Her Wealth & His Misery escrita por UnknownTelles


Capítulo 6
O Bilhete


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo me sugou as forças. Me sinto exausta, mas satisfeita.
Espero que gostem.
Boa leitura!



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Tentei desesperadamente agarrar no parapeito da janela que estava próxima, conseguindo apenas com uma mão. Com um impulso joguei meu outro braço para cima e agarrei a beirada com a outra mão. Eu estava perdendo a força, não estava conseguindo nem mesmo me sustentar, quanto mais me puxar para cima.

Meu Deus, eu não posso morrer aqui. Eu preciso conseguir, por favor.

— Eu não posso morrer... E-eu não...

Fazendo uma força descomunal que nem mesmo eu sabia que tinha, flexionei os braços para me erguerem e não consegui segurar o grito que saiu dos meus lábios que era um protesto dos meus músculos contra toda aquela situação. Assim que consegui finalmente sentar no parapeito, ainda ofegante, a porta do quarto escancarou aberta com os dois homens.

Droga, droga, droga!

Eles correram em minha diração e então saí novamente me escorando na parede exterior indo em direção ao outro quarto.

Isso não vai ter fim. Eu prec-

Uma ideia estalou em minha mente.

Esperei os dois chegarem até a janela da qual eu acabara de sair. Eles não perderam nem um segundo quando viram que eu estava me movendo para o quarto seguinte e desapareceram. Contei até cinco mentalmente e então fiz o caminho de volta. Em vez de seguir em frente, voltei para a janela do quarto da qual acabara de sair. Tive que conter um grito de alegria quando vi que estava vazio. Desci rapidamente para dentro do cômodo, estava prestes a alcançar a maçaneta quando uma mão enorme e braços fortes envolveram minha boca e cintura, respectivamente. Meus pulmões choravam por ar, meu coração parecia cansado de bater, como se fosse parar a qualquer momento. Esperniei e chutei quem quer que fosse que estava me segurando, mas não estava nem de perto conseguindo me soltar.

Inesperadamente, o aperto em volta de mim se afroxou e o homem caiu no chão com um baque surdo. Quando virei vi Hellen com uma seringa vazia nas mãos e os olhos brilhando enquanto me encarava. Não havia percebido quando ela entrara no quarto. 

— Rápido — disse.

Eu agradeci, mas nenhum som saiu da minha boca. Quando abri a porta e saí, identifiquei o outro homem saindo do quarto ao lado.

E então corri.

Corri como uma louca, corri como se a minha vida fosse acabar no momento em que aquele homem me alcançasse — o que era bem possível —, corri como se minhas pernas tivessem dois metros de comprimento. Passei por vários seguranças que eram do hospital, mas estranhamente nenhum deles estava sequer tentando me parar. Eu achava que existia alguma regra em algum lugar sobre não correr em hospitais, mas naquele momento decidi agradecer por não tentarem me parar em vez de reclamar disso. Não quis esperar pelo elevador e desci os andares pela escada mesmo.

Agindo mais por impulso do que pela razão, fiz sinal a um táxi desesperadamente e já entrei mandando que arrancasse no acelerador. Caí para trás no encosto do banco ainda respirando pesado.

— Senhorita, para onde eu devo ir? — Perguntou em um acento que parecia russo.

Olhei para fora da janela querendo dizer "pra bem longe". 

— Down town*.

Suspirando notei pela primeira vez que eu não tinha nenhum calçado. Céus! Eu não tinha dinheiro nem mesmo para a corrida, onde iria arranjar um calçado? Se fosse em casa talvez desse de cara com os agiotas, além de não ter tempo algum para aquilo. Já devia estar perto das sete horas da manhã e pelo o que eu pude ver à minha volta eu estava do lado da cidade que era totalmente oposto ao da minha casa.

Abaixei para tocar levemente a sola dos meus pés e tive que morder o lábio inferior para conter o gemido de dor que eu queria soltar. A sola estava toda esfolada em carne viva. Fechei os olhos e pus minhas mãos no bolso da calças; senti algo com uma textura familiar tocar meus dedos. Abri os olhos e puxei para fora do bolso um bolo de dinheiro.

