Conluio escrita por Lina Limao


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, tudo bom? Um capítulo para vocês passarem o feriado lendo (ou não). Até semana que vem :*



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Mas que porcaria

Draco praguejou enquanto caminhava pelo castelo. Estava infeliz com o sucesso que obtivera com os armários sumidouros, pois sabia que agora já não tinha mais jeito e seria mesmo obrigado a contar com que o plano dele e da Weasley desse certo.

Estava extremamente ansioso e duvidava se conseguiria dormir aquela noite sabendo o que o esperava na tarde seguinte. Se tudo desse certo, ficaria com a imagem livre de manchas na vista de Voldemort e ainda conseguiria não se tornar um assassino e proteger aquela porcaria de castelo que Gina gostava tanto.

Se o número de comensais fosse mesmo aquele que sua mãe informara, não havia motivos para se preocupar. Com certeza dava para controla-los e até mesmo botá-los para correr, como a Weasley preferia dizer.

Desde o pequeno incidente com Snape que não se encontravam mais e Draco começou a se perguntar se a Weasley já havia feito sua parte no plano, já que o ataque a Hogwarts estava programado para o dia seguinte. Ficou feliz de ter marcado de vê-la na torre de Astronomia aquela noite, pois detestava ficar sem saber o que estava acontecendo.

—x_

Gina e Hermione acabavam de se separar pela primeira vez aquele dia. Desde quando o sol nascera estiveram juntas, tentando pensar em alguma possibilidade de falha no plano, mas não conseguiram encontrar nenhuma. Talvez fosse pelo pouco tempo que tinham ou pela esperança que inundava seus corações de que tudo daria certo.

O fato é que acabavam de ter uma longa conversa com a professora Minerva onde Gina tivera de contar todos os detalhes de como conseguira as informações que lhe apresentava e por qual razão acreditava que o plano de Hermione iria dar certo. A professora pareceu bastante convencida com a falsa explicação de que as duas grifinórias estavam seguindo Draco Malfoy por semanas.

Afinal, se Gina contasse a verdade de que o garoto lhe dissera a maior parte das coisas de bom grado, talvez Minerva comentasse com Snape e Draco ficasse com a reputação arruinada com os comensais para sempre. O que não seria nem um pouco útil, era muito melhor tê-lo infiltrado lá, cedendo informações do que sem qualquer contato com comensais.

Minerva prometeu que trataria da questão com urgência e que reuniria alguns professores para comparecer até a sala com as alunas no horário em que o ataque ocorreria. “Claro que a AD irá conosco quando Hermione contar a eles”, Gina pensou com um meio sorriso, lutando contra seus instintos para não saltitar enquanto caminhava.

Claro que estava aterrorizada com a chegada dos comensais, mas estava tão ansiosa para colocar o plano em ação e acabar com todos eles!

Encaminhava-se com um sorrisinho na direção da torre de astronomia, onde havia marcado com Malfoy que o encontraria para checarem se as etapas do plano estavam todas correndo de acordo com o planejado. Até que aturá-lo não havia sido tão difícil assim, certamente que faria tudo de novo para conseguir aquele resultando esplêndido que estava prestes a acontecer.

Gina correu com passos barulhentos pela escadaria da torre de astronomia e ficou contente ao ver que Malfoy já estava lá lhe esperando. Não gostava nem um pouquinho quando ele se atrasava e fazia parecer que seu tempo era mais precioso que o dela.

— Você já reparou que esse lugar é muito mais legal de manhã?

Draco perguntou baixinho, olhando para Gina enquanto ela se aproximava devagar, completamente diferente do ritmo que usara o dia todo. A ruiva apoiou as mãos nas grandes de ferro e sentiu o vento da noite lhe bagunçar os cabelos com bastante impiedade.

Calou-se enquanto ficava olhando para ela em silêncio. Gina fechou os olhos para aproveitar a suave brisa que sacudia seus cabelos vermelhos, que mais pareciam cor de vinho devido à escuridão da noite. Sua pele branca e sardenta ficava opaca daquele ângulo e a tranquilidade que emanava da garota o fez respirar com menos pesar.

