Her Wealth & His Misery escrita por UnknownTelles


Capítulo 5
Primeira Amiga


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar. Falo mais com vocês lá embaixo nas notas finais.
Boa leitura!



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A primeira coisa que senti foi uma dor de cabeça alucinante. Parecia que meu cérebro estava sendo comprimido em uma caixa minúscula. Quando abri os olhos não consegui focá-los imediatamente; pelo menos o lugar onde eu estava tinha a luz diminuída, de forma que não tive que acostumar a retina. 

Sentei devagar com a mão na cabeça, parecia que queria cair do pescoço de tão pesada. Quando abaixei a minha mão foi que percebi um esparadrapo que colava um tubo fino à ela, um acesso venoso para soro. Olhei à minha volta desesperada.

Onde eu estou? 

O lugar era claramente um quarto de hospital. Um dos grandes. Um dos muito, muito grandes. E luxuosos. Alguns móveis eram feitos em mogno, no centro do cômodo havia alguns sofás que pareciam ser de couro legítimo. Uma enorme TV de tela plana pendia na parede. Se não fosse a máquina acusando meus batimentos cardíacos, o suporte de soro e a cama característica de hospital bem podia ser um quarto comum — para ricos, claro.

O que aconteceu? Pensei pondo a mão na cabeça que latejava.

Então todas as lembranças me acertaram em cheio fazendo o meu peito doer... Meu peito! Abaixei a cabeça e vi uma enorme mancha roxa no lugar onde eu deveria ter recebido um tiro. 

Nenhum buraco. 

Nada. 

Apenas um hematoma muito feio. E muito roxo.

Procurei outros possíveis machucados pelo corpo, mas além do ombro que tinha sido perfurado pelo prego — que por sinal, tinha um curativo novo — não havia mais nada de errado. Subitamente, meu estômago se retorceu de ansiedade. 

Que horas são?

Alguém havia trocado a minha roupa por aquela camisola terrível de hospital e meu relógio de pulso já não estava mais comigo. Tirei a agulha que estava com esparadrapo na minha mão e pus um pé de cada vez no chão. Não sabia se tinha força o suficiente nas pernas para andar e precisava testar antes de confiar todo o meu peso aos meus pés, eles ainda estavam cortados desde a minha fuga pela cerca há dois dias. Felizmente, eles conseguiram me sustentar como deviam.

A minha vida estava uma bagunça. Eu estava uma bagunça. Tudo estava uma bagunça.

Eu preciso saber que horas são.

Fui até a janela e subi a persiana apenas para ver um céu escuro me encarar. Ainda era noite, mas parecia que ia amanhecer logo.

Quanto tempo tinha se passado desde que eu perdera a consciência? Por que eu não tinha no peito um buraco onde devia estar a bala?

Por que eu não estou morta?

Ainda fitando o céu escuro me vi rodeada de perguntas sem respostas e que provavelmente ficariam assim para sempre. Mas eu não tinha o "sempre" para ficar pensando, precisava pagar as minha contas. E isso só era possível trabalhando.

Se eu faltar a Joye me mata.

 Estando na posição em que eu estava, como estagiária, não acreditava que mesmo depois de ter me ajudado tanto, Joyce fosse me poupar de perder aquele estágio. Eu nem poderia culpá-la se não acreditasse na minha história. Nem mesmo eu teria acreditado no lugar dela, afinal, quem conseguia a proeza de quase morrer. Duas vezes.

Talvez não escape se houver uma terceira.

Tudo até aquele momento parecia conspirar contra mim para que eu desistisse e me contentasse com a minha vida medíocre, mas eu não ia cair de onde estava. Não sem antes lutar. Eu havia conquistado uma oportunidade maravilhosa de estágio no banco em que sempre quisera trabalhar e não seriam psicopatas estupradores ou assaltantes de bancos que iriam me fazer perder esse emprego. 

Com a mente finalmente organizada e preparada, abri a porta do enorme quarto de hospital e tive que parar imediatamente. 

Dois homens muito altos e fortes estavam guardando a entrada do meu quarto. Senti meu coração acelerar desenfreadamente.

Eles seguiram até aqui? Vão terminar o que não conseguiram dentro do hospital?

Mas então vi que não pareciam ser do grupo que havia assaltado o banco, nem eram os dois brutamontes do beco.

Mas podem ser outros.

Como que não os tivesse visto, dei o primeiro passo para fora fechando a porta atrás de mim. Correria se necessário. Imediatamente os dois homens puseram os braços à minha frente e se voltaram para mim. Eles vestiam ternos pretos e tinham um aparelho trasnparente estranho no ouvido direito, parecia uma espécie de comunicador.

— Não pode sair, Srta. Connor — repreendeu um deles.