Devia ter pelo menos mil dólares ali.

Meus olhos se arregalaram e alternaram entre o dinheiro e o motorista do táxi como se ele fosse capaz de explicar aquilo. O mesmo dirigia alheio à minha estupefação e resolvi me concentrar. No outro bolso havia um cartão de crédito platinum e um bilhete. Em uma caligrafia um tanto quanto difícil de entender, pude ler:
 

"Desculpe não poder ajudar mais do que isso. Espero que o nosso próximo encontro seja em condições melhores. A senha do cartão é 7810.

Hellen."
 

Senti meu coração se aquecer e meu rosto enrugar em um sorriso gigantesco. Eu havia ganhado uma amiga maravilhosa. Pelo menos era isso que eu queria acreditar. 

Instruí o taxista a parar algumas quadras antes da agência. Não precisei andar muito pelo centro para achar lojas que vendiam desde roupas a sapatos e maquiagem. Comprei um par de sapatilhas cinzas para não destoar muito das cores que estava usando e um corretivo para disfarçar as olheiras escuras — eu nunca usava maquiagem, mas no estado em que estava, precisava de uma desesperadamente. Por outro lado, eu também não podia abusar muito do dinheiro que Hellen me emprestou, eu teria que pagar tudo de volta.

Parei em uma lanchonete próxima para tomar um café rápido, mas acabei comendo quase a metade de tudo o que eles tinham ali. Eu sabia que precisava economizar, mas fazia quase 24 horas que eu havia tido a minha última refeição. Meu estômago parecia um buraco negro sempre pedindo por mais.

Estava mastigando meu terceiro sanduíche quando vi o relógio do estabelecimento acusar 8:43 da manhã. Quase engasguei tentando enfiar o resto goela abaixo. Paguei por tudo ali sem pensar muito no fato de que gastara cinquenta dólares em um café da manhã.

Tentando parecer o mínimo possível apresentável — o que era impossível —, entrei na agência com um sorriso no rosto como se tivesse tido uma excelente noite de descanso.

— Bom dia, Fred — cumprimentei um dos seguranças da recepção.

— Bom dia, Srta. Connor — respondeu formal.

Apenas balancei a cabeça rindo, não importava quantas vezes eu dizia que não precisava me chamar pelo sobrenome, ele nunca me ouvia.

— Fred, eu tive um pequeno... Arrhn... problema com o meu crachá... — Eu comecei.

Ele me encarava sem piscar naquele profissionalismo exagerado, isso me fez lembrar dos dois homens que estavam na porta do meu quarto no hospital.

Estranho...

Espantando esses pensamentos tentei focar no que precisava falar, tinha que ser convincente.

— Fred, eu estou vindo do hospital. Estive lá a noite toda devido a... Hmm... Meu pai. Ele não estava se sentindo bem e fiquei com ele é... a noite toda, só passei em casa para trocar de roupas, mas como pode ver acabei é... esquecendo a minha bolsa e o crachá que estava nela.

Sorri o mais simpática que pude. Ele hesitou por alguns segundos, mas então assentiu e passou seu próprio crachá na catraca abrindo-a para mim. 

— Muito obrigada — respirei aliviada.

Entrei no escritório de RH e encontrei Joyce tirando alguns arquivos velhos de umas prateleiras.

— Bom dia, Sra. Gannix — cumprimentei-a com um sorriso digno de um comercial de pasta de dente.

Ela virou o rosto em minha direção e levantou uma sobrancelha questionando todo o meu bom humor — e provavelmente minha sanidade mental —, mas não falou nada quanto a isso. Alisando a saia sem prega alguma, ela pegou algumas pastas de cor parda de cima da minha mesa e entregou na minha mão.

— Esses são os novos funcionários, preciso que os cadastre no sistema — instruiu. Quando assenti, ela apontou para os arquivos velhos que havia tirado da prateleira. — Esses são os cadastros dos que se aposentaram, dê baixa no sistema e descarte-os.