Colocou-se a observar o céu, que adquirira um tom azul tão forte e escuro que parecia até negro. As estrelas cintilavam como se fossem várias lâmpadas presas ás nuvens, chamando tanta atenção que era difícil parar de olhar para elas. A lua cheia estava um pouco acima de sua cabeça, imponente, meio amarelada e com todas suas crateras e falhas visíveis.

Uma noite excelente para se desperdiçar com medo e ansiedade.

— Gosto daqui. De dia ou de noite.

Gina finalmente respondeu, deixando a vista cair sobre as águas brilhantes do lago negro. Dava para ter uma bela visão do local daquele ponto do castelo, e as águas calmas pareciam tremer suavemente quando as estrelas piscavam.

Draco também voltou sua atenção para as águas tão brilhantes e paradas que assumiam um movimento de vai-e-vem hipnotizante. Ficou se perguntando se seria possível ver novamente a lula gigante, mas assumiu que já tivera bastante sorte por uma vida inteira.

Voltou sua atenção para a Weasley, que se mantinha estranhamente quieta aquela noite, e resolveu se divertir um pouco ás custas dela, como sempre fazia. Afinal de contas, não estava ali para admirar a vista, certo?

— Você parece um pouco mais idiota que o de costume hoje.

Gina lançou-lhe um olhar de repreensão e, inesperadamente, soltou um sorriso de lado, tornando a encarar as águas paradas do lado negro enquanto tamborilava nas grades em que se apoiava.

— Talvez seja a convivência com você.

Draco torceu o nariz e sacudiu a cabeça negativamente, sem tornar a olhar para a ruiva.

Disse que está mais idiota, não mais excelente.

— “Mais excelente” por que? Sou excelente em algum nível?

Os dois trocaram um olhar e Gina riu ao ver que o Malfoy que tentava lhe irritar, na verdade, acabara de sair irritado. Ela jogou os cabelos para trás e esticou os braços, aprontando um coque com todo aquele voluptuoso cabelo vermelho, o que o fez bufar.

Ah, cale a boca, Weasley.

Um meio sorriso escapou pelos lábios rosados da menina que não parecia nem um pouco ofendida pela frase seca de Draco Malfoy. Pelo contrário, soltou um suspiro tranquilo, deixando-se observar a vista e todo seu esplendor. Então, de súbito, lembrou-se de algo muito importante que precisava ser dito.

— Já falei com a professora Minerva. As coisas vão seguir conforme planejamos.

Draco assentiu suavemente, como se estivesse meio alheio ao que ela dizia. Porém, começou a falar e a gesticular, o que indicava que estava mesmo ouvindo.

— Eu recebi uma coruja hoje me dizendo que já era tempo de ter conseguido arrumar aquela porcaria e confirmando que eu devia estar na Sala Precisa amanhã às sete da noite, no horário em que o jantar for servido...

Gina manteve-se em silêncio, enquanto Draco falava. Estava mais comunicativo, tinha que admitir. Talvez fosse por estar assustado, ou por que ela, por sua vez, estava mais calada que o de costume. O fato é que nunca ouvira tanto do Malfoy por livre e espontânea vontade.

— O que deverá ser o suficiente para estragar a sobremesa, não que seja lá grandes coisas, pois aqueles elfos domésticos cozinham pior que trasgos, mas já é alguma coisa, certo? Se bem que para você, que está acostumada a passar fome, tudo deve ter um gosto de vitória, inclusive...

Gina, em um movimento rápido, tapou a boca de Draco com uma das mãos e apoiou a outra na nuca dele, segurando seu rosto e o impedindo de falar. Tudo bem que entendia que ele não era de ficar falando e se expondo, mas também não precisava ficar tagarelando e tagarelando sem parar, feito um maluco, certo?

Ao notar o gesto brusco de Gina ele recuou, se libertando das mãos dela e encarando-a como se fosse uma assassina. A ruiva amenizou sua expressão intensa e riu, dando as costas para o Malfoy que fingia cuspir.