Eles sabiam o meu nome? Alternei meus olhos de um para o outro tentando esconder o quanto eu estava começando a ficar assustada.

— Por quê? — Minha voz saiu não mais que um fiapo.

— Não pode sair. — repetiu o outro quem respondeu. 

Estava começando a ficar irritada.

— Ordens de quem?

Eles se entreolharam por não mais que um milésimo de segundo, mas o gesto não me escapou.

— Não podemos informar mais nada no momento. Por favor, retorne para o quarto e aguarde-o.

Aguarde-O?

Quem era "o"? Um homem? O que ia terminar o que não conseguiu no beco? O de olhos verdes hipnotizantes que tentou atirar em mim, mas que por algum motivo não conseguiu? Eu encarei de novo os dois homens ao meu lado e eles não pareciam representar qualquer tipo de ameaça. Não pareciam ser bandidos ou pior, agiotas, mas eu não podia ficar ali esperando alguém que eu não conhecia e que nem sabia o que faria comigo. 

Eu preciso sair daqui. Rápido.

— Que horas são? — Joguei a pergunta no ar sem especificar para quem.

— 4:27 — responderam em uníssono.

Eles precisavam ser tão formais?

— Obrigada — joguei um sorriso falso e entrei de novo no quarto fechando a porta atrás de mim.

Com os dedos nos lábios, comecei a andar de um lado para o outro tentando achar alguma forma de escapar dali. Eu precisava de um plano urgente antes que quem quer que fosse "ele" voltasse. Antes de mais nada, eu tinha que conseguir as minhas roupas de volta ou qualquer outra roupa. Eu não podia sair do hospital só com aquela camisola ridícula, duvidava muito que Joyce iria gostar do meu look*.

Joguei-me na cama sem saber o que fazer. O teto não parecia me dar nenhuma resposta e a minha mente não queria colaborar. Sem pensar muito, apenas virei a cabeça para o lado e vi o botão para chamar a enfermeira na cabeceira. Uma ideia brilhou diante dos meus olhos. Sentei-me ereta e pressionei o botão. Não demorou um minuto uma jovem de mais ou menos a minha idade entrou no quarto. Ela era um pouco mais baixa do que eu, tinha a pele no tom de chocolate ao leite, usava alguns dreeds no cabelo e esbanjava um sorriso de dentes tão brancos que mais pareciam um conjunto de pérolas. Ela usava um jaleco impecavelmente branco sem qualquer dobra. No bolso que ficava no peito havia uma inscrição que informava seu nome e profissão.

Hellen Blackwood. Clínica Geral.

Blackwood?

Voltei meus olhos para ela que continuava sustentando aquele sorriso que parecia ser... Malicioso? O único som que podia se ouvir era do salto alto que ela usava. Quando chegou à cama onde eu estava, o quarto caiu em um silêncio terrível.

— Vejo que se encontra muito bem acordada, Keith — constatou com uma pequena risada; pisquei algumas vezes um tanto quanto surpresa por ela estar usando o meu nome. Ela pareceu perceber meu pequeno receio e acrescentou: — Espero que não se importe de chamá-la assim?

Sacudi a cabeça lentamente. Eu não conhecia aquela mulher, eu nunca nem a tinha visto antes em toda a minha vida. Como ela podia me tratar como se fôssemos tão chegadas?

— Você me conhece? — Não resisti e perguntei.

Ela pôs as duas mãos dentro dos bolsos inferiores do jaleco ainda sorrindo.

OK, esse sorriso já está começando a me assustar.

— Digamos que você me foi apresentada antes de eu ter sido apresentada a você.

Ótimo. Explicou tudo — nota para o sarcasmo.

— Quem me trouxe aqui? — Perguntei.

Os olhos dela brilharam com a minha pergunta.

— Está mais preocupada com quem te trouxe do que com o quê realmente aconteceu? 

Franzi a testa pensando em uma resposta, mas depois suspirei.

Ela estava certa.

— Tem razão — respondi derrotada.

Qual é o meu problema?

Ela riu como se tivesse ouvido uma piada muito engraçada e então sentou na cama ao meu lado.

Eu definitivamente era mais alta do que ela. Pelo menos uns dez centímetros.

— Agora sei por que chamou a atenção dele — murmurou tão baixo que quase não pude ouvir. Seus olhos eram muito intensos sobre os meus, mas antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa ela disse: — Como posso ajudá-la?

Levantei uma sobrancelha claramente confusa.

Ah, o botão para chamar a enfermeira.

Eu havia completamente esquecido do meu plano. Eu havia chamado uma enfermeira, mas veio uma médica em vez disso. Uma um tanto quanto exótica se posso dizer, mas eu não tinha tempo para ficar escolhendo quem eu queria que me ajudasse. Qualquer um que não me dedurasse já seria o suficiente, e alguma coisa me dizia que ela não iria me entregar.