Assenti novamente. Ela desviou os olhos dos meus e os pousou no meu peito e depois me fitou nos olhos de novo.

Droga! Ela viu que estou sem crachá. Por favor, não fale nada, não fale nada, não fa-

Cortando o contado visual, ela começou a caminhar em direção à porta e então saiu. Soltei a respiração que estava prendendo e sentei na minha cadeira. Depois de alongar os braços e o pescoço, arregacei as mangas da camisa até o cotovelo e pus as mãos à obra.

Estava tão imersa no trabalho que só fui sentir fome e reparar que ainda não havia almoçado quando eram duas horas da tarde. Cadastrar os funcionários novos não foi muito trabalhoso, o que estava realmente consumindo o meu tempo era a baixa que precisava fazer dos aposentados. Os termos e regulações do banco eram muito burocráticos e chatos, não podia ter um erro sequer que tudo poderia ser zerado por segurança, o que significava que eu teria que abrir o processo de aposentadoria todo novamente no sistema.

Engoli a comida mais do que mastiguei, em cinco minutos já havia esquecido qual tinha sido a minha refeição, precisava terminar tudo aquilo com urgência para que todos os trâmites para o início desses novos funcionários ocorresse na semana seguinte.

Quando cheguei no escritório encontrei uma pasta diferente em cima do teclado do computador. Provavelmente havia sido Joyce quem havia posto aquilo ali, mas eu nunca tinha visto uma pasta como aquela. Era toda branca e entalhada com espirais douradas. Não havia uma inscrição sequer na frente ou no verso. Sentei na cadeira e a abri com cuidado, como se de repente uma bomba fosse estourar. 

Uma folha de tamanho A4 tinha os mesmos entalhes dourados da pasta, mas apenas nas bordas. No canto superior direito havia uma foto minha e embaixo tinha um quadrado com o meu polegar direito que havia sido digitalizado e impresso. Na ficha havia todas as minhas informações assim como na ficha dos novos funcionários...

Meus olhos se arregalaram como se fossem cair das órbitas e meu queixo caiu como se quisesse atingir o chão. 

E-eu... Eu tô dentro! Eu tô dentro! Eu sou oficialmente uma nova funcionária da A&A Banks!

Meus olhos nublaram com as lágrimas e tive que pôr a mão na boca para conter uma risada. Eu tinha conseguido! O que eu tanto queria, o meu sonho. Eu finalmente havia conquistado aquilo pelo qual tanto lutara! Não acreditei em mim mesma quando pensei em tudo pelo qual passara, em como conseguira driblar a morte três vezes para que pudesse estar vivendo aquele momento. 

Um pensamento então me ocorreu.

Qual é o meu cargo?

Aquela pasta e aquela folha eram definitivamente diferentes, não era como as dos outros funcionários. Eu havia terminado o cadastro de todos os novos empregados e nenhum deles tinha uma ficha como aquela e embora não tivesse dado baixa em todos os aposentados, nenhuma das pastas com as quais eu terminara bem como nenhuma das que ainda precisava terminar eram como aquela.

Tirei a única folha daquela pasta e antes que pudesse ver qualquer coisa, minha atenção grudou em um curioso papel que estava preso por dentro. Ele era pequeno e quadrado, um pouco maior que um post it**. Sua textura era macia, diferente de tudo que eu jamais havia visto. 

Em uma caligrafia impecável, totalmente diferente da de Hellen, estava escrito quase desenhado:
 

"É com imensa satisfação que a felicitamos por essa conquista singular, Keith Connor. A Aaron & Ashton Banks a recebe a partir de hoje como integrante da enorme família que é a nossa empresa.
 

Atenciosamente,

Aiden Ashton Blackwood."
 

Minha nossa, minha nossa, minha nossa!

Eu queria abrir a porta do escritório e sair gritando aos quatro ventos. Aquele bilhete não havia sido impresso, tinha sido escrito pelo próprio punho do próprio CEO da própria A&A Banks. Meu estômago estava dando piruetas de alegria, senti todo o meu ser flutuar nas nuvens com aquele pequenino pedaço de papel. Levei-o até os lábios para beijá-lo e quando tocou o meu nariz pude sentir um leve rastro de um intoxicante perfume masculino. 

