STEY escrita por S Nostromo


Capítulo 3
Eles não têm rosto


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo possui violência física e psicológica
O critério do espectador é aconselhado :)



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Em um primeiro momento não abri os olhos. Ouvia o barulho do carro em movimento, meu motorista ainda me levava para o trabalho. O que me fez acordar de verdade foi saber que não durmo no caminho, normalmente estou atarefado logo pela manhã, usando um tablet ou notebook, já dando ordens aos funcionários. Ajeitei a gravata enquanto abaixava parte da janela de vidro fumê. Tudo parecia sem cor, apenas cinza. Também não vi pessoas ou outros carros. Estranho.

Sou Samuel, chefe de uma grande empresa. Dizem que sou muito arrogante e estúpido, nunca disseram isso diretamente, o medo da demissão é maior. Mas não me importo, desde de que trabalhem no meu ritmo e obedeçam minhas ordens. Não acredito em oportunidades, desigualdade. Quem não consegue ter a vida dos sonhos é porque não tem persistência para buscar o que deseja. São todos fracassados, e sempre serão. Cada um constrói a vida que quer. Se está na merda, é porque a culpa é sua.

O carro parou, havia falatório do lado de fora. Isso acontecia normalmente, estudantes pedindo estágio, desempregados ou até protestantes alegando que nossas matérias são tendenciosas. As atenções sempre voltadas para mim... Perdi a reação ao descer do carro. Além de não haver quase cor na cidade, parecia ter sido abandonada há muitos anos, não havia rostos nas pessoas ali. Era como se usassem uma meia grossa branca na cabeça, mas ainda falavam. Um homem de terno me puxou pelo braço, conduzindo-me para dentro do prédio da redação. No meio do caminho aquelas estranhas pessoas tiravam fotos e pediam autógrafos.

Dentro do prédio tudo estava normal. Dois seguranças fecharam as portas com dificuldade enquanto aquela gente sem rosto batia contra o vidro e tiravam mais fotos e gritavam por mim.

— Bom dia, senhor Samuel.

Embora usassem trajes de seguranças, com cacetete e tudo, também não tinham rosto. Respondi ambos com um aceno de cabeça, mas demorei para tomar outra atitude. Que confuso. Fiquei olhando para o rosto, ou falta dele, nos guardas. Quem me chamou a atenção fora o homem de terno que me conduziu prédio adentro.

— Sou seu secretário particular, vou levá-lo até sua sala e... Tudo bem, senhor Samuel? – ele perguntou.

— Tudo – foi só o que consegui dizer.

— Ótimo! O dia será cheio, os fãs estão eufóricos hoje.

— Espere.

Parei diante do secretário. Também não tinha rosto.

— Será que pode me dizer por que as pessoas estão sem rosto? Que tipo de brincadeira é essa?

— Sem rosto? – questionou o secretário.

— Sim, vocês não tem rosto, e tudo parece tão cinza e sem cor lá fora.

De alguma forma, ele olhava para mim, eu tinha certeza. A falta de um rosto e a consequente falta de expressão era algo complicado. Demorou para responder.

— Não sei do que está falando, senhor Samuel.

Educadamente o secretário segurou minha mala quando eu disse que ia ao banheiro. Não era um sonho, eu tinha certeza. Você pode até não saber quando está de fato sonhando, mas sabe muito bem quando está acordado.

Lavei o rosto – provavelmente eu era o único com um. Vendo meu reflexo no espelho, fiquei pensando quando tudo voltaria ao normal. Uma hora teria que voltar. A porta de um dos boxes se abriu. Três homens vieram desesperados em minha direção. Afastei-me.

— Pode autografar?

Assinei um pedaço de papel para cada um, dando um abraço em todos também. Um deles ameaçou dizer algo, mas um ruído cortou sua breve fala. Vinha do duto de ventilação do teto. A pequena grade rompeu e uma moça saltou, caindo ao nosso lado, e depois outra. Ficaram histéricas ao me ver, pularam e me abraçaram. Uma sutil briga começou a surgir entre o grupo, um querendo mais atenção que o outro.