Não é como se você tivesse muitas escolhas. Tive que concordar com a minha voz interna.

— Eu preciso das minhas roupas — falei com cautela.

Ela não piscou ou hesitou.

— Isso não será possível — senti todas as minhas esperanças desabar, será que ela iria me entregar? Contar para os dois seguranças da porta que eu estava tentando escapar e que era para dobrar a segurança? — Mas eu posso arranjar alguma coisa — respondeu me analisando de cima abaixo.

Não consegui disfarçar a surpresa.

— Por que me ajudaria...  Srta. Blackwood? — Os olhos dela mostraram um tom de malícia ao mencionar o seu sobrenome.

— É Sra. Blackwood, mas pode me chamar de Hellen, Ellen, Elle, El ou mesmo Hell** como meu querido...

Um toque na porta a interrompeu. Nós duas nos viramos em direção ao som. Ela levantou e antes de ir em direção à batida piscou para mim. Quando abriu a porta falou alguma coisa com uma mulher que parecia ser uma enfermeira. Ela tinha uma bandeja na mão, mas não consegui ver o que tinha nela. Parecia que queria entrar, mas alguma coisa que Hellen disse a dispersou. Logo ela também saiu e fechou a porta sem me lançar um último olhar. Eu não queria ter que confiar naquela médica estranha, mas naquele momento eu não tinha muitas opções. Andei pelo quarto à procura de um meio de escape, alguma porta que pudesse dar em outro quarto, mas só achei mesmo um banheiro que  — diga-se de passagem — era maior do que a minha sala e cozinha juntas.

Não havia nenhum outro lugar pelo qual eu pudesse escapar sem ser notada.

A menos que...

Meus olhos voaram para a enorme persiana de cor creme. A janela. Fui até o enorme quadrado que interligava o cômodo com o mundo exterior. Com a minha liberdade e...

... então meu peito desinflou com desânimo imediatamente. A altura daquele hospital era insana! Eu devia estar no quinto andar ou coisa do gênero. 

Como eu vou sair daqui?

Ouvi batidas leves na porta despertando-me do meu pequeno plano de escape. Saí de perto da janela e fui sentar em um dos sofás de couro, mas antes que pudesse responder, Hellen entrou com uma bolsa de soro na mão e uma bandeja na outra. Ela sentou no sofá oposto ao meu, jogou o soro por cima da bandeja — que agora pude ver tinha algumas gazes, esparadrapo e agulha — e abriu os botões do jaleco revelando sua calça social preta e blusa rosa de tecido bem fino. Ela levantou a blusa o suficiente para tirar um saco preto que estava espremido contra a barriga. Não consegui conter a surpresa, mas ainda não tinha ideia do que ela estava fazendo. 

Como que lendo os meus pensamentos, Hellen me olhou rapidamente e sorriu antes de abrir o saco e tirar duas peças de roupa dali de dentro.

— Eu sabia que um dia iria precisar de roupa extra, ainda que jamais imaginasse que essas seriam as circunstâncias — explicou com um suspiro. 

Ela desviou os olhos das roupas e então pousou nos meus. Eu estava confiando a uma estranha o segredo da minha fuga, inclusive estava recebendo ajuda da mesma, e ainda assim não conseguia me sentir insegura ou inquieta. Havia algo nela que eu não sabia nomear, mas que me fazia sentir tranquila.

Segurei suas mãos nas minhas e retribuí o sorriso. 

— Muito obrigada, Hellen. Eu não sei como agradecer o suficiente.

Havia tantas pessoas que me ajudaram nos últimos dias que eu tinha certeza que a minha lista de dívidas estava enorme.

Como se meu pai já não tivesse feito dívidas o suficiente por nós dois.

— Oh, acredite, você já quitou qualquer dívida possível comigo... — murmurou quase inaudivelmente.

— Hmm?

Ela apenas balançou a cabeça dispersando o assunto. Preferi não insistir.

Troquei a camisola horrível do hospital pela calça social cinza e blusa azul clara de manga comprida que ela trouxera. A roupa ficara ligeiramente mais apertada, mas não muito desconfortável. 

Respirando fundo, levantei do sofá e abri a janela. A brisa fria e suave acariciou o meu rosto deliciosamente. O céu estava ligeiramente mais claro, já era quase manhã. Virei para Hellen e sorri me sentindo cansada. Eu estava fisicamente descansada, não estava privada de sono, mas a minha mente não havia conseguido relaxar nem por um minuto porque...

... fazia 36 horas que eu havia sido quase estuprada.

... fazia 12 horas que eu levara uma — quase — bala no peito.

... fazia 30 minutos que eu havia acordado e soube que estava prestes a me encontrar com o homem cujas intenções comigo eu não fazia ideia quais eram.