Meu pequeno momento foi quebrado quando voltei os olhos para a minha própria ficha e vi o que estava escrito no espaço onde devia estar o meu cargo: nada. 

Estava total e completamente em branco.

O barulho da porta se abrindo capturou a minha atenção. Pus o bilhete no bolso da calça enquanto Joyce entrava. Ela parou à minha frente. 

— Sra. Gannix, o que é isso? — Perguntei com a minha ficha em mãos.

Ela não dispensou nem mesmo um olhar para o pedaço de papel e continuou me encarando.

— Fui informanda de que a senhorita precisa aguardar mais informações.

Assenti ainda me sentindo anestesiada por toda a situação. Demorei alguns segundos para perceber o que ela queria e me desculpando com um sorriso entreguei as pastas com as quais já tinha terminado de trabalhar.

Quando Joyce saiu, tive que fazer um esforço terrível para me concentrar no que ainda restava de trabalho para fazer. Vez ou outra lançava olhares furtivos em direção à bela pasta.

Ainda faltava meia hora para sair do trabalho quando o telefone na minha mesa tocou.

— Setor de RH da Aaron & Ashton Banks, Keith Connor, em que posso ajudar? — respondi em uma voz monótona.

— K-Keith? É você? — A voz trêmula de Rosa me fez tensionar cada músculo do meu corpo.

O número daquele telefone era privado para comunicação apenas dentro do banco, mas eu havia dado o número para Rosa assim que tinha começado a estagiar. Eu sabia que era muito arriscado e que poderia custar todo o meu sonho se me descobrissem, mas me manter informada sobre o meu pai caso algo acontecesse era muito mais importante.

— Rosa? O que foi?

Eu a ouvi soluçar e senti meu coração partir.

— K-Keith, são e-eles... Eles estão a-aqui. Eu sinto mui-

Eu não terminei de ouvir. Eu nem mesmo pus o telefone no gancho. Tive que me conter para não correr como queria ainda dentro da agência. Quando finalmente passei pela porta da frente, fiz sinal para um táxi e dei as direções. 

Fechei os olhos inspirando profundamente. Quando soltei todo o ar foquei no caminho que tinha a minha frente e fiz uma oração silenciosa.

Meu Deus, me dê força para o que quer que venha a acontecer. Por favor, mantenha meu pai e Rosa a salvos.

Em todo o percurso repeti em minha cabeça meu mantra para que estivessem bem. Sentia o ar escapar do alcance dos meus pulmões e a minha garganta secar como se estivesse bebendo areia, parecia que estava correndo uma maratona quando na verdade estava apenas sentada no banco de trás de um táxi. 

Minha mão esquerda começou a tremer com pequenos espasmos que não consegui controlar. Comecei a ficar assustada comigo mesma. O que estava acontecendo? Pisquei várias vezes tentando ajustar a visão que começou a embaçar. Um zumbido alto começou a apitar em meu ouvido e por mais que eu sacudisse a cabeça, não conseguia me livrar dele. 

Não tinha percebido que o táxi havia parado até ouvir a voz do motorista.

— Senhorita? Está bem? Nós já chegamos...

— Você tem alguma garrafa de água?

Não vi quando, nem de onde pegou, mas em alguns segundos ele me estendeu uma garrafa de plástico com água pela metade.

Paguei pela corrida e pela água e saí do veículo. Ele logo arrancou da calçada e foi embora. Ainda no mesmo lugar, joguei toda a água na minha cara sem me importar com o fato de que toda a parte de cima da minha blusa estava molhada. Eu precisava acordar, despertar. Abri e fechei a mão esquerda e senti os espasmos me deixarem aos poucos, bem como a visão voltar ao normal. Minha garganta ainda estava seca, mas tinha valido a pena sacrificar a água para manter o foco do que saciar a sede.