— Senhor Samuel!

Era o secretário parado no pé da porta. Fui até ele, o grupo nos seguiu.

— Seguranças! – chamou o secretário.

Já no salão de entrada, vi a enorme porta de vidro arrebentar, e o grupo amontoado do lado de fora começou a invadir. Mais seguranças surgiram, metade do salão começou a virar uma bagunça. Alguns vinham correndo em minha direção, as mãos portando papel e caneta. Havia pessoas sem rosto em minha volta, falando, gritando.

— Eu amo você, senhor Samuel!

— Perdi meu emprego, tive que roubar, mas faria tudo de novo para poder vê-lo como agora, senhor Samuel.

Começaram a se empurrar, gritar. Empurrei-os, abrindo caminho, alguns me puxando com força. Um pequeno espaço se formou quando dois homens cairam no chão, trocando socos. O sangue de um respingou em meus sapatos. A atenção voltou para eles, mas quando comecei a fugir, a gritaria voltou para mim.

— Sai da frente! Senhor Samuel, espere – alguém gritou.

— Eu primeiro, vagabunda!

Vi um pontapé, um soco. Começaram a brigar, todos eles. Uma mão esbarrou em meu rosto, algo cortou as costas da minha mão. Tentei ir em direção a saída, mas quando vi a bagunça que havia se tornado, desisti. Autoridades com escudos empurravam as pessoas para fora, pedras começaram a ser jogadas para dentro do prédio. Eram um bando de fãs inconsequentes, histéricos, ignorando qualquer respeito existente. Era um tanto assustador.

— Senhor Samuel! Para o elevador! – era o secretário.

Mal vi seu rosto porque mãos surgiam tentando me entregar coisas para assinar ou gravadores e microfones diante de mim.

— Senhor Samuel, pensei que fosse morrer aqui e não fosse encontrá-lo.

— Quebraram meu braço, mas tudo bem porque encontrei o senhor. Pode autografar?

Alguém bateu no secretário, ele caiu no chão e sumiu ao ser pisoteado. Será que não notavam a maldade que estavam fazendo e causando? Segui entre as brechas que surgiam, vez ou outra empurrando quem entrava meu caminho. Algo me derrubou, comecei a ser chutado. Temendo ter o destino do secretário, agarrei em pernas que vi e me coloquei em pé. Ouvi o som de liquido sendo esguichado, sangue respingou em meu rosto.

Alguém atirou, o silêncio instalou apenas ao meu redor. Era possível ouvir gritos e coisas quebrando lá na entrada.

— Senhor Samuel, não acredito que o encontrei.

— Eu o vi primeiro, porra! Dê atenção para mim, senhor Samuel!

— Desgraçados! Samuel, poderia dar uma entrevista?

Chegando no elevador, esmurrei o botão. A porta abriu e eu entrei. Um segurança surgiu, de braços abertos, empurrando todos para atrás.

— Samuel, uma foto, por favor!

— Qual é o segredo para o seu sucesso?!

Percebendo que era inútil, o segurança puxou a arma e começou a dar um tiro na cabeça de cada um. A porta se fechou enquanto todos se esmagavam. De fãs para anarquistas, assassinos. Pareciam sedentos pela minha atenção, só enxergavam isso. Autógrafos, tudo bem, mas matar uns aos outros? Eu não conseguia encontrar sentido em nada do que estava acontecendo.

A porta se abriu e me deparei com funcionários que só pude reconhecer por usarem crachá. Todos sem rosto.

— Senhor Samuel! Venha conosco – disse um deles ao me ver.