— Por que fez isso?!

Ele perguntou exasperado e suavemente ofendido. Gina ergueu os ombros e olhou para ele com o rabo dos olhos, sem mostrar muito interesse, o que fez Draco bufar, ainda tentando inutilmente se livrar do gosto salgado da pele da Weasley que ficara em seus lábios.

— Para que ficasse quieto. Não estou conseguindo ouvir meus pensamentos com essa sua falação toda.

Draco continuou resmungando baixinho por um tempo e Gina sacudiu a cabeça negativamente, sem tornar a olhar para o garoto. Estava uma noite tão agradável que não perderia seu tempo discutindo ou caindo nas armadilhas de Malfoy para lhe irritar.

Logo em seguida desistiu de resmungar e voltou a ficar ao lado de Gina, sem muita vontade de falar, pois estava com seu orgulho levemente ferido. Porém havia tanta coisa em sua cabeça que mal conseguia ficar com os olhos parados em um único ponto brilhante do céu ou do lago.

Um suspiro quase mudo saiu pelos lábios de Gina, que se perguntava o que seria dela se não fosse Você-sabe-quem e toda essa maldita guerra que parecia mais eminente a cada dia. Com certeza não viveria com um medo irracional de diários, pois o incidente na câmara secreta em seu primeiro ano não teria ocorrido.

Deixou seus olhos castanhos caírem sobre a figura de Draco, agora quieta, que encarava os mesmos pontos bonitos da vista que ela. O que seria dele, se não houvesse a guerra? Seria apenas um garoto mimado, que tem tudo que o dinheiro pode comprar e menospreza os demais por não possuírem tanto luxo e influência, com certeza, mas duvidava que ele estivesse sob tanta pressão em algum universo alternativo.

Aliás, duvidava que ele sequer pensaria em matar alguém ou ajudar uma pessoa de uma classe social inferior à sua se não fosse totalmente necessário e Gina então pôde ver que talvez Draco Malfoy precisasse passar por tudo que passava para crescer. Para amadurecer e finalmente deixar de ser a criança mimada que metade da escola aprendera a duras penas odiar.

Porém, será que era mesmo certo designar tanto ódio a uma pessoa só? Por vezes ouvia Rony e Harry divertindo-se às custas de alguma piada muito engraçada em que comparavam Draco Malfoy a animais albinos ou idiotas e não podia deixar de se questionar se era correto.

Você não pode agir como aquele que critica, certo?

— O que foi, Weasley? Está planejando me roubar ou algo do tipo?

Mal havia percebido que Draco virara os olhos cinzentos em sua direção. Gina ficou vermelha e agradeceu que a noite estivesse ali para não demonstrar a ele o rubor de sua pele por ter ficado o encarando por tanto tempo.

— Estava pensando...

Ela começou meio sem jeito, ao que Draco lhe interrompeu sem nem pensar duas vezes, sabendo como a irritava que não permitisse deixa-la concluir suas sentenças.

— Você, pensando? Isso é inédito, Weasley.

E ela bufou, lhe dando um empurrão não muito forte, o que o fez soltar uma risada de escárnio. Gina virou-se para ele mais uma vez, com aqueles olhos grandes e castanhos que Draco achava tão teimosos e impertinentes, e, sem que ele esperasse, o beliscou.

— Ei! Foi esse comportamento violento que aprendeu quando morava na rua?

— Cale a boca!

Gina bufou enquanto se encostava na grade da sacada e olhava diretamente para o garoto, que mantinha a mão sobre o braço beliscado. Deu um sorriso ao ver que ele havia, por fim, ficado em silêncio. “Créditos para o maravilhoso meio de ensino de Molly Weasley”, a ruiva pensou antes de retornar a falar.

— Como eu dizia, estava pensando o que seria se não houvesse guerra, sabe? Sem Você-sabe-quem, sem comensais, sem nada disso...