Corri com tudo o que pude para dentro daquele prédio velho e pútrido que eu chamava de casa. Era o único lugar que podíamos pagar quando havíamos decidido nos mudar da casa em que morávamos com a minha mãe. Nunca me arrependera dessa escolha.

A porta da frente do edifício abriu rangendo irritantemente. Subi os degraus desgastados de dois em dois para chegar mais rápido. Quando alcancei à porta de Rosa a encontrei entreaberta. Bati algumas vezes, mas não obtive resposta. Pus a mão na maçaneta, mas quando a abri não vi nada. Dei alguns passos para dentro da humilde, porém muito bem cuidada residência, procurei nos cômodos, mas não vi ninguém. 

— Rosa? — Perguntei.

Sem resposta.

Respirando fundo saí dali e fui em direção à minha porta. Ela estava apenas encostada e fez o barulho mais assustador de toda a minha vida cada vez que a empurrava mais para dentro, abrindo-a. Eu quis correr casa a dentro e gritar por meu pai e Rosa, mas eu não consegui fazer nada disso. Eu estava caminhando lenta demais, um passo de cada vez, sem conseguir controlar minha própria velocidade. Parecia que estava me movendo no piloto automático.

Nem mesmo um murmuro se ouvia na casa, tudo estava em completo silêncio. Percorri o pequeno corredor que havia na nossa entrada, havia fotos minha e do meu pai juntos por toda a parede. Aquele momento pareceu uma eternidade, até que eu finalmente cheguei na abertura na parede esquerda que dava para a nossa modesta sala de estar. Sete pares de olhos pousaram em mim instantaneamente, mas reconheci apenas três deles. 

Meu pai.

Rosa.

Dentes amarelados.

Os outros quatros pareciam estar juntos com o mesmo homem que tinha tentado me estuprar há dois dias. Nenhum dos dois brutamontes de antes estavam ali, presumi imediatamente que estavam mortos.

Quando um dos homens se moveu para o lado, entrou em meu campo de visão um outro homem, a oitava pessoa no cubículo que era a minha sala de estar e que só naquela hora eu percebera estava ali. Ele estava sentado de costas para mim em uma das nossas cadeiras de madeira que estava ruída nas extremidades pelo excesso de uso. Seus ombros eram tão largos que saíam para fora da margem da cadeira. O terno que vestia abraçava cada músculo do seu dorso, o tecido flexionou moldando seus braços e costas quando levantou. Ele era tão alto que mesmo estando dois metros de distância de mim ainda tive que olhar para cima para vê-lo melhor.

O que ainda restava de ar em meus pulmões foi absolutamente extinguido quando ele se virou e um par de olhos verdes esmeralda fixaram-se nos meus. Eu conhecia aqueles olhos... E então todo o rosto daquele homem acendeu uma luz na minha cabeça. Eu dei alguns passos para trás involuntariamente. 

Eu estava em choque.

Eu sabia quem ele era.

Eu já o tinha visto tantas vezes. Nunca de perto, nem pessoalmente, mas a sua figura estava frequentemente presente nos jornais. Ele era meu maior exemplo e inspiração. Ele era o dono da empresa que havia me contratado há poucas horas. 

Dando alguns passos em minha direção, quanto mais se aproximava, mais alto parecia ficar. Quando parou a apenas um passo de distância de mim ele esticou a mão para que a apertasse.

Olhei da mão para o rosto dele confusa, mil e uma perguntas rodando em meu cérebro.

— Senhorita Keith Connor — meu nome rolou em sua língua como se fosse algo exótico. Sua voz era grave, firme e familiar. — É uma honra poder finalmente conhecê-la. Meu nom-

— Aiden Ashton Blackwood — me vi respondendo por ele, de alguma forma, encontrando a voz que pensei que eu havia perdido.


*Down town: é o centro da cidade (tradução não literal do inglês).

**Post it: papeis para lembretes, são geralmente, bem pequenos.


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Notas finais do capítulo

O que raios Aiden faz na casa de Keith?
Pelo céus! Como que ele conhece o cara que quase estuprou ela?
E o que vai acontecer com o pai dela? E Rosa?
Aguardem o próximo capítulo!
Boa semana!



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