Inês tinha os olhos cheios de lágrimas olhando o que pra ela era o seu amor ali em sua frente, com apenas aquele olhar ela pedia para que ele ficasse e que não fosse embora, mas Victoriano não podia ficar ele tinha que ir, ou melhor, estava sendo obrigado por seus pais a deixar o país para estudar e nos olhos dele, ela podia ver a promessa de que ele voltaria para estar com ela. Mas o destino é os planos do futuro não são decididos por nós ou por eles apenas é escrito por alguém que acha que aquele destino é o melhor pra ele ou pra gente e simplesmente nos impõe aquela vontade que não é nossa mais sim um melhor caminho ou uma cruzada para se chegar onde desejamos seja em vida profissional ou amorosa.

— Por favor... falou segurando o rosto dele.

Victoriano sentiu o peito arder e a beijou jurando pra ela que seria sempre o seu amor...

TRÊS ANOS...

Ele voltou e ela estava ali o esperando por ele mais ele não a procurou, não porque não queria mais agora simplesmente tinha uma condição que não era mais amar e sim cumprir o que seus pais queriam naquele momento e ele foi informado que se casaria com uma mulher que não era à que ele queria mais nada pode fazer a não ser aceitar.

Inês ao descobrir que seu amor iria se casar sentiu que suas forças acabavam e ela caiu de casa e somente sabia chorar e queria que a morte a levasse, pois não queria viver sem o se amor! Era como viver sem uma parte de si e ela não queria isso, ela não queria essa nova condição que era viver sem ele é pior viver na mesma cidade que ele e o ver com outra mulher levando seu sobrenome e que essa mulher não era ela.

Victoriano depois de alguns dias até tentou falar com Inês mais não conseguiu já que não tinha ninguém ali para ajudá-lo a chegar perto dela e depois de descobrir que ela estava de cama resolveu se afastar e seguiu todos os planos dos pais mesmo não querendo aquele relacionamento e o casamento com aquela mulher estranha que ele mal conseguia trocar meia dúzia de palavras.

Dois meses depois tinha chagado a hora e lá estava ele com o coração rasgando de desespero por estar se unindo a Diana Maria que mais se preocupava em mostrar para as pessoas uma coisa que não era real e uma felicidade que ele não tinha. Victoriano em dois meses perdeu cinco quilos saia como um louco para trabalhar e não pensar no que estava acontecendo ao seu redor.

Victoriano viu Inês por duas vezes ela parecia melhor mais seus olhos já não sorriam como antes e ele sabia que a culpa era dele e não se aproximou dela apenas a olhou de longe e seguiu com Diana Maria puxando seu braço. Ele estava ali no carro seguindo para a igreja faltava menos de dois minutos para ele chegar e ele sentia que a casa trecho que se aproximava ele respirava com mais dificuldade e quando o carro parou ele paralisou ao olhar para o lado e ver o seu amor ali.

Inês também estava ali com seu coração rasgado mais não podia ir já que ninguém sabia do amor que um sentia pelo outro e ela se manteve ao lado de sua mãe com as mãos geladas e a garganta seca e quando viu o carro parar seu coração disparou e ela fraquejou e saiu dali rapidamente indo para o outro lado da igreja e respirou fundo.

Victoriano foi tirado do carro já que o carro da noiva estava chegando também e no seu bolso esquerdo da calça ele sentiu seu celular vibrar e o pegou olhando o número e se afastou de seu pai e colocou no ouvido com um medo gigante e antes que ele pudesse falar ela disse com toda sua coragem...

— Oi amor... - ela suspirou. - Se tem um pouco de mim dentro do seu coração então não casa não... Por favor, não casa não! - Foi tudo que ele ouviu antes da ligação ser cortada.

Victoriano olhou o celular e depois olhou para a porta da igreja onde ela entrava para tomar acento em seu lugar, ele ficou ali perdido por alguns segundos até que seu pai o levou para a porta e ambos viram a igreja se acomodar.

Foram muitos até que Victoriano estava parado no altar e não olhava para a porta e sim para Inês, ele não se importou que as pessoas vissem que naquele momento ele não se importava em ver a sua noiva entrar e sim estava preso em seus próprios pensamentos e suas lembranças até que sentiu a mão de Diana Maria em seu braço e a olhou.

Ele segurou a mão dela e a conduziu ficando os dois parados frente ao padre que deu início a cerimônia enquanto Victoriano se perdia em seus pensamentos novamente e Inês três bancos atrás dele sentia seu coração palpitar pela incerteza daquele momento e quando leu nos lábios de Diana Maria um "Aceito" por sua bochecha escorreu uma lágrima que ela logo tratou de limpar e ele viu que ela chorava e olhou para a pergunta do padre e respondeu direto.

— Eu não aceito! - Foi tudo que ele disse e saiu correndo daquela igreja.

Mas quando chegou do lado de fora e pode respirar de novo se lembrou de seu amor que estava lá dentro e voltou vendo o escândalo de Diana Maria que ameaçou ir até ele mais não foi quando o viu parar de frente para Inês e estender a mão ela surtou ainda mais.

Inês apenas olhou para seus pais por um momento e segurou a mão dele e eles correram para longe dali...

Continua...