Um Livro Contraditório Sobre Absolutamente Nada escrita por Naka Matsu
Notas iniciais do capítulo
Localização: Plutão.
Nesse dia estava frio, mas só dentro de mim, mesmo.
Tinha um mosquito vagando o quarto do lado da insônia,
e se eu não me engano, de mãos dadas ao relógio.
Dentre todas as pessoas no mundo, a que mais me faz chorar
Sou eu.
Dentre todos os passeios internos, todos os prantos e lágrimas
Fui eu.
(A gente sempre se machuca, né?) Mesmo não tendo um motivo.
Talvez seja só para chorar
Talvez uma desculpa para ter um mar onde mergulhar
Mas a gente vai fundo demais, de vez em quando
E dói. Dentro de mim, a Zona abissal tá muito perto
E o lado de fora parece escaço demais
Meu pé no chão não me satisfaz mais, e já não sei dizer o que eu faço pra ter Asa
E o que eu faço pra ser Rasa
Porque sou eu.
E no final, sou apenas eu.
Imaginação, não me deixa voltar, não
Não despenca, não bota meus pés descalços no chão
Minha alma despreparada na areia
Ah, querida...
Não é que eu não tenha um rumo na vida
Às vezes, eu acho até que tenho rumo demais
Mas nenhum deles é uma estrada de tijolos amarelos
Nem me leva a Florestas
Ou Castelos
Nem ao porto
Nem ao encontro
Nem ao abismo,
Não tem norte
Não tem morte
Não tem cartaz.
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Muito, muito obrigada por chegar até aqui.
Se você gostou, novamente, agradeço demais;
e quero que saiba que teu comentário vai me trazer muita felicidade e incentivo daqui para a frente.
Até a próxima!