Acompanhei. As cortinas estavam abaixadas, deixando a sala meio escura. Passei entre os corredores formados pelas mesas com computadores. Alguns outros funcionários abriram espaço para mim, e quando notei, estava em um circulo de pessoas sem face. Odor de gasolina impregnava em meu nariz. Pensei que o espetáculo de bizarrices daria uma folga, mas não. Ao centro do circulo havia duas pessoas sentadas e amarradas, com desenhos no chão. Velas estavam acesas.

— Que merda estão fazendo? – questionei.

— São fãs que fariam qualquer coisa por você – disse alguém.

— Eles dariam tudo para estar em nosso lugar, trabalhar ao seu lado, senhor Samuel – disse outro.

— Soltem eles! – ordenei.

— Não! – disseram ambos que estavam amarrados. – Faremos isso com enorme orgulho. Faremos isso por você, senhor Samuel.

O cheiro de gasolina vinha das supostas oferendas. Um isqueiro caiu no chão, e ambos pegaram fogo. Queimaram vivos, entre risos histéricos e berros.

— É uma honra trabalhar ao seu lado, senhor Samuel.

— Isso tudo passou dos limites. Parem! – falei.

— O que podemos fazer por você?

Tocaram em meu rosto, minhas roupas. Toques que inicialmente foram delicados, mas começaram a se tornar ferozes. Comecei a recuar, empurrando um, xingando outro, mas eles insistiam. Um deles arrebentou algo em meu pulso.

— O relógio do senhor Samuel. Eu estou com o relógio dele em minhas mãos!

Uma mulher bateu com o abajur na cabeça de quem estava com o relógio, um circulo se fechou em volta, brigando pelo acessório. Fechei a mão e desferi um soco em um que se aproximou de mim, em outro, chutei. Alguém arrancou meu paletó. Derrubei outra pessoa com mais um soco. Senti algo me arranhar na bochecha.

— O sangue de Samuel está em minha mão, sinto o dom dele e...

A fala foi interrompida quando alguém lhe cortou o pescoço. O elevador abriu e mais pessoas apareceram. O canto da sala explodiu, e mais vieram por ali, escalando o buraco recente. Comecei a fugir pelos fundos da sala.

— Compartilhe seu dom, senhor Samuel! Dê a nós um pedaço da sua carne!

— Agora que tem grana fica metido a famosinho, seu desgraçado, são todos iguais!

Comecei a agredir todos em meu caminho. Algo me arranhou, e depois bateram no meu rosto. Cai.

— Por que não quer compartilhar seu tempo e seu dom conosco?

— Nós temos o direito! Seu arrogante! Somos fãs, fizemos tanto por você!

Bateram em meu rosto, chutaram meu estômago. Senti alguém puxar meu braço, alguém bateu com o telefone na minha cabeça.

— Desgraçado!

— Egoísta!

— Filho da puta!

Arrastei-me para longe da multidão, mas não adiantava. A todo momento havia alguém me chutando, dando socos, jogando coisas em minha cabeça, me puxavam de um lado para o outro. Metade do meu rosto ficou quente, a visão avermelhada. Estava sangrando. Rasgaram a camisa social, fiquei apenas com uma regata que sempre usava por baixo. Fui arranhado nos braços, parte da pele na nuca se desprendeu, alguém socou meu rosto. Senti uma dor insuportável na mão. Fui colocado de pé e empurrado. Cai dentro de uma sala. A porta fechou, a situação caótica foi abafada. Com muito sacrifício um homem entrou. Era o secretário.

Esfreguei as costas da mão no rosto que ficou encharcada de sangue. A dor na mão foi porque perdi dois dedos. Mal conseguia abrir um dos olhos.

— Por aqui, senhor Samuel – disse o secretário.

Ele passou por uma outra porta da pequena sala e eu o segui, cambaleando.

— Qual é o problema dessa gente? – perguntei.

— São pessoas que o admiram.

Parei no caminho, cai sentado, zonzo.