— Obrig-

Eu ia agradecer novamente, mas ela me cortou ao diminuir a distância entre nós e me abraçar apertado. Permaneci paralisada por um segundo sem saber como reagir. Havia tanto tempo que eu não sabia o que era ser abraçada... Eu nunca havia tido amigas de verdade — apenas as que me abandonaram assim que descobriam que os garotos que gostavam na verdade estavam de olho em mim. Não podia nem pensar na minha própria mãe como amiga, ela saíra de casa quando eu ainda era muito nova, não me lembrava de como era o seu abraço ou o seu cheiro e não tinha ideia de onde estava.

Sem perceber, meus braços se moveram por si mesmos e me vi abraçando aquela mulher desconhecida como se a conhecesse há muito tempo, como se fosse uma amiga de longos anos. Senti lágrimas umedecerem meus olhos, e não consegui impedir que algumas caíssem. 

Hellen se afastou e sorriu como se entendesse o que eu estava passando, mas eu sabia que isso não era possível.

— Boa sorte — foi tudo o que disse antes de se virar e sair do quarto.

Gostaria muito de ser capaz de vê-la de novo, saírmos para algum lugar ou apenas conversarmos sobre qualquer coisa. Porém eu sabia bem que nunca mais seria capaz de vê-la. Aquele hospital luxuoso que era seu lugar de trabalho era provavelmente apenas uma fração da sua vida.

Suspirei e voltei a atenção para a paisagem fora da janela. Inspirando e soltando o ar levemente tentei me acalmar lembrando a mim mesma que nunca tive medo de altura e aquela não era exatamente a melhor hora para desenvolver a fobia. Apoiando as mãos em cada lado da moldura da janela, impulsionei o corpo para frente o suficiente para pôr o pé direito e então o esquerdo no parapeito. 

Faça de uma vez. É só chegar até o quarto do lado. Só até o quarto do lado.

Tentando não olhar para baixo, pus os pés em uma espécie de cinta de apenas sete centímetros de comprimento que rodeava o perímetro prédio e que passava bem embaixo da janela. Quando finalmente estava do lado de fora e em pé apenas naquele pequeno apoio de sete centímetros senti meus olhos escurecerem. Eu estava tendo uma vertigem.

Era impossível não olhar para baixo e se eu caísse daquela altura não daria nem mesmo para ter a esperança de alguns ossos quebrados. Nem mesmo o fato de que o socorro seria imediato, visto que eu estava literalmente em um hospital, seria o suficiente para me salvar. A morte era certa.

Voltei para o parapeito da janela respirando acelerado. Eu estava completamente maluca! Como iria passar para o outro quarto se nem mesmo sabia se a janela estava destrancada? E isso era o de menos! Como eu sabia se iria chegar na janela? A distância, eu havia visto, era de apenas dois metros, mas ainda assim! Percorrer dois metros encarando o abismo era quase o mesmo que correr uma maratona de cinco quilômetros.

Um barulho vindo da porta me despertou do meu transe. Uma enfermeira entrou no quarto com uma bandeja de comida na mão e gritou jogando tudo para o alto ao me ver na janela. Os dois seguranças entraram imediatamente e paralisaram por um segundo ao verem a cena. 

Droga!

Sem pensar duas vezes fiz o mesmo caminho de volta pela janela para fora do edifício. Eu era capaz de ouvir cada batida do meu coração em meus próprios ouvidos. Tudo passou tão rápido diante dos meus olhos enquanto sentia a adrenalina borbulhar em meu sangue que eu não fui capaz de reconhecer a mim mesma. Com uma habilidade que eu não sabia de onde vinha — provavelmente dos meus instintos de sobrevivência mais básicos — andei por toda a cinta de concreto em direção à janela do quarto ao lado do meu sem olhar para trás. Eu já conseguia cantar vitória mentalmente quando constatei que ela estava bem aberta, só me esperando para entrar.

Foi então que senti meu pé pisar em falso e escorregar. 

Eu não vou escapar da morte uma terceira vez. Foi o que pensei antes de cair.


*Look: modo de se vestir (tradução não literal do inglês).

**Hell: inferno em inglês.

 

Como eu imagino a médica (a imagem é do Google, não é de minha autoria): Hellen


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Notas finais do capítulo

Quem será que deu esse apelido carinhoso de Hell pra Hellen? Alguma sugestão?
Desculpem por esse final, mas não tinha como continuar nesse capítulo, senão teria pelo menos umas 8000 palavras.
As duas boas notícias são: se eu não postar o capítulo 6 ainda hoje, posto amanhã e Aiden estará presente também nesse próximo capítulo (eu senti muita falta dele nesse daqui, confesso).
Boa semana!



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