E voltou a ficar em silêncio. Draco pareceu sair do transe da dor do beliscão e olhou para Gina com um pouco de falsa indignação nos olhos. “Lá vem”, ela pensou já premeditando o tipo de ironia que viria.

— Para que pensar nesse tipo de idiotices? É mais fácil lidar com a realidade do que ficar aí, idealizando coisas impossíveis. E, por Merlin, o nome dele é Voldemort!

Gina bufou enquanto Draco falava. Ela girou os olhos nas órbitas e sacudiu a cabeça negativamente, fitando a pontinha de seus sapatos barulhentos e que pareciam tão velhinhos. Talvez fosse o comentário maldoso que Snape houvera feito, mas agora já não via mais tanta graça neles como via quando Hermione lhe dera, pois já não servia mais.

Ao pensar no professor que menos gostava de Hogwarts, Gina se lembrou do que ele havia dito aquele dia, quando entrara no quarto do Malfoy e quase a pegara ali, sentada na cama como se fosse mais dona do quarto que Draco. E, por um momento, não conteve sua curiosidade.

— Malfoy?

O sussurro de Gina soou como um grito diante de todo aquele silêncio que se estabelecera desde a última resposta atravessada de Draco. Ele grunhiu em resposta e baixou os olhos, tentando olhar para a ruiva que parecia querer lhe perguntar alguma coisa, mas estava acanhada. Como não recebera um retorno convidativo do Malfoy, temeu continuar com o questionamento, mas não podia parar agora. Queria muito saber... 

— O que Snape quis dizer quando falou que você era responsabilidade dele?

Draco pareceu surpreso com a pergunta e arqueou as sobrancelhas, olhando para uma Gina pouco mais confiante, que já se atrevia a lhe encarar novamente. Colocou um sorriso atravessado em seus lábios e decidiu não perder a oportunidade de zombar de Gina mais uma vez, pois sabe-se lá Merlin quando ela estaria de bom humor novamente.

— Para uma pessoa que foi subnutrida a vida toda vejo que você não ficou com graves sequelas mentais, Weasley. Não acredito que se lembra disso...

Comentou com um tom de descaso e escárnio na voz, mas Gina manteve-se séria, lhe encarando com os olhos chocolate sem nem piscar. Quando Draco a encarou e reparou em seus orbes escuros, não conseguiu mais falar ou zombar, ficou em silêncio, pensando se havia feito algo de errado. Porém, quando a voz da Weasley surgiu, veio aveludada e baixa, o que não era lá um mau sinal.

— Me responda. Eu mereço saber.

Pediu com paciência, sem tirar os olhos exigentes de Draco, que teve medo de gaguejar diante de toda aquela necessidade de resposta que a Weasley apresentava. Pensou em contestar e lhe dizer que a única coisa que podia merecer era desprezo. Pensou em mil outras ofensas, mas por algum motivo não as disse em voz alta.

Talvez fosse o belo luar, ou o cintilar das estrelas refletido no Lago Negro, ou a maneira como Gina estava se mostrando paciente aquela noite. Pensou que talvez qualquer uma dessas coisas houvesse tido esse efeito silenciador, mas não podia nem pensar em admitir que era aquele olhar que lhe impunha com veemência que dissesse a verdade.

— Bom, deve se lembrar também de que te disse que minha mãe e minha tia encontraram uma forma de me fazer “não falhar” nesta porcaria, certo?

Comentou sacudindo a mão, com uma expressão de cansaço. Não gostava mesmo de ficar falando sobre aquele assunto, mas acho que se parasse de rodeios e dissesse logo o que a Weasley queria saber, talvez pudesse ficar em silêncio mais rápido.

— Sim.

Ela disse baixinho, como se quisesse incentivá-lo a falar mais. Draco engoliu seco, olhando para ela um pouco apreensivo. “Será que vai chorar de novo? ” Se perguntou enquanto parava de olhar diretamente para ela e contava a parte restante e mais dolorida de se saber.