— Não é assim que se demonstra admiração. Pragas! Vou dar um jeito nessa gente sem rosto, isso não vai ficar assim.

— Gente sem rosto? O que quer dizer?

— Olhos, nariz, boca. Nenhum de vocês tem isso. São todos iguais.

— E não é assim que você vê seus funcionários e fãs?

Olhei para o sujeito, procurei uma expressão. Não tinha.

— Agora eu é que pergunto: o que quer dizer?

— Diga o nome de alguém que trabalha com você.

Fechei os olhos, fisicamente cansado. Limpei o sangue que escorria do nariz.

— Isso não é da sua conta – respondi.

— Viu? Você não sabe, não conhece ninguém, apenas os vê como ferramentas. Só se importa com você. Tudo isso é resultado das suas péssimas atitudes.

Apoiei na parede, ficando de pé. Parei diante do secretário e cuspi saliva com sangue em seu rosto. Ele me bateu, voltei para o chão.

— É assim que me agradece? Seu idiota! Nenhum deles tem rosto porque é assim que você os vê, é assim que os imagina: pessoas inferiores, sem nome, que fariam de tudo para estar em seu lugar. Agora você tem toda a atenção que quer.

Agarrei nas vestes do secretário e apanhei minha mala, que esteve na mão dele esse tempo todo. Abri e peguei um objeto metálico.

— Posso ter feito coisas erradas, mas foda-se. Ninguém será melhor que eu, nunca! Ninguém vai me machucar mais. Nenhum de vocês.

Apontei a arma para o sujeito e atirei. O secretário caiu, formando uma poça vermelha. A perda de sangue começou a me deixar grogue. Atrás de mim estavam todas aquelas pessoas sem rosto, desconhecidos como sempre. Algumas levaram as mãos onde estaria à boca, indicando estarem chocadas. Disparei contra algumas outras, os corpos foram desabando.

— Senhor Samuel, por que está fazendo isso? Somos apenas admiradores.

— Não – berrei. – Não são. Vocês são loucos!

Descarreguei a arma em qualquer um. Abriam caminho conforme eu passava. Tomei o canivete de um deles, enfiei a lâmina no pescoço de outro e torci. Outro acertei no estômago. Segui na intenção de sair do prédio, matando todos pelo caminho. Criaturas fracassadas, esquisitas, todos eles!

De volta ao salão, continuei matando todos pelo caminho, mas pareciam não acabar nunca. Alguém segurou em meu braço quando levantei o canivete para atacar outra pessoa. Um segurança, que bateu em meu rosto com o cacetete. Já estava no chão, um deles acertou um capacete na minha cabeça, outro chutou minha boca, depois um soco, me puxaram pelo cabelo, pela perna, me bateram mais.

— Assassino!

— Maldito, morra seu filho da puta!

Os fãs malucos surgiram, tirando as autoridades de cima de mim.

— Autoridades de merda, vamos defender o senhor Samuel!

— A sintonia de um fã com o ídolo estará sempre ligada, nos momentos bons e ruins. Estaremos sempre ao seu lado, senhor Samuel!

Eles bateram com os cacetetes, os fãs jogaram objetos. Arrastei-me até bater de costas contra a parede. Chorei. Eles começaram a brigar mais uma vez. Já havia vários mortos pelo chão. Vi um coquetel molotov voando contra os policiais.

— Senhor Samuel! Sou uma grande fã, deixe-me ajudar.

Mas a mulher não pôde, porque alguém atirou na cabeça dela. Apoiei na parede e segui em frente. Só precisava sair do prédio. Só isso.

Uma bomba explodiu, levantando uma nevoa amarelada. Meus olhos arderam, gritei. As pessoas em volta gritaram junto. Deixei de enxergar, caminhei tateando qualquer coisa. Por duas vezes fui derrubado. Por algum motivo as palavras do secretário me vieram na mente. Tanta violência, idolatria, descontrole. Seria tudo isso, de fato, resultado das minhas atitudes individualistas ao longo da vida?

