetsu!? – perguntou Izuri olhando o grande tudo cheio de liquido e um corpo – e o que é aquela coisa lá atrás!?

— Aquilo foi uma das coisas que saíram do monstro juubi – respondeu o médico ligando seus equipamentos – foi a coisa mais difícil de obter que eu pus a mão.

O Zetsu era a criação da akatsuki que não era nem humano e nem vegetal, durante a ultima guerra 100 mil clones do Zetsu foram usados como soldados, após a guerra os corpos foram reunidos e incinerados, exceto por algumas amostras que as 5 vilas guardaram para estudo.

Já a criatura mais atrás era um caso a parte, durante a guerra o monstro de 10 caudas liberou pequenos e variados clones de si mesmo para lutar contra a aliança shinobi, alguns eram bem monstruosos, mas este tinha a forma humanoide padrão, quando a guerra acabou as criaturas já mortas começaram a se decompor bem rápido, as 5 vilas concordaram que era perigoso demais preserva-los, pois existia o risco de algo terrível acontecer se o chakra do juubi neles despertasse.

— Se você tem isso então pode cumprir o meu pedido facilmente – dizia Hogo – preciso que recrie o gozu tennou e faça um ser ainda mais forte que o Nue.

— São pedidos bem ambiciosos – comentou o médico examinando o grande pergaminho.

— Sei que você sonha em superar Orochimaru, portanto quer criar algo que ele ainda não fez – comentou Hogo – nossos objetivos se encontram.

— Tudo bem, eu farei isso – disse o médico – embora eu não faço ideia de quanto tempo vai levar.

— Então aproveite esse tempo, eu tenho mais um pedido – disse Hogo colocando um pequeno tudo sobre a mesa.

— O que é isso agora? – perguntou o outro.

— Para recriar o sonho do Tanuki-san precisamos de uma peça fundamental – explicou ele – a primeira foi perdida para sempre, mas talvez possamos recriar melhor que a original.

O cientista chamado Bajou pegou o tubo e olhou seu conteúdo, por algum motivo ele sorriu maldosamente como se soubesse do que se tratava, depois de acertar todos os detalhes com ele Hogo e Izuri deixaram o lugar, agora era só uma questão de tempo até o fim do atual sistema ninja.

Continua.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Todo mundo se preparando para o futuro, incluindo o Hogo que vai levar adiante o seu plano.
.
O próximo capitulo contará uma história paralela, para dar atenção a alguns personagens esquecidos, mas logo voltaremos a nossa programação normal.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Caminhos Entrelaçados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.