— Pois é. Aparentemente minha mãe e Snape fizeram um voto perpétuo e, caso eu não mate Dumbledore, ele deverá... bem, ele deverá matar o velho.

Gina emudeceu por um momento.

Não sabia mesmo o que dizer, pois suas esperanças estavam fragilizadas demais. Será que era isso mesmo? Não haveria Malfoy entendido errado? Não conseguia simplesmente acreditar que não tinha uma maneira cem por cento certa de salvar a vida de Dumbledore. Por Merlin, o diretor é que costumava cuidar dos outros, quem teria poder suficiente para evitar sua morte se ele mesmo não o fizesse?

Ergueu novamente os castanhos e confusos olhos para Draco Malfoy, que evitava lhe encarar, pois não queria vê-la chorando copiosamente mais uma vez. Surpreendeu-se quando a Weasley segurou sua gravata do uniforme e puxou, fazendo seus olhos cinzas baixarem até os dela mais uma vez, como se precisasse que ele dissesse aquilo lhe encarando.

Pensou em se soltar das mãos dela, como costumava fazer quando Gina tomava liberdade demais e se atrevia a encostar nele, mas foi interrompido antes que pudesse se livrar daquele toque que lhe puxava para baixo, deixando-o extremamente desconfortável.

— Então Dumbledore vai morrer de qualquer jeito?

A pergunta levemente desesperada que saiu pelos lábios da ruiva fez com ele não quisesse estar mais ali. Os olhos dela tinham urgência em saber a verdade e Draco temeu que, quando dissesse, Gina cairia no choro novamente, como quando ele contara a ela que sua missão era matar o diretor.

— Acho que... se nenhum comensal conseguir ir adiante, não vai haver necessidade, mas... não sei, Weasley. Não sei...

Foi falando pausadamente, olhando para baixo enquanto Gina ia gradativamente deixando as mãos escorregarem por seus ombros e caírem ao lado do corpo. Ficou ali, parada, sem emitir um som ou responder com qualquer forma de palavras.

Draco queria dizer que sentia muito. Que sentia muito por tê-la dito a verdade e que sentia muito que as coisas fossem do jeito que eram. Mas jamais diria por que, na verdade, soava muito idiota que fosse se desculpar por aquilo. Nada daquele plano dos comensais havia saído da cabeça dele, absolutamente nada, era tão vítima das circunstâncias quanto ela.

Mas ver a Weasley calada lhe deixava inquieto.

Gina suspirou baixinho quando finalmente pareceu ter digerido a situação. Apoiou as duas mãos na grade e lutou bravamente com suas lágrimas, não deixando uma sequer cair. Não gostava de chorar, nem um pouco, e já havia feito muito disso nos últimos dias.

Preferiu pensar que havia uma alternativa. Pequena, claro, mas talvez os comensais não fossem até lá ver Draco matar Dumbledore. Talvez Snape não o fizesse pela mesma razão e tudo seguiria bem ao menos por um tempo, não é?

Não se atreveu a olhar para Malfoy, não queria que ele fizesse a mesma cena incômoda de não lhe encarar e ficar desviando o rosto que nem uma criança. Gina pensou que talvez o gesto soasse como uma repreensão e decidiu que não precisavam brigar ou discutir naquele momento, pois de uma forma muito deturpada, precisavam um do outro para salvar a própria pele.

Não soube dizer ao certo quanto tempo mais ficaram em silêncio, lado a lado, contemplando a vista do lago, das estrelas e com uma ponta de esperança em rever a lula gigante. Infelizmente não aconteceu de verem o incrível animal aquela noite, mas algo mais cruel e simbólico se desenvolvia entre Draco e Gina conforme as palavras iam ficando esquecidas e já não era mais tão constrangedor apenas permanecer ali, na sacada da torre de astronomia.

Uma intimidade proibida se estabelecia lentamente, como um véu suave que cai do céu sobre a cabeça de alguém, porém estavam os dois estavam absortos demais em seus pensamentos para poder notar e tentar impedir aquele tão inviável sentimento de empatia que surgia sem semeio entre eles.


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