O prédio todo tremeu quando algo explodiu. Começava a enxergar, e o salão de entrada havia tomado proporções que eu nunca vira antes. Era uma guerra, pessoas atirando com metralhadoras, gritando, as vezes ouvia meu nome entre os estrondos. Sacos de areia formavam barreiras, sentei atrás de uma, cansado e zonzo.

— Meu Deus, você precisa de cuidados médicos – disse um sujeito em voz alta, escondendo-se ao meu lado. Tinha uma arma pesada nas mãos.

— Só preciso sair daqui – respondi em tom alto também.

— Não, você não pode. Isso é a guerra das nossas vidas, estamos lutando por um homem que fará o bem a todos nós, que nos trará várias coisas boas.

Algo explodiu, poeira caiu sobre nós.

— Isso é sobre o passado, presente e futuro. É a história do nosso planeta, de um homem capaz de mudar tudo.

Os objetivos dele não tinham nada a ver com um autógrafo, mas estranhamente ainda havia resquícios de idolatria.

— Conhece alguém chamado Samuel?

— Não – respondeu. – Você conhece? Precisa de ajuda para encontrá-lo?

— Ouça, como soube disso tudo?

— Amigos me disseram sobre esse homem, que mudaria tudo e iniciaria uma nova era. Um mundo melhor, e a mudança começaria aqui. Você está aqui, deveria saber disso.

O sujeito correu para tentar socorrer uma pessoa. A história estava distorcida, mas ainda assim, era a mesma coisa do início: a idolatria de um homem muito especial. Eu sentia que aquilo era sobre mim. Era como se tivesse passado milhões de anos, e a minha história, do chefe idolatrado e adorado, fora passando de um ouvido para outro, detalhes sendo confundidos e perdidos com o tempo, até restar apenas “um homem importante que vai mudar tudo”.

O local tinha pilares grossos e bem feitos para sustentar outros andares. Um deles desabou. Poeira chuviscava em nossas cabeças. O prédio ia desabar, isso era certo. Escorregando em sangue e tropeçando em corpos, segui para a saída, focado e destinado. Tudo ia por água abaixo, o lugar parecia lutar para manter-se em pé, mas nem ele, e nem eu, aguentariamos tanta insanidade por tanto tempo.

As portas de vidro não existiam mais, agora era um gigantesco buraco na parede. Tentei tomar certo cuidado, mas qualquer lado era perigoso, e ,al vi quando esbarraram em mim. Cai entre corpos e sangue. Achei que fosse desmaiar, meu corpo todo doía, por dentro e por fora. Se eu morresse? Alguém ia perceber? Alguém ia notar o senhor Samuel que tanto adoram estaria jogado no chão junto com outros mortos? Provavelmente não. Nada mais fazia sentido.

Desci as escadas da saída engatinhando. Pessoas vinham correndo, ninguém notou minha presença, algumas inclusive me chutavam sem querer, eu acho. Coloquei-me em pé e atravessei a rua. Um tanque de guerra arrebentou uma parte do prédio e entrou. Eu não conseguia ser o Samuel chefe, que mandava. No meio daquela zona, eu era apenas como todos, exceto pela ausência de um rosto. Eles idolatravam e lutavam por alguém que tecnicamente não existia mais.

Vi o prédio desabar, uma nevoa subiu. Foi assim que terminou, uma multidão caótica soterrada. Eu estava grogue, em pedaços, sujo de sangue meu e de outras pessoas, e não notei quando voltei para o mundo real. O que me fez acreditar que tudo aquilo fora real era o fato de ainda estar morrendo, ainda grogue, sujo de sangue. Enquanto via pessoas com rostos, feições de susto, me ajudando de alguma forma, eu apenas pensava no mundo cinza, o prédio desabando, as pessoas insanas, e torcia para que isso nunca fosse acontecer. Com ninguém.


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